1. Spirit Fanfics >
  2. Tasukete! h i a t u s >
  3. Dor na bunda

História Tasukete! h i a t u s - Dor na bunda


Escrita por: shimarin

Notas do Autor


Olá, estou de volta e tenho uma notícias bem legal! Eu escolhi Tasukete para o NaNoWriMo! Uhul!
Para quem não sabe no NaNo eu preciso escrever 50.000 palavras em um mês para bater o desafio, no caso, eu preciso escrever TODO DIA e, a vista disso, os capítulos serão atualizados com um pouco menos de demora, pois tentarei levar o desafio até o fim. Este capítulo ficou pronto em cinco dias! (:

Eu não tinha planos de terminar o capítulo onde parou, mas decidi que ali era perfeito. No próximo capítulo aparecerá um personagem pela primeira vez <3

E esse capítulo foi inspirado em um CMV famosíssimo de NaruSasu.

Capítulo 8 - Dor na bunda


Meu deus! Conto de um a dez para ter coragem de olhar debaixo do edredom, mas eu ainda não sei se estou devidamente preparado para descobrir se estou realmente nu ou não — mesmo sendo evidente, considerando que não sinto roupas em meu corpo. Após passar por um preparo psicológico, agarro o edredom e levanto-o de uma só vez, em seguida, entrando em desespero ao ter a visão do meu corpo despido.

Calma, Naruto! Eu posso estar nu, mas não será tão ruim se o homem ao meu lado estiver vestido. Talvez eu apenas tenha tirado a roupo por causa do calor.

Prendo a respiração no momento em que seguro a borda do edredom perto do cara deitado ao meu lado. O que estiver aqui embaixo definirá o que diabos eu fiz na última noite, mesmo sendo evidente, eu mantenho as esperanças. A possibilidade de isso ter acontecido faz com que minha cabeça lateje ainda mais.

Sem mais delongas, levanto o tecido azul do qual nos cobre e meus batimentos cardíacos param no instante em que visualizo as costas e nádegas pálidas, totalmente nuas, de meu amigo. Abaixo o edredom novamente, sentindo minha cabeça girar e a dor piora. Isso não pode estar acontecendo, não... isso não está mesmo acontecendo, está?

Me sento devagar na cama para não correr o risco de acordar o rapaz, que dorme profundamente, pois seria estranho se trocássemos diálogos agora, sabe, ambos estamos nus e dormimos juntos. Seria mais constrangedor do que já está sendo...

Argh! Esfrego os olhos e bufo posteriormente, retirando as mãos de meu rosto, momento em que avisto um plástico laminado sobre a cama. Pego o plástico e meu estomago revira quando percebo que é uma embalagem de camisinha. Encaro a embalagem por segundos, tentando, de alguma forma, encontrar uma explicação plausível para aquela coisa estar ali, algo que não tenha a ver com sexo.

 O moreno começa a se remexer e eu me jogo no chão na mesma hora em que sinto sua mão tocar o meu braço. Sentado no chão, observo o homem e agradeço por ele não ter acordado, isso teria sido muito estranho.

Pego minha cueca sobre a cama e a visto, ainda sentado ao chão. Eu preciso me vestir e sair daqui antes que ele acorde.

Assim que levanto, minhas pernas fraquejam e eu sinto uma dor muito incômoda na região do quadril. Apoio-me na parede e respiro fundo. Eu não consigo acreditar que isso está mesmo acontecendo... tinha que ser logo comigo? Por que?

Quando sinto minhas pernas firmes, procuro silenciosamente por uma roupa e, após encontrar, acabo vestindo uma calça de moletom e uma camiseta preta. Saio do quarto logo em seguida e me dirijo para a escada, por onde desço posteriormente.

A medida que desço os degraus vejo os rastros da noite anterior: algumas de nossas vestimentas jogadas pela escada.

Sento em um dos degraus, pegando a blusa da qual meu amigo estava usando ontem e pequenas lembranças da última noite passam por minha mente. Ponho a peça roupa no lugar onde ela estava e esfrego minhas mãos em meu rosto, lembrando de tudo o que aconteceu nessa escada. Tudo começou nesse degrau.

O jeito como Sasuke me olhava, o jeito que eu o olhava, o jeito como eu o desejava, tudo isso cruzando a minha mente nesse exato momento. Eu não consigo e não quero acreditar. Isso não pode ter acontecido... não com ele, não com Sasuke.

Nós estávamos bebendo e decidimos ir embora da festa, depois de tocar no assunto dos sentimentos de Sakura em relação a minha pessoa. No caminho, viemos apoiados um ao outro, pois seria impossível andar por nossas próprias contas, considerando o quão tonto eu estava, a ponto de tropeçar nos próprios pés a cada passo, caindo nos braços de Sasuke duas vezes. Eu estava mais bêbado do que ele.

