História Take on Me - Youre here and Im Never Alone

O homem olhava o tablet com as últimas notícias da herdeira do império Stark. Nos últimos meses ela estivera na mídia, dera algumas entrevistas e mostrara um pouco seu lado. Na universidade, tinha as melhores notas e ganhara algumas competições. Ele sabia que sua inteligência seria muito valiosa para sua organização.

- Senhor, o Barão Wolfgang Von Strucker chegou. – Disse o soldado entrando na sala.

- Mande-o entrar.

- Sr. Alexandre Pierce, sabe que não tenho tempo para reuniões.

- Eu também não, mas preciso saber o andamento do projeto. – Disse Pierce sentando numa poltrona.

- Está bem, em breve estará já em construção, mas falta uma peça chave... As armas também estão em andamento.

- Ótimo. Em breve terá essa peça, quando tirarem da geladeira e levarem para outro lugar, vai ser o momento perfeito para pegar.

- Bom, muito bom. E as aeronaves? Estão prontas?

- Estão sendo finalizadas.

- E quando vamos ter a jovem Stark nas nossas mãos? Eu vou precisar dela. – Disse o Barão cruzando as mãos atrás das costas.

- Em breve. Ela precisa me ajudar e então o soldado capturará para você.

Alexandre cruzou suas mãos e pensou que tudo estava indo conforme o plano.

[...]

- Cadê aquele papel que eu deixei aqui? – Perguntou Sarah a si olhando os papéis espalhados à sua volta.

Dr. Banner tirou os olhos dos papéis que lia e observou a bagunça que a mais nova Stark fizera: o laboratório estava cheio de papéis espalhados e sua lousa digital com fórmulas. Desde que as aulas haviam voltado, Sarah não saía quase da oficina, já que estava empenhada no novo projeto do curso. Ele coçou o queixo pensando em qual papel ela se referia

- Sarah, qual exatamente?

- Oh! Esqueci de você ai... É o que fiz o rascunho do novo robô de desarmar bomba.

- Sarah, você fez três modelos... Qual deles?

- Droga, o que está sujo de molho de churrasco.

O vingador localizou a folha em cima da outra mesa, perto dos equipamentos. Pegou-o e o entregou para Sarah, que estava sentada no chão.

- Valeu, espinafre. – Agradeceu a garota olhando a foto.

- O que você está tentando criar? – Perguntou o doutor sentando numa cadeira.

- Na verdade é melhorar. Eu pensei nos robôs que desarmam bombas, eles são bons, mas cometem muitos erros. E assim quebro a cara do meu professor, acredita que ele sugeriu construir uma arma? Só porque tenho Stark como sobrenome, tenho que seguir os negócios da família... Ou eram os negócios, o Homem de Lata pulou fora.

- E não acha que está dando muito duro? Que tal uma pausa?

- Acho que to precisando. É que eu quero que seja perfeito, isso pode ajudar e muito. – Disse Sarah se levantando e sentando na cadeira ao lado de Banner.

- E vai ser, mas tente não se matar junto.

- Pode ficar sossegado que não vou. Se eu morrer a agente Petrov não teria mais trabalho por aqui e seria muito triste pra você.

O rosto do doutor ficou vermelho de vergonha, o que fez a garota rir.

- Então, como vai sua versão do Jarvis? – Questionou o cientista para mudar de assunto.

- Está quase pronta, tive de parar por causa desse projeto. Ainda to na dúvida sobre qual vai ser o nome. – Sarah viu uma pasta na mesa e pegou. – Projeto Ultron? O que é isso?

- Um projeto do seu pai. Ainda é só um rascunho. – Respondeu Banner pegando a pasta.

- Por que será que sinto cheiro de confusão...

- Quer o que, teu pai está no meio. – Disse Annabelle entrando segurando uma bandeja com bebidas. – Achei que ia querer um chá.

- Obrigada, Nanny McPhee. – Agradeceu Sarah pegando uma xícara.

- Eu odeio esse apelido. Aceita um, Dr. Banner?

- Obrigado, Anna.

