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História Take on Me - Tick-Tack Tick-Tack


Escrita por: LadyRakuen

Notas do Autor


Hello people o/
Feliz Natal atrasado \o/
Eu sei que falei que ia atualizar amanha, mas vou estar na rua e aqui não agenda capitulo (porra spirit, podia ter né).
Mais um capitulo que estava louca para postar para ver a reações de vocês.
Vejo vocês nas notas finais
Boa Leitura

Capítulo 29 - Tick-Tack Tick-Tack


Fanfic / Fanfiction Take on Me - Tick-Tack Tick-Tack

Sarah estava montando a máquina, quem a olhava achava que estava concentrada no que fazia, mas, na verdade, prestava atenção a sua volta. Há duas semanas, ela e Melinda tentavam colocar o plano em ação, o problema era a presença do Soldado Invernal. Mesmo com a aproximação dele com a jovem, era necessário estar longe.

Para a sorte de ambas, o Soldado tivera de sair, as deixando nos cuidados de Dimitri e um outro homem. A Stark olhou para a amiga e acenou, o momento havia chegado. Ela colocou a chave de fenda na mesa e encostou na cadeira.

- Eu estou com fome. – Avisou a jovem para Dimitri.

- Não faz nem uma hora que lanchou.

- Mas estou com fome. – Cruzou os braços. – Uma máquina sem energia não funciona.

Ele bufou, virou-se para o companheiro e deu algumas ordens em russo. Se afastou e abriu a porta para sair.

- Algo doce, de preferência. – Pediu Sarah antes dele fechar a porta.

- Fique feliz com o que eu trouxer. – Rebateu, irritado.

Fechou a porta com tudo, mostrando sua insatisfação.

A jovem sorriu para o capanga que ficou e voltou ao que estava fazendo. Enfiou a mão dentro do buraco e ao tentar retirar, ficou presa, fez força, mas ainda assim não saia. Chamou a amiga para ajudá-la, mas sem sucesso.

- Ao invés de olhar, podia nos ajudar. – Brigou a jovem. – Se eu perder a minha mão, o Barão vai te matar.

O homem se aproximou e acenou para Melinda se afastar. Assim que colocou a mão sobre a da Stark e puxou, a garota fez sinal e a amiga acertou a cabeça do homem com o tablet.

- Eu matei um homem! – Exclamou desesperada levando a mão à boca.

- Melly, ele está respirando. – Respondeu a jovem apontando para o peito que subia e descia – Agora tranca a porta. – Mandou, indo para o computador.

A amiga acenou e correu para porta, a trancou e colocou uma cadeira. Logo se aproximou de Sarah que tinha feito um código e conseguido derrubar as barreiras e conectar-se à internet. Entrou em um dos sites de jogos online, onde competia contra Skye. Abriu o bate papo, mas antes de digitar, escutou os capangas fora da sala mandando abrir a porta.

Voltou a olhar para a tela e enviou o nome do local que estavam. Fechou o navegador e abriu os códigos para apagar todo o histórico da máquina. Abriu uma barra de carregamento e estava avançando.

O barulho de chute na porta fez ambas pularem, Melinda agarrou o braço da amiga. Um pequeno pânico apoderou-se do corpo da mais nova, que olhava para a barra com raiva. Estava rápido, mas desejava que estivesse mais ainda.

- Rápido, Sarah! – Sussurrou a amiga. 

- Está terminando. – Respondeu ao verificar que estava quase finalizado. – Pronto! – Apertou Enter. – e vários códigos apareceram na tela. – Vamos!

A porta foi derrubada e os capangas entraram, Melinda soltou um grito e pegou algumas ferramentas e jogou em direção aos homens, porém não tinha muitas coisas e logo foi pega por dois deles. Sarah estava na frente do computador e um dos homens a pegou pela cintura, a afastando do aparelho. Ela se debatia para que a soltasse e foi necessário um outro para segurá-la.

Dimitri entrou na sala e foi até o computador, mexeu em tudo para descobrir o que ela tinha feito, mas não encontrou nada. Deu um soco na mesa e virou-se para a jovem que tinha um sorriso arrogante na face.

- O que você fez? Pra quem mandou o sinal? – Interrogou, irritado.