Era tarde, madrugada, especificando, e não havia sequer uma pessoa na rua além de nós. Nossas risadas e conversas sem sentido eram as únicas coisas que ecoavam por aquelas ruas silenciosas. Nós estávamos tão felizes e soltos, não me lembro de ter visto Sasuke assim antes.

Todavia, minha cabeça começa a latejar. Eu provavelmente tomei um dos piores porres de toda a minha vida, mas mesmo assim quero me lembrar de mais coisas. Eu quero saber o que aconteceu de verdade — mesmo já sabendo — e como aconteceu.

Ao chegar em casa, convidei Sasuke para passar a noite aqui e o dito cujo aceitou, como de costume. Tentei subir a escada, mas tropecei e acabei ficando sentado aqui, neste mesmo degrau, o moreno, por sua vez, sentou-se ao meu lado.

Falamos sobre algumas coisas das quais não me recordo muito bem, e as risadas que dávamos em seguida eram altas suficiente para os vizinhos reclamarem com a polícia. Eu não faço ideia de que horas eram, talvez umas quatro da manhã.

— Sabe de uma coisa? — eu comecei, olhando o rapaz em minha frente. — Você é muito bonito para um homem.

— Cala a boca, idiota — o Uchiha disse, antes de me beijar.

Então... nós nos beijamos aqui, nessa escada, nesse mesmo degrau, bem aqui onde estou sentado. Meu melhor amigo me beijou e eu retribui ao seu beijo com tanta vontade quanto ele. Sasuke Uchiha, meu melhor amigo há sete anos, me beijou. E eu gostei.

Eu não consigo acreditar que isso realmente aconteceu, meu Deus, isso é tão... estranho! Com qual cara eu irei encará-lo a partir de hoje? A nossa amizade nunca mais será a mesma, e o beijo nem é a pior parte!

Enquanto nos beijávamos, que por sinal é muito estranho pensar nisso acontecendo, eu desabotoei sua camisa, tirei-a de seu corpo e joguei a mesma na escada, posteriormente, nós nos levantamos e seguimos, aos tropeços, para o meu quarto, lugar onde a segunda parte aconteceu.

Caímos sobre a cama e Sasuke tirou a minha camisa, jogando-a no chão logo após. Nós estávamos nos beijando com tanta ferocidade, que era como se quiséssemos isso há muito tempo e estávamos ‘tirando o atraso’ pela demora, no entanto, eu nunca desejei algo parecido com o que estava acontecendo, devido a este fato, não entra na minha cabeça por qual motivo eu estava tão entretido com os seus lábios nos meus. Eu tenho total certeza de que Sasuke ficará tão constrangido quanto eu ao se lembrar de tudo isso. Argh! Por que isso precisava acontecer justo conosco?

Minha cabeça está explodindo e eu não consigo pensar em mais nada com clareza. Forçar a mente não foi algo inteligente da minha parte, mas, para ser honesto, quando eu fiz algo inteligente? Encher a cara, beijar o meu melhor amigo e transar com ele foi, sem sombra de dúvidas, a maior burrice já cometida na face da Terra por Uzumaki Naruto.

Bufo, tentando lembrar de mais detalhes, porém, minha mente se recusa a me ajudar e a dor de cabeça apenas aumenta. Só consigo me lembrar de alguns momentos rápidos, focos de luzes e gemidos distantes. Minhas mãos percorrendo o corpo do homem, que dorme no quarto acima, enquanto o dito cujo mordiscava e beijava o meu pescoço. Os gemidos que eu soltava com o toque de seus lábios quentes na minha pele. Eu realmente quero me lembrar de tudo isso?

Passo a mão em meu pescoço, me perguntando se há marcas da noite anterior nele. Se houver, não será nada fácil explicar para os curiosos, tendo em consideração de que não há nem vinte e quatro horas que estou solteiro.

Minhas mãos deslizavam pelo abdômen do rapaz, seguindo para suas costas, onde elas também passeavam delicadamente. O corpo de Sasuke é esbelto, no entanto, ainda é ligeiramente definido, mas isso é uma coisa da qual eu já sabia.

Eu costumava sentir inveja do corpo do meu amigo e sempre analisava de longe, sem que ele percebesse, eu queria me basear nele. Contudo, eu nunca havia apalpado cada centímetro de seu corpo como fiz na última noite, eu só encostei em seu abdômen no dia em que precisei colar o adesivo de Salonpas no mesmo, eu nunca sequer havia tocado naquela região sem ser com chutes e socos durante os treinos de muay thai. E pensar em como toquei-o ontem... ah, além de ser muito constrangedor também é nojento.

Os lábios do rapaz encontraram os meus pela segunda vez e, naquele momento, sua língua estava dentro de minha boca e a minha língua se encontrava dentro da boca dele. Minhas mãos percorreram de suas costas para seu pescoço e as suas pousaram em meu rosto, acariciam ambas das minhas bochechas.

