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História Take on Me - Under Pressure


Escrita por: LadyRakuen

Notas do Autor


Hello People o/
Peço desculpa pela demora, as coisas ficaram bem loucas.
Tudo que eu pensei que ia ser semestre passado, acabou sendo tudo o contrario.
Prometo esse fim de semana responder os comentários, esse fim de semana sai!
Demorei, mas ta aqui o capitulo, espero que gostem.
Não vou enrolar muito aqui, vejo vocês nas notas finais.
Boa leitura!

Capítulo 39 - Under Pressure


Fanfic / Fanfiction Take on Me - Under Pressure

Sarah levou a xícara de chá, de sabor Melissa, até os lábios e saboreou a bebida. Seus olhos foram para a janela, onde pôde observar as pessoas seguindo seus caminhos. A neve tinha parado de cair, mas a temperatura continuava baixa. Em momentos assim, lembrava de sua cidade natal e sentia saudades do lugar.

Escutou Pepper se despedir e viu que desligou o celular.

— Então? — Perguntou a jovem, segurando sua inquietação.

— Nosso advogado e eu concordamos que é um contrato justo.

— Vamos comemorar! — Exclamou Sarah, colocando a xícara em cima da mesa. — Mas como?

A jovem estava alegre com aquele contrato que a namorada de seu pai e um dos advogados das Indústrias Stark analisaram. Era o contrato da sua primeira venda: um sistema de segurança. Depois de sua volta de Washignton, a Stark mais nova mudou de curso, preferindo estudar Ciência da Computação, um curso que ficava em outro campus e com pessoas novas. E um dos trabalhos pedidos foi criar um sistema de segurança, o que não deu muito trabalho a Sarah. Ao entregar ao professor, ele sugeriu vender o programa para alguma organização e a mesma seguiu o conselho. Não demorou muito para uma empresa fazer uma oferta e, por não ter conhecimento, pediu ajuda a Pepper, que aceitou de imediato.

— Que tal um jantar? — Sugeriu a ruiva.

— Adorei! — Exclamou Sarah, sorrindo. — Mas não está muito em cima da hora para organizar?

— Um pouco, mas creio que damos um jeito. — A ex-secretária de Tony pegou o celular, porém, antes de tocar na tela, sua testa enrugou. — Será que eles voltam hoje?

— Não sei. — Respondeu a garota, desanimada. — Eu queria ter ido ajudar.

— Você tem um acordo com os Vingadores.

Sarah bufou com o comentário. Os heróis tinham a convidado para fazer parte do grupo, mesmo seu pai e seu namorado não gostando muito da ideia, mas viram que era bom tem mais uma pessoa para ajudar. No entanto, o acordo era que sua vida de heroína não atrapalhasse sua vida acadêmica, por isso ficou para trás.

— Eu sei. — Dobrou os braços em cima da mesa. — Era só uma prova e uma apresentação de trabalho.

— Sarah, são coisas importantes. — Colocou a mão em cima do braço da mais jovem. — Vamos começar a planejar?

— Vamos. — Sorriu a Stark, mudando de humor. — Infelizmente, não podemos ir a um restaurante. — Bebeu o final do seu chá. — Podemos pedir para entregar, mas duvido que um restaurante chique vá entregar.

— Com o estômago que um certo herói tem, acho que seriam necessárias muitas entregas.

As duas tiveram o mesmo pensamento e riram, já que sabiam que era Thor a pessoa que mais comia.

— Contratamos um chef? Um buffet?

— Pode ser, vou ver aqui uma lista. — Avisou Pepper, mexendo no celular.

A jovem voltou a encarar a janela e notou um rapaz no outro lado da rua, ao observar um pouco mais, o viu pegando uma câmera profissional e logo entendeu o que ele queria.

— Tem um paparazzi no outro lado da rua. — Ela acenou para o fotógrafo. — Eu tento entender qual a fascinação das pessoas em saber cada passo das “celebridades”. — Fez aspas ao pronunciar a última palavra. — Não sou famosa.

— Sarah, você é filha do Tony e isso já lhe faz famosa.

— Odeio isso. — Virou o rosto, não querendo que o fotógrafo continuasse. — Às vezes, queria fazer algo louco.

