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História Take me back to those old days (Eremika) - Chapter Four


Escrita por: DoraImagina_

Notas do Autor


Eu acho que tô enlouquecendo galera, essa quarentena tá me matando, fico atualizando o spirit toda horaaaaaa. Cara, como está sendo para vocês essa pandemia? Eu tenho me sentido muito sozinha, saio só pra correr na rua e comprar comida. Além disso ainda tem todas essas notícias ruins, as mortes aumentando cada vez mais e os hospitais ficando sem recursos, parece um pesadelo, sinceramente!
Desculpa o desabafo, tá foda pra todo mundo, espero que gostem desse capítulo, escrever essa fanfic me ajuda muito e espero que seja uma boa distração para vcs a leitura!
Galera, editei o cap pq vou colocar a arte que eu fiz desse casal. Não tive tempo de pintar, tá só no papel ainda mas espero que gostem! Quando eu terminar edito tudo dnv, quis postar só para vocês terem uma noção de como estão o Eren e a Mikasa. Comentem o que acharam!

Capítulo 5 - Chapter Four


Fanfic / Fanfiction Take me back to those old days (Eremika) - Chapter Four

Quando chegamos em casa, eu estava tão envolto em pensamentos que esquecera completamente de meus planos, e quase pensara que a cozinha fora invadida. O jantar estava pronto e a mesa, posta. Mikasa e Armin levaram um susto ao verem aquilo, e porque demorei para responder, quase chegaram à conclusão de que ladrões bondosos tinham cozinhado para nós.

- Não... eu... Eu paguei Nicolo para fazer nosso jantar de novo, queria dar a aquele cozinheiro um pouco de trabalho... e é uma noite especial. – quando terminei de falar, tinha certeza de que estava quase tão vermelho quando o molho de tomate cheiroso que nos esperava na mesa.  

Não pude resistir em virar a cabeça e espiar a reação de Mikasa. Ela estava chocada e de bochechas avermelhadas. Era por essa abertura que eu estava esperando.

- Bom... eu sei que todos devem estar com fome, mas vamos deixar as malas lá em cima primeiro. – aquele comentário racional de Armin nos fez encará-lo como um pedaço de carne, não queríamos organizar nada, Mikasa também aparentava estar faminta e o cheio que a comida exalava era delicioso.

Infelizmente nenhum de nós o contestou e simplesmente subimos com as malas.

 

Mikasa

 

O que era tudo aquilo?

Confesso que fiquei completamente surpresa com as atitudes de Eren hoje. Não entendi nem metade do que acontecera: ciúmes, saudades e agora um jantar? Eren estava diferente, algo mudara em seu olhar. É como se uma chama que antes ali fervia, estivesse agora mais fraca, ou até mesmo controlada.

Pelo menos, de acordo com o que eu podia ver, ele finalmente se adaptara à uma vida pacata no campo. Era estranho vê-lo desse jeito. Achava que logo que ele estivesse fora daquela cela, fosse viajar pelo mundo, aproveitando assim sua tão desejada liberdade.

Uma pequena parcela de meus pensamentos queria acreditar que ele esperara por mim. Mas eu já me acostumara com a rejeição por parte de Eren, e nada poderia justificar o fato de ele não ter me escrito de volta.

Por isso eu chorara no caminho de volta, acabei não conseguindo me controlar quando ele disse que sentira minha falta. Se realmente estivesse com saudades mandaria alguma correspondência. Fui tola por esperar todos os dias, aflita, pelas suas cartas. Apesar de ter passado três meses longe de Eren, torcendo para que aquilo fosse o suficiente para eu finalmente esquecê-lo, nada mudara.

Quando eu olhava para aqueles olhos verdes, meu sangue gelava, arrepios percorriam todo o meu corpo e de repente eu era novamente uma garotinha assustada, sendo enrolada por seu cachecol. Achei que a viagem conseguiria mudar isso, mas quando o vi no porto, correndo desesperado para me receber, todas aquelas sensações me atingiram novamente.

