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História Tão opostos quanto iguais - Cap.130


Escrita por: Pin232

Notas do Autor


Oiii


Boa leitura❤❤

Capítulo 131 - Cap.130


Fanfic / Fanfiction Tão opostos quanto iguais - Cap.130





                                Jeiza:



É estranho ficar sem o Zeca. Dormir sem o abraço dele, não ve-lo pela manhã e nao acordar e ler seus bilhetinhos. Até a bebê está sentindo falta, nem tem mexido muito a não ser quando quer esmagar meus órgãos se espreguiçando.

A primeira semana foi fácil de encarar com ele me ligando sempre, mas depois ele parou. Claro, esqueceu o carregor... Como ele pode não ligar para essas coisas? Eu sei que não fez por mal mas mesmo assim... Nesse estágio final da gravidez eu precisava dele mais que tudo. Não é culpa dele... E sim dos hormônios da gravidez que me deixam assim e ele está ficando doido, tadinho.

                               * * *

— Oi, mãe.— Digo chegando em casa depois do trabalho.

— Oi, filha. Tudo bem?— Ela diz beijando meu rosto.

— Tudo... E o Zeca? Nada de ligar?

— Não. — Faço uma cara desapontada e me sento no sofá. — Você sabe que ele esqueceu o carregador, o celular tá sem bateria não tem como ligar.

— Eu sei... Mas vai fazer uma semana que ele não fala comigo...

— Olha, eu liguei pro Ruy... Ele falou que a entrega já foi feita há uns quatro dias mais ou menos... Amanhã ele já deve ta pelo Rio. Ele vai ligar assim que achar algum telefone, amor... Você sabe que nos hotéis não vão permitir interurbano.

— Eu sei... Mas ele podia comprar um carregador, né?

— Filha! Eu duvido que ele não tenha tentado o máximo possível pra conseguir te dar notícias e saber notícias! — Ela diz como se tivesse me repreendendo.

— Tá, desculpa... Ai, to tão... Sei lá... — Digo piscando rápido para não chorar.

— Eu vou lá na Estudantina, quer ir comigo?

— Não... Pode ir.

— Eu não vou deixar tu aí sozinha.

— Eu to bem! Eu nem fiz oito meses ainda, não tem perigo de nascer agora...

— Não foi o que o médico disse!

— Ela não vai querer sair só porque a senhora foi se divertir ao invés de ficar aqui assistindo o mesmo filme pela milésima vez. — Digo afagando seus cabelos e sorrindo.

— Eu tenho medo, vai que acontece alguma coisa.

— Mãe... Se eu sentir qualquer coisa eu ligo pra senhora, tá? Vai lá dançar, se divertir...

— Você não ta querendo aprontar não, né?

— E o que eu vou fazer com esse barrigão enorme? Nada. Vou tomar um banho, comer, assistir alguma coisa e dormir.

— Tá bom, garota! Eu e volto rápido.

— Tá, dona Cândida!

Depois que minha mãe sai, tomo um banho morno mesmo estando morrendo de frio já que o médico proibiu a água quente por causa das contrações antes da hora. Coloco uma roupa quente e me deito coberta dos pés à cabeça.

                            ~ ~ ~

   Acordo sentindo uma falta de ar intensa e vejo minha mãe sentada ao meu lado quase dormindo sentada, nos meus pulsos, testa e barriga sinto panos úmidos. Minha vista dói ao encarar a luz forte que vinha da sala e minha cabeça parece que vai explodir.

— Mãe... — Sussurro.

— Filha! Ai graças a Deus! O que você aprontou, garota?

— Nada... Eu só dormi.

— Tu tá com quase quarenta graus de febre!

— Eu não fiz nada...

— Deixa eu medir...— Ela coloca o termômetro e depois checa. — 38°C. Tá alta, ainda! Mas tá abaixando.

— O Zeca... Ele ligou?

— Ainda não... Ele nem deve ter chegado ainda... Fica calma, não pensa nisso. Essa febre sua deve ser emocional, você tinha muito quando era criança.

— O Zeca...

— Shii... Ele vai chegar provavelmente amanhã no fim da tarde. De manhã ele deve ta ligando... Vem tomar um banho frio.

Ela me leva até o chuveiro. Sinto a água gélida cair em meu corpo quente e fico um tempo lá, depois minha mãe vem com uma toalha e uma camisola fina e me veste.

— Tenta dormir... Já vai baixar. Eu não posso te dar antitérmico porque não sei se é indicado.

