História Take on me - Michaeng - O cinema

Chaeyoung... 

 

- Se você quiser eu posso mudar pra te agradar hoje mesmo. – Falei enquanto marcava o pescoço de Mina no banheiro onde Jimin me levou algumas vezes, quando a gente ainda ficava. Ela tinha dito onde guardava a chave e agora que foi expulsa só eu tinha poder sobre esse local, nem os alunos do terceiro ano tinham direito a ele. 

Eu e Mina havíamos fugido da aula de educação física depois do meu vexame, na verdade ela tinha fugido, eu tinha fugido também, mas foi do castigo. 

- Chaeyoung não é bem assim que se muda, você não tá entendendo o conceito. – Mina falava com a cabeça bem erguida, me dando espaço para chupar seu pescoço, enquanto suas mãos passeavam desenfreadamente pelas minhas costas, levantando meu uniforme. 

- Mas eu estou dispostas a fazer o que for preciso pra ficar com você. – Passei a língua em sua pele e depois a mordi com as pontinhas dos dentes, fazendo a japonesa dar um longo suspiro. Fiquei excitada e tinha gostado dessa ideia dela me mudar, talvez eu quisesse mesmo. 

- Você quer fazer isso mesmo ou só quer se aproveitar da situação para... – Mina me afastou, arrumando o cabelo e me encarando séria. 

Fiquei pensando naquilo, eu realmente estava com tesão na Mina e queria muito transar com ela, mas se eu estava dispostas a mudar então eu teria que baixar minha bola um pouco. 

- Eu quero mudar mesmo, o que você propõe? – Eu a encarei, cruzei os braços e esperei ela dá alguma ajuda, já que a ideia foi dela. 

- Primeiro, consegue passar uma semana sem ficar com ninguém sem ser eu? – Mina segurava o riso e eu até conseguia fazer isso, ficar sem ninguém, claro que conseguia, mas quando fui topar lembrei da porra da aposta que fiz com o meu irmão. Uma semana era pouca coisa, mas eu tinha que ficar com o máximo de pessoas possíveis para ganhar o dinheiro dele. Bem, da escola eu já fiquei com a SinB, Momo e Jimin, a Mina não conta como havia deixado claro com Felix. Isso era pouca gente demais, eu tinha que me superar. 

- Mina, e-eu não posso. – gaguejei – é que eu não posso te explicar bem o motivo, mas eu não posso passar uma semana sem ficar.  

- Caramba Chaeyoung é só uma semana, qual é o problema disso? – Mina saiu de perto de mim, ela foi para a frente do espelho perto da pia arrumar o seu cabelo. 

- Eu sei amor, é que eu... 

- Espera, você me chamou de amor? – Mina se virou rápido para mim. 

- Eu disse? D-Desculpa, não foi minha intensão saiu sem querer. – Fiquei vermelha, eu havia falado besteira. 

- Eu adorei. – Ela se aproximou de mim novamente e me abraçou animada. Será que eu estava iludindo a Mina? – Chaeyoung é só uma semana, vai? – Mina falou toda manhosa. 

- Então se eu topar eu ficaria só com você, não é?  - Perguntei com ela ainda me abraçando. 

- Sim. 

- Então nesse caso a gente poderia fazer...? – Se eu só podia ficar com ela então tinha que saber as consequências desse trato. 

- Bem, sim. – Mina me soltou – Mas nada de calcinha fio dental, ainda estou magoada com você pela última vez. – Mina fez um biquinho muito fofo. 

- Tá magoada, é? – Segurei sua cintura e a puxei para mim – Então diz o que eu tenho que fazer para você não ficar mais assim comigo. 

- Que tal muitos beijinhos? – Ela ainda matinha a pose de fofa brava. 

- Que tal todos os beijinhos do mundo? – Perguntei já depositando vários beijos pela sua bochecha e selinhos na sua boca. – Mina, me escuta precisamos falar sobre a Somi, não acha? 

- O-O que você quer falar sobre ela? – Mina me encarou assustada. 

- Eu acho que ainda penso nela, não sei. Seu objetivo era me ajudar e a gente acabou chegando até aqui, então depois dessa semana será que você poderia me ajudar? 

- Ah, é claro. – A expressão da Mina meio que caiu, antes ela estava toda animada, mas agora parecia triste. 

- Você ficou triste? – Tentei entende-la – Mina, a gente tá nessa por pura diversão nossa, não podemos nos levar a sério. 

- Você acha que não temos como ser um casal? 