Chegamos no andar de cima com as malas, abrimos a porta de meu quarto, e fiquei surpresa ao vê-lo tão organizado e limpo. Era óbvio que os meninos estavam cuidando bem da casa, fiquei orgulhosa deles.

Armin e Eren decidiram me dar um tempo sozinha, para organizar algumas coisas ou até mesmo tomar um banho. Eu estava novamente em casa. Confesso que não desejava demorar no quarto, o jantar lá embaixo cheirava tão bem e minha barriga roncava tanto que conseguia escutá-la. De repente, me lembrei de Sasha, e me senti triste por Nicolo. Ele deve estar se enchendo de trabalho para ocupar a mente e não pensar em sua amada que morrera de maneira tão trágica.

Tive de respirar fundo para não chorar, se me deixasse levar pela dor insuportável por ter perdido tantos companheiros queridos no passado, provavelmente não me levantaria da cama nunca mais. Tentando aliviar a tristeza, comecei a pensar nas coisas boas que aconteceram com o fim da guerra: Nada de muralhas, nada de titãs, eu ainda tinha amigos a quem recorrer, e principalmente, tinha Armin e Eren.

Quando pensei em tudo isso, tateei instintivamente meu pescoço, procurando por um traje de roupa que já não estava mais lá. Eu o deixara para trás exatamente com o objetivo de me desprender fisicamente de Eren. Fui tão boba em achar que fazendo isso conseguiria afastar minha mente do homem que sempre amei. Apenas algumas horas longe do cachecol foram suficientes para sugarem minha energia, era como se eu estivesse sem um pedaço de minha alma.

Procurei pelo quarto inteiro, mas ele não estava mais lá. O que havia acontecido? Será que Armin o jogara fora? Ele jamais faria isso... ou será que Eren se livrara do cachecol, mesmo sabendo o quanto ele significava para mim? Deus! Que sensação doentia! Doía demais imaginar essa possibilidade, a rejeição me destruía por dentro. Talvez fosse levar muito tempo para que eu finalmente me sentisse completa sem precisar estar perto de Eren.

Respirei o mais fundo que consegui, minha barriga roncou novamente me trazendo de volta para a realidade. Finalmente, desisti de procurar por aquele maldito cachecol e saí do quarto, seguindo para a cozinha.

Quando cheguei, Armin e Eren já estavam sentados à mesa, e era impossível não notar que eles tentavam ao máximo não ceder à tentação de começarem a comer sem mim.

- Me desculpem, não queria demorar, vocês não deveriam ter esperado. – comentei enquanto me sentava com tanta pressa que quase caíra da cadeira.

- Mikasa, por mais difícil que tenha sido, sei que precisava de um tempo para se ajeitar no quarto. Não começaríamos sem você. – Armin respondeu enquanto colocava uma enorme lagosta no prato.

Eu sorri como resposta, já me preparava para atacar também.

- Eu não me importaria de esperar mais por você, Mikasa.

Eu definitivamente não estava esperando por aquilo, minhas mãos tremeram e deixei cair risoto fora do prato. Eren falara aquilo como se estivesse tirando um peso das costas, ele ficou com o rosto completamente vermelho e respirava tão alto que eu o conseguia escutar mesmo estando do outro lado da mesa.

Agora ficara ainda mais difícil de entende-lo, o que Eren queria dizer com aquilo?

- Deveria esperar menos, e escrever mais. – sussurrei baixo, porém sabia que ele havia escutado.

Armin engoliu em seco um pedaço de lagosta e engasgou propositalmente: - Nossa, essa comida está deliciosa!

A comida estava tão boa, que não nos falamos mais até que finalmente os pratos ficaram vazios. Eu ficara tão cheia que meus olhos lacrimejavam, como se implorassem para que eu fosse para o quarto dormir.

Eren e Armin também tinham comido demais e respiravam com dificuldade. Eu ri baixinho ao contemplar aquela cena, era quase como nos velhos tempos, porém estávamos mais maduros e havíamos passado por mais traumas psicológicos do que qualquer outro jovem de 20 anos.

Não demorou muito para Eren se levantar e começar a recolher nossa louça.

- Você quer ajuda? – Armin perguntou enquanto Eren já começava a lavar os primeiros pratos.

