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História Take on me - Michaeng - You in my head?


Escrita por: OnIcy

Capítulo 7 - You in my head?


Chaeyoung...

 

- Vai pra onde toda arrumada e perfumada desse jeito? – Felix perguntou parado na porta do meu quarto, que estava aberta. 

- Eu vou a um encontro. Diferente de você eu tenho uma aposta para ganhar. – Eu terminava de passar lápis nos meus olhos, coisa básica. Meu cabelo curto estava amarrado em um rabo de cavalo baixo e a parte da frente estava solta. Minha roupa era um short jeans básico, blusa vermelha e um casaco moletom por cima, além do meu tênis preto. Era algo bem básico já que eu ia para o parque com a Momo. 

- Vai ter que se esforçar irmã, eu já peguei 5 garotas. – Felix se gabava mordendo uma maçã que havia trazido consigo. 

- É fácil pra você que é homem e fofo, porra. Eu sou lésbica e nem todo mundo daquela escola é lésbica. – Me virei para ela. 

- Você pode pegar homens se quiser, vale também. 

- Qual foi a parte que eu sou lésbica você não entendeu? – Virei os olhos. Felix as vezes era tão burro ou irritantemente machista. Peguei meu celular e minha carteira que estava em cima da escrivaninha então parti. 

Cheguei na frente do parque alguns minutos mais cedo e o lugar já estava um pouco cheio, muitas pessoas andando correndo e já se divertindo. Fiquei insegura achando que Momo poderia me dar um bolo, mas ao contrário disso, quando deu sete e cinco a garota apareceu e confesso que ela estava muito bonita. Ela também estava de short jeans, rasteira e blusinha Branca. Momo estava a coisa mais linda com o cabelo preso, parecendo a Boo. 

- Desculpa a demora. – Ela pediu se curvando. 

- Demorou nada. – Sorri – Você tá bonita. 

- Obrigada. Vamos entrar? – Momo se aproximou de mim e entrelaçou nossos braços. 

- Vamos lá. – Fomos juntas e compramos os tickets para os brinquedos, ela não sabia por qual começar primeiro então escolhi um leve, o carrossel. Era bem divertido e fomos uma ao lado da outra. A única coisa chata era aquela música de circo irritante, mas Momo parecia que estava se dando bem. – Tá gostando? – Perguntei em meio a nossa diversão. 

- Já de cara. – Ela foi muito genuína na resposta. – A companhia não poderia ser melhor. 

- Valeu. – Sorri um pouco tímida para ela, mas logo voltei a minha confiança, depois que saímos do brinquedo fomos atrás do próximo, Momo parecia bem decidida a se divertir nos brinquedos e isso era bom, mas eu tinha vindo aqui para ficar com ela e fiquei um pouco chateada por ela não me dar tanta atenção. 

Fomos no Just dance e Momo realmente era dançarina, só provou o que eu já descobri na sua casa. Ela ganhou de mim, mas não era como se eu fosse a melhor dançarina do mundo, eu não chegava nem perto disso. Depois fomos na roda gigante, era mais tranquilo e dava pra dar uns beijos. 

Assim que sentamos e o brinquedo começou a subir segurei a mão de Momo. 

- O que foi Chae, tá com medo? – Ela me encarou. 

- Não é isso, é que eu quero ficar segurando sua mão mesmo. – Eu a encarei de volta. 

- Ah! – Ela soltou um suspirou – sabe, eu menti pra você. 

- Como assim? Onde você mentiu? 

-  Quando eu disse que não me importava com o que as pessoas pensam de mim, na verdade eu me importo e fico triste por julgarem a forma que eu sou. – Momo tinha um olhar preocupado, isso realmente era importante. 

- Olha, você é só o que você é e pronto. Não precisa ficar se sentindo culpada com o que os outros pensam, você é linda e pode conseguir quem quiser. – Acariciei sua bochecha. – Inclusive eu, eu estou caidinha pelo seu jeito. 