— Nem pense nisso. — Disse num tom bravo.

— Calma, briga não. — Disse a jovem rindo. — Eu estava brincando.

— Nem pense. — O olhar que a ruiva lançou a Sarah a fez ficar quieta. — Fique com as patadas que dá a eles.

— Até dou patadas de leve.

Pepper riu e fez sinal para a garçonete levar a conta. Ao pagarem, se levantaram e saíram do estabelecimento, andaram poucos metros e encontraram Happy encostado no automóvel, aguardando-as.

— Estranho Louise não estar. — Comentou a namorada de Tony.

— Verdade. — Concordou, pegando o celular. — Vou descobrir o que aconteceu.

Apertou algumas vezes na tela até achar o nome da amiga, logo apertou em cima e levou o aparelho ao ouvido. Abriu a porta e entrou no carro.

— Espero que ela esteja bem. — Disse a ruiva assim que entrou e sentou ao seu lado. — Será que não é melhor irmos até o apartamento dela?

— Vamos esperar ela atender. — Sugeriu Sarah. — Pode ter acontecido algo com o pai ou irmão. — Escutou a ligação ser atendida. — Louise?

— Minha irmã não pode atender agora, Sarah. — Uma voz masculina disse. — Ela esqueceu o celular em casa.

— Thiago?

— Eu mesmo. — Riu com a voz de surpresa. — Como você está?

— Estou bem e você?

Sarah e Thiago se conheceram em uma das visitas que o rapaz fez à irmã, mas, após a queda da agência, eles acabaram se aproximando.

— Só cansado, ainda se acostumando com o fuso horário.

— Louise irá demorar para voltar?

— Não sei dizer, ela foi para o hospital.

— Ela está bem? — Indagou preocupada, ao ver que deixou a madrasta preocupada, informou que Louise foi para o hospital. — Não é nada grave, certo?

— Só uma gripe ou algo assim. — Respondeu, a tranquilizando. — Assim que ela chegar, peço para te ligar.

— Muito obrigada, Thiago. — Passou a mão nos cabelos. — E já aviso que está convidado para um jantar hoje no prédio dos heróis.

— Estarei presente. — Ela escutou algo no fundo. — Sarah, vou desligar, o serviço me chama. Até a noite.

— Até. — Desligou o aparelho e encarou Pepper. — Louise está no hospital, segundo o Thiago, é gripe.

— Liga para o Clint.

A jovem discou o número, porém, foi direto para a caixa postal. Tentou novamente, mas aconteceu o mesmo.

— Caixa Postal.

— Louise deve estar sendo atendida pelo médico, manda mensagem para que ligue para você. — Sarah digitou rapidamente e enviou a mensagem. Nesse momento a madrasta mostrou seu aparelho, onde estava o cardápio pronto. — Concorda?

— O que seria dos Starks sem você?

 

[...]

 

Hill olhava para a tela do seu iPad, sua expressão séria demonstrava o que sentia sobre o que tinha acabado de ler: mais uma notícia referente aos Vingadores, mas sobre os protestos contra os heróis. Desde que começou a trabalhar para Tony Stark, mais especificamente para o grupo de heróis, a ex-agente notou que o trabalho não era fácil, já que tinha de não só dar o suporte que eles precisavam, mas garantir que eles tivessem uma boa imagem, no entanto, cada vez que parecia que as coisas caminhavam bem, algo acontecia e acabava tendo o resultado oposto, mesmo que, no final, eles tenham salvado o dia.

Escutou o som da batida na porta, que a fez se endireitar na cadeira e cruzar as pernas, querendo manter a pose que usava na sua época da SHIELD. Mandou a pessoa entrar e deu um leve sorriso ao ver Sarah.

— Ei, Hill. — Cumprimentou a jovem ao entrar na sala. — Queria falar comigo?

— Sim, sente-se. — Apontou para a cadeira em frente à sua mesa. — Como está a faculdade?

— Está indo bem, acho que fiz uma boa escolha ao mudar, Ciência da Computação é um ótimo curso. — Respondeu, dando de ombros e se sentando. — Você não me chamou para isso, não é mesmo?

