Toda essa beleza e graciosidade, chamavam a atenção de Daniel, o filho do prefeito de vila Mariana. Arrogante e cheio de si, Daniel sempre foi apaixonado por Tamara. Ela, por outro lado, o detestava profundamente. Daniel sempre foi um jovem prepotente, arrogante, egoísta e sovina. Seu único desejo era o de se casar com a moça mais linda da vila. Desde os doze anos, perseguia Tamara jurando "amor eterno".
Nesse exato momento, Tamara dirigiu-se até a costureira acompanhada de sua mucama de confiança.
-Ora, veja o que eu encontrei..-Daniel a surpreendeu com um enorme sorriso nos lábios.-A bela de vila Mariana.
-O que você quer agora, Daniel?
-Você sabe o que eu quero...
-De novo com essa história de casamento?
-Sabe muito bem que eu a amo desde criança.
-Mas eu não! Eu odeio você. Tenho nojo de você.
-Pode me insultar o quanto quiser, senhorita. Sabe que sou o melhor partido da vila. Minha família tem posses e terras. Meu pai é o prefeito.
-Para o diabo você, o seu pai e toda a sua fortuna!
-Você será a minha esposa um dia, Tamara.
-Nem nos meus piores pesadelos. Passar bem!
Tamara então afastou-se dele rapidamente e entrou na costureira. Depois de alguns instantes, Tamara dirigiu-se até a igreja da vila. Encontrou o padre Aurélio acendendo as velas do velário próximo ao altar.
-Boa tarde, padre.
-Boa tarde, menina Tamara. Veio se confessar?
-Hoje não. Eu vim apenas tirar uma dúvida.
-E qual seria?
-É verdade que está vindo um inquisidor para cá?
-Infelizmente sim. Chegará daqui a duas semanas.
-E o que esses inquisidores fazem realmente?
-Julgam e condenam as pessoas acusadas de adultério, heresia, feitiçaria, etc...E essas pessoas são queimadas vivas em praça pública. Mas antes de tudo, são torturadas.
-Que coisa horrível! E esse homem está vindo pra cá para praticar esses crimes hediondos?
-Infelizmente sim, minha filha.
-Espero que ele chegue logo de uma vez..-disse Joana assim que adentrou na igreja.-Nossa vila precisa ficar livre desses hereges e adoradores do demônio.
-Bem, eu já estou indo..-disse Tamara.-Até mais ver, padre.
-Principalmente de "certas" mulheres.
Tamara suspirou fundo e encarou Joana.
-Nossa vila não tem adoradores do demônio, Joana. Tem apenas pessoas que espalham o bem. Ao contrário de você que só sabe infernizar a vida alheia.
-Eu sou uma cristã devota.
-Você é uma beata insuportável que vive julgando as pessoas. Devia cuidar da sua própria vida!
-Terei muito prazer em ver você sendo julgada pelo Santo Ofício.
-Parem com isso, vocês duas!-exclamou o padre.-Estamos na casa de Deus. Tenham compostura, por favor.
-Perdão, padre Aurélio.
-Eu preciso ir agora.-disse Tamara que, após cumprimentar o padre, deixou a igreja.
Joana a seguiu com o olhar cheio de ódio e inveja.
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