E logo após o término do beijo, ele se sentou sobre o meu pênis, fazendo com que eu o penetrasse. Sasuke gemeu baixo e mordeu o lábio inferior posteriormente, acredito que na tentativa fracassada de suprimir os gemidos que vieram em seguida. O Uchiha era tão apertado... e estava tão quente dentro dele, estava tão bom, eu nunca havia sentido algo parecido com o que senti. A sensação era tão boa que por um momento eu poderia esquecer que Sasuke também é um homem e, pior que isso, ele é o meu melhor amigo.

Eu me movia debaixo dele enquanto o rapaz cavalgava lentamente sobre mim. Ele mordia o lábio com força, o seu piercing nem mesmo parecia incomodar. Os nossos gemidos se encontravam, formando apenas um som. Eu não sei o que estava passando pela minha cabeça naquele momento, mas eu desejei o corpo de Sasuke até o último segundo, e é exatamente isso o que não consigo entender.

Eu... sou hétero e sempre foi desse jeito. Eu nunca desejaria um homem, muito menos o meu melhor amigo. Eu nunca desejaria o Sasuke. Meu Deus, a minha mente está tão confusa e minha cabeça está prestes a explodir. Por que isso tinha que acontecer comigo?

Decido beber alguma coisa e levanto-me da escada, terminando de descê-la e caminhando em direção a cozinha logo após. Tudo isso foi demais para assimilar em tão pouco tempo e eu sei que ainda há mais coisas das quais preciso lembrar. Eu nunca mais ficarei bêbado em minha vida, isso é uma promessa!

Após chegar na cozinha, pego um copo d’agua e um Advil, tomando-os em seguida. Encho o copo com de café e ando até a janela do apartamento. A vista não é uma maravilha, no entanto, eu preciso tomar ar fresco e não estou afim de sair de casa agora.

Respiro fundo e aquele cheirinho de café invade minhas narinas, ele é de ontem, mas o cheiro ainda está ótimo. Tomo um gole do líquido ainda quente e observo os passarinhos voando pelo céu, assobiando sem parar. Ah, eles parecem tão felizes... E é claro que estão, afinal, não foram eles que transaram com o melhor amigo.

Enquanto estou a observar os pássaros, ouço Sasuke descendo as escadas. Não estou preparado para vê-lo agora, mas não há como evitar, então seja como Deus quiser que seja.

— Naruto — ele me chama, com a voz baixa.

Viro para olhar o homem, que está em pé em frente a porta da cozinha, vestindo a camisa que eu tirei na última noite, e um desconforto preenche o meu ser quando vejo as marcas roxas em seu pescoço. Por alguma razão, eu ainda estava com esperanças de que tudo havia sido apenas um sonho, mas ao ver o pescoço de Sasuke marcado todas as minhas esperanças morreram.

Caminho para ficar mais perto dele, no entanto, paro e mantenho uma distância de mais ou menos dois metros. É nauseante ficar tão perto dele depois de tudo o que aconteceu ontem, eu não sei se conseguirei olhar para ele nos próximos dias, talvez devêssemos continuar mantendo distância para clarear os pensamentos. É tão estranho encará-lo e lembrar de como estávamos íntimos anteriormente.

— Eu acho que é melhor eu ir — Sasuke diz, enquanto coça sua nuca, claramente desconfortável com a situação da qual fomos submetidos.

Não respondo, pois, por mais que eu queira me despedir, não consigo dizer sequer uma palavra, nada cruza os meus pensamentos nesse momento tão embaraçoso. Eu não consigo pensar em algo adequado para dizer, um ‘adeus’ seria muito vago. Meus lábios formam uma linha reta e eu assento em concordância com a sua ideia, é melhor desse jeito.

— Então... tchau — ele ergue sua mão direita, que antes estava em sua nuca, e acena sem ânimo, despedindo-se melhor do que eu faria em seu lugar.

Ainda sem responder, repito o seu ato, mais especificadamente, apenas ergo minha mão, fazendo um movimento único para me despedir do homem em pé no hall da porta.

Ele se vira e caminha em direção a saída, abre a porta e sai, fechando-a por fora num ato posterior. E agora? A partir de hoje eu não faço a mínima ideia de quando conversaremos novamente, eu nem sei se continuaremos amigos... Deus, sete anos de amizade jogados aos ventos.

Volto para a janela e olho para o céu, como se de alguma forma a solução desse meu problema fosse cruzar o azul celeste acima de mim, todavia, a única coisa cruzando o céu neste momento são os mesmos passarinhos de antes. Ah, como eu gostaria de ser um passarinho, agora.

