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História Take Me To Church - Im A Mess part 1


Escrita por: lesbdiley e MRCDDL

Capítulo 3 - Im A Mess part 1


 

 

“Oh, estou uma confusão agora, virado ao avesso, procurando por uma doce rendição, mas esse não é o fim. Não consigo resolver. Como?...

 

 

— Demi.

Suspirei ignorando a voz da minha mãe. Batidas insistentes na porta do meu quarto fizeram-se presente e eu resmunguei. A ultima coisa que eu queria no momento era levantar.

— Filha.

Chamou-me mais uma vez. A movimentação ao meu lado fez com que eu despertasse. Olhei para trás vendo Miley agarrada ao meu corpo e dormindo tranquilamente. Sem querer admirei seu rosto por alguns segundos vendo o quanto serena ela era dormindo.

— Demi, acorda.

A voz da minha mãe se fez presente novamente, pulei de susto saindo dos braços de Miley e sacudindo ela.

— Miley.

Sussurrei.

— Acorda pelo amor de Deus.

— Dems…

— Miley, minha mãe vai entrar aqui. Acorda!

Os olhos da loira estalaram, vi por um momento o desespero dos azuis. Miley levantou com pressa, correndo até o banheiro. Passei o olhar pelo quarto vendo os tênis da mesma em meio ao quarto, os chutei para debaixo da cama e corri até a porta abrindo a mesma.

— Por que demorou tanto? E a porta trancada novamente, o que foi, Demetria?

Mamãe estava de braços cruzados e tinha a sobrancelha franzida. Soltei o ar que havia prendido em meio a essa corrida bocejando em seguida.

— Desculpa, mãe. É que todas minhas colegas tem privacidade, podem trancar a porta do quarto… Por que eu não?

— Hum… Tudo bem. Só espero que não esteja me escondendo nada.

— Claro que não, sabe que conto tudo a senhora.

Sorri lhe passando confiança.

— Ok. Agora toma um banho e se arruma para irmos a igreja.

— Ta bom, já desço.

A mesma assentiu saindo em direção ao seu quarto, fechei a porta trancando a mesma e suspirando. Virei-me para a cama e observei Miley sair do banheiro atirando seu corpo na mesma.

— Que bela maneira de acordar.

Resmungou virando seu corpo pro lado para voltar a dormir. Neguei enquanto sorria. Não existe mais preguiçosa do que ela, bom, depois de mim, é claro.

— Mi.

A chamei em um tom manhoso deitando meu corpo ao lado do seu e abraçando o mesmo. Beijei seu pescoço sentindo o quão macia é sua pele.

— Precisamos levantar.

— Na verdade, você precisa. Eu posso ficar dormindo aqui.

— Miley, eu estava pensando de… Sei la…

Suspirei pausando por um momento e respirando fundo.

— Você podia ir a igreja, o que acha? Lá é legal, eu juro.

— O que? Não!

O corpo da loira virou deixando seu rosto de frente para o meu, podia sentir os mesmos quase colados.

— Desculpa, Demi, mas não.

— Por que? Podíamos fazer assim, eu vou com meus pais e você vai depois de moto. Se quiser pode até sentar ao meu lado, eles não iriam estranhar.

— Claro que não, só iriam me expulsar de lá. Faço qualquer coisa por você, Demi, eu juro que faço, mas ir a igreja não. Nunca na minha vida coloquei os pés dentro de uma igreja.

— Miley, já sim! Todo mundo quando bebê se batiza na igreja.

— Meus pais nunca foram de religião nenhuma então, nunca me batizei e muito menos entrei em alguma igreja.

— Nossa. Isso é estranho.

— É.

Miley levantou da cama procurando seus tênis.

— Onde vai?

Franzi a testa.

— Pra casa?

— Miley, não. Quero passar o dia com você.

— Uhn, não posso. Só tenho a manhã livre e no caso você vai a igreja.