Ela pegou a xícara e o entregou. Suas mãos se tocaram e sentiram faíscas. Banner soltou uma tosse e desviou o olhar enquanto Anna somente sorriu. Sarah segurou a risada ao presenciar a cena. Notou que tanto ela quanto Tony perderiam a aposta do jeito que estava indo.

- Planeja ficar quanto tempo mais aqui? – Indagou a agente sentando na mesa e pegando sua xícara.

- Achei que tinha se acostumado com o tempo que passo aqui.

- Você passa bastante tempo aqui, mas não tanto. Normalmente faz algo. Parou até seu treinamento por um tempo.

- Foi necessário.

- Devia sair, por que não faz isso? Chama aquela garota que fez amizade. Melinda, não é?

- Ela foi ver o namorado em Nova Orleans. – Respondeu a jovem sem tirar os olhos do papel.

- Não fez amizade com mais ninguém? – Perguntou Banner.

- Infelizmente, a maioria quis se aproximar por causa do meu sobrenome. Somente Melinda mostrou não ser interesseira.

Sarah conhecera Melinda na biblioteca quando uma garota fora azucrinar a pobre garota. A jovem Stark foi defender a menina e desde então as duas ficaram amigas.

- Bem, eu vou treinar, qualquer coisa que precisar me chame. – Anunciou Anna saindo da sala.

- Vou para meu quarto, preciso descansar. – Disse Banner também.

Os dois saíram e Sarah só acompanhou com os olhos.

- Saindo ao mesmo tempo? Como não desconfiar que vai ter pegação? O Hulk vai dar as caras...

Os dois entraram no elevador e apertaram os botões para os respectivos lugares que iam. Annabelle cruzou os braços, querendo mostrar que não ficava abalada perto do doutor.

- Vamos ter um pouco de sossego, já que Tony vai viajar. – Comentou a agente.

- É bom, posso me concentrar sem problema nos meus projetos.

- Como na bermuda do Hulk.

- Como você sabe?

- A curiosa da Sarah contou.

- Pior que o pai. Tenho outras coisas, além da bermuda.

- Tudo bem. Você está tenso, descansa o resto do dia. –Sugeriu Anna o olhando.

- Vou fazer isso. Vou tomar um banho bem quente e deitar um pouco.

As portas do elevador se abriram mostrando que um dos andares havia chegado. Banner saiu com as mãos no bolso.

- Quem sabe precise de ajuda nesse banho? Se precisar, sabe onde me encontrar, Dr. Banner.

O cientista corou com o comentário e antes que pudesse responder, a porta se fechou e só ficou encarando o lugar, pensando se não ouvira errado.

[...]

Tony e Pepper chegaram somente à noite na Torre e ambos estavam cansados. Depois de reuniões da empresa e sobre o que fariam com o terreno da mansão de Malibu, os dois voaram de jato para Nova York, para descansarem antes de ir para uma pequena viagem para terem um tempo de férias de tudo.

- Não entendo porque Sarah não nos acompanha. Ela ia adorar Paris ou Milão, podíamos passar em Liverpool para ela matar saudades. – Comentou Tony enquanto aguardavam o elevador.

- Ela explicou o por quê. Ela tem algo que você nunca gostou de ter.

- O que, querida?

- Responsabilidade.

- Puxou a mãe. Ainda bem, porque teríamos problemas. – O elevador chegou e os dois entraram.

- Jarvis, algum problema enquanto estivemos fora?

- Não, senhor. Tudo está em perfeita ordem.

- Vamos ao quarto da Sarah, ela deve estar lá já. – Disse Pepper apertando o andar.

- Ela está no laboratório, srta. Potts.

- Essa hora? Vamos lá. – Disse o playboy apertando o botão do andar.

- Se me permite, senhor, é o lugar em que ela está passando mais tempo.

- Tal pai, tal filha. – Comentou Pepper com a mão na cintura.

Quando os dois chegaram, notaram um silêncio no local.

- Cadê a babá? – Perguntou Tony olhando em volta.

- Deve estar no quarto descansando. Você quer que ela fique grudada vinte e quatro horas na Sarah?

- Sim. – Respondeu subindo as escadas. – Algo pode acontecer com minha filha.

- Exagerado. O prédio é um dos lugares mais seguros do mundo.

- Eu sei, mas ela devia estar lá.

