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História Take Me To Church - Camren - Dinner Goes Down


Escrita por: miinsuga_93

Notas do Autor


Nem vou tentar me explicar porque sei que não tem explicação!! Amanhã vou postar a outra parte e aí vou explicar todos os motivos do sumiço, acreditem, foram muitos. Mas agora que eu passei direto, tô de férias, não sumo mais. E eu vou postar esse aqui correndo que a mãe da tia Lena vai tomar o computador, essa atualização era pra ser dupla, uma pena, mas a outra parte eu posto amanhã, de manhã se eu não for pro colégio e de noite se eu for, porque de tarde eu tenho que ir no chá de bebê da minha madrinha.
Kissus,
-Lena

Capítulo 10 - Dinner Goes Down


A comida estava realmente ótima, mas o diálogo nem se fez presente. Eu não queria falar com ele, então não tentei puxar conversa, e ele perecia pensar o mesmo.

— Nós não iremos mesmo conversar? — eu e minha boca grande. — Imagine como será o casamento. — se para ele, isso foi uma piada, para mim foi a pior das histórias de terror, todos os pelos de meu corpo se arrepiaram.

— Estou sem assunto. Me fale sobre você. — e isso parece ter sido a deixa que ele estava esperando, pois Tyler desatou a falar, da sua vida, de sua faculdade, de tudo, e como eu já sou perita em me perder em pensamentos, simplesmente o encarei sorrindo e comecei a pensar na bagunça que eu atualmente chamo de vida.

Olhando de fora, talvez eu pudesse algum dia gostar de Tyler, mas por que eu tenho que esperar algum dia, se eu deveria me casar com alguém que amo agora?

Antigamente eu aceitava o destino que minha família me impusera. Por mim tudo bem, me formar no colegial, cursar pedagogia, casar com alguém da igreja, ter dois filhos, sério mesmo, de boa.

Mas então eu conheci Lauren Jauregui, e que Deus me perdoe, mas eu a invejei imediatamente, sabe? Não era só a beleza, a postura e a inteligência. Era o jeito dela diante do mundo, era a Lauren Jauregui, se tratava de quem ela era, ela não tinha que ou não queria ser ninguém mais, e se tivesse, aposto que não o faria.

— E você, Camila? De que matérias gosta? — despertei e sorri, disfarçando que não escutei nada do que ele falou.

— Eu gosto de inglês, história e geografia. — ele me encarou sorrindo de lado. — Mas... acho que atualmente eu tenho um carinho especial por química. — foi a minha vez de sorrir e Tyler assentiu.

Depois de conversarmos um pouco o clima ficou tenso com uma pergunta de Tyler que eu não esperava. Ele se inclinou mais para frente na mesa e se curvou cuidadosamente sobre os pratos já limpos, que somente aguardavam a sobremesa, sorrindo de lado e logo sussurrando:

— Você é virgem ou a Jauregui já me tirou esse prazer? — abri a boca várias vezes, mas não consegui dizer nada, quem ele pensa que é? Quem ele pensa que EU sou? Tyler tinha um sorriso cafajeste e sacana na cara que só me dava mais raiva e repulsa.

— Eu vou embora. — me levantei e fui para entrada do restaurante, esperei que algum táxi passasse por ali, mas nada, bufei irritada.

A pergunta dele me constrangeu, me irritou, e me ofendeu. A final de contas... que tipo de pessoa ele acha que eu sou? Sempre fui a favor de sexo só depois do casamento, a igreja e a bíblia deixam isso bem claro. Fora que... Eu e Lauren? Isso seria nojento.

Dois minutos haviam se passado e táxi nenhum havia aparecido, eu estava começando à ficar com raiva e sem esperanças. Até que escuto um barulho irritante de solas de sapato atrás de mim, e com o perfume tão exageradamente forte, não precisei nem raciocinar para saber quem era.

— Ah, me desculpe Camz, mas é que com você e a Jauregui andando tão juntas, fica difícil não desconfiar. Mas eu sei que você é muito certinha, não faria uma coisa dessas. Faria? — aquele maldito sorriso debochado não largava mais o rosto de Tyler e agora eu estava finalmente descobrindo quem ele realmente é por dentro, esse ogro asqueroso e rude.

— Não me chame de Camz, seu maldito, imundo. Como minha mãe pode querer que eu me case com um lixo como você? Ela só pode querer me ver muito infeliz mesmo. Seu merdinha de nada, nojento. — gritei à plenos pulmões e vi a raiva crescer no olhos e no rosto de Tyler como uma sombra tomando conta de tudo que antes era um ambiente claro. No momento não me dei conta de tantos palavrões que saíram de minha boca.

Não sei se arrependimento é a palavra certa, porque eu não me arrependo de ter dito tudo que eu disse. Mas com certeza desejei não ter falado nada em voz alta, pois Tyler levantou a mão e eu instintivamente fechei meus olhos com força, consequentemente me encolhendo, antes que eu sentisse a dor do tapa. Alguém apareceu e me puxou cuidadosamente para trás de si, pelo perfume era uma mulher, e os cabelos tocavam em meus braços encolhidos.

