- Eu não vou.
- Ain, Liz! Você vai sim! Por favor!
- Não, Hil, eu não vou, ainda mais na casa dele.
- Você vai passar as raras horas livres que você tem na sua semana em casa?
- Qual é o problema? Eu posso atualizar minhas séries.
- Elisa, para.
- Hilary, dá pra parar de insistir? Vai ser o aniversário dele e lá vai estar cheio de mulheres pra ele, vai virar um puteiro, e você quer fazer parte disso?
- Mas eu vou estar com o Sonny.
- Mas eu não.
- Não adianta eu insistir, não é? - Ela perguntou frustrada.
- Não.
Wesley havia nos convidado para sua festa de aniversário em sua casa, mas eu não iria, não depois daquele lance na festa, ele pensaria que eu estou dando a atenção que ele quer. Respirei fundo e balancei a cabeça espantando esses pensamentos e peguei meu notebook para baixar minha maratona de The Walking Dead, que estava mais de uma temporada atrasada.
Levei um leve susto com meu celular vibrando no braço do sofá e o peguei para ver quem era. A mensagem era de um número desconhecido. Desbloqueei o celular e logo identifiquei quem era só pela cor do cabelo.
"Por que não vai vir na minha festa?"
- HILARY! VOCÊ PASSOU MEU NÚMERO PRA ELE? EU VOU TE MATAR! - Gritei e ouvi sua risada alta no outro cômodo.
"Não estou afim de lugares muito cheios hoje..." - Menti.
"Mas não vai estar cheio, vai ser só eu, você, o Sonny e a Hilary."
"Achei que suas festas fossem maiores."
"É que essa é mais particular... Vem, Liz, por favor, sua presença já vai ser o melhor presente de aniversário que eu poderia ganhar."
"Aham, sei."
"Estou falando sério, vem, por favor."
"Tudo bem, eu vou, mas não faça eu me arrepender dessa decisão."
[...]
Chegamos à casa de Wesley e Hilary estava toda empolgada para ver Sonny. Já eu, tinha a melhor expressão que poderia fazer, seria uma extrema falta de educação eu chegar e passar todo o tempo com a cara amarrada.
Sonny abriu a porta da mansão e entramos dando uma rápida olhada pelo local, tocava alguma música do The Weeknd e Wesley estava balançando a cabeça ao ritmo da música, com uma taça de vinho na mão e sem camisa, expondo seu corpo pra lá de maravilhoso, com entradas (caminho da felicidade) ainda mais maravilhosas. Eu podia ter uma certa aversão à caras como ele, mas eu não era cega, adorava apreciar boas "paisagens", o problema era quando a imaginação entrava em ação.
- Seja mais discreta - Hilary sussurrou e eu voltei à realidade, percebi que estava encarando-o e pensando demais sobre aquilo e pelo sorriso que ele tinha eu podia dizer que ele também percebeu. Droga.
- Bem vindas à minha casa! - Ele disse e veio até nós. Hilary lhe desejou feliz aniversário dando-lhe um beijo na bochecha e quando ele veio até mim, me abraçou e eu o retribuí desejando-o feliz aniversário também. Agora cá entre nós, se eu achei ruim ele ter me abraçado? De jeito nenhum, aquele perfume inebriante e aquele corpo esculpido na minha frente... Admito, secretamente me aproveitei da situação - Eu estava preocupado pensando que não viria.
- Pensou errado - Sonny e Hilary nos observavam divertindo-se com a situação.
- Que bom - Ele deu um sorriso de lado e continuou - Vocês aceitam vinho? - Hil e Sonny prontamente aceitaram enquanto eu estava ainda um pouco relutante. Eu não tinha medo da ressaca, tinha medo de perder a linha e acabar fazendo algo de errado, pois apesar de eu ser fraca para álcool, pensa em algo que eu gosto de tomar.
- Sim.
Começamos a beber e conversar, eu estava me divertindo muito mais do que o esperado e tanto Sonny quanto Wesley eram caras muito legais e fáceis de se relacionar. A curiosidade sobre a minha origem foi um assunto que rendeu, mesmo Hilary, que já sabia de tudo de cor e salteado, continuava fazendo perguntas e eu as respondia sem problemas.
