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História (Taekook) Omegaverse - ABO - As Fotos


Escrita por: Princessenpai

Notas do Autor


Sei que as regras desse ABO são um pouco diferentes do que se vê por aí, mas é assim que me senti mais confortável em escrever. As fics geralmente variam sobre a marca, o cio, a duração do cio, e etc, e escrevi como achei melhor.

Boa leitura.

Capítulo 6 - As Fotos


Fanfic / Fanfiction (Taekook) Omegaverse - ABO - As Fotos

Jungkook suspirou.

Antes ele gostava de trabalhar já que não tinha nada de bom para fazer nas horas livres, mas agora que estava namorando, não parava de pensar que queria estar com seu ômega e seus bebês. Preferia mil vezes estar lá com eles do que encostado no balcão da livraria suspirando a cada minuto como tem feito ultimamente.

Quando não havia clientes na loja, ficava atrás do balcão lendo sempre que podia. Tinha em mãos no momento o exemplar que recomendou a Taehyung no dia que se conheceram, o livro que contava dicas para se criar gêmeos, e estava impressionado com o quanto as dicas do autor eram boas.

- Não acredito que tais lendo esse livro – disse seu hyung Yoongi depois dele ter espiado o título. O hyung era quem ficava na caixa registradora. - Pelo visto é bem sério o que vocês dois tem, hein? – disse impressionado encostando o cotovelo no balcão. – No começo achei que estavas só curtindo, mas estou notando estava enganado. É a primeira vez que vejo um alpha caindo de amores por um ômega marcado.

- Eu também não esperava me apaixonar tanto. – disse olhando com carinho a foto que usava de marca-página, de Taehyung sorrindo e interagindo com os gêmeos.

- E tudo bem para você ele ser marcado?

- Bem... – fechou o livro - o cheiro dele é uma delícia, e como gosto muito dele tenho uma enorme vontade de mordê-lo na nuca. É difícil ter que ficar me controlando o tempo todo.

- Que droga...

Esta era a parte triste de seu relacionamento. Quando um alpha tinha sentimentos fortes por um ômega, a vontade de marcá-lo era inevitável, mas se um ômega marcado é mordido por outro alpha que não o seu, o ômega sente uma dor excruciante.

A mordida na nuca era o laço entre um alpha e um ômega. Era sua conexão. E por mais que amasse Taehyung, sempre doía um pouco olhar aquelas marcas de dentes em seu pescoço.

Tudo que ele podia fazer é beijar aquela marca. Queria beijá-la tanto até a pele de Taehyung só se lembrar do meu toque.

- E o alpha que ele perdeu? – Yoongi perguntou - Ele fala sobre ele?

- Às vezes...

Jungkook se lembrou da vez em que ele e Taehyung estavam assistindo um filme de comédia romântica e comendo pipoca agarradinhos no sofá da sala enquanto os bebês dormiam quando Kook perguntou o nome de seu antigo alpha. Se lembrava do olhar distante que Taehyung deu ao responder:

“Jeon. O nome dele era Jeon”.

Jungkook tinha muitas curiosidades sobre o passado de Taehyung, mas a verdade... é que não queria que Tae lembrasse do antigo alpha, que pensasse nele com nostalgia, que falasse dele com carinho... não queria nada disso. Queria que a cabeça de Taehyung ficasse sempre no presente e que esquecesse o dono daquela marca.

Mas também sentia que era importante para Taehyung desabafar sobre aquelas coisas.

Naquela noite eles pausaram o filme e conversaram sobre isso. Tae não entrou em muitos detalhes, mas contou que ele e seu alpha se apaixonaram, que os pais do alpha, por serem contra o relacionamento, tentaram matá-lo e que por isso os dois estavam fugindo juntos.

Era uma história trágica de amor proibido, mas também um romance muito lindo.

