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História Tales Listeners - First Tale: We Never Forget


Escrita por: Nyctophilia

Notas do Autor


Bom, também é um cross, e não, não abandonei Obsessão, apenas quero mudar um pouco de foco, conto com vocês.

Capítulo 1 - First Tale: We Never Forget


Fanfic / Fanfiction Tales Listeners - First Tale: We Never Forget

 

Dizem que os mortos não respiram, não andam, não falam, não vivem

Bom, eles apenas dizem.

(...)

Quando os mortos contam histórias, trate de ouvi-las. Pois como todo vivo sabe muito bem, os mortos só estão mortos por descuido, um ser ainda vivo não quer acabar morto, por isso um conselho é sempre bem vindo.

Mesmo que seja de alguém que já morreu. Ironicamente, alguém que morreu pode lhe dar os melhores conselhos.

Mas ninguém disse que seria bom para o vivo.

Mortos não se prendem a leis criadas pelos vivos, mortos não sentem nada, mortos simplesmente estão livres, livres dos pecados que os cercavam enquanto vivos. Livres da condenação daquele que nunca viram, apenas ouviram.

Quando os mortos contam histórias, trate de ouvi-las, pois se não o fizer, o próximo morto será você.

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Para o vale da morte foram os seiscentos.

Para o jardim da vida foram os oitocentos.

E para mim, qual resta?

Não tenho a noção de nada sobre isso, pois passei pelo vale antes de ir ao jardim, mas resolvi sair.

O único caminho que eu tenho essa noite é o inferno, alguém gostaria de me acompanhar?

Obviamente, nenhuma resposta, nem mesmo meu subconsciente estava ali.

Pergunto-me se eu fizer uma pergunta diferente eu possa ouvir a resposta, mas talvez eu deva dizer, e não apenas pensar.

- O céu é o único caminho que irei evitar, existe alguém que queira me acompanhar? – perguntei em voz alta, andando sobre as lápides de cada um ali, tantos nomes, tantos rostos, quase me fizeram sentir nostalgia, mas parei em seguida, não devo sentir sentimentos há tempo, meros impressão, talvez;

Mas não ouvi nada. Apenas uma imensidão silenciosa em um lugar vazio, mas cheio de vidas que se foram. E eu aqui, esperando a minha se dar fim, mas obviamente, isso nunca aconteceria.

Adiante, vi um bom jovem senhor, a barba feita por fazer indicava que ele mais se preocupava em cavar covas do que de si mesmo, com esse pensamento ele morreria muito cedo.

Se bem que qualquer data para mim é cedo.

- Meu bom homem. – chamei-o com minha voz lacônica. – Venho em busca de informação, pode me ajudar? – observei ele deixar a pá de lado por alguns momentos e dar uma lufada de ar, aposto que não havia descansado nem um pouco, vi alguns sacos pretos ao lado dele, e uma imensa cova. Estranhei minha face, uma cova não seria o suficiente para pelo menos cinco cadáveres;

Notei que o homem observou minhas feições estranhas, o senti apertar a pá com mais força entre sua mão.

- O que procuras saber? – ele me perguntou com uma voz séria, os olhos dele pareciam perdidos, quase vi a culpa em sua íris. – Diga rápido, os parentes dos mortos logo chegarão.

- Eu não me preocuparia com isso. – respondi prontamente. – Você com certeza já os matou. – puxei uma adaga de meu bolso escondido sobre meu manto escuro, os olhos dele se estreitaram.

- Eu podia jurar ter ouvido você dizer que queria informação, não é? – ele colocou a pá sobre os ombros. – Se quer saber para onde ficar o inferno, fique parado aí mesmo.

Ele fez um giro incrivelmente rápido para um homem daquela idade avançada... Para homens normais, não era surpresa ele ter matado tantos assim, ele queria acertar minha cabeça com a ponta da pá, com certeza me deixaria nocauteado, e o resto por diante seria fácil. Curvei meu dorso para trás e inclinei minhas costas, a pá passou batido sobre minha testa, aproveitei para colocar a ponta da adaga em seu antebraço, tudo o que ele pode fazer foi ficar em silêncio e agonizar quieto, se ouvissem o grito dele, com certeza veriam o que estava acontecendo, e com certeza isso era algo que ele não queria.