O problema começou quando perdemos a conta de quantas taças já havíamos bebido e minha visão já estava bem embaraçada, eu já estava bem alegre e rindo de qualquer besteira.
- Gente, eu acho que eu tenho uma ideia - Sonny disse girando uma das garrafas vazias que estavam no chão.
- Eu topo - Respondi sem pensar duas vezes nas consequências daquele jogo, que SEMPRE acabava ruim para mim.
O jogo começou e as perguntas começaram leves e ainda tímidas, mas não demorou muito para que as coisas esquentassem, e muito. Estava aliviada da garrafa nunca parar apontada para mim naquele ponto da brincadeira, porque sabia que se parasse viria uma bomba para eu responder.
- Finalmente! - Wes gritou quando a boca da garrafa apontou para mim - Capricha na pergunta, Hilary!
- Pode deixar - Ela deu sua risada maliciosa e eu já sabia que ela já tinha algo em mente - Verdade ou consequência?
- Verdade - Respondi e ela quase gritou de felicidade.
- Onde você lamberia calda de chocolate no Wes?
- No caminho da felicidade - Vi que ele sorriu largo e seu olhar estava cheio de malícia.
- Até aonde? - Hilary perguntou.
- Ai eu deixo para a imaginação de cada um - Virei o resto de vinho que tinha no meu copo e pude ver Wes cobrindo seu colo com uma das almofadas. Era minha vez de girar a garrafa e um outro lado meu já estava sendo revelado pelo álcool, um lado mais provocativa, e eu não conseguia me controlar, apesar de eu sempre negar, no fundo eu adorava. Fiquei de joelhos e me estiquei até onde a garrafa estava, sentindo o olhar de Wes em minha bunda logo seguido de um suspiro pesado.
Novamente a boca da garrafa tinha apontado para mim, mas dessa vez era Sonny quem perguntava.
- Verdade ou consequência?
- Consequência.
- Wes, você permite que o seu corpo seja usado para essa consequência?
- Você já sabe a resposta.
- Ótimo! A sua consequência é a seguinte: a Hilary vai buscar sal, tequila e limão e você vai tomar um body shot no Wes - Gelei na hora que ouvi o desafio, mas logo em seguida um sorriso se abriu em meu rosto e todos sabiam que seria uma cena interessante.
Hil chegou com os três itens e me preparei para o desafio. Sonny colocou o sal no pescoço de Wesley, deu o limão para ele e, assim que eu estava sobre ele, derramou a tequila nele. Eu aproveitava cada gota e cada pedaço de pele que eu conseguia alcançar. Olhei nos olhos de Wes e seus olhos estavam escuros de desejo, olhei no meio que suas pernas e vi o grande volume que tinha se formado e um arrepio percorreu minha espinha. Se eu me arrependeria no dia seguinte? Com certeza, não conseguiria nem olhar para a cara deles, e eu torcia para que não os encontrasse mais pois seria constrangedor.
- Agora o limão! - Sonny gritou e eu olhei em volta procurando pela fruta.
- Mas eu não... - Olhei para frente e Wesley prendia o limão com os dentes. Tentei pegá-lo com as mãos, mas ele segurou as duas com força e minha única saída era com a boca, do jeito que ele queria. Me aproximei com cuidado para evitar qualquer constrangimento, mas ele era esperto e sabia exatamente usar disso para o que queria. Quando eu estava perto o suficiente, ele cuspiu o limão e me beijou, invertendo as posições e ficando sobre mim. Hilary e Sonny gritavam comemorando. Por mais que eu tentasse afastá-lo eu não tinha forças, não porque ele era mais forte, mas porque no fundo eu também o queria e ele era bem melhor do que eu podia imaginar. Paramos só quando ficamos sem ar e assim que nos separamos, um sentimento enorme de culpa me invadiu e eu o empurrei me levantando prontamente.
- Hilary, já está tarde, vamos embora.
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