- Você sabe que não, além disso você mesmo disse que não queria forçar a barra, o que deu a entender que você não queria algo sério. 

- Tem razão, eu tô sendo chata falando sobre isso. Eu vou te mudar para a Somi, então nosso lance tá de pé. Uma semana, Chae. – Mina piscou e depois de um beijo saímos de volta para a sala, eu não tinha ido para o castigo e ninguém precisava saber. 

Quando troquei de roupa e voltei para a sala os meninos zoavam comigo, me imitando cantando. 

- Seus manes! – Mostrei o dedo do meio para um grupo de garotos que estavam na porta da sala. 

- Chae, pra quem você cantou? – SinB perguntou quando eu me sentei em sua frente. 

- ãn? Como assim? – Perguntei sem entender. 

- Você falou antes de cantar “essa daqui é pra você”. 

- Ah sim, sobre isso é segredo. – Sorri e olhei para Mina discretamente, que me encarou sorrindo. 

Alguns minutos antes da aula acabar Tzuyu saiu para beber água e Dahyun veio sentar no lugar dela. 

- Fala, minha Dubu. – disse olhando para o rabisco que fazia na última folha do caderno. 

- Vamos sair sábado? 

- Pra onde? – Levantei o olhar para ela. 

- Cinema. – Dahyun me encarava cheia de expectativas – Desde de que voltamos as aulas não saímos nenhum momento, só ficamos jogando. 

- Isso é verdade, faz um tempinho que não saímos juntas. – Pensei naquilo e seria bom sair um pouco com elas pra variar – Eu topo, tô com saudades de pegar um cinema com você e com a Tzuyu. 

- A Tzuyu? – Dahyun me encarou assustada, não entendi o drama. 

- Sim a Zuzu, o que tem? – Perguntei. 

- Na-Nada, ela é nossa amiga então tudo bem se vier com a gente também, afinal, ela tem que ir não é? – Dahyun sorriu nervosa e me deu um tapa nas costas. Ela tava assim porque? Foda-se, dei nos ombros e voltei para o meu desenho. 

Quando a aula acabou fiquei na sala junto com Mina, ela havia fechado a porta e agora estava perto de mim, me abraçando pelo pescoço. 

- Poderíamos fazer algo no sábado. Tipo um programa bem casal, o que acha? – Mina me encarou sorrindo. Tenho que admitir, o sorriso dela era muito lindo. 

- Não vai dá. – Segurei sua cintura e colei seu corpo ao meu – Primeiro, não somos um casal e segundo, eu vou sair com as meninas no sábado, vou pegar um cinema. 

- Ah, entendi. – Mina falou rispidamente.  

- Ue, o que foi? Quer ir ao cinema com a gente, por mim tudo bem, quanto mais gente melhor. 

- Não faz sentido eu ir com vocês, eu nem falo direito com a Tzuyu e a Dahyun, além disso a questão não é essa. – Mina deu nos ombros. 

- Então é o que a questão? tô boiando. 

- Quer saber? Não é nada, tô criando um caso a toa. – Ela sorriu e me deu um selinho. – Então divirta-se com suas amigas, depois a gente marca alguma outra coisa, certo? 

- Ei, nós temos uma semana inteira só para nós, não acha que eu não vou querer aproveitar todos os dias? Acho que existem tantas coisas legais que podemos fazer juntas. Vamos juntas os seus gostos e os meus, o que acha? 

- Son Chaeyoung, você querendo fazer outras coisas que não seja sexo? Você realmente estar se esforçando. – Mina deu uma leve gargalhada e isso me deixou estranha, não sei como classificar. A companhia de Mina de uma certa forma me agradava e ela entrou na minha vida de forma sutil e conquistou um grande espaço, estranho, mas eu queria realmente Mina como minha... amiga. 

- Oh, eu nem tinha me tocado disso. – Sorri – Talvez eu esteja um pouco cansada desse lance de ficar com todo mundo. O negócio é dar um tempo. – Suspirei olhando para o chão e voltei a encara-la. – Vamos ter muitas coisas para fazer. 

Mina concordou então me aproximei lentamente dela, olhando fixamente para a sua boca, que estava entreaberta, era um convite para que meus lábios fossem até ali. Não demorou muito e eu encostei suavemente meus lábios aos dela, sentindo a maciez dos seus, a carne levemente cheia. Mina tinha um beijo delicioso e eu poderia dizer isso para qualquer um e para ela mesma a todo o instante. 