Avisto Sasuke saindo do prédio e caminhando de cabeça baixa pela rua. De repente, ele olha para onde eu estou e eu, automaticamente, deixo, mais uma vez, meus lábios formarem uma linha reta, parece que isto é o máximo que eu consigo fazer diante dele. Dou um aceno de cabeça sem ânimo para o dito cujo, que faz o mesmo, e, em seguida, ele volta a olhar para o caminho que precisará percorrer até chegar em sua casa, se é que ele esteja indo para lá, considerando a presença de Itachi na residência. Sasuke costuma fazer o possível e o impossível para evita-lo, ainda mais quando está com vários lances na mente.

Decido tomar um banho para esfriar a cabeça e ando devagar em direção ao banheiro, pois, à medida que eu me movo, sinto uma dor incômoda na região de meu quadril, o que traz de volta aos meus pensamentos a noite anterior, fazendo meu corpo estremecer e meu estomago embrulhar.

Eu ainda preciso pensar mais um pouco sobre o que aconteceu ontem, tudo está muito confuso em minha mente, entretanto, não há dúvidas de que Sasu e eu... transamos. Tanta coisa aconteceu nessas últimas horas que eu ainda nem tive tempo sobrando para pensar no meu termino com a Sakura, está tudo uma bagunça em minha cabeça, mas eu realmente gostaria de saber a razão para ela ter tomado essa decisão. Se eu não tivesse saído de casa e continuado na minha cama nada disso teria acontecido, contudo... eu bebi muito mais do que deveria, por tanto, eu tenho tanta culpa quanto o Sasuke.

Pego o meu celular e digito o número de meu amigo, eu preciso conversar com alguém sobre o ocorrido antes mesmo de Iruka chegar, pois não quero que ele me veja com tanto desanimo logo no dia de sua volta.

— Sasuke? — o homem diz, ao atender a ligação.

— Ah? Sou eu. Naruto.

— Por que está me ligando pelo celular do Sasuke? Aconteceu algo com o seu?

O que?

Olho para o aparelho em minha mão e percebo que é o celular de Sasuke. Ah, que droga, ele esqueceu aqui. E sim, nossos celulares são exatamente iguais, até mesmo a cor, pois, quando fomos compra-los, preto era a única cor que havia.

— Eu nem havia notado que este era o celular dele — dou uma risada sem graça. — Deidara, eu preciso conversar com alguém. Você poderia me encontrar naquele café de sempre, hoje? — minha voz sai baixa e rouca, só por essa razão ele já deve saber que algo de errado aconteceu.

— Claro, estarei saindo de casa em vinte minutos — o loiro diz, firme. — Aliás, eu soube que você saiu ontem à noite...

— É sobre isso que eu quero conversar. Estou indo tomar banho e sairei de casa logo em seguida, te espero lá. Tchau.

Desligo o celular antes mesmo de Deidara responder, não quero entrar em detalhes pelo celular e muito menos gastar os créditos de Sasuke. Ele odeia quando mexem no seu celular e odeia ainda mais que gastem seus créditos. Eu não quero ter mais problemas com ele do que os atuais.

Chegando ao banheiro, tiro minhas roupas do corpo e jogo-as dentro do cesto de roupas sujas. Encaro o meu reflexo no espelho e vejo o quanto estou acabado: meu cabelo está bagunçado e cheio de nós, meus olhos estão vermelhos e minhas olheiras parecem dois buracos negros de tão escuras e profundas. O Uchiha, por sua vez, não estava nem um pouco parecido com isso, apesar das olheiras, que estão sempre com ele, eu costumo dizer que elas já fazem parte da sua anatomia e ele sempre ri disso. Eu o odeio por estar sempre de boa aparência enquanto eu luto todos os dias para ficar minimamente apresentável. Quanta injustiça!

Entro no box e ligo o chuveiro, deixando a água quente cair sobre meus cabelos. Meu Deus, por que diabos tudo isso tinha que acontecer? Eu só tinha aceitado ir para uma festa com os rapazes e agora estou com a bunda dolorida.

Fecho os olhos e as lembranças da noite anterior voltam a cruzar meus pensamentos. As piores lembranças, acredito eu.

Eu havia acabado de preenche-lo com meu sêmen quando o moreno me penetrou, colocando tudo de uma única vez. Eu gemia tão alto quanto Sasuke anteriormente, sentindo a dor de ter um pênis deslocando-se para dentro e para fora de meu interior. O Uchiha, por sua vez, gemia de puro prazer e a sua feição mostrava-se tão satisfeita que por um segundo eu chego a imaginar que ele desejava fazer aquilo há anos, contudo, ao lembrar da sensação sentida enquanto eu penetrava o moreno, o pensamento rapidamente se dissipa, pois, por mais prazeroso que tenha sido, eu nunca desejaria aquilo em sã consciência, o mesmo deve ter acontecido com Sasuke.