— Não, mas estava preocupada com sua adaptação. — Pegou seu iPad. — Você sabe da situação dos Vingadores?

— Referente a...?

— Aceitação de público. — Ela apertou na tela e entregou o equipamento à jovem. — Mesmo vocês salvando o dia, uma parte da população não os apoia.

Os olhos da jovem estavam fixos na tela, seus dedos deslizavam, mudando as notícias.

— Não podemos agradar a todos.

— A questão é quando não agrada quem deveria, como o governo. — Explicou, apoiando os braços na mesa. — Você sabe como funciona a política.

— Sei sim.

— Tudo é uma jogada para estar nas graças do povo, garantindo os votos na próxima eleição.

— Entendi. — Sarah colocou o eletrônico em cima da mesa. — Mas não estou entendendo uma coisa: por que está me contando isso? Não devia falar isso para Tony e Steve?

— Conversei com eles, mas o Capitão Rogers está mais preocupado em garantir a segurança da população. — Bufou. — Tony até tenta melhorar a reputação dos Vingadores, no entanto, não está dando certo.

— Acho que estou começando a entender... — Murmurou para si, não gostando da situação.

— Você pode resolver esse problema. — Pegou o iPad e tocou algumas vezes, depois virou novamente para a Stark olhar. — Fiz uma pesquisa rápida e notei que você é popular, principalmente entre os jovens.

— O quê? — Puxou o iPad para si. — Ter esse número de seguidores não significa que sou popular, muitos só seguem pelas coisas que posto sobre os heróis.

— Os comentários que deixam são muito positivos, ainda mais nas fotos da Coração de Ferro.

— Você ignorou os negativos?

— Não, os vi e, comparando com a quantidade dos positivos, são poucos. — Hill se inclinou na mesa e tocou na tela, onde mostrou um site que falava sobre a jovem. — A imprensa não pega tão pesado com você, as últimas matérias que fizeram tiveram uma grande aceitação, principalmente na qual você contou um pouco sobre ser uma heroína.

— Até eu fazer uma cagada.

— Não acho que fará. — Hill se ajeitou na cadeira. — E eu conto com que você não faça.

— Qual seu plano?

— Fazer com que você seja a cara dos Vingadores. — Sarah a olhou sem entender. — Quero usar você para melhorar a imagem dos heróis.

— Você acha que eu consigo? — Questionou a jovem.

Hill sorriu antes de contar todo seu plano, desde entrevistas até participação em eventos. Tudo que a ex-agente da SHIELD dizia era tudo que Sarah evitava fazer, por não gostar dessa atenção que a imprensa queria.

— Não precisa decidir agora. — Informou a mais velha. — Você tem até segunda de manhã para me dar uma resposta.

— Mas é pouco tempo, preciso pensar com calma.

— É tempo suficiente. — Rebateu séria. — Pode conversar com Tony, ele está ciente do assunto.

 

[...]

 

A porta do elevador abriu e Steve saiu, estava cansado depois da missão e desejava um banho para relaxar seus músculos, mas não poderia fazer isso sem falar com sua namorada primeiro. Não ficou surpreso quando Jarvis o informou que ela estava na oficina, concertando um dos robôs que fazia parte da Legião de Ferro.

A encontrou debruçada em cima do robô, em sua mão estava uma tela e ele pôde notar vários códigos. Observou que estava usando fones, então, não o escutaria se a chamasse. Pensou em assustá-la, como brincadeira, mas desistiu da ideia, pois ela poderia derrubar algo e quebrar, o que a deixaria zangada.

Se aproximou e a abraçou por trás, a fazendo dar um pequeno pulo. Ela deu um tapa na mão que estava lhe segurando.

— Não faz isso. — Brigou Sarah, tirando os fones e apoiando o iPad na mesa. — Posso ter um enfarte.

— Desculpa. — Depositou um beijo no pescoço dela. — E não é muito nova para isso?

— Sou, mas, com o ritmo de vida que tenho, não seria estranho. — Soltou um leve gemido ao sentir os lábios do namorado sobre sua pele. — Todos estão bem?

— Estão sim. — Respondeu, se afastando, lhe permitindo se virar para encará-lo. — Alguns arranhões, mas nada sério.

— E você? Só arranhões mesmo ou algo mais?