Taehyung também se sentiu confortável em contar sobre os tantos medos que sentiu quando estava sozinho. O luto pelo alpha, o medo de morrer no parto, o medo de um dos bebês não sobreviver, ou até mesmo os dois bebês. Tentou sempre ver tudo de forma positiva, mas era muito difícil com dores tão frequentes pelo corpo todo. Uma dica que se recomendava com ômegas grávidos que não estavam perto de seus alphas, era cheirar frequentemente as roupas deles. A única peça de roupa que Tae tinha de seu amado era o casaco que o alpha usou para segurá-lo no navio. Aquele casaco o ajudou muitas vezes durante a gravidez, se um momento sentia os bebês inquietos na barriga, ou se sentisse muito enjoado, era só abraçar-se naquele casaco e deixar o cheiro lhe banhar de alívio.

Jungkook queria ser seu porto seguro nos momentos difíceis assim como aquele casaco foi.

- Sabe Jungkook, - a voz de Yoongi o trouxe de volta para o presente - é muito romântico tudo isso de “amá-lo apesar de ele já pertencer a alguém” e tudo mais, mas isso é algo bastante sério. Não é só a marca que é o problema, o cio também é. E quando o seu cio chegar? O que vai fazer?

- Como assim? – perguntou sem entender.

- Pelo que eu saiba ômegas marcados sentem dor e desconforto quando transam com alphas que não sejam o seu. O cio de um alpha então deve ser tortura pra eles, afinal, imagina dois dias direto... ai, não quero nem pensar. E você fala que já é difícil se controlar de mordê-lo no dia-a-dia, imagina então no cio, que a gente não pensa direito.

Jungkook estava chocado.

- E-Eu não sabia de nada disso.

- Tem uma sessão de livros de auto-ajuda de ômegas pra lá. – apontou – procure algum que fale de casos de ômegas que perderam os parceiros, deve tá tudo escrito lá.

Jungkook se levantou rapidamente e foi até a sessão apontada. Não demorou até encontrar o livro de auto-ajuda que o hyung estava se referindo. “Marcado e sozinho. Como viver após a perda do alpha.” Foi no sumário e encontrou o capítulo sobre a vida sexual do ômega.

O hyung estava certo. Um ômega marcado sente desconforto com sexo que não seja com seu alpha, por isso geralmente só transavam no cio, que é quando a necessidade forte tornava tudo tolerável. Jungkook começou a suar frio imaginando se nesse tempo todo Taehyung se sentia assim e não contou para não preocupa-lo. Será que ele sentia dor e não contava? Folheou o livro até a parte que falava sobre mordida, onde leu as palavras:

“Se possível, NUNCA deixe outro alpha te morder. A dor é o suficiente para causar desmaio e trauma.”

Colocou o livro de volta na prateleira e olhou para o chão. Estava suando frio e respirando pela boca.

Seu cio seria daqui a alguns dias, podia sentir. E se machucasse Taehyung? E se tentasse mordê-lo?

Começou a passar mal só com o pensamento.

--

--

- Cheguei. - Jungkook fechou a porta de casa e se derreteu ao ver seus bebês dormindo no colchão da sala com uma cobertinha e cercados de bichinhos de pelúcia.

- Eles estão cochilando. – Taehyung disse sentado na mesa da cozinha. – Daqui a pouco vou acordá-los senão não vão dormir à noite.

 Sorrindo, Kook foi até o seu amor e o cumprimentou com um beijo gostoso.

- Bem-vindo. – sorriu Tae segurando um álbum na mão.

Em cima da mesa, dezenas de fotos estavam espalhadas.

- Ah, você mandou revelar mais fotos. – Kook disse contente segurando uma delas.

- Uhum. Estou botando em ordem para criar um álbum.

Jungkook olhou para as fotos espalhadas. Em tão pouco tempo, tantos momentos deliciosos foram registrados... sentia-se o alpha mais sortudo do mundo inteiro. Entre as fotos havia algumas da gravidez de Taehyung.

- Quanta foto bonita. – Kook admirou.

- Ah, essa foi o Hoseok quem tirou, foi no último mês da gestação – disse feliz – eu comia tanto, e acabei não ganhando peso depois de dar à luz, isso prova que tudo que eu comia esses dois gulosos pegavam pra eles. – riu.