Franzi ainda mais a testa, a onde diabos ela vai que não pode estar comigo? Observei ela colocar sua jaqueta de couro, Miley usava uma calça moletom então, achei até um pouco engraçado a maneira que a mesma estava vestida, mas não esbocei nenhum sorriso.

— Onde você vai?

— Isso aqui é um interrogatório ou…

Soltou uma pequena risada que me irritou profundamente.

— Quer saber? Vai mesmo, Miley. Aproveita e nem volta mais, ta bom?

Levantei totalmente irritada com a maneira que ela havia falado comigo. Merda! Ontem nos beijamos, estava tudo maravilhoso. Tudo bem que não foi totalmente um beijo, foi um selinho demorado e bom, muito bom, eu até queria mais, juro, mas Miley achou melhor irmos com calma.

— Demi…

— Vai se ferra.

Adentrei o banheiro, batendo a porta e trancando a mesma. Espero de coração que quando eu saía daqui ela já não esteja mais em meu quarto.

Enrolei a toalha em meu corpo suspirando, abri a porta do banheiro e sai do mesmo. Confesso ter demorado um pouquinho no banho, talvez porque eu estivesse perdida em pensamentos, no caso, pensando em Miley. Deus, ela só pode estar saindo com outra garota.

— Demi.

— Ah, não.

Fechei os olhos com força praguejando-me por ela ainda estar ali. Por que ela não foi embora ainda? Afinal, por que ela não me deixa em paz? Seria mais fácil se ela voltasse a ter a vida dela como se eu não existisse.

— Você entendeu tudo errado, Dems.

— Miley, por favor vai embora.

Pedi, encarando seus olhos azuis. Miley suspirou esfregando uma mão na outra demonstrando seu nervosismo. Ela demorou a se mover, a mesma parecia sem coragem tanto para ir quanto para falar alguma coisa a mim.

— Olha, Demi…

— Miley…

Sussurrei a interrompendo.

— Não. Deixa eu falar.

Ela se aproximou respirando fundo varias vezes.

— Eu estava só brincando, ok? Claro que se você perguntar eu falo onde vou, assim como você sempre me conta tudo que faz, eu só queria descontrair um pouco. — deu de ombros. — Alias hoje a tarde vou sair com Mary, Mike e José como tinha combinado, lembra? Vamos a um jogo de futebol, e a noite nós vamos em uma festa. Pensei em convidar você, mas achei que não aceitaria porque já estamos nos vendo dois dias seguidos e isso é um pouco raro.

Realmente ela vai sair com outra garota. Mary. Sabe, não tenho nada contra ela até mesmo me parece legal, tirando a parte que ela me falou que Miley é de todas, é claro. Só as vezes acho que ela é muito grudada na Miley, talvez seja até mesmo apaixonada por ela ou já foi apaixonada, é melhor eu não atrapalhar as duas.

— Não quero atrapalhar vocês, e desculpa o pequeno surto que tive… Acordei de mau humor.

— Ei, tudo bem.

Miley aproximou-se sorrindo e tocando meu cabelo, tirando uma mecha molhada que encobria meu rosto. Adoro quando ela faz isso, é um gesto tão delicado e carinhoso.

— E você não iria atrapalhar, sabe disso. Na verdade, eu queria muito que fosse pra gente poder se divertir um pouco.

— Passa a manhã aqui comigo? Se eu conseguir falar com Marissa talvez eu vá.

— Você não vai…

— Dou uma desculpa para eles, digo que estou com cólica, sei la. Quero muito ficar aqui com você.

— Ok, eu fico.

Sorri e por impulso deixei um selinho estalado em seus lábios, quando nos separamos e encaramos percebi a bobagem que havia feito. Podia sentir meu rosto esquentar a cada segundo denunciando que eu estava completamente corada.

— Ficou fofa assim.

Miley soltou uma risada curta, tocando em minha bochecha e deslizando a ponta de seus dedos por meu rosto.

— Eu… Vou...

— Tudo bem, eu espero aqui.