Ela se deita junto à mim e nem sei se dormi ou desmaiei. Só sei que quando acordei não lembrava se tinha dormido ou só piscado. Mas eu sentia dores na barriga

— Oi, Jeiza... Tá melhor?— Vejo dona Nazaré. — Sua mãe teve que sair rapidinho e me deixou aqui.

— ai dona Nazaré, acho que a neném vai nascer agora... Ta doendo igual aquela vez, só que mais forte.

— Eita, menina! Deixa eu ver...

— Agora parou...

— Quando tu sentir me avisa.— concordo e a dor passa por um tempo e tento me convencer de que foi a bebê me esmagando de novo. Mas logo volta com um pouco mais de força.

— Voltou! Ai...— Ela coloca a mão por cima da minha barriga.

— Égua, que vai nascer mesmo. Tua barriga contraiu todinha, tem que avisar tua mãe.

— Ah, não... O Zeca não tá aqui... E agora? Ta muito cedo!

— Escute menina, a gente vai pro hospital que é melhor... O neném não nascer agora, agora... Acho que dá tempo do Zeca chegar.

Dona Nazaré sai para avisar minha mãe e logo as duas aparecem acompanhadas de Guto.

— A bolsa da neném ta onde?

— No quartinho dela... Ai...

— Vem Jeiza, eu levo você até o carro.

Com a ajuda de Guto consigo entrar no carro. Logo minha mãe e dona Nazaré entram também. Seu Abel disse que iria avisar Zeca caso ele aparecesse ali.

No mesmo momento que chego à maternidade, sou levada para o andar de cima, onde ficavam as grávidas de risco. Duas enfermeiras checam minha temperatura e pressão.

— Tá muito alta. As duas... Eu vou buscar um medicamento pra abaixar, faz companhia pra ela.— Uma diz à outra.

— Minha neném não vai nascer agora não, né?

— Eu não sei, desculpe... A senhora vai fazer uma ultrassonografia e depois um eletrocardiotoque anteparto para saber como que tá a dilatação e as contrações, só aí é que vamos saber se é pra agora ou não.

— Tomara que ela espere um pouquinho... Meu marido teve que viajar à trabalho e eu tenho tanto medo dele não chegar à tempo.

— Ele vai chegar, não se preocupe. — Ela diz, simpática.

Depois de uns quinze minutos conversando com uma das grávidas, sou chamada para a ultrassom.

— É... A bebê tá com muita pressa... Mas é por causa do líquido amniótico que tá muito pouco por causa da febre então é bem provável que teremos que tira-la e não lhe dar um remédio como eu pretendia fazer.

— Ah, não...— Já começando a chorar. — O parto é normal?

— Infelizmente o parto normal demoraria muito e não temos todo esse tempo. Eu vou te levar para fazer o outro exame.

Durante o eletrocardiotoque eu ficava deitada sem me mexer enquanto os médicos faziam perguntas e eu apenas apertava o botão quando "sim". A maioria foi não.

— A gente vai ter que tirar! — Escuto um deles dizer. Acho que eles não perceberam que eu poderia ouvi-los.

— Ela tá com a pressão elevada, é perigoso!

— Se a gente não tirar a criança morre!

— Se ela for operada pode morrer também! Aliás a gente pode perder as duas! — Começo a ficar nervosa e a chorar de medo, pela falta que o Zeca está me fazendo, de nervoso, de tudo.

Vejo a doutora responsável por mim entrar.

— O que vocês estão fazendo? O que vocês falaram pra ela?— Ela diz me concertando no lugar e tentando me acalmar.

— Nada.

— Corredor! Agora!

Ela sai com os dois e ela grita tão alto com eles que posso ouvir toda a discussão.

Ela vem até mim.

— Me desculpe... Eles não deviam ter dito nada sem minha autorização. Eu diria com mais jeito.

— Eu vou morrer?

— Não. Não vai... Mas a bebê sim se não tirarmos agora.

— É que o meu marido...

— Eu fiquei sabendo... Mas temos que ir agora. A gente vai agora pra sala de cirurgia.

— Mas e a minha pressão, a febre?

— Vai ter uma equipe grande com a gente. Vão estar lá para o que precisar. Agora você precisa se aprontar.

Eu ainda tinha esperança que ele fosse chegar. Eram três da tarde quando a doutora disse que estava na hora. 


Notas Finais


Obrigada por ler💜💜


Bjs da Maah😘😘


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