— Só isso, meu amor.

Ela se inclinou e o beijou levemente, porém, o vingador não a deixou se afastar e a puxou, voltando a beijá-la, mais profundamente. Steve a apoiou na mesa e aproximou-se dela o máximo que seu corpo permitia. Os dois se separaram por falta de ar.

— Eu estava com saudades. — Declarou Sarah num sussurro. — E, pelo visto, você também.

— Sempre. — Concordou, sorrindo.

Escutaram um miado e os dois olharam na direção, a jovem sorriu ao ver seu pai segurando a gata que ganhou de presente Steve.

— Oi, pai.

— Estava esperando ser recepcionado pela minha filha, mas quem eu encontro? A Rusty. — Fez um carinho nos pelos cinzas da felina, que miou de satisfação. — Arrow devia ser assim, um amor comigo. — Puxou-a mais pra si. — Aquele pulguento nem chega aos seus pés.

— Se você o tratasse como trata a Rusty, ele seria bonzinho com você.

A gata encarou a dona com seus olhos verdes e miou, como tivesse mostrado insatisfação pelo que foi dito.

— Ela não gosta daquele cachorro, mas vamos falar disso depois. — Entregou o animal a Steve. — Agora, meu abraço. — Ela o abraçou. — Soube da empresa. Meus parabéns!

— Obrigada, pai. — Se afastou e beijou o rosto dele. — Hoje terá uma comemoração por minha conta.

— Então, vou aproveitar.

— Parabéns, Sarah. — Cumprimentou o namorado, antes de passar o braço pela cintura da namorada. — Estamos orgulhosos.

— Obrigada, quero muito que dê certo e que venham outros pedidos de outras empresas.

— Falando em pedido. — Disse Tony, colocando a mão no queixo. — Preciso falar com você sobre uma coisa.

— Fiz algo?

— Além de não ter dito que me ama hoje, não.

— Pai, pra que falar se você sabe?

— É bom para o meu ego. — Tirou a mão do queixo e colocou ambas nos bolsos da calca. — Mas não se preocupe, você não fez nada. Só preciso da sua opinião sobre algo.

— Vou ver se terminaram de descarregar a nave. — Declarou o vingador mais velho antes de entregar a Rusty à dona. — Nos vemos depois.

Quando ele saiu do cômodo, Tony se apoiou na mesa, onde sua filha trabalhava alguns instantes atrás. A jovem encostou no móvel, ao lado do pai, e cruzou os braços.

— Pai, eu também preciso falar com você.

— Começa você.

— A Hill veio conversar comigo.

— Sobre ser a garota propaganda dos Vingadores? — Ela acenou em afirmação. — Vou te dizer o que disse a ela: você quem tem a palavra final sobre isso, não importa o que penso sobre esse assunto, você é quem decide.

— Mas qual sua opinião sobre isso? — Indagou curiosa.

— Como vingador, a ideia é boa. — O playboy parou alguns segundos, esperando alguma reação da filha. — Nossa imagem não está boa com o público, muitas pessoas acreditam que, por não termos alguém que nos controle, podemos ser perigosos. — Coçou seu cavanhaque. — Você é jovem, uma ótima vingadora e a mais normal do grupo, não tem um histórico problemático ou algo que faça as pessoas desconfiarem. — Colocou a mão no ombro da filha. — Você viu os protestos contra nós em vários lugares do mundo? — Ela assentiu em concordância. — Não importa o que façamos, uma parte do mundo vai nos odiar.

— Mas como eu posso ajudar nisso? Você acabou de dizer que uma parte do mundo vai nos odiar.

— Isso é verdade, só precisamos que não sejam as pessoas certas a nos odiar.

— Os políticos. — Manifestou Sarah. — Hill falou isso.

— Por ser a verdade... — Ele tirou a mão de seu ombro e cruzou os braços. — Eu tento, mas depois da conversa que tive com os políticos uns anos atrás, minha imagem não está das melhores.

— Entendi.