- Não, estou bem. Deixa comigo hoje. – ele respondeu em um tom muito estranho, como se enviasse um código mental para Armin.

Fiquei surpresa por não conseguir compreender o que acontecia, definitivamente os meninos tramavam algo, porém não iria me preocupar muito com aquilo.  Não demorou muito para Armin nos deixar a sós na cozinha dizendo que todo aquele jantar lhe dera sono.

 Já bocejando a cada minuto, decidi me levantar também. A viagem fora longa e eu precisaria de uma longa noite de sono para me recompor.

- Mikasa, fique. – Eren pediu assim que eu empurrei a cadeira.

Não posso negar que ficara confusa com seu pedido, não imaginava que ele fosse falar mais alguma coisa depois do que eu disse no jantar. Eren estava estranho, a cada atitude inesperada eu me perguntava onde isso iria acabar.

- Tudo bem. – concordei enquanto me levantava e arrumava a mesa.

Não demorou muito para Eren acabar toda a louça, então ele finalmente se virou para mim. Era estranho vê-lo daquele jeito, seu rosto estava vermelho demais para uma pessoa de pele bronzeada e ele respirava com dificuldade.

- Mikasa, me perdoe. – ele suplicou, Eren caiu de joelhos, me assustando – Me perdoe.

- Eren se isso tudo é porque você não me escreveu de volta, esqueça, eu não deveria ter voltado. Você é realmente impossível de entender. – resmunguei, tentando demonstrar irritação da melhor forma que pude, porém era impossível negar que aquela cena me fizera ficar completamente desnorteada.  

- Mikasa, por favor. – Eren pediu em desespero, pegou minha mão apertando-a, e me puxando para si.

Lágrimas já escapavam pelo seu rosto, vê-lo daquele jeito estava me matando. Não sabia por quanto tempo seria capaz de aguentar manter aquela falsa postura de indiferença.

- Por favor, não volte nem tão cedo. Por favor, fique!

Um longo suspiro escapou pelos meus lábios, era difícil de acreditar que eu realmente estava ouvindo aquilo depois de tudo.

- Eren, o que quer dizer com isso? Para que tudo isso? Esse jantar, aquela reação ciumenta? O que está acontecendo?

De repente, Eren se levantou em apenas um pulo, ele colocou as mãos sobre meus ombros e me encarou com aqueles lindos e profundos olhos verdes. Para mim, bastava simplesmente olhar naqueles olhos para que eu perdesse completamente toda a compostura.

- Mikasa, me perdoe! Eu não respondi nenhuma das suas cartas porque você parecia estar feliz! Muito mais feliz do que eu jamais conseguiria te fazer! Doeu demais te ver partindo, mas eu não conseguiria te impedir, não podia te prender a mim. Não me achava digno nem mesmo de te ter por perto de novo. Não tive coragem para escrever de volta. Eu te disse coisas terríveis, falei tanta merda para você, logo a pessoa que nunca me abandonou! Você sempre se preocupou comigo, sempre me protegeu e nunca desistiu de mim. Nem mesmo quando eu tomei decisões que poderiam colocar em jogo o futuro de toda a humanidade. Como eu poderia retribuir à isso? Depois de ter sido um completo idiota, escrever de volta parecia ridículo. 

- Eren... por favor, pare, não precisa de nada disso... – era tarde para tentar controlar o choro, as lágrimas já escapavam descompensadas.

- Como assim, Mikasa? É claro que preciso! E isso não chega nem aos pés do que é necessário para eu consertar as coisas. Você tinha dito que talvez ficasse em Hizuru, como eu poderia pedir para você voltar? Aquele país te fizera mais feliz em um mês do que eu nem tentara te fazer por onze anos!

- Eren, pare! Eu não estava tão feliz! Eu sentia sua falta a cada segundo, queria poder estar com você! Foi por isso que disse que talvez ficasse por lá em minha última carta... eu simplesmente escrevi aquilo para saber se você queria que eu voltasse.

