Eu estava programando essas férias há um bom tempo. Não iria desistir de tudo logo agora, faltando dois dias para a viagem. Afinal quem nunca sonhou em passar férias em um maravilhoso resort cinco estrelas na Indonésia com seu amado?! O que ninguém imaginava é que terminaríamos nossa relação subitamente hoje. Ainda estou um pouco atordoada por tudo que aconteceu, mas não vou mais abrir mão de viver meus sonhos por alguém que não quer me acompanhar. Simples assim. Sem brigas e sem ressentimentos. Apenas acabou. E pensando friamente para o momento, será ótimo estar em um lugar paradisíaco sozinha...
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Após 20 horas de voo, e uma escala terrível, finalmente cheguei em Bali. Aliás tenho que fazer uma nota mental para elogiar o voo para a companhia aérea, as aeromoças mal deixavam eu terminar uma bebida e já traziam outra a fim de me manter relaxada após eu relatar toda minha “história de amor e decepção”.
Assim que saí do terminal de desembarque o ar quente e úmido me atingiu como um soco após tantos mojitos. Até o ar daquele lugar pesava sobre mim. Quase um grito seco me avisando que aquela terra era para amantes aventureiros. Eu deveria me manter alerta.
Conforme programado, havia um motorista me aguardando no aeroporto. Julgando pela plaquinha que ele segurava, com meu nome disposto solitariamente, meu agente de viagem recebeu o e-mail sobre as alterações de última hora e conseguiu mudar os detalhes para minha estadia ser mais confortável sozinha.
Quando parei diante da placa, o motorista se apresentou e se encarregou de minha bagagem, me guiando até o carro. “Parece que nunca chegaremos ao meu pequeno paraíso” eu pensei enquanto atravessávamos o mar de Bali em uma dessas balsas nauseantes. Aproveitei o balanço para cochilar, ninguém merece jetlag nesse lugar maravilhoso. E depois de mais algumas horas de carro por uma estradinha estreita, mas muito boa, finalmente chegamos ao destino final: Oberoi Lombok Resort, ou meu pequeno paraíso particular.
Assim que passamos a guarita me recordei porque escolhi esse lugar maravilhoso. A paz e sossego eram indescritíveis, assim como a luxúria que ele despertava em mim. O aspecto rústico sofisticado da recepção trazia em si algo exótico que me deixou em excitada desde o dia em que o vi pela primeira vez, pela internet. Havia uma sensação de que qualquer coisa que acontecesse naquele lugar seria inesquecível, extravagante e ao mesmo tempo um segredo infindável.
Quando cheguei a minha cabana o sol estava se pondo. Fui até a varanda para apreciar. Era algo maravilhoso, o céu em vários tons, mais rosado próximo do oceano e mais escuro em direção à lua que já brilhava timidamente. O contraste do céu com as palmeiras verdes tornava a cena inebriante. E com essa cena adormeci na espreguiçadeira confortavelmente.
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Acordei em um sobressalto, sentindo aquelas mãos quentes me abraçando, me possuindo, querendo sugar de mim algo que nem eu mesma permitia. Levei um tempo para abrir os olhos e afastar o sonho que estava tendo com meu ex. Algo não estava certo em meu corpo. Eu finalmente estava livre daquela relação sufocante que tive por anos, mas meu corpo ainda não conseguia esquecer tudo que passei. O vento quente vindo da área verde do hotel me atingia em ondas que pareciam me deixar ainda mais atormentada.
“Que merda!” Gritei em alto e bom som. Eu estava no MEU pequeno paraíso. De forma alguma eu deixaria ele me atingir, mesmo que em pensamento.
“Eu preciso relaxar! Piscina! É isso!” Voltei para o quarto a procura de meus biquínis na mala. Com certeza um mergulho relaxante sob a luz do luar faria eu me refrescar e esquecer aquele babaca.
Coloquei um biquíni branco simples de amarras, mas como dizem por aí qualquer biquíni brasileiro torna tudo muito sensual, então me cobri um pouco com um kimono azul marinho e branco que descia até meus tornozelos. Dei uma última olhada no celular, que marcava quase 1 hora da madrugada, e nas inúmeras mensagens que aguardavam minha resposta. Depois eu iria lidar com a realidade, naquele momento tudo que eu queria era relaxar e esquecer tudo que deixei para trás.
Andei pelos jardins até chegar a piscina de borda infinita, que dava a sensação de ser ligada ao mar pelo pequeno abismo entre eles. As luzes da piscina estavam acessas, mas os bungalows em que ficavam as espreguiçadeiras estavam escuros, indicando que não havia mais ninguém naquela área. Deixei meus pertences em uma espreguiçadeira e fui em direção a piscina que brilhava sob a luz da lua cheia no céu.
Mergulhei de cabeça nadando até a borda que ficava à beira mar. O choque da água gelada em minha pele quente e suada fez meus pensamentos se dissiparem, havia apenas o silêncio. Finalmente um momento de serenidade. Deitei-me de costas sobre a água, flutuando, e admirando o céu estrelado que se estendia para mim.