A jovem Stark manteve-se em silêncio e somente aumentou mais ainda o sorriso, o fazendo ficar com mais raiva. Se aproximou dela e a segurou pelo queixo, com força o bastante para machucá-la, no entanto, ela manteve a mesma expressão.

- Não vou repetir a pergunta. – Sussurrou perigosamente.

- Nenhuma resposta saíra dos meus lábios, seu idiota. – Disse Sarah rindo.

- Você pediu por isso.

Soltou o rosto e sorriu diabolicamente para a Stark, andou em direção a Melinda que estava do outro lado sendo segurada. A moça entendeu o que ele pretendia fazer e não demorou muito para fazer algo, deu um chute no joelho do homem no seu lado direito que a soltou, depois deu um soco no outro que também a liberou. Passou por Dimitri e parou a sua frente, e antes que ele pudesse fazer algo, acertou um soco de direita o fazendo levar a mão ao local.

- Encosta nela pra você ver o que acontece! – Exclamou Sarah antes de ser segurada. – Isso foi só uma amostra do que posso fazer! 

Olhou para a mão onde tinha um pouco de sangue e quando a encarou, notou o sorriso de vitória da moça por ter conseguido feri-lo. Dimitri sentiu sua raiva crescer e não pensou duas vezes antes de dar um soco no estômago da garota.

- Sarah! – Gritou Melinda com a cena.

Toda cor no rosto de Sarah desapareceu, todo o ar de seus pulmões saiu e seus olhos se encheram de lágrimas. O dor que sentiu foi tão grande que seu corpo se curvou para diminui-la, mas sem sucesso. Os dois a soltaram e ela caiu no chão sem forças. Não conseguia respirar, ao escutar a risada de Dimitri, levantou a cabeça e o encarou.

- Eu disse que veria do que sou capaz. – Se agachou e a olhou com desprezo. – Agora, você vai ser boazinha e contar o que você fez.

Ela somente fechou os olhos e baixou a cabeça, não aguentava de dor.

Naquele exato momento o Soldado Invernal entrou na sala e quando a viu no chão com aquela expressão de sofrimento, sentiu a fúria surgir. Virou-se para o homem na porta que comentou sobre o acontecimento. Ele não se importou com o que a jovem podia ter feito, mas sim com o que Dimitri fizera. Foi em direção ao mesmo e o pegou pelo pescoço, empurrando-o para a parede. O Soldado o levantou como se pesasse o equivalente a uma pena e o sufocou, Dimitri tentou pará-lo, porém, o aperto da mão de metal era muito forte para impedi-lo.

- Você não devia tê-la machucado. – Disse o soldado em alemão.

- So... Sol...da...do...

Ele o soltou e Dimitri caiu de joelhos. Antes que pudesse falar algo, o Soldado colocou as duas mãos em sua cabeça e a virou, quebrando seu pescoço. O corpo de Dimitri caiu sem vida no chão. Deu as costas e foi até Sarah que ainda estava no mesmo lugar. Se agachou e colocou sua mão suavemente nas costas dela. Ela respirava com dificuldade e um pouco de cor tinha voltado em seu rosto.

- красивый, respire devagar. – Pediu passando suas mãos pelas costas da garota.

A jovem somente acenou, concordando. Com todo cuidado, ele pegou o braço de Sarah e o levou até seu pescoço, depois trouxe seu corpo para si e a pegou no colo. Se levantou e deu ordem para os homens que seguravam Melinda para soltá-la. 

Acenou para a garota antes de sair da sala. Ele andava pelos corredores, com Melinda às suas costas, ao sentir a garota em seus braços tremer, apertou os passos. Desceu as escadas, algumas pessoas encaravam a cena não compreendendo.

Não demorou muito para entrar na ala hospitalar. Gritou por um médico, antes de colocá-la delicadamente na marca.

Sarah levou as mãos ao estômago, as lágrimas escorriam pelo rosto livremente, queria que tudo aquilo acabasse. Sentiu o toque carinhoso e em seu rosto e olhou para o soldado que somente secava suas lágrimas.

Dois médicos chegaram e pediram para ambos se retirassem, o soldado acenou e se afastou, porém foi impedido de continuar pela mão de Sarah que o segurou.  O toque foi suficiente para ele sentir algo que não sentia há muito tempo.