Minhas mãos passeavam sobre as costas do Uchiha, que estava inclinado sobre mim, suas mãos estavam apoiadas no colchão, deixando que o peso de seu corpo não caísse sobre o meu. Fios de seu cabelo grudavam em seu rosto e gotas de suor que escorriam pela sua face pingavam em meu corpo à medida que o dito cujo se movimentava. Minhas pequenas unhas estavam cravadas em suas costas e o suor fazia com que elas deslizassem pela sua pele. Mordíamos nossos lábios para evitar que os gemidos saíssem, no entanto, era em vão, pois eles insistiam em sair de ambas gargantas e ecoar pelo ambiente escuro e erótico que define o meu quarto.

Seus olhos negros e graúdos encaravam os meus com tanta precisão que era como se ele quisesse enxergar a minha alma, todavia, o que ele fez em seguida não foi nem um pouco parecido com ‘enxergar a minha alma’. Sasuke me beijou e eu, mais uma vez, retribui. 

— Argh, isso é tão estranho! — exclamo, e dou um soco na parede logo após, como se fosse resolver metade do meu problema. Encosto minha testa no azulejo gelado em minha frente e deixo a água do chuveiro cair em minhas costas. — Sasuke e eu... como isso foi acontecer? Não, isso não pode estar acontecendo de verdade...

Eu nunca imaginei que isso seria possível, sabe, eu nunca olhei Sasuke com outros olhos. Nós sempre fomos melhores amigos e nunca tivemos nenhum envolvimento assim, Deus nos livre, nós nunca faríamos isso sóbrios. Eu nunca pensei em beijá-lo, quem dirá foder com ele.

Mas, para ser sincero, foi melhor que isso tenha ocorrido entre mim e o Uchiha ao invés de outro homem totalmente aleatório. Talvez não tenha sido tão ruim porque foi com ele, quero dizer, eu não me lembro muito bem das sensações, tudo ainda é muito superficial, e eu sou hétero, mas, pelo o que me recordei, não foi algo tão ruim. Nós dois somos homens e homens não fazem esse tipo de coisa juntos, é por esta razão que existe o homem e a mulher, todavia... Deus que me perdoe, foi bom. A única parte terrível mesmo é a dor em minha bunda. 

 

Assim que chego ao café do qual combinamos, avisto os cabelos loiros do meu amigo, que não para de digitar em seu aparelho celular. Ando até o balcão e compro dois cafés fortes e um pote pequeno de brownies, em seguida, me dirijo ao encontro de Deidara, colocando a bandeja sobre a mesa.

Ele nota minha presença e guarda o celular em seu bolso, sento-me a mesa e digo-o para pegar um copo de café e alguns dos brownies, ele aceita. Se tem uma pessoa no mundo que nunca irá recusar comida esse alguém é o Deidara.

— A melhor parte em sair com você é a que você sempre paga — o loiro diz, enquanto toma um gole de seu café. Deixo uma risada nasalada escapar e pego um dos brownies, comendo o mesmo logo após. — Onde está Sasuke? Hoje é domingo, normalmente vocês estariam jogando videogame.

— Ele acordou e decidiu ir embora, acredito que tenha sido a melhor ideia... — murmuro, suspirando posteriormente. Esfrego minhas mãos em meus olhos e respiro fundo, o homem a minha frente me encara preocupado.

— O que aconteceu com você? — retiro minhas mãos do rosto para poder olhá-lo. — Você está péssimo, parece uma merda...

Um fato importante: Deidara é uma pessoa extremamente sincera. O jeito como ele é direto e sincero ainda me deixa um pouco indignado, mesmo eu lidando com o rapaz há duas décadas nunca serei capaz de me acostumar. Ele raramente se arrepende ou se sente culpado por ter falado demais, pois, como o loiro sempre fala, tudo o que ele diz é tudo o que ele acha, então não há muito o que fazer em relação a isso.

— Sakura terminou comigo e eu decidi sair com os rapazes — pronunciei cada palavra em um tom baixo, mas alto suficiente para que o homem à minha frente ouvisse, que não parece estar nem um pouco surpreso com o que eu digo. — E eu estava... bebendo com Sasuke... e nós... — por alguma razão, eu não consigo dizer a palavra, é como se eu a desconhecesse. Eu travo, não sabendo como prosseguir com a sentença.

— E vocês...? — Deidara não esconde a curiosidade que está sentindo neste momento. Sua expressão mudou de um segundo para o outro e, agora, seu olhar está muito mais intenso, como se ele estivesse prestes a descobrir o maior segredo da humanidade.

— E nós... ah, não, eu não sei se quero falar sobre isso — digo, desviando o meu olhar para o brownies quase intocado em minhas mãos. O loiro bufa, frustrado.

— Você me chamou aqui para não me contar nada? — ele pergunta, e o tom incrédulo é notável em sua voz. — Ande logo, eu quero ajudá-lo, me diga de uma vez o que vocês fizer—

— Nós transamos.

Digo as palavras apressadamente, pois não quero que ninguém mais, além de nós, ouça essa conversa. Eu seria motivo de chacota se todos soubessem o que aconteceu entre eu e meu melhor amigo, Sasuke também enfrentaria esses problemas. Ou não, o Uchiha não liga muito para esse tipo de coisa.