Passei um bom tempo naquela posição, pensando nas inúmeras possibilidades que a vida me reservou até aquele momento. Mas algo começou a me incomodar. Uma sensação estranha, de que eu estava sendo observada de perto se expandiu em mim. Eu não podia afirmar se havia mais alguém ali ou não, afinal eu só tinha as luzes internas da piscina e a luz da lua para me guiarem. Algo naquela situação voltou a despertar os sentimentos de quando vi as fotos daquele lugar pela primeira vez. A sensação de alguém me observando voltou a excitar a aventura e a sensualidade do lugar em mim.
Um pensamento súbito me invadiu. “Se tem alguém me observando deveria ser no mínimo algo prazeroso de se ver...” Estar naquele ambiente e não usufruir de todas as sensações que ele poderia ou não proporcionar era com certeza um pecado maior.
Nadei de volta até a borda da piscina que encontrava o abismo até o mar, dessa vez de forma mais lenta e sensual. Me apoiei na borda e desfiz o laço que prendia a parte de cima de meu biquíni. Joguei a peça para longe. A ideia do que aconteceria dali para frente fez meu ventre fisgar em uma calorosa sensação que estava esquecida há muito tempo dentro de mim.
Continuei apoiada na borda, fantasiando o que poderia acontecer, mas principalmente prestando atenção nos sons a minha volta. Claro que eu poderia estar imaginando coisas e na verdade não haver ninguém ali. Mas só pela ideia de algo desconhecido me aguardando voltei a me sentir inteira e viva, como se aquele relacionamento destrutivo que acabou tão de repente não tivesse me mudado bruscamente, como se a vida estivesse disposta a me receber de volta.
Ouvi uma voz grossa me advertir em um idioma que não identifiquei. Ele percebeu que não entendi o que ele falou inicialmente, então repetiu.
“Você não deveria fazer esse tipo de coisa aqui. Não está sozinha.” Falou em um inglês arrastado.
Fiquei olhando para o canto escuro que emitia a voz tentando ver seu rosto, sem sucesso. Pelas sombras consegui distinguir braços musculosos e uma mão apontando para meu biquíni caído.
“Desculpe, eu realmente achei que estava relaxando sozinha. Tive uma viagem exaustiva até aqui.” Respondi me virando para encarar a imponente sombra.
Ele se mexeu levemente na espreguiçadeira em que estava deitado e pude ver o brilho da lua em seu sorriso. Se eu não estivesse a água me sustentando com certeza eu teria cambaleado com as pernas bambas ao vê-lo sorrindo. E conforme ele se mexia ia revelando pouco a pouco seu rosto com traços asiáticos fortes. Me parecia familiar, mas eu não sabia dizer de onde.
“Para mim também não foi nada fácil chegar até aqui.” Ele respondeu secamente. “É um pouco complicado encontrar um lugar em que eu possa relaxar e ficar em paz por alguns momentos.”
“Você me parece bastante relaxado.” Falei abruptamente admirando seu corpo esguio e musculoso emoldurado pela luz da noite.
“Poderia estar mais.” Ele respondeu mordendo o lábio inferior levemente, me encarando com seus olhos negros.
Ao seguir seus olhos percebi que ele olhava para meus seios que estavam parcialmente a mostra. Ouvir isso foi como acionar um gatilho do prazer, mas também de receio pelo o que aconteceria. Nadei suavemente na direção dele, me deitando na parte mais rasa da piscina com a frente do meu corpo voltado para o céu. Me sentindo banhada pela lua, fiquei observando o céu por um instante e fechei os olhos. Pude ouvir quando ele entrou na água, também na parte rasa que não molhava mais do que sua panturrilha, e deitou-se ao meu lado.
“Prazer, Kris.” Ele falou estendendo a mão.
“O prazer é todo meu.” Respondi pegando em sua mão, sem interromper o contato de nossos olhos por um instante.
Deitados à beira da piscina, eu o beijei. Começamos devagar, com toques leves, seus lábios doces encostavam e se separavam dos meus repetidamente. Logo os beijos começaram a ficar mais intensos. Ele mordia levemente meus lábios me fazendo querer mais. Em um movimento rápido ele me puxou e fiquei deitada sobre seu corpo forte, e imediatamente senti seu pau ainda semi enrijecido entre nossos corpos. Sem o menor pudor comecei a me movimentar sobre ele, me esfregando em seu corpo forte, despertando um monstro faminto que estava esquecido dentro de mim. Ele agarrou meu bumbum com as duas mãos, guiando meus movimentos em balanços circulares e arqueou as costas querendo mais.
Antes que aumentássemos o ritmo e a intensidade, eu me levantei. Ele me olhou surpreso pela interrupção repentina do contato. Eu olhei para baixo mordendo meu lábio, e ver ele daquele jeito, entre minhas pernas, querendo mais, me deixou ainda mais louca. Desamarrei os laços da parte de baixo do meu biquíni liberando-o de meu corpo, ao mesmo tempo em que ele se movimentou aparando a queda da peça em seu rosto. Ele pegou a calcinha e colocou no bolso da bermuda molhada mostrando que terminaríamos o que quer que estávamos prestes a fazer apenas quando ele quisesse.