- Obrigada, James. – Agradeceu num sussurro.

- Ninguém vai mais te machucar. – Levou o pulso até a máscara , como se tivesse beijando. – É uma promessa.

 

[...]

 

Anna estava em seu quarto, sentada na mesa onde rabiscava em um caderno, às vezes desenhava para distrair a mente, podia se notar que a agente tinha um talento. Ela não tinha algo fixo, algumas vezes fazia paisagens, outras pessoas, mas na maioria das vezes eram cenas aleatórias.

A tela do note piscou, mostrando um pedido de videoconferência de Coulson, apertou a tecla enter em aceitação. Phil Coulson apareceu na tela, tinha um pequeno sorriso simpático em seu rosto, mesmo aparentando cansaço.

- Coulson, meu velho. – Cumprimentou um pouco animada. – Me fale que tem alguma notícia.

Sim, tenho. – Contou. – Sarah entrou em contato com a Skye, conseguiu mandar uma mensagem informando o local que estão em cativeiro.

- Essa é minha padawan. – Comentou sorrindo. – Então conta logo.

O agente desviou o olhar e ficou em silêncio por alguns segundos, deixando Petrov preocupada. Ela soltou o lápis na mesa com força.

- Você está me assustando.

Anna, eu preciso que fique calma. – Pediu Coulson a olhando e ela acenou em concordância. – Elas estão no Sanatório Beelitz.

Toda cor do rosto de Annabelle sumiu ao ouvir o nome, acreditava que nunca mais iria escutar o nome daquele lugar.

Balançou a cabeça em negação, suspeitava do que poderiam estar fazendo com as duas.

- Isso significa que...

Não sabemos. – A interrompeu sabendo o que falaria. – Elas podem não estar passando por o que passou, pode ter sido uma coincidência o lugar. – Sugeriu não querendo deixá-la nervosa. – Tudo que tinha naquele lugar foi destruído, não conseguimos recuperar nada.

- Mas podem estar. – Discordou um pouco agitada. – Podem até ser as mesmas pessoas que estavam por trás do que aconteceu comigo.

Isso veio a minha mente por não termos descoberto nada. – Comentou Coulson seriamente.

Anna levantou-se e começou a andar pelo quarto, sua mente estava cheia de lembranças aterrorizantes, só conseguia imaginar se ambas passavam pelas mesmas coisas terríveis que havia passado. Fechou os olhos tentando manter seus nervos tranquilos, mas estava falhando categoricamente, logo o barulho da lâmpada estourando provou isso.

- Desculpa. – Olhou para a tela. – Vou dizer que derrubei sem querer.

Anna, lembre-se: não são as emoções que a controlam, e sim você.

- Eu sei. – Concordou parando e se apoiou na cadeira.

- Acho melhor você não acompanhar os Vingadores. – Opinou Coulson.

- O quê?! E você acha que vou ficar aqui, de braços cruzados, sem fazer nada? De jeito nenhum, isso não vai acontecer! – Exclamou, irritada.

Aquele lugar...

- Aquele lugar foi minha prisão por anos. – Foi intensa, em seus olhos dava para ver a fúria. – Eu conheço aquele lugar melhor do que ninguém. – Abaixou a cabeça. – Aquele lugar foi meu pesadelo até você me salvar. – Respirou fundo e o encarou. – Por isso que eu tenho que ir.

Anna, se você for, os questionamentos vão surgir e não poderá mais manter segredo sobre o que é. Você está pronta para isso? – Coulson perguntou, mas não esperava por uma resposta. – Se estar de volta naquele lugar for demais para você lidar? E se você não conseguir se controlar?  – Coulson esperava que suas palavras trouxessem senso para a agente.

- Eles precisarão de mim nessa missão, só eu posso guiá-los. – Ela estava relutante. – Não há nada que possa dizer que me fará mudar de ideia, Coulson, eu vou e fim de discussão. – Foi firme. – Dizem que o Banner é o único que pode virar monstro, isso porque eles ainda não me viram irritada. O Hulk é brincadeira de criança, perto do monstro que eu posso ser.

Anna, esse é um caminho sem volta. – Alertou. – Está pronta para isso?

- Acho que está mais do que na hora das pessoas saberem a verdade sobre a Agente Anna Petrov. – Ela estava determinada a fazer aquilo.

