História Tantas mudanças - Dreville - Capítulo 5

Sirius tinha passado três dias na casa da Floresta, e depois disso ligou todos os dias via lareira nas duas semanas que passaram separados, mostrando que se importava e que realmente queria estar com os três. 

Ele já estava com saudade dos três Sonserinos, mas também tinha que confessar que esses dias afastados fez com que tivesse ainda mais certeza de que era aquela vida que queria todos os dias; ele queria viver todos os dias, a paz e a tranquilidade que conheceu na casa da Floresta.

A próxima reunião da Ordem seria naquela noite, e Sirius tinha total certeza de que muita confusão iria acontecer naquela noite, mas nem o pensamento da bagunça que poderia virar, tirou o sorriso do seu rosto.

Diferente da outra reunião, os três Sonserinos foram os primeiros a chegarem e já acharam o melhor lugar para posicionar o filho deles com cuidado e em um lugar estratégico, longe de todos e de fácil proteção.

– Como tem sido seus dias, Querida? Eu senti sua falta, quase fui correndo para a casa da floresta para ver você. Está seguro? Tem comido bem? -Sirius encheu o loirinho de perguntas enquanto abraçava ele, fazendo os outros dois adultos rirem.

– Eu estou seguro, mas estou ficando entediado já! É muito quieto lá! -Draco falou praticamente brilhando de tão feliz que estava com a atenção que estava recebendo.

– Já conversamos sobre isso, bebê, vamos nos mudar logo, você vai ter mais liberdade no outro lugar. -Lucius falou sorrindo para Sirius, e apertando o ombro do mesmo.

– Vão se mudar, mas por que? -Sirius perguntou preocupado, com medo de que alguma coisa tenha acontecido e as suas mais novas pessoas favoritas tenham se machucado.

– Já tivemos tempo demais no mesmo lugar, não é seguro para o Draco ou pra qualquer um ficar lá, vamos sair nos próximos dias e vamos te informar para que venha ver a gente. -Severus falou incluindo ele e o marido nas atenções do Black, se seu filho confiava e queria tanto os três juntos, era porque o destino via como o melhor para todos.

Draco bem que queria fingir que não estava ansioso para aquela reunião, mas seria mentira, e sem o glamour que escondia ele atrás do "Draco cruel" ele era muito mais transparente e infinitamente mais sensível. Ele queria poder evitar ver o trio dourado, se dependesse dele, nunca mais ia ver os três, mas infelizmente não tinha essa opção, o lado positivo é que junto com os três também vinha Neville.

No momento em que os outros membros chegaram, o loiro mais novo quase jogou o livro que estava lendo no chão, para que pudesse correr e se jogar nos braços do Herdeiro Longbottom que quase riu por poder finalmente abraçar aquele que vinha sendo a pessoa que mais estava em seus sonhos.

– Chega de abraços, solte o Draco e sente do outro lado da sala Longbottom. -Sirius como o mais ciumento, foi o mais rápido em sair de onde estava e puxar o Draco pela cintura para longe do outro adolescente.

– Agora que as apresentações e abraços já foram feitos, podemos começar não é? -Alvo falou entrando por último, mas tendo escutado toda a conversa desde que os Sonserinos tinham chegado.

– Talvez algumas apresentações precisem ser feitas. -Lupin interrompeu indicando para a aluna loira que tinha vindo acompanhando os grifinórios e parecia muito interessada em observar o jovem sonserino.

– Apesar de todo o truque que fizeram na última reunião, Luna, uma verdadeira Vidente veio contar pra gente o que viu e desmentir tudo que os três falaram. -Harry falou com a voz cheia de verdade, ele realmente tinha a certeza de que estava certo, afinal o próprio Dumbledore disse que Luna era uma vidente.

– Uma verdadeira Vidente? -Neville foi o primeiro a questionar enquanto andava até onde o seu loirinho estava sentado rodeado dos seus protetores, e se juntou a eles.

– E eu achando que ela era só uma vaca mentirosa e cruel, com certeza a descrição de verdadeira Vidente ficou impossível de ser alcançada. -Draco falou bufando e balançando a cabeça, ele não acreditava que estava sendo obrigado a ouvir tantas besteiras.