Jungkook estava apaixonado pelas fotos. A que estava na mão mostrava Taehyung com roupas largas e frescas, chinelos, um chapéu grande de palha, e olhava para câmera surpreso enquanto comia um pedaço de melancia. Sua barriga inchadinha era muito fofa. Era um dia de sol lindo, e o verde da fazenda fazia o contraste na foto ficar incrível.

Tinham muitas fotos dos hyungs também, que mostrava que a presença deles foi bastante importante nos primeiros meses dos bebês. Dava de se notar que eles eram tão babões quanto Kook quando se tratavam daqueles gêmeos lindos. Havia também fotos de Taehyung sozinho, fotos essas que Jungkook, seu paparazzi particular, não resistia em tirar para registrar aquele sorriso lindo. A maioria das fotos recentes de MinHo e Hyemi também foram Kook quem tirou.

Taehyung estava colocando as fotos no álbum na ordem que havia separado para que ficassem corretas cronologicamente. Kook pegou mais uma na mão, que mostrava ele e Tae com o rostos sujos de tinta no dia em que juntos pintaram o quarto das crianças. Aquele dia foi muito divertido. O plano inicial era apenas pintar as paredes com azul-bebê e verde claro, mas acabaram pintando também ursinhos, girafas, leõezinhos, cachorrinhos, e mais um monte de bichinhos, transformando o quartinho em uma selva fofa. O bercinho teve que ficar no quarto dos mais velhos para que os bebês não ficassem expostos ao cheiro de tinta.

- Você revelou essa também! – Kook ficou contente, vendo uma foto recente que ele tirou de Taehyung dormindo.

- Não sei porque você adora ficar tirando foto minha dormindo. Olha aí, to quase babando.

- Você tá lindo, isso sim.

- Sei, sei.

Jungkook estranhou que Taehyung estava começando com as fotos de gravidez, mas deixou muitas páginas em branco no começo do álbum.

- Não vai colocar essas no começo?

- Meus pais vão enviar pra mim fotos minhas com o pai dos gêmeos. Aí vou coloca-las no começo do álbum. - disse colocando as fotos.

- Ah... entendi.

- Eu sei que você tem ciúmes, mas querendo ou não, ele fez parte do meu passado e da história dos bebês.

É... era justo...

- E o seu livro? – Kook perguntou - Como está o andamento?

- Está indo bem. Quero termina-lo até o natal.

- Isso é daqui a um mês. Não vai me contar nadinha sobre o que se trata?

- Eu já falei. É um romance.

- Mas sobre o que?

- É segredo. – sorria - Vai ter que esperar estar pronto.

Jungkook estava namorando as fotos de Taehyung grávido. Em muitas ele estava sorrindo, em outras... seu olhar estava distante... e até... solitário...

- Eu queria ter acompanhado sua gravidez. – Kook disse com carinho olhando uma foto que Tae olhava o céu em melancolia. - Assim eu poderia ter te ajudado nas horas difíceis.

Levantou o olhar e se surpreendeu que Tae o estava encarando intensamente.

O olhar dele era... misterioso. O sorriso pequeno que surgiu logo depois tinha essa mesma característica.

- Eu também queria que você estivesse lá.

--

Taekook acordaram os bebês depois começaram o que tinha planejado para aquele fim de tarde: enfeitar o apartamento arrumando as coisas de natal.

Para melhor ficarem de olho nos bebês enquanto colocavam a árvore e a enfeitavam, botaram os gêmeos dentro da caixa das bolinhas de natal, distraindo os pequenos naquela piscina de bolinhas. Por um momento os pequenos até começaram a ajudar, já que esticavam uma bolinha para um dos papais pegar, depois pegavam outra. Era a coisa mais fofa, ainda mais quando sorriam com a chupeta. Jungkook foi até a câmera para tirar uma foto deles no meio das bolinhas.