Pepper o seguiu. O herói ao cruzar a porta estava prestes a brigar com a garota quando encontrou-a deitada no chão dormindo, no meio de alguns papéis. Tony sentiu seu coração apertar, se aproximou e sentou no chão perto dela, ele achou que não veria aquela cena.

- Tony...

- Ela parece tão indefesa assim. – Ele passou a mão carinhosamente no rosto dela. – Eu quero que ela fique segura.

- E ela está. Melhor acordá-la, para ir para a cama.

- Não, não vamos perturbar o sonho.

Tony pegou ela no colo e se levantou. Sarah se mexeu um pouco e colocou a cabeça no ombro de seu pai. Ele sentiu seu coração apertar, nunca pensou que teria aquele momento com a filha.

Os dois evitaram fazer o mínimo de barulho até chegarem no quarto, onde Stark colocou delicadamente a garota na cama, tirou os sapatos e a cobriu.

- Sabe, Pepper, eu pensei que tinha perdido isso... Esse momento que é muito frequente na infância, mas eu consegui.

- Tony, não fica assim. – Pediu a ex secretária colocando a mão em seu ombro.

- Esse buraco me incomoda, perdi tanto. Olho para aquelas fotos e não me conformo por não estar lá.

- Mas agora ela está aqui e você está fazendo parte.

- Eu não quero decepcioná-la.

- E não vai.

Ele segurou a mão da namorada e esta apertou-a em conforto.

- Vamos dormir.

Ela saiu do quarto, os deixando. Tony se curvou e beijou a testa de Sarah.

- Eu te amo, filha. Vou protegê-la.

[...]

Sarah saiu do elevador segurando o tablet onde trabalhava na sua versão do Jarvis. Entrou na sala de jantar, onde encontrou Annabelle tomando café.

- Bom dia, Bela Adormecida dois.

- Bom dia, fada quase madrinha. Dessa vez, não quis jogar só jogar o cobertor em mim, me levou pra cama. –Disse a jovem sentando em frente á. agente.

- Grande demais para te pegar no colo e levar para cama. Ainda bem que te cobria, sabe que é dificil de te acordar, mesmo falando o nome de uma certa pessoa.

Antes que pudesse responder a altura, uma voz grossa invadiu o local.

- Nome de quem acorda minha garotinha? Só pode ser o meu. – Disse Stark se aproximando de Sarah.

-Tony, menos. – Pediu a garota preparando sua torrada

- Bom dia, querida. – Se inclinou e beijou a testa da garota. – Bom dia, vampira.

- Me diga que não assistiu aquela série. – Pediu a jovem Stark.

- O final do episódio, enquanto esperava começar a minha série favorita. Tenho culpa se a personagem tem quase o mesmo sobrenome da nossa babá. A nossa é Petrov e a da série Petrova, quase igual. – Contou Tony sentando na cadeira da ponta, ficando entra a agente e sua filha. – E fui eu que te coloquei na cama, não ia te deixar dormindo num chão frio e duro, como uma certa pessoa. Agora, nome de quem?

Sarah mordeu a torrada e olhou feio para a agente, que respondeu dando os ombros, antes de beber o suco. O bilionário encarava as duas, tentando entender aquela conversa silenciosa.

- Ninguém importante. – Respondeu a garota.

- Não diga que é algum garoto da universidade? É aquele que a vi conversando essa semana? Vou ter que pedir para o Banner ir comigo da próxima vez.

- É alguém que você conhece – Murmurou Anna.

- Como disse, Petrov?

- Ela não disse nada. Vamos tomar café em paz.

- Preciso saber quem é o cara, tenho que ser o pai bravo e que põe medo. Tá no contrato dos pais. Ser mau com o namorado da filha.

- Tony! Eu não to namorando.

- Não tá não, mas quem sabe futuramente. – Comentou Anna, inocentemente.

Sarah sabia de quem a agente falava, e sabia que Steve não pensaria aquilo dela, como ela não pensava aquilo dele. Ou era assim que a garota queria pensar.

- Minha princesa é muito jovem para isso.

- Eu não gosto que me chame assim.

- Mas é, princesa do papai. – Provocou Stark recebendo um gemido como resposta. – Agora o nome.