Tudo bem. – Ele respirou fundo. – Alguém precisa falar com o Tony e o Steve. – Deu-se por vencido.

- Eu aviso a eles. – Ela disse encerrando a vídeo conferência. Anna estava resignada com o que poderia acontecer, aceitava o que estava por fim e apenas esperava que tudo desse certo no final.

 

[...]

 

Tony levou o copo de uísque até os lábios e os virou de uma vez. Olhou para o copo vazio e parou para pensar quantos tinha tomado aquele dia. Sentiu-se um pouco embriagado, mas isso não o impediu de encher novamente o copo.

Antes de tomar a bebida, olhou para a página do álbum que estava em seu colo. As imagens de Sarah criança o afetavam, cobiçava estar naquele álbum, naquelas fotos, mas era só um desejo profundo em seu coração. Passou os dedos na foto onde estava Sarah e Megan, a mais velha estava atrás da filha com as mãos no ombro da menina e curvada para frente, com um grande sorriso e foi acompanhada da mesma felicidade da mais jovem.

Sentiu que falhou não só como pai, mas com Megan. Prometeu a si mesmo que a protegeria e falhara.

- Me desculpe. – Pediu olhando para a mulher.

Ao escutar passos na sala, levantou os olhos e encontrou seu companheiro de equipe, Steve, com as mãos nos bolsos da calça. A aparência do herói era pior que a do amigo, o semblante de tristeza era visível para todos.

- Tony. – Acenou em cumprimento. – Posso? – Perguntou apontando para a outra poltrona.

Stark só acenou, colocou o copo na mesa e pegou a garrafa, encheu o outro copo que estava ao lado, depois entregou a Steve, que aceitou de bom grado.

- Alguma novidade? – Indagou o Homem de Ferro virando a página do álbum.

-Não, infelizmente. – Respondeu antes de tomar um gole da bebida – Olha, Tony...

- Por que a Sarah? – Interrompeu o amigo. – Por que se relacionar com ela? - A sua voz era triste.

- Como eu disse, sou apaixonado por sua filha. – Confessou o encarando. – Eu juro que lutei contra isso, mas no final o sentimento falou mais alto. – Contou antes de colocar o copo na mesa. – Nada foi planejado, Tony, só aconteceu.

- Agora entendo o que os pais sentiram ao saber sobre meus pequenos casos com suas filhas. – Murmurou para si virando a página.

- Eu não sou o tipo de homem que você foi. – Declarou Steve apoiando o braço na poltrona.

- Não, você é o tipo de cara que todas as mães desejam para a filha. – Rebateu fechando o álbum. – Eu estava preparado psicologicamente para Sarah namorar um garoto. Tinha feito até um discurso para assustá-lo, falei para o Banner fingir virar o Hulk para fazê-lo correr. – Soltou uma risada triste.

Steve sorriu imaginando a cena, então sua expressão ficou séria.

- Tony, sei que deveria ter falado contigo antes, mas eu quero continuar namorando a Sarah e não quero que esse relacionamento prejudique o de vocês. – Disse passando a mão nos cabelos.

- Eu tenho todos os motivos para ser contra esse namoro.

- Eu sei e já os disse. – Falou Steve não gostando do rumo que estava levando a conversa.

- Sim, os disse e creio não ser o suficiente para impedir. – Pegou seu copo e bebeu o restante do líquido. – Minha filha é uma das pessoas mais importantes da minha vida e se você a magoar, garanto que ser meu amigo não vai te livrar de uma bela surra.

- Obrigado, Tony. – Agradeceu, sorrindo.

Annabelle escolheu aquele momento para entrar na sala, ao notar o clima leve entre os dois, soube que ambos tinham se acertado.

- Maravilha os dois juntos, me poupa o trabalho. – Comentou se aproximando de Tony e Steve. – Acabo de receber a ligação da May. Sarah entrou em contato!

- O que ela disse? – Perguntou Stark se levantando juntamente com Steve.

- Sarah e Melinda estão no Sanatório de Beelitz.

- Isso fica na Alemanha. – Contou Capitão ao reconhecer o nome.

- Ela disse mais alguma coisa? Como estão? O que eles querem com elas? – Questionou o Homem de Ferro, preocupado.