Riu, indo até a cama e atirando seu corpo na mesma.

— Por que não está pronta, Demetria?

— Mãe, posso faltar hoje? Estou cansada.

Resmunguei sentando a mesa junto com eles, os mesmos já estavam de café tomado talvez só me esperando. Mamãe franziu a testa encarando-me e meu pai suspirou, sabendo o que vinha pela frente.

— Demi, o que está acontecendo? Você nunca falta, ao menos que esteja doente.

— Dianna, da uma folga a garota.

Meu pai como sempre me defendendo, mas eu sei que não adiantará de nada. Mamãe nunca deixou meu pai mandar em mim, não entendo porque, mas tudo tem que ser como ela quer e o mesmo aceita isso numa boa.

— Estou conversando com ela, Eddie!

— Mãe, só estou cansada, por favor.

Ela suspirou ainda encarando-me. Por dentro eu estava orando para que ela me deixasse ficar em casa, Miley deve estar cansada de me esperar lá em cima, e eu quero muito passar a manhã com ela.

— Posso ficar?

Praticamente sussurrei.

— Pode, Demetria.

Sorri largo, levantando com pressa da mesa.

— Com uma condição.

A voz grossa de minha mãe demonstrando o quanto ela é mandona fez com que eu parasse. Desmanchei meu sorriso sentando a bunda na cadeira novamente.

— Vai lavar a louça do café e do almoço.

— Ok. Posso subir?

Tudo bem, eu não estava a fim de lavar louça, mas queria muito ficar em casa e se essa é a única solução, eu faço. Mamãe assentiu, voltando a tomar seu café. Soltei um sorriso, desejando um bom culto aos dois e indo até meu quarto as pressas.

— Consegui!

Pulei de alegria, comemorando. Porém, minha comemoração durou pouco já que Miley estava naquele maldito celular novamente. Sabe do que preciso? Preciso de amigos para deixar ela de lado de vez em quando também.

— Que bom. Passaremos o dia inteirinho juntas. Já pensou como vai fazer para sair a tarde e de noite?

— Não.

Sentei ao seu lado, cruzando os braços.

— Falando com a Mary?

— Mike.

Corrigiu, soltando uma pequena risada e beijando minha bochecha.

— Adorei esse seu lado ciumento.

— Você é irritante mesmo.

Resmunguei.

— Alias, daqui a pouco vamos descer, tomar café e lavar a louça.

Ela assentiu, concentrando-se no celular mais uma vez. Soltei um suspiro, indo até meu computador e ligando o mesmo. Já que não vamos conversar, vou fazer meu trabalho. Sim, eu realmente tenho um trabalho para fazer de história, uma chatice, mas vale nota então, sou obrigada a fazer.

— O que está fazendo?

— Um trabalho.

Respondi simplesmente.

— Posso te ajudar?

— E você sabe alguma coisa?

— Está duvidando da minha capacidade? Pra sua informação, eu terminei o ensino médio e ainda fiz um curso muito bom de fotográfica.

Sorriu orgulhosa dela mesma, poderia até sorrir junto com ela se a mesma não fosse tão irritante. Não que ela seja a todo momento irritante, mas ela me irrita! Ainda mais quando me ignora pra ficar no celular.

— Deve ter ficado com várias nesse tempo.

Revirei os olhos, voltando a minha atenção para o computador. Na verdade, eu não estava com mínima vontade de faze-lo. Miley ficou em silêncio provavelmente porque é verdade o que falei. Qual é, eu nunca vou conseguir tirar da cabeça o que Mary me falou sobre ela ser de todas.

— Acho que meus pais já saíram, podemos descer pra tomar café.

Falei, desligando somente a tela do meu computador. Tinha quase certeza de que não iria voltar a liga-lo, realmente estou sem vontade nenhuma de fazer esse maldito trabalho.

— Está com fome?

Encarei Miley que estava sentada na cama, parecia perdida em seus próprios pensamento. Estalei os dedos a sua frente e a mesma piscou algumas vezes encarando-me.

