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História Take My Hand - Feelings


Escrita por: waewonwoo

Capítulo 3 - Feelings


Fanfic / Fanfiction Take My Hand - Feelings

Capítulo 3 – Feelings

 

Finalmente tínhamos saído da cama, eu estava sentado no balcão da cozinha e meu hyung andava de um lado para o outro tentando fazer o melhor café da manhã. Eu sempre oferecia ajuda, mas ele gostava de cozinhar para mim, então eu estava lá pelo apoio moral e alguns beijos roubados.

— Tá, quer ajudar? Corte aquela maçã, cuidado com o dedo.

— Eu não sou criança hyung.

— Tá, cuidado com o dedo.

Ele repetiu e me entregou a faca, comecei a tirar a pele e na hora de cortar, me machuquei. Por orgulho, tentei fingir que estava tudo certo, mas não parava de sangrar. Wonho me descobriu lavando o machucado na pia e desligou tudo do fogão.

— Senta na bancada. Eu não sei o que fazer com você Kyun, se machuca tão fácil.

Ele pegou o kit de primeiros socorros e logo meu dedo já tinha sido desinfetado, colocado um curativo e recebido um beijo.

— Obrigado hyung.

— Eu gosto de cuidar de você.

Pois é, ele sempre gostou...

 

— flashback on:

— Kyun, Changkyun. – Ouvi meu nome sendo chamado com calma, abri meus olhos e consegui focar a visão no hyung – O que houve?

— Como assim?

— Ahm, você está todo machucado. Brigou na escola? Alguém precisa ir lá?

Me sentei na cama e ele passou o dedo nos meus lábios, uma pontada de dor me fez lembrar cada segundo.

— Eu acidentalmente encontrei com meu pai no caminho...

— Kyun, ele fez isso mesmo? Ele quer que você volte?

— Não, ele só queria aliviar a raiva porque a mamãe foi embora, mas disse que não sente a minha falta e não quer saber onde eu estou morando. Disse que deu graças a deus que eu não dou mais despesa.

Wonho me olhava sério, ele levantou a mão para me dar um carinho, porém eu me encolhi. Foi um reflexo idiota e eu pedi desculpas, mas ele abaixou a mão e não tocou em mim.

— Senta, se encosta aí na cabeceira da cama.

Meu hyung se levantou e quando voltou tinha uma caixinha de primeiros socorros em mãos, então eu abri minhas pernas e ele se sentou no meio das mesmas. Com cuidado, pegou um pedaço de algodão e encharcou em antisséptico, depois com cuidado passou na minha boca.

— Vai arder um pouquinho.

Ele passou e não ardeu um pouquinho, ardeu pra inferno. Para o meu olho, ele buscou gelo e colocou por um tempinho apenas para desinchar.

— Eu não sei o que fazer com você Changkyun.

— P-Por que hyung? Eu dou muito trabalho?

— Não, porque eu quero te proteger e não consigo. Você quer ir denunciar ele?

— Não podemos hyung, eu iria pra um orfanato. Ainda preciso de mais um ano para me tornar um adulto. Se a gente ficar bem quietinho, ele não vai nos achar aqui.

— Eu fico tão irritado Kyun, mas tão irritado. Se eu encontrar esse homem na rua...

— Você não vai fazer nada. Você vai me proteger mais se ficar calado. – Ele tinha a mão fechada e eu a peguei, então dei um beijo e coloquei em meu rosto. Ele fez carinho na minha bochecha com o polegar.

— Eu vou te buscar na escola a partir de hoje. Nós vamos almoçar em casa, então eu volto para a faculdade para ter mais algumas aulas.

— Mas hyung... vai ficar complicado pra você.

— Não vai não. Eu te deixo na porta e te pego. Não é para sair de lá sem mim, tudo bem?

— Me sinto seu filho...

— Não pequeno, você é a pessoa mais importante pra mim. Eu vou fazer de tudo para te proteger, ok?

Eu assenti e ele me deu um beijo na testa. Eu me senti tão quente por causa daquele contato. Um beijinho de nada me deixou envergonhado e cheio de calor.

Não queria admitir sentimento nenhum a não ser de amizade, mas estava ficando difícil. E nada melhorou com essa nova configuração do nosso dia. Ele sempre deixava algo meio pronto de noite e comíamos rapidinho, mas mesmo assim, era mais tempo ainda que ficávamos juntos.

A minha cama nunca mais era entregue. Wonho telefonou o lugar e disseram que acabou no estoque. Nesse dia meu hyung ficou tão bravo e pediu o dinheiro de volta.

— É Kyun, você vai ter que fazer mais um esforço pra dormir comigo. Vamos ter que comprar outra.