Nossos lábios se tocaram por pouco tempo até eu aprofundar o beijo, pedindo passagem com a língua para explorar sua boca e ela a minha. Minhas mãos ficaram comportadas em sua cintura enquanto as delas seguravam minha nuca calmante. Dava pra sentir o toque dela, que era tão delicado quanto o seu beijo, um beijo que por si já era envolvente e calmo, não nos encontramos em desespero, ali não havia ninguém que poderia quebrar aquele momento. 

- Chaeyoung, eu... – Mina falou quanto afastou sua boca da minha para recuperar o fôlego. 

- Eu sei, eu também tenho que ir. – Acariciei seus lábios com o meu polegar. – Prometo que vamos nos ver fora daqui. É o nosso trato de uma semana. – Peguei minha bolsa e pisquei para ela. 

 

No outro dia já era sábado e eu havia marcado com a Dahyun e a Tzuyu para irmos ao cinema, na hora a gente ia decidir o filme que iríamos assistir. 

- Posso ir com vocês? – Felix perguntou. Ele tinha entrado no meu quarto e me encarava através do espelho, onde eu estava fazendo minha maquiagem.

- Já disse que não, você vai querer levar o Lucas e sinceramente ninguém suporta o Lucas. – Fui sincera. 

- Você fala isso do Lucas mas foi ele que te livrou de ser expulsa. 

- Coisa alguma! Quem me livrou foi a Mina, o Lucas foi só um detalhe. – Me levantei com raiva – Vá você e o Lucas para o cinema, mas não comigo e com minhas amigas. 

Sai do quarto rápido antes que Felix enchesse ainda mais minha paciência. Eu não ia leva-lo e nem o Lucas, ambos eram idiotas demais. 

Fui até a estação onde encontrei Dahyun já me esperando, talvez eu tenha me atrasado um pouco. 

- Cadê a Tzuyu? – Perguntei quando me aproximei dela. 

- Ela não vai poder ir com a gente. 

- Por que? Ela nem me disse nada. 

- Parece que um parente dela de Taiwan chegou agora de viagem e ela vai ter que ficar com ele. – Dahyun explicou mostrando a mensagem que Tzuyu tinha lhe enviado. – Espero que não se incomode de irmos só eu e você. 

- E eu vou me incomodar com isso porque ,ue? Vamos logo se não a gente vai perder algum filme bom. – Segurei na mão de Dahyun e pegamos o metrô para o cinema. 

No caminho eu e Dahyun discutíamos sobre jogos e ela me dizia que estava jogando com um “amigo” que tinha feito nesse jogo. 

- Ele te dar skins? – Gargalhei – Tu arrumou tipo um sugar daddy dos jogos. É um cara? 

- Sim, o Nick dele é de homem, além disso ele me contou que era homem pelo chat. 

- Dahyun toma cuidado com quem você fala na internet, esse cara fica te dando skins só pra poder te rastrear. 

- Para Chaeyoung. – Ela me deu um tapa no braço. – Eu sei bem como me cuidar. 

- Sabe mesmo? – Arqueei uma das sobrancelhas – Você tá aí fazendo amizades com estranhos. Não marca encontro com ele, ok? 

- Não precisa me dizer o óbvio, só te contei porque eu o achei legal. – Dahyun lançou um olhar ameaçador e eu sorri com aquilo. 

- Ok, mas se cuida. Se acontecer algo é só me avisar. – Segurei sua mão – Vem, já chegamos. 

No cinema Dahyun decidiu que queria ver um filme de zumbis e eu não questionei. Fui comprar logo a pipoca enquanto ela pagava os ingressos, escolhi a pipoca média pois a grande era mais cara do que os dois ingressos juntos. 

Assim que Dahyun estava vindo até a mim eu a vi sendo abordada por duas garotas, eu ia até lá ver o que era, mas fui me aproximando aos poucos para ver do que se tratava, vai que fosse esquema. 

- Você é muito fofa, quer me passar o seu número? – A menina desconhecida perguntou para Dahyun. 

- O quê? 

- É, eu te vi toda atenciosa na fila do ingresso e achei que poderia arriscar. Você é realmente muito fofa. – Encarei Dahyun e ela realmente estava fofa hoje, saia jeans, sapato branco, blusa preta e bolsa de lado. Tipo, era a Dahyun de sempre, mas eu só me tocava das coisas quando alguém dizia. 

- E-Eu não sei... – Dahyun falou nervosa, eu tinha que fazer alguma coisa, ela estava desconfortada pra caramba com aquela abordagem repentina. 

- Vai, qual é? A gente conversa primeiro e depois vemos no que dá. Você gosta de garotas, certo? 