--

Depois que terminaram de organizar tudo, Jungkook levou MinHo até a cozinha, separou a papinha de bebê, o colocou na cadeirinha alta com o babador no pescoço e começou a lhe dar colheradas. Taehyung fez a mesma coisa com Hyemi. Os gêmeos nunca deram trabalho na hora de comer, eram bem gulosos e comiam tudinho sem fazer birra ou cuspir a comida.

Na verdade, uma coisa que Jungkook notou com a convivência é que aquelas crianças eram muito comportadas, talvez o único contratempo é o fato de que tinham bastante energia. Se os colocassem no chão, engatinhavam pelo apartamento todo. Pode não soar como algo ruim, mas isso fazia com que tivessem que ficar de olho neles o tempo todo, se não os bebês encontravam uma moeda perto do sofá e já iam querer colocar na boca, ou o fato de que eles parecem atraídos por tomadas, mesmo estas com a proteção de plástico para tapar os buracos. Se fosse um bebê só, seria tranquilo, mas como eram dois, enquanto um está mexendo no aspirador, o outro já está botando a mão debaixo da geladeira. Não podiam deixar aqueles dois curiosos sozinhos de jeito nenhum, por isso na maioria das vezes tinham que coloca-los no cercadinho da sala com chão macio.

- Você tem muito jeito com bebês - Kook falou ao notar a facilidade que Tae convencia Hyemi a abrir a boca.

- No começo era mais difícil. – contou sorrindo – Eles choravam e eu não sabia o porquê, me cortava o coração já que eu tentava de tudo, mas eles continuavam a chorar até cansar. Quando finalmente um dormia, o outro acordava, era um caos. Um chorava, e o outro começava também por causa do barulho. Com a ajuda dos hyungs eu consegui estabelecer uma rotina pros dois, e agora tudo está mais fácil.

Kook olhou para MinHo, que retribuía o olhar com aqueles olhos redondinhos. De repente o bebê sorriu pra ele e Kook sorriu também.

- Vocês deram trabalho para o "omma" de vocês, é, seus sapecas? - MinHo ria de seu tom de voz e Hyemi começou a rir também.

- Desde que estavam na barriga. - Tae riu - não paravam de me chutar pedindo por comida.

Os bebês riam como se o que os adultos dissessem fosse a coisa mais engraçada do mundo, e o riso deles era muito contagiante. A cozinha ficou aquecida de tanto amor e aconchego que havia no ar.

 

Depois da hora da papinha e do arroto, os gêmeos ficavam sonolentos com a barriga cheia e não demoravam a ficar com sono. Manhosos, nessa hora sempre queriam ir no colo do ômega, já que seu cheiro e calor os confortava.

- Por enquanto eu consigo segurar os dois ao mesmo tempo – Tae falou os abraçando – quando ficarem maiorzinhos vão ter que aprender a dividir o colinho.

Taekook os colocaram no bercinho dando boa-noite, e agora era a “hora dos adultos”, que é quando poderiam jantar, namorar, assistir filmes. Um momento só para os dois.

Cozinharam a janta juntos e mais uma página do livro de receitas deles foi preenchida. Se divertiam bastante com a experiência nova, já que os dois estavam aprendendo a cozinhar. Depois da janta, Tae escolheu um filme para eles assistirem.

Jungkook sempre se impressionava que Taehyung escolhia muito bem os filmes, parecia conhecer muito bem o seu gosto. Estavam deitados abraçados, e com o tempo, o cheiro do mais velho começou a atiçar o alpha. Começou a sentir o corpo aquecer e o seu próprio cheiro começou a ficar mais forte, e isso não passou despercebido pelo ômega. Começaram com algumas carícias, depois alguns beijinhos, depois Taehyung já estava sobre o outro com as mãos em seus cabelos enquanto se beijavam profundamente por causa do calor crescente.

 - O seu cheiro está mais forte – Tae disse lhe dando beijinhos no pescoço. – Seu cio está chegando daqui a alguns dias né?

- Está sim. – sentia o corpo cada vez mais quente só de inalar o cheiro doce de Taehyung. 