— H-Hyung, você fica desconfortável comigo lá?

— Não, claro que não.

— Sabe o que eu pensei? A gente podia usar o meu quarto para fazer outra coisa, e eu durmo no seu...

— Ok pequeno, eu topo, depois a gente vê o que faz lá.

Eu sorri, amava dormir com o meu hyung, principalmente porque ele me abraçava no meio da noite e eu acordava bem quentinho ao seu lado.

Uma coisa que definitivamente chamou minha atenção, era a forma que Wonho se vestia. Na verdade, a forma que ele não se vestia. Antes nunca me incomodou, mas passei a vê-lo com outros olhos, então toda vez que ele saía do banho só de cueca, eu tinha um infarto, ou quando ele cozinhava usando apenas sua calça de moletom cinza, deixando à mostra seu abdômen definido. O corpo dele nas últimas semanas tem me dado pensamentos não muito castos e eu descontava da melhor forma que podia, no banho.

Certo dia, estava eu tomando meu banho, era quase 6 horas da tarde e normalmente de quartas feiras o Wonho chega mais tarde porque trabalha na empresa do seu pai. O chuveiro tinha uma água morninha e eu me lembrei do meu hyung andando para cima e para baixo com aquela cueca boxer branca que não deixava muito para imaginação.

Comecei a me tocar devagar, era tão bom e meus olhos fechados me permitiam imaginar Wonho me beijando, eu o tocando e mais um monte de coisas que eu tinha vontade de fazer.

Quando notei, estava chamando por “hyung” e logo antes de gozar, minha voz ficou mais alta ainda e eu gemi “Wonho hyung”. Minha respiração aos poucos voltou ao normal, eu me limpei e saí do banho totalmente satisfeito, porém, quando abri a porta, Wonho estava deitado na cama lendo um livro.

— W-Wonho...

— Hm?

— Chegou a muito tempo?

— Quase agora.

— Ah sim...

Eu fui sair do quarto, me sentia tão vermelho, podia explodir a qualquer momento. Fui para a cozinha e tomei um bom copo de água bem gelada.

— Kyun?

— Hm?

— Você está tomando banhos tão longos ultimamente.

— D-Desculpa hyung, eu vou diminuir.

— Não não, foi só uma observação, pode continuar. – Ele sorria largo, eu fingia que não entendia o que ele queria dizer, mas tinha 80% de certeza que ele tinha me ouvido. – Kyun, mais uma coisinha.

— Diga.

— Me chama de “Wonho hyung” de novo?

Ok, 100% de certeza que ele me ouviu. Eu corri pro quarto e bati a porta, então me deitei de bruços e enfiei a cabeça debaixo do travesseiro. Pouco depois Wonho vinha rindo e se jogou na cama do meu lado.

— Eu adorei Kyun, quer dizer que eu sou alvo da sua imaginação fértil?

— Não, é outro hyung... da escola, sabe? Você ouviu errado.

— Ah, não era “Wonho hyung” que você chamou?

— Não... era... hm... “Won hyung”.

— Won? Meu irmão, Hyungwon?

— Isso, é isso.

— Sério mesmo?

— Uhumm.

— Ah, desculpa então.

Ele me deixou sozinho e eu quis me jogar pela janela. Por que diabos eu fiz isso? Agora ele deve achar que eu gosto do irmão dele. Suspirei e não quis sair do quarto nem para jantar. Dormi o mais cedo possível para me esquecer do mico que eu acabei de pagar.

Wonho continuou me tratando como sempre tratou, então eu ignorei o acontecido.

Alguns dias depois, eu avisei meu hyung que não voltaria com ele para cada pois existia a possibilidade de eu ter que ficar na escola um pouco mais, contudo, acabei saindo no horário de sempre.

Entrei em casa e joguei minhas coisas no sofá, então fui direto para o quarto porque queria um bom banho. O verão já assolava nossos pobres corpos. Chegando no quarto, um cara grande estava por cima do meu hyung, eles ainda estavam vestidos e se beijavam loucamente. Eu quis sair correndo de lá sem dar sinal que estava ali anteriormente, mas eu puxei a porta com força demais e ela bateu. Corri para a cozinha e me abaixei do lado da geladeira, esperando que não fosse encontrado.

— Kyun? Kyun, você está aí? Shownu, a gente conversa depois, ok?

— Ok, até depois.

Ouvi a porta da sala fechando, então me permiti chorar. Só deus sabia como eu odiava chorar. Claro que meu hyung me achou rapidinho com o barulho do choro.

— Por que está chorando?

— Por que você acha?

— Ué, você não gosta do meu irmão?