- É que e-eu vim com a minha namorada. – Dahyun me deixou impactada. Por que mentir assim jovem tofu? 

- Tá mentindo. – A garota a encarou muito desconfiada, Dahyun não sabia mentir nem para estranhos, puta merda. Era minha deixa. 

- Algum problema aqui? – Cheguei passando meu braço em volta da cintura de Dahyun e encarando as meninas que eram bem maior do que nós duas. 

- Vixi, a namorada. – A garota falou – Bem, desculpa incomodar vocês, eu não sabia. 

- Tudo bem. – Dei nos ombros e encarei Dahyun – Não posso te deixar um minuto sozinha que os outros já querem se aproveitar. Fofa, essa minha namorada. – Sorri – Vamos, o filme já vai começar. 

Deixamos as meninas para trás e entramos na sala do cinema, onde não tinha tanta gente e eu e Dahyun nos sentamos quase na parte de trás do cinema bem nas cadeiras do meio. 

- Que história é essa de dizer que era minha namorada? Tipo, eu não ligo pra isso, mas poderia ter dito que estava comigo como amiga mesmo, entende? – Me arrumei na poltrona e encarei Dahyun. 

- Desculpa, é que na hora eu não pensei em algo melhor que pudesse fazer aquelas duas saírem de perto de mim. Tá com raiva de mim? – Dahyun tinha um olhar preocupado. 

- É óbvio que eu não tô. Só que foi estranho – Sorri – Olha, porque você ficou assim hein? 

- Assim como?

- Depois de um tempo você ficou toda tímida e mais “compreensível” tipo, você não era assim antes. Aconteceu alguma coisa? – Eu queria melhorar o meu comportamento com as minhas amigas, então se estivesse acontecendo alguma coisa com a Dahyun eu realmente queria saber – Sabe que pode contar comigo, somos melhores amigas desde sempre. 

- Tem razão, mas não aconteceu nada – Eu a vi suspirar – olha, o filme vai começar.

Ela mudou de humor repentinamente, claro que ela não queria conversar e eu não iria insistir, teria que ser no momento dela. 

O filme de zumbie não era tão aterrorizante assim, mas Dahyun estava se pelando de medo ao meu lado e agora que eu tinha reparado não havia muitas pessoas na sala, acho que no máximo umas 7 ou 9. 

Dahyun estava abafando o grito o tempo todo, foi então que ela segurou minha mão e eu deixei, a coitada estava realmente levando o filme a sério e eu queria rir, não só dela como em algumas cenas do filme, tinha zumbis muito burros. Tinha horas que Dahyun apertava minha mão com força. Ela era muito forte. 

Finalmente o filme havia acabado e eu prometi para Dahyun comprar um milk-shake para nós duas. 

Fomos nos sentar na praça de alimentação para tomarmos nosso milk-shake de ovo maltine e Dahyun agora estava bem mais tranquila e eu poderia mexer no celular a vontade, que afinal eu tinha esquecido completamente. 

- Chae, eu tenho que te confessar algo. – Olhei para ela imediatamente e ela tava com os ombros encolhidos. 

- O que foi? Menstruou? Posso ir na lojinha comprar pra você, eu esqueci de botar dentro da bolsa. – Falei. 

- Você nem trouxe bolsa, idiota. E não é isso.

- Ah, é mesmo. – Dificilmente eu andava com bolsa. – Então o que foi? 

- É algo sério e que envolve você. – Dahyun encarava as mãos e eu não sabia o que era, fiquei pensando bastante até que tudo agora fazia sentido. Gente como eu não pensei nisso antes? 

- Eu já sei o que é e te confesso que já estava desconfiada. Dahyun quanto a isso eu não sei o que dizer, sabe? – Comecei, essa ideia era louca para mim, mas se estava acontecendo e eu teria que encarar com maturidade. – Eu não quero me afastar porque eu não sinto nada. 

- Então o que você pretende fazer? Eu não queria que isso tivesse acontecendo, só que aconteceu. Eu me sinto boba. – Dahyun segurou minha mão e eu a apertei. 

- Eu sei Dah, imagino como você se sente mesmo. Pior que nem dar pra dizer que é culpa minha. 

- Não é culpa sua, eu jamais disse isso, mas aconteceu. Essas coisas acontecem. – Dahyun estava totalmente firme segurando o choro. 

- Eu não quero que isso afete nossa amizade sabe, principalmente a minha e a dela. – Suspirei. 