Me ajoelhei entre as pernas dele e comecei a tirar sua bermuda. Nesse momento ele me ajudou tirando a regata e em seguida jogando as duas peças para fora da piscina. Com nossos corpos nus ele me agarrou vorazmente, me posicionando sobre seu colo, devorando cada pedaço de mim me beijando intensamente. Aumentou suas carícias beijando meu pescoço, enquanto eu passava meus dedos em seu cabelo molhado, ele continuou mordiscando o lóbulo de minha orelha e repetindo essa deliciosa tortura incansavelmente.
Quando ele começou a descer os beijos por meu colo cravei minhas unhas em seus ombros e ele soltou um gemido alto, já alcançando meus seios. Enquanto ele acariciava meus seios com sua boca hábil, posicionei seu membro em minha entrada que estava intensamente molhada de desejo. Fechei meus olhos ao deslizar sob seu pau duro até sentir que o engoli por inteiro, uma sensação indescritível. Ele me preenchia tão fundo que levamos alguns segundos para nos movermos, ainda nos acostumando com a sensação de ter um ao outro de forma tão íntima e tão informal.
Quando abri meus olhos e comecei a me mover, Kris ainda estava com os olhos fechados absorto em suas próprias sensações. Comecei a me movimentar devagar, me acostumando com seu volume me preenchendo, mas logo ele intensificou o ato segurando minha cintura ditando o ritmo. Percebi que ele não aguentaria por muito tempo e eu ainda não estava pronta. Escorreguei minha mão entre nossos corpos até meu clitóris, fazendo movimentos circulares em minha intimidade. Ele me observava com uma mistura de admiração e súplica, por não estar mais aguentando se conter mas também querer que eu atinja meu clímax.
Apesar da maravilhosa visão que eu tinha de seus rosto se contorcendo pelo prazer, seus gemidos indicavam que ele estava muito perto de atingir seu orgasmo. Ele parecia querer minha permissão para gozar antes. Percebi pela maneira que seus olhos negros encaravam os meus, seus gemidos altos se misturando ao som da água sendo atingida por nossos corpos, seu aperto forte em minha cintura. Me curvei até seu pescoço, dando leves beijos até chegar ao ouvido, onde mordisquei levemente.
“Vai...” Falei vagarosamente em um sussurro.
Ele me abraçou mantendo a posição em que eu estava. Seu abdômen definido colado aos meus seios rígidos. Seu rosto enterrado na curva do meu pescoço. Ele me segurou forte ao ser atingido por uma onda de prazer intenso, enquanto gemia alto. Seu corpo tremia junto ao meu e seus gemidos enchiam meus ouvidos, ao mesmo tempo em que senti seu fluído me aquecer por dentro.
Permanecemos ali abraçados, absortos por aquele clima, por alguns minutos. Senti quando ele se retirou de mim em um movimento lento, protestei com um suspiro profundo e um leve tapinha em seu ombro. Ele pegou meu rosto em suas mãos me beijando levemente.
“Ainda não terminamos. Eu também quero te ver rendida.” Ele falou me encarando.
Em um movimento rápido ele se levantou me carregando junto de seu corpo, exibindo sua força, e me colocou sentada na borda da piscina. Quebrando o contato entre nosso olhos ele começou um percurso de beijos e mordidas em meu seio direito, passando para o esquerdo, descendo por meu abdômen e finalizando em minha intimidade. De joelhos na minha frente ele me abocanhou com vontade. Com a sensação de sua boca contra minha pele agarrei seus cabelos ao mesmo tempo em que arqueei minhas costas ansiando por mais. Nossa que boca, que homem. Ele me lambia, chupava, mordia... Naquele momento ele possuía minha total devoção.
Senti seus dedos me preenchendo suavemente enquanto sua boca dava atenção ao meu clitóris. Ele fez movimentos suaves entrando e saindo vagarosamente com dois dedos. E sentiu quando meu corpo fraquejou em sua boca, intensificando o movimento com os dedos. Em segundos um calor intenso me consumiu atingindo meu clímax. Meu corpo se entregou completamente em sua boca e a aqueles movimentos, contraindo fortemente em torno de seus dedos que não paravam de me penetrar. Eu podia sentir as ondas quentes do orgasmo me atingindo diversas vezes, inciando na ponta dos meus pés, subindo por minha pernas, invadindo meu ventre, arqueando meus seios e por fim atingindo minha cabeça, me fazendo girar em minha mente.
Desabei sobre seu corpo nos derrubando de volta na água. Ele riu me abraçando e me beijando calorosamente. Passamos algum tempo ali, nos beijando e admirando o céu estampado de estrelas a nossa disposição. Saímos do transe quando o celular de Kris tocou e iluminou levemente nossa escuridão. Era a realidade nos chamando de volta...
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