— Vocês o que?! — Deidara grita, fazendo com que todo o estabelecimento nos olhe. Por que ele tinha que ser tão escandaloso?

— Nós transamos... — repito, mais baixo do que antes, todavia, ele ouve em bons tons. O constrangimento está me sufocando, ainda não acredito que estou mesmo conversando sobre esse assunto.

O outro loiro esfrega suas mãos em seu rosto, absorvendo o que foi dito, eu entendo, talvez tenha sido demais para assimilar. Após retirar as mãos do rosto, vejo um sorriso no canto de seus lábios.

— Tudo bem... — ele diz, eu arqueio a sobrancelha, confuso. — Quero dizer: tudo bem, era muito óbvio — o rapaz sentado em minha frente deixa uma risada sair de sua garganta logo após o comentário, que me pega de surpresa.

— Era o que? — eu escutei muito bem o que ele acabara de dizer, mas preciso ouvir mais uma vez para ter certeza de que é mesmo isso. Óbvio? Não faz sentido. Há algo do qual eu não estou sabendo?

— Naruto, o jeito como ele sempre te olhou! — Deidara exclama, olhando-me como se eu fosse a pessoa mais tapada do mundo. E talvez eu seja. — Você nunca percebeu isso? Oh, meu Deus, você realmente nunca percebeu...

Apoio meu rosto sobre minhas mãos, que estão sobre a mesa, tentando entender o que Deidara estava querendo dizer, por mais que seja evidente. Enquanto isso, longe de meus pensamentos, o loiro gargalha sem parar, percebendo o quão surpreso estou e repetindo dezenas de vezes o quanto eu sou lerdo para notar que Sasuke nutria outros tipos de sentimentos por mim.

— Como você pode ter tanta certeza disso? — pergunto, ainda sem acreditar na possibilidade de algo assim estar acontecendo. Esse é provavelmente o dia mais estranho de toda a minha vida. Sasuke...? Não, de jeito nenhum.

— Todo mundo sabe dos sentimentos de Sasuke por você, mas ele nunca confessou de fato.

— Então como pode estar tão convicto sobre isso se ele nunca confessou? — na altura do campeonato, qualquer coisa da qual eu encontrar que possa ser questionada, eu questionarei. Isso... é muita informação num único dia para assimilar em minha cabeça.

— Sasuke nunca aceitou o seu relacionamento com Sakura e consequentemente se afastou da mesma após uma discussão da qual você tem conhecimento sobre, certo? — assinto, concordando. Eles discutiram logo no início do nosso relacionamento, mas o motivo em si eu nunca soube. As razões ditas eram muito vagas. — Você não imagina a razão por Sakura ter terminado com você, imagina?

— Não me diga que...

— Sim, ela terminou com você ao perceber o quanto Sasuke sofria com isso — minha mão cobre minha boca, que se abre automaticamente após a última fala do meu amigo de infância. — Embora não tenha sido apenas por isso. Sabe, ela só aceitou o seu pedido de namoro por gentileza, Naruto, e Sasuke, por sua vez, sendo amigo de ambos, resolveu pedir que ela pensasse melhor sobre isso, pois sabia que a mulher não gostava de você. No entanto, sendo uma amiga próxima dele, Sakura sabia dos sentimentos de Sasuke por você e ela entendeu que, além da razão anterior, ele queria que vocês terminassem porque achava injusto ela estar com você sem te amar enquanto ele amava e não podia te ter.

Então foi isso... foi isso o que aconteceu. Ela nunca iria me explicar tal coisa.

Permaneço em silêncio por cinco, dez ou quinze minutos, pensado sobre o que o homem acabara de me contar. Os motivos de Sakura e os sentimentos de Sasuke. Como eu pude ser tão cego? Tudo estava bem debaixo do meu nariz e eu não enxergava nada. Eu sou tão burro...

E o Sasuke... como? Nós somos amigos há quase dez anos, eu sempre contei tudo para ele e, mesmo sabendo que o moreno havia alguns segredos, nunca poderia imaginar algo assim. Sasuke... me ama?

— Há quantos anos? — questiono Deidara, depois de permanecer quieto por quase vinte minutos. O loiro guarda o celular no bolso e me encara, confuso.

— O que?

— Há quantos anos o Sasuke...? — falar em voz alta é ainda mais difícil do que nos pensamentos. Sasuke sempre disse que nunca havia amado nenhuma garota em toda a sua vida, como eu poderia imaginar que ele já havia amado um homem? E que eu sou esse homem?

— Há quantos anos ele gosta de você? — confirmo. — Uhm... — ele põe o dedo indicador sobre o seu lábio inferior, de maneira pensativa. — Desde sempre?

— O que você quer dizer com ‘desde sempre’?