— Wonho, por favor né? Você é tapado assim mesmo ou fez algum curso? Eu estava com vergonha! Não ia admitir que era o seu nome que eu estava chamando.

— Eu achei que...

— Tá, eu já sei que não é recíproco, tudo bem. – Me levantei e fui direto pro banho, ao sair, Wonho me esperava na porta.

— Posso falar?

— Não, tudo bem hyung, de verdade. Não quero que a gente estrague a amizade por conta disso. Só que era bom a gente comprar uma cama só pra mim, aí você pode trazer quem quiser e ter mais privacidade.

— Changkyun!

— Wonho!

— Kyun, eu estava com o Shownu porque pensei que você gostasse do meu irmão! Eu não tenho nada com ele, estava triste e carente. Eu gosto de você a tanto tempo seu idiota. Achei tão errado no começo porque você estava tão mal por conta das coisas com a sua família. Não podia me aproveitar desse jeito, então você foi melhorando. Quando você dormia lá na faculdade, eu acordava de madrugada e procurava algum sinal que você tinha se cortado. Changkyun, eu sempre me preocupei.

— Hyung...

— Você fez seus 17 anos, o que graças a deus poderia melhorar as coisas. Então aconteceu aquele beijo e você queria mais. Você tem noção que se eu te desse mais, talvez não ia poder parar? Você é tão inocente garoto! Me abraça no meio da noite, me deixa tocar em você, fica de cara fechada para todo mundo, mas se eu faço uma palhaçada, mostra o sorriso mais lindo. Você é transparente Kyun, eu posso ver através de você.

— Se pode, como sabia que eu não gostava de você também?

— Era a única coisa que eu não tinha certeza. Às vezes, você gosta de mim porque eu cuidei de você, te tirei de lá.

— Não hyung, eu gosto de você porque é a única pessoa que me ama de verdade nesse mundo, a que me protege, me faz sentir bem, me faz sorrir. Não sabia sorrir antes de você.

Wonho me puxou e me beijou. Eu quase pulei no colo dele, queria aquilo a muito tempo. Ele fazia um carinho na nuca e eu passei meus braços por seu pescoço. Como da última vez fui rejeitado, esperei ele aprofundar o contato. Logo a língua dele tocava na minha e eu me arrepiei todo, nunca tinha sentido algo bom assim.

Ele foi me puxando para o sofá e acabei ficando em seu colo. Eu era totalmente inexperiente, mas deixei que o instinto tomasse conta, porém, quando estava tirando minha própria camiseta, ele me parou e me fez vesti-la.

— Kyun... melhor não.

— Por que hyung, você não quer?

— Quero, muito, muito mesmo, mas não é assim que vai ser a sua primeira vez.

— Mas só de ser com você é especial.

— Fico feliz que pense assim, e acredite, eu quero você pelado na minha cama, mas não assim.

Eu assenti e o abracei, ele me abraçou de volta e com força. Eu queria ficar ali pra sempre, era tão reconfortante.

No começo, eu tinha medo de fazer qualquer coisa que ele não gostasse, então deixava meu hyung tomar as iniciativas. Dormir junto já era coisa do dia a dia, o diferencial eram os beijos que trocávamos e quando tudo ficava quente demais, Wonho cortava o meu barato. Dizia que eu era um adolescente cheio de hormônios e precisava me controlar.

Eu disse pra ele que nunca tinha namorado, então ele iria me ensinar tudo. Wonho me levava a inúmeros encontros, cinema, parque de diversões, jantares. A cada dia, eu estava mais apaixonado.

Meu hyung ainda recebia reclamações que eu não estava indo bem na escola, então ele passou a ser mais chato comigo nesse quesito, mas tudo bem, comecei a me aplicar e estudar bastante.

— Kyun, você já decidiu o que quer fazer na faculdade?

— Não vou fazer faculdade hyung.

E com essa afirmativa veio uma pequena discussão.

— flashback off.

 

— Alô Kyun. O que você tanto pensa aí, em?

— Penso que nem sei cortar uma maçã.

— Mas sabe fazer tantas outras coisas. Pode deixar que eu fico com a parte de te alimentar.

Voltei a me sentar na bancada e observava a habilidade que ele adquiriu com o tempo.

— Hyung.

— Hm?

— Obrigado por cuidar de mim desde aquela época.

— Você também cuidou de mim Kyun.

— É, mas... se não fosse você... talvez eu nem estaria aqui.

Wonho me olhou e largou o que fazia no fogão só por um instante para me dar um beijo rápido.

— Graças a deus você está.

— Não hyung, é graças a você.

 

Continua...


Notas Finais


espero que isto não esteja tão ruim e_e gosto desse couple.
enfim, quem puder deixa seu fave e seu comentário <3
até a próxima att.


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