- Você é especial, Chaeyoung e eu pude sentir isso. Acho que foi por isso que me aproximei. Nossos corpos se conectam.

- Exatamente! Somos perfeitas juntas. – Na real, eu estava amando aquele papo. – Então não precisa se preocupar com o que as pessoas pensam de você, se concentra só em mim. 

Momo suspirou e abaixou a cabeça, não entendi aquilo. 

- Ei, o que foi? – Perguntei. 

- Nada, vamos só aproveitar. – Ela voltou a me olhar e sorriu. 

Não a beijei ali, mas no próximo brinquedo eu iria fazer isso. 

Saímos e fomos direto para o túnel do amor. Era um brinquedo cafona, era um carrinho que flutuava na água e que nos levava para um túnel cheio de coisas melosas. 

Assim que o carrinho entrou no túnel mal iluminado começou a tocar ‘Perfect’ do Ed Sheera. Aquele era o momento perfeito, eu iria avançar para cima de Momo quando meu celular vibrou. Justo agora quando o clima estava perfeito, como dizia a música? Olhei o celular e era Mina, me chamando para ir na casa dela porque a Somi estava lá e sinceramente, por mais que eu gostasse da Somi eu não queria ela me interrompendo agora. 

Quando fiz menção de responder Mina Momo tomou o celular da minha mão e me surpreendeu com um beijo. Era um beijo lento, que acompanhava o ritmo da música, e logo foi aprofundado por ela, que pediu passagem com a língua e eu permiti. Eu queria os lábios de Momo grudados aos meus a um bom tempo desde que nos encontramos a noite. 

Segurei firme seu rosto e fiz questão de acariciar enquanto estávamos naquele beijo lento, onde nossas línguas pareciam que dançavam ao som da melodia do ambiente. Momo era do tipo que beijava bem, mas seu beijo estava bem diferente desde a última vez. 

Aproximei meu corpo ao dela e desci uma das minhas mãos até sua cintura e desci mais ainda para o fecho do seu short. Senti o coração de Momo acelerar, foi quando eu desabotoei o botão do short dela e desci o zíper, ainda em meio ao beijo. Passei minha mão tranquilamente em sua intimidade, por cima da calcinha e fiquei girando o dedo na região até senti-la ficar molhadinha. Sorri em meio ao beijo e fiz questão de passar minha mão por dentro de sua calcinha, agora eu estava tocando a intimidade de Momo, sentindo a carne encharcada de sua região. Momo gemeu de forma manhosa, aquilo me fazia pulsar e querer chupa-la. 

- Tão gostosinha. – Falei arrastando meus lábios contra os lábios de Momo. 

-  Aqui não, Chaeyoung. – Momo tirou minha mão de dentro dela. 

- Mas aqui ninguém vai nos ver, vai ser rápido. – Falei sem acreditar que a Momo estava cortando o meu barato. 

- Eu te disse que ia te levar pra minha casa, não foi? 

- Sim, mas é que eu pensei que poderíamos fazer isso agora. Eu pensei que você iria gostar. – Não dava pra acreditar que a Momo que eu conheci era uma farsa. 

- Sim, eu quero transar com você só que não aqui e agora. Eu não tô no clima, eu só quero me divertir com uma amiga. – Ela cruzou os braços parecendo chateada – Da pra ser? 

Dei nos ombros, se ela queria assim...

Fomos em mais alguns brinquedos e eu tive que fingir que estava adorando, mas Momo estragou tudo, então quando deu dez horas nós fomos embora. Ela me deu um beijo na bochecha e partiu. Fui embora com raiva, eu poderia ter atendido a Mina e ter ido pra casa dela encontrar com a Somi, talvez valesse mais do que ficar com Momo naquele encontro chato.

 

Na escola eu já estava morrendo de sono, não consegui dormir bem e estava com um pouco de dor de cabeça, além da raiva que sentia da Momo. 