E com aquela intromissão, os seus planos teriam que ser adiados para outro momento, ele não poderia complicar ainda mais aquele dia e nem mesmo queria fazer isso.

– Você não pode falar essas coisas da nossa amiga! Eu sempre soube que você era aquele bastardo cruel! -Hermione assumiu a frente, apontando a sua varinha para o loiro que foi mais do que rápido em tomar a varinha dela para si e fazer a garota flutuar, tudo somente balançando as suas mãos nuas.

– Parece que é hora de revelar a verdade, Diretor, porque não desmente as mentiras que contou por tantos anos antes que eles se machuquem. -Severus falou calmo, pegando na mão do filho e abaixando a mesma, fazendo o garoto colocar a garota de volta no chão.

– Harry, meu menino, Draco é o único Vidente atualmente, pelo menos nessa sala. -Dumbledore respirou fundo antes de falar, com a voz calma e sorriso de avô, tentando fazer parecer que tudo que tinha sido feito por um motivo maior.

– Você mesmo disse que Luna via o futuro, e aquilo que a gente não podia ver. -Ron falou ainda querendo uma briga com os Sonserinos, ele sempre estava pronto para tentar matar alguns.

– Eu só queria que vocês confiassem em mim, e seguisse o que eu dizia e eu fiz o certo não fiz? Tudo tem funcionado bem até agora e ninguém saiu machucado. -o Diretor falou começando a ver que nem tudo tinha sido perdido do seu plano.

– Ninguém saiu machucado é um modo de dizer, tenho certeza que aqueles que morreram ou foram feridos, não compartilham desse pensamento. -Lucius falou se lembrando da sua grande amiga Narcisa que morreu para que eles ficassem vivos.

– Então tudo que a Luna diz é mentira? -Hermione perguntou começando a questionar se tudo que estava fazendo ia realmente valer a pena no final.

– Na verdade, a sua pergunta deveria ser: "Então tudo que a Luna diz, é uma mentira inventada pelo Diretor?". Porque sim, é. -Draco falou antes de se sentir indo longe, em um momento ele estava na conversa, na outra seus pais e Sirius foram rápidos em lançar os escudos protetores enquanto ele entrava em mais uma visão.

Draco com certeza não queria estar ali, mas tentava não entrar em pânico por saber que somente sua mente estava ali e nada iria acontecer com ele realmente. Nos últimos dias em que esteve na Mansão Malfoy, ele sentia a casa se tornando mais sombria e respondendo mal a tanta magia negra não ligada ao sangue, mas vendo ela naquele momento estava com certeza muito pior.

As paredes estavam escuras, e os móveis estavam começando a se decompor, e mesmo pela visão podia sentir o cheiro de carne podre por todo o lugar. Draco se movia pelo lugar como um fantasma, vagando até o que onde os Deuses queriam mostrar para ele.

E o que os deuses queriam mostrar pra ele naquele momento, era Luna ajoelhada em frente ao Lorde das trevas contando falsas visões. 

– Eu tomaria cuidado, Lovegood, certos senhores não lidam bem com mentiras e falsas profecias. -Draco falou voltando da sua visão e começando a se sentir mal no meio de todas aquelas pessoas em que ele não confiava, e ainda sim estava mostrando os seus dons.

– O que você está querendo insinuar? Está me acusando de ser uma comensal da morte? -Luna falou tentando avançar pra cima do loiro, perdendo todas as suas máscaras de boa garota, mas sendo parada no primeiro passo por Neville e Sirius.

– Eu quero ir embora, papai. -Draco falou realmente cansado de tudo, louco para ir para a sua casa e ser mimado pelos pais.

– Draco, querido? Tudo bem? -Sirius falou avançando pra perto do loiro, tentando ver se tinha alguma coisa errada.

– Não, vamos sair daqui. -Draco falou sério, cruzando os braços.

– O que você quiser. -Severus falou estendendo a mão e ajudando o filho a levantar.

Se Draco queria ir embora daquele lugar, Severus iria levar ele embora para o mais longe que podia e manteria seu bebe em segurança; a saída dali foi rápida, somente uma parada do loirinho para abraçar o seu pretendente e logo os três estavam entrando na casa da floresta.