- Vou pedir pra os hyungs cuidarem dos bebês quando estivermos fora.

- Você quer passar o cio comigo?

- Mas é claro que sim. – falou o óbvio - Não me diga que pensou em passar com outra pessoa!

- Não! É só que... cios de alphas são intensos, e não quero te machucar... – lhe segurou a cintura.

- Não vai machucar. Você nunca me machucou, no cio não vai ser diferente.

- Mas no cio a gente não pensa direito...

- Você se preocupa demais. Vai dar tudo certo. – sorriu. – Você está tão sensível... – disse lhe tocando o volume entre as pernas - Seu cheiro está tão forte... – a excitação transparecia em sua voz e ele começou a beijar a orelha do outro.

- Não precisamos fazer isso. – fechava os olhos, todo derretido.

- Você não quer?

- Quero. Mas não precisa fazer isso por mim.

- E quem disse que eu faço isso por você? – riu baixo depois de se sentar, tirar o casaco e a camiseta - Eu quero porque tenho o alpha mais lindo e gostoso do mundo no meu sofá. – jogou as roupas para longe.

- Tae... – hesitou arfante - você sente dor quando a gente transa?

- Dor? – estranhou a pergunta - Não. Muito pelo contrário. – deu uma risadinha - Talvez tenha sentido só um pouquinho na nossa primeira vez já que fazia bastante tempo que eu não transava e convenhamos que você é bem grande aqui em baixo. – acariciou ali.

Os beijos de Taehyung em seu pescoço e orelha tornavam difícil raciocinar.

- Talvez... seja melhor a gente esperar o cio chegar... – Kook disse baixo.

- Esperar nada. – disse sedutor - Já faz mais de uma semana desde a última vez que trocamos um “carinho”.

- Taehyung... – disse fraco.

- Eu quero carinho Kookie. – lhe lambeu a orelha - E você vai me dar, não é?

- Vou sim. – cedeu trocando suas posições.

Os dois sorriam em meio a troca de beijos deliciosos.

Ainda bem que o lençol que estavam deitados por cima impediu de sujarem o sofá...

--

--

Depois da transa, Taehyung caiu no sono deitado contra o peito do outro, e Jungkook o envolvia de um jeito protetor, com o lençol tampando seus corpos nus.

O alpha lhe acariciava os cabelos com afeto, sentindo a respiração calma do outro.

- Eu te amo, Tae. – o confidenciou baixo.

Depois de mais alguns minutos, repetiu:

- Eu te amo muito.

Sonhando, Taehyung sussurrou:

- Jeon...

Kook sentiu o coração doer, mas não parou de fazer carinho.

E repetiu:

- Eu te amo muito. Mais que tudo no mundo.

--

--

No dia que o cio de Jungkook chegou, Tae deixou os bebês com Namjin para poder acompanhar seu alfa durante os dois dias. Além da bolsinha cheia de coisas de bebês, emprestou também algumas de suas roupas para que os babys sentissem o cheiro da "mamãe" antes de dormir. Depois de se despedir das crianças com beijinhos estalados foi direto para o hotel onde o alpha o estava esperando.

 

Taehyung já estava suando só de estar de pé do outro lado da porta do quarto do hotel. Pela sua marca conseguia sentir o calor e desespero de seu alpha. Sentia-se excitado só com o pouco de feromônios dominantes que escapavam pela porta.

 

Havia um predador do outro lado da porta que estava prestes a devorá-lo. Tae se abraçou pelo arrepio que a excitação causou.

 

Sentindo seu cheiro e presença, Jungkook abriu a porta rapidamente e sem cerimônias puxou seu ômega para dentro do quarto.

 

--

 

Sexo no cio sempre foi mais selvagem. Ainda mais quando quem está no cio é o alpha.

 

Kook sentia-se louco. No meio da cama segurava o quadril do ômega enquanto o invadia por trás de um jeito rude, mas pelos sons do outro notou que estava agradando. As roupas rasgadas de Taehyung estavam no chão do quarto e seus gemidos estavam no ar.