- Ela só deu o nome do lugar onde estão.  – Respondeu a agente calmamente.

- Jarvis avise a todos a novidade e informe para estarem em 10 minutos na nave. – Pediu Steve.

- Sim, senhor.

Os três saíram do cômodo, Anna estava prestes a seguir seu caminho, quando Tony a chamou.

- Anna!

- Sim? – Indagou, curiosa.

- Me desculpe.

A agente acenou e sorriu antes de voltar ao seu quarto para se preparar, ela já o havia perdoado, sabia que ele estava com a cabeça quente e falara sem pensar.

Agora sua mente estava ocupada com um assunto mais importante: como voltar para aquele lugar depois de todos aqueles anos?

 

[...]

 

Sarah estava deitava de lado na maca, não estava dormindo, mas estava de olhos fechados. Sua mente não permitia descanso, só pensara se Skye tinha visto a mensagem e quanto tempo levaria para os heróis as resgatarem. Queria muito voltar para casa e junto de seus amigos e família. Sentia falta de todos, até de seu pai. Esperava que assim que retornasse fizessem as pazes e que ele pudesse aceitar seu relacionamento com Steve.

A jovem só torcia para que aquele tempo tivesse reaproximado os dois amigos e que Tony tivesse visto que Steve Rogers era o homem certo para sua filha. Ela até compreendia alguns pontos que seu pai dissera, mas estava apaixonada e aquilo que mais importava. Suspirou de tristeza e virou para o outro lado, em direção à janela.

Escutou a porta se abrir e fechar, passos se aproximaram até pararem. A Stark sentiu o olhar em cima de si e abriu os olhos. Encontrou o Soldado em frente à janela, de costas, porém com o rosto virado em sua direção. A pouca luz que vinha da fresta da janela iluminava seu rosto coberto pela máscara e óculos.

 Ela se sentou e passou a mão nos cabelos bagunçados, sabia que devia estar horrível e por isso tentou ajeitar os fios rebeldes.

- Onde está a Melly? Ela está bem? – Indagou a garota, preocupada.

James a observou atentamente, verificou cada parte do corpo antes de virar o rosto para a janela. Estava feliz em vê-la bem.

- Está na sua cela. – Respondeu indiferente. – E está bem, ninguém fez nenhum mal a ela. Eu não permiti.

A garota acenou e saiu da cama, se aproximou até parar ao seu lado. Seus olhos foram na mesma direção dos deles, porém, não pôde vê-los pelos vidros serem escuros. Não se arriscou olhar pela fresta, não querendo confusão naquele momento.

- Obrigada, James. – Agradeceu sem olhá-lo. – Não só por garantir a segurança da Melly, mas por ter me trazido para cá.

Ficou sem palavras pelo gesto, ninguém nunca tinha lhe agradecido – dos que se lembrava – e aquilo o tocou, mas não podia mostrar.

- Não agradeça. – Pediu a olhando. – Está melhor, красивый? – Indagou querendo ouvir da própria boca de Sarah seu estado.

- Estou sim. – Respondeu o encarando e forçando um sorriso. – Não sinto dor graças aos analgésicos.

O moreno somente acenou.

- Você não precisava ter matado Dimitri. – Comentou, seriamente.

- Ele a machucou. – Explicou virando-se totalmente e ela fez o mesmo, ficando um em frente ao outro – Dimitri podia ter a matado.

- Mas ele não faria isso. – Rebateu. – Eu não gostava dele, mas não vou esquecer sua expressão sem vida. – Confessou sem emoção.

Os poucos segundos que levantou a cabeça para ver o que acontecera, foram suficientes para marcá-la. Ela estava junto quando sua mãe falecera, no entanto, não se comparava ao modo que Dimitri havia perdido a vida.

- Eu te assustei? – Indagou preocupado ao notar a expressão da moça e Sarah respondeu com o silêncio. – Você tem medo de mim? – Perguntou num sussurro. – Tem medo do que essas mãos podem fazer? – Pegou as dela. – Do que elas podem fazer com você?

O tom a assustou, mas não o suficiente para temê-lo. Sarah notou que por trás do tom usado, tinha um pouco de desespero do que ela pensava em relação a ele.