- A Dahyun não vem hoje? – Tzuyu me perguntou. Estávamos paradas na porta da sala, do lado de fora. 

- Ela não te disse nada? – Perguntei – Ela não vai falar comigo porque deve tá com raiva de mim, mas eu bem sei o que é melhor para ela. 

- Se um dia alguém te socar, por favor não diz que eu não avisei. – Tzuyu sorriu e eu fiz careta. 

- Engraçadinha. – Olhei para frente e avistei Dahyun vindo. Ela estava com um casaco roxo maior do que ela. – Olha ela vindo. 

Dahyun se aproximou de mim e de Tzuyu sorrindo, achei aquilo estranho. 

- Tá tudo bem, jovem? – Perguntei. 

- E porque não estaria? Hoje é sexta-feira e finalmente concluímos mais uma semana. – Dahyun me encarou com um largo sorriso e depois olhou pra Tzuyu, que me encarou sem entender nada. 

- Quer saber? Tudo bem porque eu preciso contar algo pra vocês. – Cortei o assunto, se Dahyun queria agir de forma estranha então tudo bem, eu a conhecia desde criança e não era a primeira vez que ela agia assim. 

- O que quer contar? – Dahyun ficou seria de repente. 

- É que no encon... – Parei quando Bangchan se aproximou de nós. 

- Oi Dahyun, queria falar sobre o trabalho. A sua parte tá ótima, agora o meu gráfico tem uma inconsistência, será que poderia me ajudar? Assim posso editar melhor no computador. 

Encarei Bangchan com raiva, ele tinha a cara de pau ainda de vim até aqui falar com a Dahyun e ainda na minha frente. O cara era um idiota. 

Esperei para ver o que Dhayun ia responder, mas ela ignorou ele completamente. Achei o máximo. 

- Vamos sair daqui meninas? – Dahyun perguntou sem encarar Bangchan. 

- Ok então... – Bangchan percebeu que havia levado vácuo e entrou na sala, o que me arrancou gargalhadas. 

- Que porra foi essa? – Tzuyu perguntou sem entender nada. 

- Foi a minha boa e velha Dahyun. – Abracei Dahyun feliz – Tô orgulhosa de você, tofu. Eu sabia que você iria fazer a coisa certa. 

- Coisa certa? Ele queria falar sobre o trabalho, porra. – Tzuyu falou como se Dahyun tivesse cometido um crime e eu encobrindo. 

- Nah, relaxa. – Dahyun deu nos ombros – É só um trabalho, além disso minha amizade com a Chae é mais importante. 

- Tá vendo Tzuyu, a Dahyun sabe valorizar uma grande amizade e você deveria fazer o mesmo comigo. – Mostrei a língua para ela. 

O sinal tocou para o começo da aula e eu não aguentei, acabei dormindo na cadeira e só acordei no intervalo. 

- Son Chaeyoung da próxima vez acordo você para resolver alguns cálculos na lousa. – O professor falou e então saiu da sala. Eu não tinha entendido era nada, tava toda desnorteada por causa do sono. 

- Bebê você dormiu a aula toda, tá tudo bem? – Dahyun perguntou se aproximando de mim e limpando o canto da minha boca com um guardanapo, eu tinha babado. 

- Tô com sono pra caralho. – Cocei os olhos e seguir as meninas para a cantina, iríamos enfrentar uma fila quilométrica só para comprar comida. 

 

Mina...

 

- Momo o que você tem? – Sana perguntou e eu encarei Momo, eu já havia notado que ela estava toda pensativa, mas ela não quis se abrir. 

- Nada, tá tudo bem. – Momo voltou para os seus pensamentos. 

- Sana ela não te disse nada? – Encarei a japonesa. 

- Não, essa daí entrou numa que nem eu posso fazer algo, mas o melhor é a gente deixa-la assim, vai por mim. – Sana piscou. 