— Como disse, essa é minha opinião como vingador. — Sarah olhou curiosa. — Como pai, não acho toda essa exposição boa, não desse jeito. — Parou para refletir. — Os paparazzi já te perseguem e jornalistas querem uma palavra com você por ser minha filha e, agora que é uma Vingadora, as coisas estão piores. — Stark encarou sua filha. — Já tem pressão demais sobre seus ombros para não errar em cada passo que toma e, como heroína, esse peso só aumenta. Quero que você tenha privacidade e seja uma jovem normal. — Sarah acenou, concordando. — Acho que não devia se meter nisso, deixe que nos viremos para consertar isso.

— Obrigada. — Agradeceu, já tendo alguma ideia de qual decisão tomar.

— Quando precisar conversar, é só me chamar. — Avisou, sorrindo para sua filha. — Mudando de assunto, você e Pepper se dão muito bem.

— Sim, nos damos muito bem por termos algo em comum. — Concordou Sarah.

— Claro que sou eu.

— Não, por sermos mulheres inteligentes e de personalidades parecidas.

— Verdade, mas também por causa de mim. — Apontou para si e riu, mas logo depois ficou sério. — Você gosta muito dela?

— Pai, por que está fazendo essas perguntas?

— Porque estou pensando seriamente em dar mais um passo no nosso relacionamento e eu quero saber se você está de acordo.

— Por que eu não estaria? Eu amo a Pepper, ela se tornou uma figura materna para mim e você demorou demais para isso.

— Casamento é uma coisa séria e eu sempre acreditei que é uma vez na vida. — Explicou Tony. — Estou perguntando, pois não é só a minha vida que vai mudar, a sua também.

— Mudar como?

— Pode ser que você ganhe um irmão ou irmã.

Aquelas palavras a deixaram surpresa e com ciúme, não esperava que sentisse isso do Tony Stark. Sarah aprendeu a gostar de toda atenção que ele lhe dava e de saber que era a única, mas, só de imaginar perder aquilo, não gostou do que sentira.

— Alguns casamentos resultam em filho ou filhos.

— Sim e eu espero que tenhamos. — O vingador levou a mão até o pescoço, mostrando o nervosismo. — Sarah, depois que soube da sua existência e esse convívio que estamos tendo, eu descobri que amo ser pai.

— Eu reparei. — Abaixou a cabeça para encarar sua gata, que a olhava com seus olhos verdes.

— Se tivermos filhos, saiba que não vou amá-la menos ou deixar de amá-la. — Passou o braço por seu ombro e a puxou para si. — Você sempre será minha princesa.

— Até se tiver só meninas?

O tom de insegurança fez Tony beijar o topo de sua cabeça. Não entendia o porquê de sua filha ter dúvidas da sua relação de pai e filha.

—Sim, até se tiver só meninas. — Soltou uma risada leve. — Nunca esqueça que eu te amo e que sempre vou te amar.

— Também te amo, pai. — O abraçou, mas logo se separou, pois a felina miou de insatisfação. — Agora me mostra o anel.

— Eu ainda não comprei, quero sua ajuda para escolher.

— Ainda bem, se depender do seu gosto, esse casamento não sai.

— Não exagera. — Sarah o olhou feio. — Eu só errei uma vez.

— Uma vez comigo, imagina quantas com a Pepper. — Ela se afastou e sorriu. — Com minha ajuda, ela terá o anel de noivado mais bonito que existe.

 

[...]

 

A porta do elevador abriu e Sarah saiu, a sala de jantar estava arrumada: tinha uma grande mesa, com catorze cadeiras, sendo uma em cada ponta. Na mesa, tinha alguns arranjos de flores, mas pequenos para não atrapalhar as conversas, tudo de tom neutro, já que era só uma comemoração. Perto do móvel tinha outra mesa, que continha já algumas bandejas e travessas, onde ficaria a refeição.

Ainda não tinham chegado muitas pessoas. Steve e Tony conversavam em frente à janela, Natasha estava no celular e a jovem desconfiou que trocava mensagens, enquanto Pepper falava com uma moça.

Ao ver Sarah, a namorada do Stark disse algumas palavras à mulher e se afastou. A inglesa se aproximou e sorriu para a ruiva.

— Está tudo bonito, mas não está chique?

— Claro que não. — Respondeu Pepper, rindo. — Eu só coloquei algo na mesa por parecer tão vazia para mim, mas posso tirar se preferir.