- Você pode fazer muitas coisas. – Respondeu sem desviar o olhar, podia sentir em sua voz a tristeza. – Mas não fará nada comigo. – Esperou ele falar algo, porém, nenhum som veio, então continuou. – Eu me assustei, no entanto, não tive medo... Não tenho medo de você.

As palavras foram suficientes para trazer um pouco de paz ao coração do Soldado que soltou suas mãos e baixou a cabeça. Ainda não entendia o que sentia pela jovem, mas não queria que ela sentisse medo dele.

- James. – Chamou colocando suas mãos em seu rosto, o levantando. Ao olhar e não poder ver nenhum detalhe, resolveu arriscar. Lentamente foi tirando a máscara, sempre atenta a qualquer sinal de desgosto do soldado. – Por que esconde seu rosto se não tem nada de errado? – Perguntou mais para si, ao ver nenhuma ferida ou cicatriz.

Tocou com as pontas dos dedos o rosto que estava coberto com uma barba rala. O Soldado fechou os olhos, saboreando o toque delicado da Stark. Não lembrava de ninguém que o tocara daquele jeito.

Sua curiosidade ainda era grande, queria ver seu rosto totalmente, subiu sua mão e colocou na lateral dos óculos, estava prestes a tirar, quando ele agarrou seu pulso.

- Não. – Sussurrou friamente.

- Por que não? – Indagou irritada. – James, me ajude a sair daqui. – Pediu ao ver que era a hora certa. – Eles fizeram algo com você e eu posso ajudá-lo. – Garantiu e pôde notar que a proposta mexeu com ele. – Prometo descobrir quem é você de verdade, achar sua família e amigos. – O Soldado abriu e fechou a boca. – Só precisa me ajudar a sair daqui na hora certa.

Estava tentado a aceitar a proposta, porém, conhecia bem a Hydra e sabia o que podiam fazer. Acenou em negação e Sarah entendeu que não podia contar com sua ajuda.

James levou a mão da moça que segurava até os lábios. Sarah sentiu um pequeno frio no estômago, para ela foi uma atitude estranha e olhando para a mão que segurava a sua, a fez pensar como o toque dele podia ser delicado, mesmo sendo a mesma mão que tirara uma vida – e suspeitava que não tinha sido a primeira vez que o fizera.

O Soldado se afastou e encarou o rosto da jovem, seus olhos passaram por cada detalhe até pararem em seus lábios, e sem pensar a beijou.

Levou alguns segundos para Sarah entender o que estava acontecendo, colocou as mãos nos ombros e o empurrou. Assim que separou, a jovem deu um tapa no rosto do Soldado, o deixando surpreso.

- Como ousa?! – Jogou a máscara em sua direção e se afastou dele, aproximando-se da maca. – Nunca mais tente isso! – E sem dar chance de ele falar algo já gritou. – Sai daqui agora!

Ele se abaixou e pegou a máscara. Depois de colocar, a encarou. Sentiu-se ferido pela rejeição, mas não mostraria a ela, assumiu controle dos sentimentos e ficou numa postura fria.

- Agora sei o que você fez. – Mencionou duramente. – Você informou sua localização aos heróis. - Ela levou a mão à boca. – Você acabou de se meter num grande problema.

Ele se afastou e saiu do cômodo.

Sarah sentou, ainda com a mão na boca, pensara que seria capaz de trazê-lo para seu lado, no entanto, acabou dando informação do que havia feito. Fechou os olhos e desejou profundamente que eles já estivessem a caminho.

Deitou e encarou a parede a sua frente. Para piorar tudo, a jovem sentia que tinha traído Steve, mesmo não sendo culpada pelo beijo. Sentia uma enorme raiva de James pelo que fizera, mas sentia mais raiva ainda de si por ter sentido algo que não pôde compreender.


Notas Finais


OMG!OMG!OMG!
GEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEENTE, e agora?
Será que Sarah e Melly vão ser salvas? Ou continuaram nas mãos da Hydra?
E esse beijo?

Esse é o ultimo capitulo de 2016 de Take on Me, mas creio que encerrei o ano da maneira certa.
Não deixem de comentar o que acharam e o que esperam que aconteçam nos próximos capítulos

Eu desejo a todos Feliz Ano Novo! Que 2017 seja maravilhoso para todos nós e que venha mais capítulos e histórias novas.
Beijos e até o/


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