O sinal tocou, finalizando o intervalo. 

- Momo qualquer coisa me chama, tá bom? – Me aproximei dela e segurei sua mão. 

- Tá tudo bem mesmo Mina, mas obrigada. – Momo sorriu e eu saí querendo acreditar naquelas palavras. 

A próxima aula era de educação física. Quem foi o responsável por montar nossa grade curricular e botar educação física como uma das últimas aulas da sexta? Fui até o vestiário com Jihyo e troquei de roupa e então seguimos para a quadra. Amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo e botei um short justo, blusa larga e tênis esportivos. Jihyo estava bem parecida comigo. 

- Vamos treinar um pouco de futsal? – Perguntei segurando a bola. 

- Vamos. – Assim como eu Jihyo também amava jogar futsal.

Ficamos trocando uns passes perto da trave, quando olhei para o lado e vi Chaeyoung perto das amigas dela secando Somi, que corria se exercitando pela quadra. 

- Jihyo, me arruma essa bola aqui. – Pedi com um plano idiota em mente. Quando Jihyo me deu a bola eu a chutei com uma certa força acertando a cabeça de Chaeyoung, que se voltou para mim e me encarou zangada. Fiquei rindo de sua cara e fiz sinal para ela limpar a baba no canto da boca. 

Chaeyoung pegou a bola e veio até a mim devolver. 

- Muito engraçado me agredir dessa forma. – Ela me mostrou a língua. 

- Você nem disfarça, tá todo mundo vendo tu toda idiota pela Somi. – Peguei a bola ainda sorrindo. 

- E daí? Se eu quiser eu me declaro pra Somi aqui mesmo. – Eu não duvidava do poder da Chaeyoung, ela tinha o dom de ser idiota. 

- E botar tudo a perder? Vai em frente, só quero ver a sua queda. – Sorri. 

- Droga. Quem foi o idiota que botou aula de educação física para um dos últimos horários na sexta? – Ela me perguntou um pouco chateada. 

- Eu também queria saber, compartilho da mesma indignação. – Olhei para Chaeyoung e de repente lembrei de Momo – Ei Chaeyoung, a Momo tá meio estranha você não tem nada a ver com isso não, não é? 

- quê? Eu não fiz nada. – Chaeyoung ficou toda na defensiva. Será se ela estava mentindo de novo? 

- É que vocês tiveram um encontro ontem daí hoje ela tá toda assim... então pensei que tinha acontecido algo. 

- Nem, eu cuidei muito bem da Momo, se ela tá com problemas então deve ser culpa dela mesmo. – Chaeyoung deu nos ombros. 

- Hum, ok. – Também dei nos ombros – Então não esquece que vamos sair amanhã. 

- Eu não esqueci, já até separei a roupa. – Chaeyoung sorriu e eu também. Nos despedimos e ela voltou para as amigas e eu para Jihyo. 

 

O resto da sexta-feira passou voando e finalmente sábado tinha chegado. Sana tinha me pedido pra passar a tarde com ela, mas eu me conhecia e conhecia a Sana, se eu fosse para sua casa acabaríamos bêbadas e hoje eu prometi que sairia com a Chaeyoung. 

Quando deu a noite eu já estava pronta, botei uma saia jeans, blusa colorida e um tênis básico, peguei minha bolsa com alguns pertences dentro e saí. 

Chaeyoung e eu iríamos nos encontrar em frente a estação Sul. Fui de uber até lá e quando cheguei ela já estava lá esperando. 

Chaeyoung estava com o seu estilo de sempre, tênis Preto skatista, short jeans, blusa preta e casaco. Me aproximei dela e a cumprimentei com um beijo na bochecha, notei que ela ficou surpresa com a minha atitude. 

- Você disse que iríamos dar um rolê pela cidade, não é? – Ela perguntou quando já estávamos andando. Aquele lado da cidade tinha muitas barracas com comidas e músicas. 