- Tony, sabe que garotas da idade dela tem paixão por idolos e como inglesa que é, tem queda por príncipes. – Explicou a agente, encarando o pai da jovem.

A Stark engasgou com o chá ao ouvir as palavras da sua segurança.

- A família Real?! Sério mesmo, Sarah?

- Príncipe Harry é bonito.

Ao olhar para a agente, esta piscou. Anna queria que Tony descobrisse sozinho do clima que estava rolando entre Sarah e Steve.

- Minha filha queda por um príncipe. O que falta agora?

[...]

Sarah estava ao lado do carro, enquanto Happy guardava as malas. Pepper explicava tudo para a jovem, caso precisasse de algo. Tony só falava algo aqui e ali e concordava com o que sua namorada dizia. Ela só balançava a cabeça concordando, não queria que os dois se preocupassem, eles precisavam de um tempo à sós para se acertarem, mesmo que o clima estivesse bem entre eles, era só uma fina camada que a qualquer momento podia desmoronar.

- Tudo bem, podem ficar tranquilos. Vocês só vão ficar fora quinze dias, nada mais. Não é como se eu pudesse destruir o prédio nesse tempo. – Brincou a jovem Stark.

- Dá para destruir em cinco minutos, querida. – Explicou Tony.

- Se precisar de nós é só ligar que voltamos correndo.

- Pepper, relaxa. Eu vou ficar bem. A babá e o brócolis vão cuidar de mim, e não esqueça da sra. Pombo que vai vir vez ou outra aqui ficar de olho.

- Tem certeza que não quer vir? Podemos no final passar em Liverpool, para você matar a saudade. – Disse Tony tentando convencê-la a ir junto.

- Obrigada, mas fica para a próxima.

- Quer alguma coisa? Algo específico? – Perguntou Pepper.

- Que fiquem inteiros e não se metam em confusão. Isso é para você, Tony.

- Eu não faço nada, sou inocente!

- Sei que tem nossos celulares, mas coloquei na sua escrivaninha os números dos hotéis. Não pense duas vezes antes de ligar.

- Tudo bem.

- Ahh, quase esqueci. Tem uma revista teen querendo fazer uma entrevista com você, disse que ia falar contigo.

- Pepper, mais uma não... Eu só aceitei dar aquelas entrevistas por pedido seu.

- Tudo bem, eu peço para minha secretária dispensar. Tchau, querida.

Pepper se aproximou e beijou a testa da moça, gesto repetido pelo pai. Ambos entraram no carro, Sarah acenou em despedida e acompanhou por olhar até sumirem de vista. A moça soltou um suspiro feliz, já que as coisas estavam se ajeitando e não via nenhum problema à frente. Foi ao elevador e quando a porta se abriu, Annabelle sorriu para sua protegida.

- Sarah, tem planos para hoje? – Perguntou a agente.

- Acabar meus projetos. – Respondeu entrando no elevador.

- Pode esquecer, hoje vamos para Washington.

- Pra...?

- Fury pede sua presença imediatamente.

[...]

Sarah não entendia porque Fury a chamara. Ás únicas coisas que ligavam ela a agência era sua segurança e o motor que construiu junto com Tony, então acreditou que fora chamada por causa da segunda opção. A garota queria muito saber quem tinha tentado sequestrá-la, mas a pessoa que sabia levara o segredo para o túmulo. Uma coisa que a jovem desconfiava era que era a mesma pessoa, ou pessoas, que Aldrich havia falado. Aquilo ainda a intrigava, mas ela preferiu jogar para o fundo da mente, já que no momento vivia em um dos lugares mais seguros do mundo. A Torre dos Vingadores.

- Chegamos. – Anunciou Anna ao seu lado no carro.

A garota olhou pela janela e viu o prédio da organização. Não escondeu a surpresa, era diferente do que imaginava, sua mente criara uma imagem de um lugar escondido e não tão na cara de todos.

O carro parou, Sarah saiu e, ao ver o diretor as aguardando, foi logo em sua direção.

- Seja bem vinda, Sarah. Agente Petrov. – Acenou para a agente.

- Michael Jordan, pensei em algo mais...

