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História Talvez Nós... - Pretty Little Girl


Escrita por: R5okay

Notas do Autor


if you play the part then i will play mine

Capítulo 53 - Pretty Little Girl


Maio de 2015 RD

Não tinha faca nenhuma no balcão, ela devia estar na minha garganta. Eu não conseguia respirar de jeito nenhum, e as pontadas em meu coração também não podiam ser normais.

Ele estava perto demais. Ele sempre parecia estar perto demais só estando no mesmo cômodo, mas isso já era outro nível de proximidade. Suas mãos estavam em minha cintura, e uma logo achou seu caminho em direção à minha bochecha. E a pior parte não era a proximidade física, era o fato de que eu sentia que ele podia ver o que eu estava pensando, podia ver minha alma vibrando de desejo.

Tinha medo de que ele soubesse que eu diria sim para qualquer coisa que ele propusesse, fosse o que fosse.

Sua respiração descia até meu pescoço enquanto ele arrastava os lábios pela área da minha mandíbula. Meus dedos formigavam querendo tocá-lo sem pensar em mais nada a não ser no calor de sua pele.

Mas não podia fazer isso. Não era assim que as coisas funcionavam. Eu tinha controle da situação, não podia deixar que a situação me controlasse.

Fechei as mãos em punho, tentando parar, em vão, o formigamento, e o empurrei.

– Não. Não pode chegar aqui e dizer isso sem mais nem menos e se aproximar desse jeito – disse cada uma das palavras olhando para o chão, ainda grudada na parede.

– Tudo bem, então. Posso te dar todos os mais e os menos, quantos quiser – disse em um tom confiante e parou, como se esperasse por uma resposta

Levantei a cabeça e vi sua expressão. Estava determinado, não estava brincando.

– O quê? Posso passar o dia todo dizendo por que estou aqui, por que quero estar aqui e por que deveria estar aqui – ele estava do lado oposto do corredor, mas não estava encolhido como eu, parecia mais alto do que o normal, a postura em modo de batalha.

– Por que está fazendo isso, Ross? – perguntei e ouvi minha voz sair desconsolada demais, mas não ligava. – E a Amy?

– Não estou mais com a Amy...

– Está sim...

– Não estou...

– Não...

– Estou falando sério...

– Para com isso! – Estávamos um passando por cima do que o outro dizia, minha cabeça girava sem parar. – Chega! Te vi com ela ontem! Eu não sei o que está acontecendo, mas antes estava só omitindo as coisas e agora te vejo aqui bem na minha frente, mentindo na minha cara! – Golpeava meu peito com o dedo indicador. – Nem sei por que se dá o trabalho de fazer isso! Sabe que eu estava lá, sabe que te vi!

Já estava inconformada. Mal sentia o ar, ele parecia só entrar, mas não ficava nos pulmões. Sentia que meus olhos estavam arregalados demais

– Não importa, porque não estou mentindo! – Ele não vacilou, me olhava como se analisasse cada movimento desesperadamente, parecia cansado. – Não estamos mais juntos, por isso estou aqui! Não consigo mais fazer isso... – Ross balançou a cabeça de um lado para o outro, lutando contra algo interno. – Quero você de volta.

– Ross...

– Eu juro. Terminamos ontem – ele fez menção a se mover, mas o cortei.

– Quem? – cruzei os braços, tentando me proteger de uma força invisível.

– Quem o quê? – indagou confuso, suas sobrancelhas juntas.

– Quem terminou tudo? – reforcei, o tom de cobrança.

– Por que está perguntando isso? – as sobrancelhas juntaram-se mais, formando vincos fundos em sua testa, balançava a cabeça, confuso.

– Porque quero saber.

– De que isso importa?

– Importa!

A estática foi tudo que pairou entre nós por alguns segundos. Encarávamos um ao outro como se estivéssemos brincando de quem pisca primeiro. Ele suspirou, não derrotado, mas irritado

– Foi ela.

– Claro – assenti e fixei o olhar na  vista da varanda. – E por que está aqui, então?

– Exatamente porque foi ela quem terminou. Nós somos exatamente a mesma coisa. Estamos os dois fugindo um do outro, não entendo mais o porquê. Precisei que ela me empurrasse para fora para ver que estava só enganando a mim mesmo, e estou tentando fazer o mesmo com você.

– É? Não está conseguindo, só parece que não consegue ficar nem um segundo sozinho! Só achei que sua amiga Reagan fosse uma opção mais fácil do que eu.

– O quê? – a voz estava cheia de indignação. – Não é isso, sabe que não é isso. Não é sobre estar sozinho, é sobre estar sem você.

– Então por que foi sua namorada que teve que terminar com você para aparecer aqui?

– Porque sou um idiota, exatamente como você!

Sabia exatamente do que ele estava falando. Sabia que estava fazendo a mesma coisa que ele tinha dito. Sabia que estava insistindo em um outro alguém só para não lembrar que ele não estava por perto. Mas não podia perder essa. Não podia dar o braço a torcer. Não me importava de perder para ele, só não queria ceder para meu lado mais fraco.

Ou era esse meu lado mais fraco? O lado que não faz o que quer, o covarde.

– Sabe que estou certo... – disse ao se aproximar. – Por favor – sussurrou e me apertou contra seu corpo, puxando-me para cima, a testa colada na minha.

Fechei os olhos e me deixei ficar ali. Tentei absorvê-lo, guardar esse exato momento de alguma forma. Descansei a cabeça em seu peito e suspirei. Quis chorar, há tempos não éramos só isso. Um abraço quente, um lar aconchegante. Alívio era tudo que eu conseguia sentir, como se tudo estivesse derretendo no calor dos braços dele, incluindo o nó que havia se formado no meu estômago enquanto eu gritava toda minha negação em sua cara.

Eu o queria. E sabia que ele estava certo. E podia admitir. Podia me entregar.

Ross tocou meu queixo e o guiou para cima. Sua boca estava a centímetros da minha.

– É... Sei que está certo – sussurrei e ele aproximou nossos rostos, apenas para eu desviar o meu. – Mas não posso fazer isso, Brooklyn ainda...

– Eu sei. Desculpe – ele me apertou em seus braços de novo, e plantou um beijo em minha testa. – Posso esperar... Se é que está dizendo o que entendi.

– Estou. 


Notas Finais


Dois dias seguidos? Sei que ainda não mereço amor e confiança, mas um comentário? Por favor? Seria bom, já agradeço. Não quero comentários por fama, só quero saber se gostam da história e como se envolvem com os personagens! Amo saber o que acham. Ficarei esperando.
Bom, parece que agora vai, mas (?)...
Hehehehehehe Só depois que escrevi tudo que percebi que a porta meio que ficou aberta durante todo esse tempo... Gafes de cenas dramáticas.
Love u, loves meus! Beijosssss.


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