Apesar de todo o prazer, Jungkook não conseguia parar de encarar aquelas marcas de dente na nuca do outro.

 

Os instintos de alpha são difíceis de se controlar, no cio então era quase impossível. Por causa da atração e sentimentos fortes que tinha por aquele ômega, seu lado alpha gritava para que o mordesse. Era uma vontade forte, desesperada, queria mordê-lo e assim aliviar sua vontade.

 

Adivinhando seus pensamentos, Taehyung tampou a nuca com a mão enquanto transavam. Jungkook foi com a boca até ali, lhe dando beijos naquela mão, mas sem que percebesse, o carinho foi aos poucos se tornando mordidas maldosas. Tae fechava os olhos sentindo a dor das mordidas fortes nos dedos mas não tirava a mão dali de jeito nenhum. Não podia deixar Jungkook mordê-lo, se não ele descobriria tudo.

 

O alfa arfava vendo aquele ômega submisso a sua frente.

 

Se lembrava de como ele sussurrou “Jeon” no meio do sono.

 

Porque? Porque sonhou com ele?

Porque outro alpha tinha que ser seu dono? Porque não Jungkook?

O amava tanto...

Tanto...

Tanto que até doía.

Amava mais que todos no mundo.

Queria marca-lo.

Precisava marca-lo.

Assim ele seria seu.

Sim. Só seu, e de mais ninguém.

“NUNCA deixe outro alpha te morder. A dor é o suficiente para causar desmaio e trauma.” Dizia aquele livro.

Mas dane-se.

Precisava torna-lo seu.

Só seu.

Seus instintos gritavam isso loucamente.

Depois do primeiro orgasmo daquele cio intenso, Kook retirou-se de dentro do outro e gozou pelo corpo do ômega em grande quantidade. Taehyung caiu para frente com os braços fracos e dedos machucados.

Erguendo os olhos para seu alpha, Taehyung ficou preocupado. Aquele olhar, os dentes preparados, estava claro: Jungkook estava fora de si e queria mordê-lo. O ômega se arrepiou.

- Não, Jungkook...! – Tae tentou se afastar, mas Kook o empurrou contra o travesseiro, expondo seu pescoço vulnerável e segurou uma de suas mãos para que não pudesse impedi-lo.

Tae se desesperou. Se Kook o mordesse, ia acabar descobrindo que Taehyung era seu ômega. Não queria que ele descobrisse desse jeito, ainda mais quando estava irracional por causa do cio. Não era o momento certo para descobrir tudo. Não era assim que tinha planejado conta-lo!

- Por favor... não!

 

Jungkook abriu bem a mandíbula, quase salivando pelos instintos desesperados...

 

 

E os dentes fincaram a pele com força.

 

 

 

 

 

 

 

Taehyung estranhou o silêncio por parte do alpha e se virou.

Viu Jungkook mordendo o próprio braço com tanta força a ponto de sangue escorrer do ferimento.

- Jungkook...! – exclamou preocupado.

Kook largou o braço, e a dor fez sua sanidade voltar um pouco.

 

- Oh, Kookie... – disse preocupado analisando o machucado – Porque fez isso?

Jungkook não respondeu, ainda estava fora de órbita por causa do cio. Taehyung lhe tocou o rosto com as duas mãos, o acariciando com afeto.

- Seus instintos de me proteger são mais fortes que qualquer coisa, não é mesmo?

Mais uma vez Kook não respondeu, ele arfava com a pele esquentando cada vez mais.

Tae foi até o criado-mudo buscar um lenço para limpar o sangue na boca e no braço de Jungkook depois o puxou pra si.

- Vem cá. – disse com carinho, o puxando para um abraço que os levaria a mais uma rodada daquele ciclo intenso. Quando Jungkook desmaiasse de cansaço, Tae faria um curativo em seu braço.

 

Faltavam poucas semanas para que contasse tudo.


Notas Finais


Espero que tenham gostado do capítulo


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