- Mais? – Questionou arqueando a sobrancelha.

- Escondido... Mas até que não é ruim. – Comentou olhando em volta. – Você não me chamou aqui só para mostrar sua casa da árvore... O que quer?

Os dois começaram a andar, a Stark sentiu alguns olhares sobre si, a deixando desconfortável.

- Você e seu pai fizeram um trabalho maravilhoso nos motores das novas porta-aviões, acho que não teremos problemas tão cedo.

- Tony contou que conheceu bem o outro motor, ele viu bem de perto. – Contou Sarah.

- Eu vou precisar de mais um favor da família Stark. Pediria ao seu pai, mas ele tirou umas pequenas férias com a srta. Pepper...

- E já que fiquei para trás, por que não pedir a mim, não é mesmo?

- Sim, e creio que você se sairá melhor que o Tony.

Ele apontou para o elevador e as duas seguiram. Nick apertou o andar e o elevador começou a subir, Sarah se virou e teve a visão de uma parte da cidade.

- Você podia falar isso na cara dele, só para agradar meu ego? – Indagou a jovem, rindo.

- Ele já sabe disso. – Comentou a agente Petrov.

- Será? – Questionou a garota.

- Vai querer ajudar? – Perguntou Fury.

A porta se abriu e os três saíram.

- Eu não sei se tenho horário na minha agenda. To com projeto da universidade, tem os meus projetos pessoais, treinamento, aula, vida social...

- Desde quando você tem vida social? – Perguntou a segurança.

- Desde agora. Eu posso abrir espaço se ganhar algo?

Ele abriu a porta e as duas entraram e ele em seguida. Fechou e sentou-se em sua cadeira e Sarah na que ficava em frente a mesa. A agente preferiu ficar encostada na parede.

- O que gostaria?

- Bem, ainda não sei. Quando souber, pedirei.

-Vê lá o que você vai pedir.

- Não vou pedir para matar ninguém, isso eu garanto. – Esticou a mão. – Fechado?

- Fechado. – Respondeu Fury recebendo o aperto.

Anna só balançou a cabeça já sabendo que não ia prestar aquele pedido. Os dois soltaram as mãos e Sarah sorriu, um sorriso de quem ia aprontar e aquilo não agradou nem um pouco a agente.

- Agora, vamos aos negócios, pirata, o que eu devo fazer?

- Preciso que verifique e melhore as placas de alvo dos porta-aviões.

- Quando posso começar?

- Imediatamente.

A jovem pediu para ir a um hotel primeiro, para preparar seu quarto, já que não planejava dormir na S.H.I.E.L.D, e deixar seus pertences que havia trazido, por causa de sua intuição. Passou pelos corredores sozinha, em razão de Annabelle estar numa reunião com Fury. Seus olhos estavam no tablet, lendo as informações que foram passadas sobre o funcionamento não só das placas como dos porta aviões. Ela estava tão entretida no que lia que não notou uma pessoa se aproximar e bateu de frente. Antes que pudesse atingir o chão, duas mãos seguraram sua cintura. As suas foram para o ombro de seu salvador e não deixou de sorrir ao ver quem era.

- Steve... Muito obrigada por me segurar.

- Cuidado, Sarah.

Ela se endireitou, mas não se soltou, nem mesmo ele fez algum movimento. Os dois se olharam e seus rostos estavam tão próximos que as respirações se misturavam. Os dois não se viam fazia algumas semanas, somente trocavam algumas mensagens, mas nada muito frequente. Desde o Natal ambos ficaram mais próximos, algo que deixou algumas pessoas felizes.

- Quem diria que eu veria essa cena. – Brincou uma voz masculina.

Os dois se separaram ao verem Clint observando-os. O arqueiro segurava a risada ao ver ambos vermelhos, e se arrependeu por não ter tirado uma foto do momento.

- Oi, papagaio.

- Oi, Stark. Veio nos visitar? Estava com tanta saudade de nós?

- O tapa olho me chamou para resolver um problema em um dos equipamentos. – Respondeu notando que não estava segurando mais o tablet.

Steve encontrou-o perto do pé da moça, se abaixou e pegou, o equipamento não fora danificado, mas seus olhos foram para o texto que mostrava na tela, mas não conseguiu entender muito.