— Sasuke sempre pareceu gostar de você mais do que apenas um amigo, sabe, depois daquele dia — o loiro fala calmamente. — Vocês ficaram muito próximos e quando percebi Sasuke te olhava de uma maneira diferente da que você o olhava.

Respiro fundo, absorvendo todas essas recentes informações. Eu poderia surtar e sair gritando pela rua afora, dizendo como a minha vida virou de cabeça para baixo em menos de vinte e quatro horas e como eu desejo acordar e perceber que foi apenas um sonho, todavia, eu não sou tão idiota assim. Eu tenho vinte e um anos, sou um homem adulto, estou terminando a faculdade e irei trabalhar na empresa da minha família, eu preciso lidar com isso tudo da forma mais adulta possível.

Ah, não, eu quero chorar.

O meu melhor amigo é apaixonado por mim há sete anos e eu nunca suspeitei. Apesar de que, agora que parei para pensar, o jeito como ele se preocupava comigo era um pouco suspeito, ás vezes eu sentia seus olhos me seguindo e ele também ficava desconfortável quando eu andava de toalha pela casa. Oh, não... está ficando pior a cada segundo que penso. Sasuke é gay? Eu nunca pensaria em algo assim, sabe, ele ficava com algumas mulheres quando íamos a festas, embora sempre tenha dito que aquelas mulheres não significavam nada para ele e que um beijo é apenas um beijo quando você não ama a pessoa.

— Deidara, eu posso perguntar algo mais íntimo? — começo, preocupado com o que o homem achará da minha próxima pergunta.

— Claro, não hesite.

— Como... você virou gay? — pergunto, minha voz sai num sussurro e por um momento eu me pergunto se o loiro conseguiu entender o que lhe foi perguntado.

— Naruto, primeiramente: não se ‘vira’ gay. A gente nasce gay, apenas se descobre um pouco mais tarde — Deidara explica-me. Nós nunca tivemos esse tipo de conversa em todos os nossos anos de amizade. Eu sempre soube de sua sexualidade, mas, até então, nunca me interessei em perguntar como aconteceu e quando.

— Desculpe-me — mordo o lábio inferior. — Então, como foi que você se descobriu gay?

— Eu tinha nove anos quando me apaixonei por um garoto da minha classe. Eu encarava-o durante toda a aula e, por este motivo, reprovei pela primeira vez — ele deixa uma risada escapar de sua garganta. — No outro ano, a irmã mais nova dele foi minha colega de classe e eu fingia ir à sua casa para brincar, mas, na verdade, era porque eu queria ver o irmão da garota. Passando-se os anos, estávamos na casa da árvore quando eu o beijei, e nós nos masturbamos — ele diz, como se não fosse nada demais e minha boca se abre. Por que eu nunca perguntei sobre isso mesmo? — Depois disso eu nunca mais o vi, pois fiquei reprovado mais uma vez, já que eu cabulava aula para poder ‘brincar’ com ele. Deus, eu era uma criança precoce...

— No caso, essa foi a primeira e última vez que você ficou apaixonado pela mesmo pessoa por mais de três meses? — brinco, devido a duração das paixonites de Deidara. Ele sempre diz que está apaixonado por um cara e, depois de transarem duas ou três vezes, quando eu pergunto como está indo o romance, ele diz que não curtiu o homem e se envolve com uma outra pessoa aleatória da qual conhece em um aplicativo para relacionamentos. E esse ciclo se repete há anos. Corajoso, o rapaz.

— Uau, bela observação. E sim, foi — o loiro ri, e o café quase é expelido de sua boca. — Vou lhe contar um fato sobre os homossexuais, agora que você teve sua primeira experiência, ok? — ele estala os dedos de suas mãos e suspira profundamente.

— O que você quer dizer com primeira experiência? Não é como se eu fosse fazer isso novamente — alerto o homem sobre minhas zero intenções de ter outras relações como aquela. — E sim, conte-me.

— Que seja — ele dá de ombros e revira os olhos. — Você já ouviu o termo gaydar?

— Gay o que? — ergo minha sobrancelha, confuso.

— Nós, homossexuais, temos algo que chamamos de gaydar. Como posso explicar isso? — ele faz uma pergunta retórica. — Digamos que, quando vemos alguém, é possível que consigamos reconhecer se esta pessoa é ou não é gay. Sabe um detector de metais? Gaydar é um detector de gays. E o meu apitou no mesmo instante em que eu olhei para o Sasuke.

Eu tento não imaginar algo assim, mas minha mente fértil me faz imaginar uma cena de Deidara olhando para Sasuke e um alarme tocando dentro da cabeça do loiro, dizendo “Gay à vista! Gay à vista” e eu me permito rir. Estou rindo, sim, mas é de nervoso.