Ele tentou pegar a pá, mas tudo o que eu fiz foi chutá-la para o buraco que ele cavou.

Ele ficou apertando o ferimento que eu fiz a expressão antes seria agora era raivosa, porém cautelosa. Tive que rir com isso, cautela depois do primeiro erro nunca funcionava.

- Agora temos duas opções viáveis para ambos os lados. – eu disse-me movimento ao redor dele, ele fazendo o mesmo, eu já havia notado que ele tinha um facão no bolso traseiro, ataques surpresas como esse não adiantaria. – Primeira: Você morre para minha faca e eu não digo que foi você que cometeu os assassinatos.

Ele cuspiu no chão diante de minhas palavras, seria do jeito difícil. – Segunda: Eu mato você e enterro você junto com eles, ninguém irá ligar você com os assassinatos, e eu saio normalmente daqui, me parece melhor para ambos, não concorda?

Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa. Senti um imenso estouro em minhas costas, como também senti o líquido quente de meu sangue se esvair do meu peito, com certeza uma arma havia feito isso. Cai para frente, de rosto ao chão. Imóvel.

O meu fim seria desse tipo?

Meus ouvidos conseguiram ouvir as palavras do velho. A risada dele quase me fez vomitar.

- Que tal uma terceira opção, meu bom jovem. – ele se abaixou e ficou perto de meus ouvidos. – Você morre, e eu continuo vivo. – ele olhou para frente. – Pode sair Joshua. – ouvi passos lentos e temerosos. – Você fez muito bem garoto, agora me ajude a enterrá-los.

Ele fez menção de se afastar de mim, o comparsa dele já estava perto de mim o suficiente. Mas antes disso, ele ouviu minha risada estridente.

O meu fim... Seria esse tipo? Novamente?

- Já que você mudou as regras. – coloquei minhas mãos sobre a terra e me coloquei de pé em instantes, o companheiro dele e ele próprio estavam com os olhos esbugalhados, eu não tiro a razão, não é todo dia que você vê alguém levar um tiro de escopeta e continuar contando história. – Que tal essa: Eu mato vocês dois, e continuo vivo, tão eternamente quanto o próprio infinito.

Primeiro depositei minha atenção para o mais jovem, não hesitei em arremessar minhas adagas reservas em sua garganta, assim não haveria muito barulho, apenhas grunhidos na noite, os vivos achariam que eram apenas fantasmas amargurados.

O mais velho estava atônico, mas agiu rápido e retirou a sua própria faca. Ele colocou-a empunhada em sua única mão boa. – Você... Como está de pé depois de levar um balaço daqueles?

Ri ironicamente. – Veja só quem está pedindo informações agora. – ele tencionou em avançar em minha direção, mas antes dele vir até mim o parei tirando minha própria arma, ele parou, parou milésimos de segundo suficientemente demorado para eu matá-lo, antes que ele pudesse perceber, ele também estava com pontas de adagas na garganta. – Não sou obrigado a lhe responder. Mas como estou de bom humor. Dir-lhe-ei: Eu sou o que vocês, meros homens, finitos de conhecimento e vida chamam de contadores.

Antes dele fechar seus olhos imundos coloquei outra adaga em sua jugular, terminando o serviço.

Me coloquei de pé novamente, deixando o corpo dele morto diante dos meus olhos. Olhei em volta. Havia muito serviço ainda.

- Acho que seria bom enterrar os mortos. – retirei minhas luvas e peguei a pá dele. – O que acham de uma canção antes de atravessarem para o outro mundo? Alguma objeção? – silêncio. – Então vamos à canção.

‘’ Uma vez me disseram que se eu fosse matar, não deixasse ninguém me escutar. ‘’

‘’ Uma vez me disseram que se eu fosse morrer, deixasse logo de viver. ‘’

‘’ Outra vez, um bom homem me disse que queria morrer. ‘’

‘’ Outra vez, assassinos me disseram que queriam viver. ‘’

‘’ Outra vida talvez, eles fossem morrer e viver, mas não pelas minhas mãos, mas sim pelas mãos daquele que nunca vimos, apenas ouvimos. ‘’

 

 

 


Notas Finais


Bom, espero que tenha ficado interessante, e foe


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