— Está com fome?

— Um pouco, mas estou aqui pensando em como fazer você parar de ter tanto ciúmes.

— Miley, não estou com ciúmes! Só não gosto quando fica no celular podendo estar conversando comigo, como se nem se importasse se estou aqui ou não.

— Ei.

Miley segurou em minha cintura puxando-me para perto dela, abaixei meu olhar para encara-la já que a mesma continuava sentada na cama.

— Eu estava falando com Mike que iria te levar, só isso. Ultimamente a única garota com quem converso de verdade é você.

— Não me importo que fale com outras garotas, ta bom? Nem sei direito o que está acontecendo entre nós.

Toquei seu rosto, parando no instante seguinte.

— Vamos tomar café?

Afastei-me dela, indo em direção a porta. Nem ao menos vi se Miley me seguia ou não, apenas sai do quarto descendo as escadas as pressas. O que foi? Eu estava com fome. Ou talvez fugindo de um assunto que não quero falar agora.

— Fica a vontade, ok?

— Sua casa é enorme.

Comentou, parecendo maravilhada com todos cômodos que havia ali. A mesma sentou em um lugar a mesa, passando o olhar por toda mesa que ainda continuava do mesmo jeito que esta a quando meus pais estavam aqui, cheia de coisas que com certeza não comemos nem a metade.

— Minha mãe é um pouco exagerada então…

— Eu percebo, da pra comer uns dez aqui.

Riu e eu fiz o mesmo, sentando ao seu lado. Meu café era o mesmo de sempre, um suco -natural de preferência - e algumas bolachinhas. O suco de hoje era de laranja, um dos meus preferidos.

— Pode comer, ta bom? Está só nós duas aqui.

Falei ao perceber que ela ainda estava um pouco acanhada. Servi meu suco, enchendo meu copo quase até a boca. Assim que larguei a jarra, peguei o pacote de bolachinha abrindo o mesmo. Quase sempre é só eu que como esse tipo de coisa.

— Se quiser leite ou algo assim, pode esquentar no micro-ondas.

Apontei para o mesmo que ficava perto do armário, Miley assentiu fazendo um pão com doce para ela. E assim seguiu, depois de alguns minutos a loira realmente pareceu conseguir se sentir a vontade para pegar o que quisesse. Demoramos um pouco tomando café, talvez porque não parávamos de conversar nunca.

— Essa é a pior parte.

Reclamei, passando o guardanapo na xícara para secá-la. Miley lavava a louça enquanto eu secava e guardava. Confesso que preferia estar em seu lugar lavando já que odeio secar e mais ainda guardar.

— Ah, pensa que você está com uma pessoa maravilhosa te ajudando.

Piscou, rindo.

— Adorei sua humildade, Cyrus.

Falei, indo até o armário e guardando a xícara.

— Podíamos fazer isso aqui ficar mais divertido.

— Como?

Perguntei parando ao seu lado novamente. Não tem como isso ficar divertido, lavar a louça é a pior coisa que existe no mundo.

— Assim!

Sorriu, então senti meu rosto ser molhado. Abri a boca encarando Miley que ria descontroladamente de mim, de imediato peguei um copo enchendo-o com água.

— Dems, não! Não posso me molhar, eu não trouxe roupa pra trocar.

— Odeio você.

Bufei, desligando a torneira e largando o copo. Minha vontade era de pegar uma mangueira e a molhar inteira. Droga!

— Estava só brincando, anjo.

— Não me chama de anjo, você só me chama assim quando faz algo errado.

— Ei, claro que não!

Aproximou-se deixando-me encurralada já que a mesma estava a minha frente e eu encostada na pia. Senti seu corpo prensar levemente o meu contra o mármore, respirei fundo controlando-me por a ter tão perto de mim.

— Poderia chamar você de anjo a toda hora até porque eu amo te chamar assim, mas as vezes fico com medo que enjoe.