— No início, eu sentia desejo por ele, sabe, todo aquele ar de responsável, misterioso e de poucas palavras me excitavam — eu nunca imaginei que estaria tendo este tipo de conversa em relação ao meu melhor amigo. Sasuke possivelmente é gay e eu não desconfiei em nenhum momento. Meu Deus, estava tudo tão óbvio! — No entanto, eu mantive certas dúvidas sobre ele e ao perceber como ele lhe tratava ficou evidente que o moreno gostava de você, então eu decidi parar de espioná-lo no mictório — ele lamenta. Sua expressão se modifica para uma de tristeza, e gargalhar é algo impossível de evitar. — Naruto, não ria! Foi uma decisão muito difícil...

— Desculpe — digo, recuperando-me das gargalhadas. — Eu ainda estou muito surpreso com tudo, minha cabeça está um emaranhado de fios em alta tensão, mas você consegue distrair-me tão fácil... eu sabia que seria uma boa ideia falar com você.

— Eu estava esperando que você se assumisse para podermos foder loucamente, contudo, esse elogio também serve...

— Deidara!

— Qual é, você é gostoso e muito atraente, Naruto! Não é à toa que Sasuke é apaixonado por você desde os quatorze anos — ele revira os olhos e eu enrubesço diante de seu elogio surpresa. Lembrar deste fato deixa-me tão mal, pois Sasuke sofreu em silêncio durante todos esses anos só porque queria ver minha felicidade, mesmo que a minha felicidade seja a Sakura, uma mulher que nem ao mesmo me ama como eu a amo. — Eu tiro o meu chapéu para ele porque conseguir se conter por sete anos é algo quase impossível.

Então... foi por isso que ele ficou tão vermelho e nervoso após eu cair sobre ele durante a nossa última luta! Oh, meu Deus, agora tudo faz sentido! Eu me sinto tão burro, tão idiota e imbecil. Como eu pude não perceber? Eu achei que conhecia o meu melhor amigo, mas a verdade é que eu não conhecia nada sobre ele, nem mesmo os seus sentimentos. Eu sempre pensei que ele estava dizendo a verdade quando dizia que nunca havia amado nenhuma garota... espera, ele dizia garota e não garoto. Novamente, fui um completo idiota, estava tão preocupado em conquistar a Sakura que nem, ao menos, notei os sentimentos de Sasuke por mim.

— Como foi a foda? — o loiro pergunta, pegando-me de surpresa. Ele apoia os cotovelos sobre a mesa e me encara, como se estivesse prestes a ouvir uma história.

— O que...?

— Você e Sasuke, quem fodeu quem, como foi e afins — ele diz, enquanto conta nos dedos. — Eu quero um relatório.

Mesmo que sua exigência seja muito íntima, eu decido contar. Deidara é meu melhor amigo de infância, ele nunca iria me caçoar, pelo contrário, me ajudaria a lidar com este momento. Pelo menos, estas são coisas das quais eu acredito.

— Ambos foderam.

Deidara arregala os olhos, a surpresa estampa cada milímetro de sua face, e sua boca entreabre. Após o momento de choque, o loiro volta a sentar-se apropriadamente e ajeita o seu enorme cabelo, fazendo um rabo de cavalo, em seguida, volta a encarar, com a expressão muito curiosa.

— Que interessante — ele deixa o sorriso mais malicioso nascer em seus lábios. Eu duvido que há homem no mundo que goste mais de sexo do que este, que está sentado em minha frente. Ele provavelmente deve estar tentando simular a cena de ontem à noite em sua cabeça. — E... como foi?

— Aí é que está, eu não sei dizer como foi...

— Como assim você não sabe?

— No início foi muito estranho, mas depois foi ficando mais aceitável e o meu corpo parecia estar fazendo as ações por livre e espontânea vontade, como se ele desejasse aquilo há anos, todavia, eu nunca quis isso. Eu nunca quis me envolver com Sasuke daquela forma...

— Foi bom?

Foi bom? Esta pergunta ecoa pela minha cabeça desde quando saí do chuveiro. Eu não consigo respondê-la nem em pensamentos, quem dirá para o meu amigo de infância.

Os toques de Sasuke cruzam minha mente mais uma vez, minhas mãos passeando pelo seu abdômen, o jeito como ele cavalgava sobre mim e os gemidos, tudo isso cruza minha mente neste exato momento e, antes que eu possa pensar em evitar, sinto o meu pênis irrijecer e pressionar o tecido jeans de minha calça.

— Foi.


Notas Finais


Ficha de personagem:
SASUKE:

Nome: Uchiha Sasuke
Diminutivo: Sasu
Gênero: Masculino
Idade:
Início – 14 anos
Acidente – 19 anos
Presente – 21-24 anos
Data de Nascimento: 23 de julho
Signo: Leão
Nacionalidade: Japonês
Espécie: Humano
Pele: Branca pálida
Olhos: Pretos
Cabelos: Pretos
Orientação: Sexuado/Pansexual
Cores favoritas: Azul e roxo.
Gosta: Naruto.
Não gosta: Itachi.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...