— Não, não precisa. — Soltou um suspiro de alegria. — Precisa que eu faça algo?

— Sim, se divirta. — Colocou a mão no ombro da jovem. — Você merece!

— Eu sei.

Seu sorriso aumentou ao ver seu pai e namorado se aproximando. Tony foi o primeiro a cumprimentá-la, com um beijo em seu rosto, logo depois foi Steve. Ele passou seu braço pela cintura da mesma e sorriu.

— Onde estão todos? Estou com fome. — Declarou o bilionário, observando em volta.

— Estão chegando. — Declarou Potts e, no mesmo momento, a porta do elevador se abriu, saindo Hill, Happy, Anna e Banner. — Viu, se aquiete! Além disso, não está pronto ainda.

— Com a quantidade que tem que ser feita por causa do Thor, vai demorar. — Brincou Sarah.

Não demorou muito para os outros aparecerem, exceto Louise e Clint. Todos esperaram por alguns minutos, Natasha e Sarah tentaram entrar em contato com ambos, mas não tiveram sucesso e, por esse fato, todos concordaram que um deles deveria ir até o apartamento do casal, no entanto, a mais jovem recebeu a mensagem do arqueiro, informando que teria um atraso. No mesmo momento, Pepper anunciou que o jantar seria servido e todos se prepararam para comer.

O clima estava alegre, todos conversavam e riam enquanto desfrutavam a refeição. Sarah colocou o copo com suco em cima da mesa antes de segurar a risada, depois que seu pai contou sobre uma das missões dos heróis em que o Hulk e o Thor acabaram aprontando, algo que a jovem estava acostumada. Seus olhos desviaram de seu pai para a porta, não havia sinal de Louise e de Clint.

Sentiu o toque quente da mão do seu namorado em sua coxa e sorriu ao encará-lo.

— Se tivesse acontecido algo, já saberíamos. — Disse Steve, tentando acalmá-la.

— Não sei não. — Acenou para Natasha, que conversava com Anna, chamando sua atenção. — Algum sinal daquele casal?

— Nada. — Respondeu, pegando seu celular.

No mesmo instante, a porta do elevador se abriu e Clint saiu, sozinho, o que deixou todos surpresos. Sarah se levantou e foi até onde o vingador estava. Ele abriu os braços e a abraçou, não só para cumprimenta-la, mas para parabeniza-la.

— Quando Louise me contou, fiquei muito feliz. — Disse quando ela se afastou do abraço. — Não surpreso, porque você é muito inteligente.

— Obrigada. — Seus olhos foram na porta, estranhando. — Cadê Louise? E o Thiago?

— Os dois estão em casa. — Respondeu antes de se dirigir para o lugar vago, que presumiu ser seu. — Ela manda desculpas, ainda não se sente bem.

— Gripe? — Indagou Steve, preocupado.

— Sim e das fortes. — Respondeu o arqueiro. — Thiago ficou com ela.

— A pomba te expulsou de casa? — Questionou Stark.

— Exato. — Confirmou o arqueiro. — Ela não achou justo segurar os dois e pediu que eu viesse.

— Melhor eu ligar pra ver como ela está. — Comunicou a jovem Stark.

— Quando eu saí de casa, ela estava dormindo. — Avisou Clint. — Liga mais tarde, porque nesse momento ela está descansando.

Sarah se sentou no seu lugar para voltar a jantar, concordando com Barton. Ela pensou por alguns segundos se tinha algo sendo escondido, porém, a ideia foi logo descartada, já que não tinha motivo para isso.

 

[...]

 

Louise escutava atentamente o que sua amiga, Sarah, falava ao telefone. Seus olhos estavam fixos em seu irmão, que estava encostado no batente da porta, só observando o que ela fazia. A expressão da mais velha era séria e, cada resposta dada para a filha do Stark, forçava a voz soar um pouco feliz, já que não estava bem.

— Vou me cuidar, prometo. — Garantiu a moça depois de ouvir pela quinta vez sua amiga informando sobre os cuidados. — Quando estiver melhor, comemoramos seu sucesso... Vir amanhã? — Olhou para seu irmão que só deu de ombros. — Posso ligar pra confirmar? Não sei como vou acordar amanhã... Tudo bem... Vou aproveitar e me deitar... Tchau.