- já estamos fazendo isso. – Sorri e lembrei do nosso beijo, que havia acontecido há poucos dias, mas graças a isso eu não conseguia mais lembrar de Jeongyeon quando via Chaeyoung.

- Tem razão. – Ela sorriu meio sem graça. – Então vamos falar dela. 

- Dela quem? – Perguntei confusa.

- Da Somi, vulgo minha futura namorada. 

- Tem razão. – Balancei a cabeça, tentando entrar no assunto. 

- Você também concorda que a Somi é minha futura namorada? Que fofa. – Senti a cotovelada que Chaeyoung me deu, não foi forte. Os pensamentos sobre ela estava me fazendo falar besteiras. 

- Vamos com calma, eu realmente quero te ajudar, mas vai baixando a bola. 

- Eu estou 100% doada a você hoje. – Ela me encarou de forma bondosa, não estava com aquela expressão convencida ou algo do tipo, então poderia ser verdade que ela estava dispostas a me ouvir. 

- Eu acredito. – Sorri para ela – Vamos sentar naquela mesa e comer algo. 

Fomos na frente de um foodtruck e sentamos numa mesa, pedimos bebidas alcoólica e batatas fritas. Tanto eu quanto Chaeyoung tínhamos identificação falsa. 

- Então, qual o filme favorito dela? – Chaeyoung perguntou de repente. 

- Ela gosta de filmes de romance, acho que a barraca do beijo, é acho que é esse mesmo. Ela vive assistindo. 

- Credo, que mau gosto do caralho. – Chaeyoung fez uma cara de nojo que me fez rir. 

- Quais os seus filmes favoritos? – Perguntei realmente curiosa, Chaeyoung não tinha cara de que gostava de filmes. 

- Carol e A criada. 

- A Criada é um dos meus filmes favoritos, você tem um ótimo gosto. – Então quer dizer que eu e Chaeyoung tínhamos gostos em comum? Ela não era tão mau quanto pensei. 

- A Criada é muito bom vei, bem que a Somi poderia me levar pra casa dela pra “assistir” se é que me entende – Chaeyoung fez sinal de aspas com as mãos. 

Virei os olhos. Chaeyoung era meio safada. 

- Ela gosta de homens calmos e estranhos. – Lembrei dos caras que ela pegava. 

- Ok, eu entendi que ela pode ser heterotopzera, me ajuda com coisas importantes, eu quero me aproximar dela, quero poder tocar seus sentimentos, me fala de coisas que agradam a ela. 

- É um ótimo ponto. – Fiquei pensando quando a música do estabelecimento começou a tocar, era uma música agradável. – Ela gosta de pessoas dispostas, lembra quando você disse que topava sair pra qualquer festa? Então ela gostou muito, sempre faça as vontades dela, ela gosta. 

- Estou pronta para ser a cadelinha dela. – Chaeyoung me arrancou risadas com isso. 

Nossas batatas e bebidas chegaram, eu e Chaeyoung comemos e bebemos até não aguentar. Claro que não ficamos bêbadas, mas ficamos bem animadas e tontas. 

Saímos daquele estabelecimento e seguimos andando. Falávamos sobre Somi, eu contei a vida dela toda para Chaeyoung. 

- Por que não nos falamos antes? – Chaeyoung perguntou pensativa. 

- Somi só se mudou para a Coreia esse ano. – Lembrei a ela. 

- Não a Somi, falo de você. 

- De mim? – Fiquei surpresa com aquilo – Eu não sei, pra falar a verdade somos meio diferentes e teve todo aquele lance com a Jeongyeon...

- Tem razão. O bom é que eu não vejo problema de tá saindo com você, mesmo você tendo namorado uma das minhas melhores amigas. 

- Isso não quer dizer nada, além disso já nos beijamos. – Lembrei a Chaeyoung.