- Como assim a dela? – Dahyun tirou a mão rapidamente - De quem você tá falando? 

- Tô falando da Tzuyu, a Tzuyu tá afim de mim, não é? 

- QUÊ??? 

- É mulher, eu saquei. Ela vive se incomodando quando eu tô indo ficar com alguém, ela e aqueles sermões. – Sorri ao lembrar – Ela não me engana, mas eu não posso ficar com ela, zuzu é minha amiga. 

- Então é isso que você acha? 

- Como assim? – Fiquei confusa. 

- Você acha que é a Tzuyu que gosta de você? – Dahyun me encarava séria. Por que ela estava com raiva assim? 

- Sim, só pode ser. – Pensei – Mas se não é ela então... – Encarei Dahyun desconfiada – É você Dahyun? Se for pode parar de brincadeira, isso nem pode acontecer entre a gente, somos parceiras, bro. Qual é? 

- Tem razão, idiota. Não sou eu é a Tzuyu. – Dahyun suavizou a expressão. 

- Eu sabia, dessa vez tô mais atenta. Me ajuda a contornar essa situação, Dahyun. – supliquei, mas meu celular começou a tocar. Era Mina e pedi licença a Dahyun para atender – Oi Mina? Não, atrapalhou nada não, tô terminando aqui. Eu ir até sua casa? mas aconteceu alguma coisa? Sua voz... ok, acho que em meia hora chego aí. Tchau. 

Eu e Dahyun saímos do shopping, ainda não havíamos terminado a conversa, mas também estava tarde para continuarmos. Me despedi dela e fui até o metrô que me levava para os lados de onde Mina morava. Já eram mais de nove horas e pelo fato do bairro da Mina ser de rico então era mais seguro, a Polícia sempre passava por ali e me encarava torto também. Foda-se, eu estava ali a pedido de Mina. 

Quando cheguei Mina me recebeu com um forte abraço pude perceber que ela estava chorando. 

- Mina, o que aconteceu? Eu tô preocupada. – Segurei suas mãos quando ela se afastou de mim. 

- Vamos lá pro meu quarto. – Concordei e ela me levou até lá. Ela só queria alguém perto dela, deitada com ela e a abraçando. Foi aí que ela chorou e eu a acolhi em meus braços. Esperei ela parar para perguntar – O que aconteceu? Me parte o coração te ver assim. 

- Meus pais de novo. – Ela fungou – Eles mentem e eu odeio mentiras. Mamãe demitiu Mi para passar mais tempo comigo, mas ela só me controla e passa zero tempo comigo. Ela mentiu quando disse que ficaria comigo, eu a odeio tanto e meu pai simplesmente não existe para mim, ele nem vive em casa mais. Eu estou tão sozinha. Desculpa ter te chamado aqui, eu liguei para as outras meninas, mas todas estavam ocupadas. 

- Que bom que me ligou. Eu viria de qualquer jeito. – Acariciei sua cabeça – Você nunca vai estar sozinha, Mina. Eu sempre vou tá aqui pra você, sempre. 

- Obrigada Chae. – Mina se sentou na cama e eu também. Ficamos nos encarando quando num movimento rápido avançamos uma na outra de forma feroz, onde nossos lábios se juntaram em um beijo necessitado. 

Puxei as pernas de Mina para ela vim para o meu colo onde pude avançar mais ainda contra sua boca e segurar sua cintura. 

As mãos de Mina passavam por de baixo da minha blusa, ela arranhava minhas costas, fazendo meus pelos se arrepiarem. Eu queria mais. Mordi o lábio dela com uma certa força, o puxando e depois voltando a beija-la. Mina quebrou nosso beijo  começou a chupar meu pescoço enquanto suas mãos saíram das minhas costas e foram para o botão do meu short. 

- Mina, você não estava triste? – Perguntei ajudando-a a desabotoar o meu short. 

- Mas eu também estou carente. – Ela falou enquanto ainda devorava o meu pescoço. Apenas assenti e tirei a minha blusa, ficando de short aberto e sutiã. Mina me observou com tamanho desejo que me deixou excitada. Ela estava me querendo mais que tudo, dava pra ver. 

- Você é muito linda, Chae. – Ela me deu um selinho. Seu olhar era penetrante.

- Você que é. – Passei minha mão para as suas costas e fui descendo até sua bunda. – Quer fazer isso comigo? 

- Quero. – Ela concordou – Na verdade eu necessito. 

Mina estava séria e depois de me encarar por um breve momento selou nossos lábios, sabendo o que iria acontecer depois.