Desligou o aparelho e o colocou em cima da cama. Soltou um suspiro de cansaço e recostou no travesseiro, que estava apoiado na cabeceira do móvel. Fez sinal para seu irmão se aproximar e sentar ao seu lado, já que sabia que o mesmo queria conversar.

— Não era melhor ter dito a verdade?

— Agora não é o momento. — Louise começou a explicar. — Muitas coisas estão acontecendo desde a queda da SHIELD e muitos problemas surgindo. Eu tenho medo que essa informação vaze e...

— Vocês virem um alvo. — Completou Thiago, entendendo sua irmã.

— Exato. — Concordou, colocando sua mão sobre a dele. — Por sorte, meu relacionamento ainda não vazou para o público, não sei se terei a mesma sorte com a gravidez. — Pousou a outra mão sobre seu ventre. — O melhor a fazer é manter segredo, por enquanto, e seguir com o plano.

— Acha que eles irão acreditar?

— Com sua ajuda, da Natasha e da Anna, claro que iremos conseguir.

— Quando as duas souberem, vão pirar. — Comentou o mais novo. — Vão contar quando?

— Hoje, Clint vai falar com Natasha e ela irá falar com a Anna.

— E amanhã colocamos o plano em ação. — Ela somente acenou em confirmação. — Agora precisamos resolver mais um detalhe.

— Esse que eu mais temo.

— Boa sorte em contar ao nosso pai. — Disse, pegando o celular e entregando à sua irmã. — É melhor eu sair e começar a montar outra estratégia.

— Por que montar outra?

— Porque nosso pai vai matar Clint Barton.

 

[...]

 

Sarah guardou o celular no bolso da jaqueta e se ajeitou no sofá, voltando para os braços de Steve, que estava sentado ao seu lado. Ao sentir sua namorada contra si, beijou o topo da cabeça e a puxou para mais perto dele.

— Como ela está? — Questionou Steve, preocupado.

— Melhor. — Respondeu a jovem, o olhando. — E eu irei visitá-la amanhã.

— Que horas pretende ir? Porque quero ir também.

— Ela falou que ligava para confirmar. — Respondeu preocupada. — Louise quer ter certeza que estará melhor. — Os dois ficaram em silêncio, observando os convidados interagindo na sala. — Steve, queria conversar com você sobre uma coisa. — Avisou a jovem, se afastando para encará-lo.

— Aconteceu algo?

— Não, nada aconteceu. — Sorriu para tranquilizá-lo. — É sobre uma coisa que a Hill pediu.

A Stark contou para seu namorado sobre a conversa com Hill e sobre a opinião de Tony. Steve ouvia atentamente e já formava em sua mente a opinião a respeito do assunto. Não gostou de Hill ter colocado Sarah naquela situação, já que sua namorada não gostava da atenção que recebia da mídia.

— Eu concordo com o Tony sobre você decidir. — Expressou o herói quando ela terminou de falar. — Mas minha opinião é que você não tem que ter essa responsabilidade.

— Por quê? — Questionou curiosa.

— A pressão será enorme. — Respondeu Steve, pegando sua mão. — Não é algo que quero que você se responsabilize, já tem muito com o que se preocupar.

— Se eu quiser fazer isso?

— Eu vou apoiá-la. — Afirmou, sorrindo. — Mas esteja preparada, a mídia não pega leve e você sabe por ver o que seu pai passa.

Sarah se lembrou das matérias que leu sobre os heróis e o quanto Tony lutava para melhorar as coisas, mas, às vezes, dava tudo errado e piorava a situação.

— Eu vou pensar com calma e segunda dou minha resposta.

— E qualquer que seja sua escolha, estamos ao seu lado.


Notas Finais


O que acharam?
Próximo capitulo é o ultimo antes de entrarmos em Era de Ultron e pelo meu planejamento vai ser muito bom, principalmente que alguém irá aparecer...
Peço paciência, pois esse semestre é meu ultimo do curso e já estou desenvolvendo TCC (me desejem sorte)
Agradeço todos vocês lerem minha história e não desistirem de mim!
Beijos


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