- Foi um beijo técnico. Mulher de amigo meu pra mim é homem.  – Chaeyoung ria feito idiota daquilo, o que me deixou zangada. 

- Eu não pertenço a ninguém. – Apressei os passos, deixando Chaeyoung para trás.

- Espera, Mina. – Chaeyoung correu um pouco e segurou meu braço – Desculpa, eu falei uma coisa idiota, eu não queria, acho que é todo esse álcool.

- Tudo bem é que esse lance com a Jeongyeon meio que sei lá, não quero lembrar. 

- Ainda gosta dela? – Chaeyoung perguntou e eu só balancei a cabeça negativamente.

- Eu não sei como foi o lance de vocês, mas eu não quero falar sobre isso porque tá te deixando triste. – Ela segurou minha mão e me encarou sorrindo. Que porra era aquela? De repente Chaeyoung estava incrivelmente encantadora, era a bebida, eu realmente estava tonta. 

- Desde quando você tem um sorriso tão bonito, Chaeyoung? – Me aproximei dela. Nós estávamos parada em frente a uma loja de conveniência em uma rua um pouco movimentada. 

- Eu não sei, mas eu tava tentando decifrar o seu desde que saímos do foodtruck ali atrás. – Chaeyoung se aproximou de mim, agora segurando minhas duas mãos, nossos dedos estavam entrelaçados, notei que ela era baixinha mesmo e era fofa. Droga, maldita bebida. 

Chaeyoung tirou uma das mãos e acariciou meu rosto suavemente. Fechei meus olhos para sentir o seu toque no meu rosto, foi quando senti seus lábios quente sobre os meus. Não fiquei surpresa pois já estava esperando por aquilo, a julgar pela forma que estávamos. 

Ela não aprofundou o beijo, apenas tocou meus lábios com os seus, os movendo vagarosamente. Era um beijo bom e diferente dos demais que já experimentei. Chaeyoung não beijava mal, mas eu não admitiria aquilo para ela não se convencer. 

- O que estamos fazendo, Mina? Estamos bêbadas – Chaeyoung falava ainda com os lábios juntos aos meus e de olhos fechados. 

- Eu tenho plena consciência de que estamos bêbadas – Talvez não fosse verdade – Você quer deixar rolar? 

- Não podemos. – Ela se afastou. – Você namorou com uma das minhas melhores amigas, ficar com você tá fora de cogitação. 

- Além disso eu estou te ajeitando para a Somi. – Não me importei com o que tinha acontecido entre eu e ela agora há pouco. Me afastei.

- É isso. – Ela sorriu jovialmente – Você tá me saindo uma ótima amiga e independente de Somi eu quero me aproximar de você. 

- Eu também, só que não dessa forma, da forma que acabou de acontecer. – Eu estava sendo honesta, Chaeyoung se provou uma ótima amiga e eu fiquei empolgada com isso, apenas. – Vem, tem um lugar que eu queria te levar, lá vende um sorvete muito bom e é um dos lugares favoritos da Somi. 

Minha noite e de Chaeyoung foi assim eu falando de Somi e ela me fazendo mais perguntas sobre Somi quase que o tempo todo. Foi até bom pois esquecemos o beijo que demos antes, que sinceramente não significou nada. 

No final do passeio Chae, agora ela me deixava chama-la assim, foi me deixar no ponto do táxi.

- olha toma cuidado e quando chegar em casa me manda mensagem. – Ela pediu pela janela. Eu estava dentro do táxi só esperando ela desencostar para pedir para o motorista dar partida. 

- Não precisa se preocupar, mãe, eu aviso. – Fiz Chaeyoung sorri, que afagou minha cabeça e se afastou. – Tchau Mina. 

O táxi partiu e eu encostei a cabeça no banco do carro sorrindo, lembrando desse rolê aleatório. Quem diria, eu e Chaeyoung... 


Notas Finais


Relevem os erros


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