- Mikasa, eu não queria nem mesmo que você tivesse ido. Quando éramos mais novos eu disse que enrolaria aquele maldito cachecol no seu pescoço... – soltei um longo suspiro, escutar aquilo me deixava anestesiada, Eren estava fazendo com que uma onda de sentimentos explodisse em meu peito.

- E eu não enrolei. – ele continuou – Eu simplesmente deixei o cachecol de lado, deixei você de lado. Quando eu descobri o que sentia... já era tarde demais.

Meu Deus! O que era aquilo? Seria uma declaração? Eren agora estava vermelho como a lagosta que comera e eu tinha certeza de que eu não estava diferente.

- Eren...

- Mikasa, eu te amo. Eu tenho certeza de que não quero mais nada em minha vida do que estar ao seu lado. Você é a minha liberdade, você é tudo que eu mais quero. Você é a pessoa pela qual eu deveria ter lutado. Agora eu entendo... e eu espero que não seja tarde demais...

De repente, Eren estava caminhando lentamente até um dos armários, ele o abriu e de lá tirou uma sacola pequena.

- Eu não sabia como ia fazer para te entregar isso, pensei em diversas situações, planejei várias vezes, desde o momento que o comprei.

Quando dei por mim, Eren enrolava um novo cachecol em meu pescoço, dessa vez, ele o fazia com cuidado. Ele era idêntico ao antigo, só que não tinha buracos e nem cheirava a suor.

- Eu fui na cidade hoje de manhã encontrar Nicolo e te comprar isso. Guardei o antigo, mas você merecia um novo.

Eren nem havia acabado de ajeitar a peça em meu pescoço e eu já me jogara em seus braços. Aquele era o momento com o qual eu tanto sonhara, Eren se declarara e não tinha dúvidas de que faria de tudo para se redimir. Eu jamais me sentira daquele jeito antes. Meu peito formigava, minhas pernas estavam bambas e uma sensação que só sentira poucas vezes antes, invadia as partes mais íntimas do meu corpo.

Quando dei por mim, eu agarrava a camisa de Eren, ficando mais próxima de seu rosto do que jamais estivera. Por puro impulso, movida pelo desejo de senti-lo, quebrei a pequena distância ente nossas bocas pressionei meus lábios contra os seus. O beijo fora desajeitado, nossos lábios ficaram encostados por alguns segundos até que eu recuperei a sanidade e me afastei, meu rosto queimava.

Quando espiei o rosto de Eren, buscando ver sua reação, ele me encarava pasmo, de olhos arregalados e bochechas vermelhas. Aquele provavelmente fora o seu primeiro beijo também. Eu esperava que ele fosse levar pelo menos mais alguns segundos para assimilar tudo que agora, acontecia tão rápido. Mas Eren me surpreendeu novamente.

Suas mãos agarraram minha cintura, ele me puxou de volta para si sem nenhuma delicadeza, quase fazendo nossos narizes se baterem. Então nos beijamos novamente. Dessa vez, ele sugava meus lábios com um desejo desesperado. Nossas línguas finalmente se encontraram e um calafrio enorme percorreu todo o meu corpo. Eu me afastei um pouco, tento que apoiar uma mão no peito de Eren para que ele não se aproximasse novamente.

Com a respiração descompensada e o coração a mil, finalmente soube que aquele era o momento certo para dizer, por mais que ele já soubesse.

- Eren, eu te amo.

Algumas lágrimas escorreram pelo meu rosto, não consegui esconder a felicidade que sentia por estar enfim verdadeiramente ao seu lado. Mesmo que tomado por desejo, Eren sorriu terno, se aproximou de novo, afastou o cachecol e beijou o meu pescoço. Metade do meu corpo ficara dormente apenas com aquele simples toque.

- Mikasa, eu sempre te amei... você é o meu lar. 


Notas Finais


AE EREN TATAKAE VALEU A PENAAAA. Cara, eu sou louca por esse anime, sou mto doida por animação, não é atoa que faço isso na faculdade. Sinto muito pelas ilustrações não terem saído até agora, tá complicado, só consigo escrever, se desenhar também não tenho tempo para estudar. Enfim, me perdoem por qualquer erro, os desenhos vão sair, prometo!


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