— Miley, ninguém nunca me deu apelidos assim, e vindo de você eu não enjoaria nunca.

— Eu sei.

Sorriu convencida.

— Idiota.

Murmurei, soltando uma pequena risada. Odiava quando ela me fazia rir sendo que eu estava brava com ela, mas a mesma tem esse poder sobre mim.

— Sabe eu li naquelas paginas idiotas de facebook que quando uma menina chama um garoto de idiota ela gosta dele, sabia?

— Mas você não é um garoto.

Arqueei as sobrancelhas.

— Mas você gosta de mim.

Sorriu, aproximando-se ainda mais de mim. Mordi o lábio inferior sentindo o nervosismo dominar todo meu corpo. Miley não parava um segundo de se aproximar, e eu como uma boba não sabia o que fazer então apenas ficava a olhando. Muitas vezes meu olhar foi a sua boca que estava cada vez mais perto da minha, cheguei até mesmo a salivar só de ver o quanto rosados eram aqueles lábios.

— Posso te beijar?

Ela sussurrou, com seus lábios pertinho dos meus. Fechei meus olhos assentindo, confesso eu estava morrendo de medo de fazer algo errado. Meu peito subia e descia com pressa indicando minha respiração ofegante devido ao grande nervosismo que estava só de a ter tão perto. Quando nossos lábios se conectaram, meu coração quase pulou para fora do peito de tão rápido e forte os batimentos. Não entendia muito bem como Miley pode ter um efeito tão enorme assim em mim, é como se já fosse tudo planejado.

Com calma, virei lentamente meu rosto para o lado indicando para a loira que eu queria mais que um selinho. Senti o seu sorriso contra meus lábios e suas mãos tocando as minhas. Miley fez com que eu entrelaçasse meus braços em seu pescoço e logo depois abraçou minha cintura aprofundando nosso beijo como eu queria. A cada segundo que passava aquele beijo ficava melhor, os movimentos que fazíamos uma procurando a outra deixava tudo mais maravilhoso. Aos poucos fui soltando-me mais, colocando minha mão em sua nuca e acariciando seu couro cabeludo, tendo em mente que ela gostava daquilo.

O beijo durou alguns minutos, minutos suficientes para que eu quisesse beijar Miley ainda mais. A mesma foi quem nos separou, deixando selinhos demorados e estalados em meus lábios.

— Você é maravilhosa.

Sussurrou, tirando uma mecha do meu cabelo para trás da orelha. Sorri de lado, abaixando minha cabeça e sentindo meu rosto queimar de vergonha. Me odeio por ser tão tímida e boba.

— Então, você vai ficar me beijando ou vamos terminar essa louça?

— Eu te beijando?

Abri a boca, surpresa com sua ousadia.

— Você que me beijou, Cyrus. Que fique bem claro.

— Mas você não me impediu então…

— Arg, vamos terminar isso logo.

Bufei, virando-me para a pia e pegando uma colher para seca-la. Senti os braços de Miley me rodearem, mas não liguei continuando com o que eu estava fazendo.

— Fica linda bravinha.

Beijou meu pescoço sorrindo em seguida.

— Hey!

Sorri por Marissa ter me atendido.

— Hey, Demi. Por que ligou? Sempre conversamos por mensagem.

— Preciso de um favor.

Sussurrei.

— Você quer sair hoje? Eu também.

— Só que tem um problema.

Me mexi na cama, observando Miley fumar perto da janela. Suspirei por um momento, não gosto de a ver fumar isso faz mal pra saúde e tenho medo que ela use coisas piores que o cigarro.

— Minha mãe não está de bom humor então, tem como a sua ligar pra minha?

— Posso tentar convencê-la, mas provavelmente consigo.

— Obrigado, você é a melhor.

— Então, como está sua amizade com Miley?

Seu tom mudou a falar “amizade”, Marissa nunca acreditou quando eu falava que eramos amigas e talvez ela estivesse certa em não acreditar. Soltei uma pequena risada antes de responde-la.