- Aqui está. – Disse entregando o tablet.

- Obrigada.

- Então está trabalhando para a S.H.I.E.L.D? – Indagou Steve.

- Posso dizer que é um bico. O que posso dizer, eles precisam de mim.

- Vai ficar muito tempo?

- Alguns dias, Legolas. Vocês vão me ver muito aqui, caso não saiam em missão.

O Capitão sorriu com a resposta, poderia ver a Sarah perdida pelos corredores.

- Conhece a cidade? – Indagou Clint, formando uma ideia na cabeça.

- Não, cheguei hoje. E não sei se alguém me mostraria a cidade, acho que a babá quase perfeita vai querer me levar.

- Steve pode te mostrar a cidade, não é?

Steve encarou o amigo, não acreditando na sugestão, mas então viu que seria bom porque passariam mais tempo juntos . Clint aumentou o sorriso, ao notar a expressão de surpresa de Sarah e por ler os pensamentos do companheiro.  Eles precisavam passar um tempo juntos sem ninguém em cima.

- Não precisa, sei quanto vocês agentes são ocupados.

- Acho que é uma boa ideia, também não conheço tudo. Podíamos descobrir juntos.

- Não quero atrapalhar.

- De modo algum, estou sem missão e o máximo que faria é ver o que perdi. Pode ser amanhã?

- Claro.

- Ótimo! Você hospedada aonde?

- Num hotel, eu vou pegar o endereço correto e te mando mensagem.

Os dois trocaram sorrisos, ambos ficaram animados.

- Capitão, Hill quer falar com você sobre a nossa missão. – Disse Natasha se aproximando. – Oi, Sarah, não sabia que estava aqui.

- Oi, aranha. Vim resolver um problema.

- Amanhã ás nove horas.

Steve se afastou e não escondeu a expressão de alegria que não passou despercebido pela agente, que ao olhar para Clint só apontou para Sarah e ela entendeu. Os dois se afastaram ficando somente Clint e Sarah.

- Acho melhor avisar a Anna que amanhã você tem um encontro. – Avisou o Gavião.

- Não é um encontro, é um passeio entre amigos. Deixa eu ir no laboratório encontrar o ratinho que fez esses cálculos.

Sarah se afastou e começou a cantarolar uma música do Queen, não escondendo o quanto seu humor melhorara. Clint pegou o celular e discou para sua namorada para contar as novidades.

- Clint. Estou meio ocupada agora.

- É rápido, amor. Só queria que soubesse que seu plano ta dando certo. – Contou o arqueiro andando na direção oposta de Sarah.

- Qual plano? Ta falando da Sarah e do Steve?

-Sim, amanhã eles vão sair para conhecer a cidade. Eu sei que você tinha pensado que isso ia acontecer em Nova York, mas vai ser em Washington.

- Não importa, meu plano ta funcionando. A primeira etapa foi cumprida, fizemos os dois se aproximarem e até darem presentes um para o outro de Natal, fora a troca de mensagens. Foram poucas, mas melhor que nada. Agora o primeiro encontro, achei que teria que fazer alguma coisa. Bom é que é bem longe do Tony.

- O Tony nem desconfia.

- Melhor assim. Vamos ver no que vai dar.

- Você aguarda ela te ligar, que é provável que isso aconteça hoje ou depois do encontro.

- Dependendo de como for, vamos para a segunda parte do plano.

- Vai fazer mesmo o que planejou? – Perguntou Clint parando em frente ao elevador.

-Sim, e isso vai acontecer assim quem ambos estiverem na cidade.

A porta se abriu e ele entrou.

- Você seria uma ótima agente, com essa sua mente estratégica.

- Sr. Metido, se eu fosse uma agente, eu seria a melhor.

- Agora me diga o que vai aprontar.

- Querido, só na hora certa.

- Marrentinha...

- Nem sob tortura.

- Me aguarde... Quando eu voltar vou fazê-la falar. – Disse o agente imaginando várias formas de fazê-la contar.

- Isso é uma ameaça?

- Isso é uma promessa de que ambos vamos ficar felizes com o que vai acontecer.