Abri os olhos dando de cara com Lauren. Ela encarava Tyler raivosamente, e ele retribuía. Lauren olhou pra mim de lado e pareceu respirar profundamente e contar até 10. Depois de mais calma, ela me soltou e encarou Tyler mais uma vez, depois fez um gesto chamando dois seguranças que estavam atrás de Tyler.

Muita coincidência? Deus? Milagre? Anjo da guarda? Não, não sei por que Lauren apareceu aqui exatamente no momento certo e no momento em que eu mais precisava dela, mas fico muito grata, levemente envergonhada, mas muito grata.

Os dois seguranças o tiraram de perto da gente e ele saiu se debatendo, sendo puxado pelos dois braços. Encarei Lauren no fundo dos olhos esmeralda e um sorriso tímido, porém verdadeiro apareceu em seu rosto. Nos encaramos, meu vestido totalmente comportado e o dela totalmente vulgar, porém bonito e rimos, rimos alto, gargalhamos, na verdade. Não havia motivo para sorrir, mas esses são sempre os melhores sorrisos à dois, os que vem naturalmente, sem motivo, só o momento sendo compartilhado com alguém que lhe faz bem e lhe trás paz.

— Vem. Eu te levo para casa. — Lauren disse passando o braço ao redor dos meus ombros, e caminhando elegantemente em seus saltos extremamente altos.

Enquanto caminhávamos até o manobrista o vestido dela subiu um pouco e eu corei fortemente, por isso desviei meu olhar para a fonte que havia na entrada do restaurante. As luzes da cidade refletiam na fonte e eu sorri de lado pensando em como a noite estava perfeita agora, olhei para Lauren e ela retribuiu. Boo é naturalmente mais alta do que eu, com os saltos ela ficou mais alta ainda.

Gostaria de ter uma foto deste momento. Eu a encarando e ela me encarando de volta, sorrisos singelos sendo trocados como confissões sendo sussurradas e o braço dela ao redor de mim. A lua a nossa frente e a fonte às nossas costas.

— Gostaria de ter uma foto disso. — Lauren sorriu e abaixou a cabeça. — Eu fiz Lauren Jauregui corar? — falei fingindo surpresa e ela gargalhou me olhando nos olhos, isso me fez arrepiar.

— Por que? Eu sou humana, okay? Só porque eu escolho para quem e com quem demonstrar meu coração e minhas emoções, não quer dizer que eu não os tenha. — Lauren falou, meio séria, meio brincando e eu assenti, encarando o olhar dela, o sorriso sumindo aos poucos.

Haviam tantas coisas que eu queria e deveria dizer, mas ao mesmo tempo, apenas a menção de qualquer uma delas estragaria o momento mais perfeito que eu já presenciei. O momento em que o silêncio diz tudo, sente tudo, fala por dois e fere por um exército. Porque no fim, nós duas sabemos que ao fim da noite eu irei embora, e ela também, e minha mãe irá nos vigiar, e eu não poderei mais vê-la.

Finalmente o manobrista chegou com o carro e nós entramos. Segurei na mão de Lauren quando ela colocou a mão na chave.

— Casa agora não. Por favor. — pedi sussurrando preguiçosamente e ela assentiu.

— Pra onde então? — encarou o volante e eu suspirei frustrada.

— Pra longe, bem longe, tão longe que não possam me encontrar até que eu esteja pronta pra voltar. — pedi quase chorando e Lauren enxugou uma lagrima que caiu teimosa.

— Relaxa, eu conheço lugares. Confia? — assenti lentamente e enxuguei outra lágrima, porque sei que se uma a mais cair, todas as outras virão junto.

— Confio. — sussurrei, mais pra mim do que pra ela, mas acho que ela ouviu, pois escutei um risinho.

— Camila quero lhe fazer uma pergunta, mas só farei se me prometer e me jurar sinceridade na resposta. — a encarei por quase um minuto antes de responder.

— Tudo bem, serei sincera. — assenti sorrindo de nervoso e ela assentiu também, encarando a estrada.

— Modificando uma frase que eu encontrei no google... Você se lembra de quem você era antes de seus pais dizerem quem você deveria ser? — encarei-a sem reação enquanto via a paisagem mudar do lado de fora e pararmos em frente à uma cabana de palha na frente de uma floresta totalmente fechada.

Apesar de escuro, o lugar é lindo. A luz da lua reflete perfeitamente a areia que cobre um palmo da enorme cabana e o pequeno rio que corre ao lado.

Me virei para agradecer Lauren pelo lugar e ela virou ao mesmo tempo, nos deixando incrivelmente próximas. Respirei ofegante quando a vi olhar para minha boca.


Notas Finais


Senti tantas saudades de vocês e dessa história, até amanhã meus sweethearts. Eu nunca, nunca vou abandonar vocês, não achem isso, por favor. Eu realmente tive motivos de sobra pra esse mega sumiço. Uma curiosidade nada legal desse capítulo ter demorado tanto, é o fato de ele ter sido o primeiro rascunho dessa fanfic, foi o que inspirou tudo. Por isso... irônico tanto bloqueio e tanta demora.
Kissus,
-Lena


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