Nos beijamos.

Sussurrei, com medo de Miley perceber que estávamos falando dela, bom, ela já deve ter percebido só por eu estar falando o mais baixo possível.

Não acredito! Como foi? Me conta tudo, Demi.

Gritou do outro lado, afastei um pouco o celular da minha orelha. Ouvi a risada baixa de Miley então encarei a mesma que ria negando ainda admirando o local la fora. Me encolhi na cama, ela havia ouvido.

— Marissa, não posso contar agora, ela está aqui.

— Que? Ela está na sua casa? Miley dormiu ai? Vocês transaram?

— Marissa! Claro que não! Ela dormiu aqui sim, mas foi só um beijo, ok?

— Tudo bem, vou deixar você aproveitar bem sua amiga. — riu. — Falo com minha mãe quando chegar e te mando mensagem, e você vai me contar tudo.

— Tá bom, Marissa.

— Beijo.

Desliguei a chamada, deixando o celular de lado. Miley de imediato apagou seu cigarro jogando o mesmo fora, em passos lentos ela aproximou-se de mim. O sorriso de lado da loira não me agradava, o que será que vem por ai?

— Por que não contou a ela como foi? Eu gostaria de ouvir.

Sentou a minha frente, encarando-me intensamente. Encolhi-me, afundando meu rosto entre as mãos. Neguei varias vezes, não querendo tocar naquele assunto. Foi maravilhoso, é claro que sim, mas eu não sei se consigo dizer isso a ela porque infelizmente minha cabeça ainda está uma confusão.

— Dems, foi seu primeiro beijo, quero saber se gostou, se foi especial...

Deixou a assunto morrer, suspirando em seguida. Tirei as mãos do meu rosto, encarando ela que agora tinha o olhar nas mãos brincando com os dedos da mesma. Ela estava chateada? Deus, não! Isso é a ultima coisa que quero. Aproximei-me dela que estava sentada com os pés para fora da minha cama, sentei ao seu lado podendo sentir seu cheiro. Coloquei minha mão entre as suas, pegando uma delas e entrelaçando nossos dedos. Estava morrendo de saudades de sentir nossas mãos assim, quase como se fosse uma só.

— Foi maravilhoso.

Deitei minha cabeça em seu ombro, sentindo a vergonha tomar conta de mim.

— O problema é que ainda tenho algumas duvidas... — suspirei. — Meus pais me criaram dizendo que isso tudo é errado e às vezes, ou quase sempre fico com isso na cabeça. Quando estávamos nos beijando eu não estava pensando em nada além de nós duas ali, mas quando nos separamos a realidade parece voltar a me atormentar. Varias e varias perguntas vem a minha cabeça, e todas elas eu não sei responder.

— Sabe que não precisa responder essas perguntas agora, não é mesmo?

— Sei, mas uma hora terei que responder.

Miley suspirou, afastando-se para olhar em meus olhos. Nossas mãos continuaram entrelaçadas e eu agradeci mentalmente, porque se ela tivesse soltado poderia jurar que me deixaria.

— Você quer um tempo? Eu te dou, é só pedir e só volto a falar com você quando pedir.

— Não! Miley, é melhor mudarmos de assunto e fugir dele até onde der.

Esse é meu plano, fugir dessa confusão toda que está minha cabeça até eu ter coragem de enfrenta-la e decidir o que realmente eu quero. Não poderei viver assim pra sempre, certo? Eu e Miley nos escondendo. Tudo bem que a gente está se conhecendo ainda basicamente, mas e se um dia ficar serio?

A verdade é que eu não tinha certeza de nada, nem mesmo do dia de amanhã.

...

 

 


Notas Finais


Heeeey, finalmente conseguimos terminar o cap \o/

Quero a opinião de vocês para escrever o próximo capitulo não esqueçam de comentar porque só dependemos de vocês, beijos e até a próxima.


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