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História Te amei pela segunda vez - Jeongguk - 05. Te amei pela segunda vez


Escrita por: jkaithv

Notas do Autor


boa leitura! 💮

Capítulo 5 - 05. Te amei pela segunda vez


Sorri para meu paciente após sair da sala do mesmo, Senhor Jhonny tinha 53 anos e tinha passado por três tumores cerebrais, mas conseguimos pela terceira vez salvar sua vida. No fim do corredor avistei meu marido conversando com uma enfermeira, mas assim que nossos olhos se cruzaram ele fez questão de virar o rosto na direção oposta, suspiro com aquilo e vou até o mesmo.

 

— Ficará zangado comigo até quando, Jin? — Coloquei uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e o encarei enfiando minhas mãos no bolso do jaleco. Ele me olha com sarcasmo e nega fraco com um sorrisinho.

 

— Não estou zangado – Diz simplista – Estou chateado com essa situação, Nana. Somos casados mas agora você só enxerga esse paciente, ou melhor seu ex namorado. Como acha que devo reagir?

 

— Ele é apenas meu paciente. — Suspiro negando com a cabeça.

 

— Quantas vezes você deixou de ir para casa descansar, para passar a noite com um paciente, como se ele fosse da família? — Me olha com negação – Precisei da minha esposa ontem, na nossa casa, para conversarmos sobre nosso dia. E… Por favor, não me diga que estou sendo egoísta ou até mesmo ciumento… — Umedeceu seus lábios e antes de virar-se disse – Eu também precisei de você ontem.

 

Passo a mão no rosto suspirando pesadamente, olhei na direção que me levava ao quarto de Jeon e engulo em seco. Não poderia deixá-lo sozinho, não agora, definitivamente não, eu tinha feito uma promessa. Ele ia melhorar e iria embora e nunca mais eu o veria novamente, porque ele era assim, alguém passageiro em nossa vida, ele era apaixonante, alguém que todo mundo queria por perto. Porque ele nos fazia se sentir especial.

 

(…)

 

— Doutora! — Me recebe com um sorriso convidativo e eu sorri fechando a porta. — Se resolveu com seu marido bonitão? Tenho certeza que ele ficou uma fera — Ele ri debochado – Mas olha diz a ele que eu não sou nenhuma ameaça… Quer dizer, sou sim. Olha essa carinha de dodói doutora, irresistível. — Ri da sua palhaçada enquanto dava uma olhada no seu prontuário que tinha sido atualizado esta manhã.

 

— Tomou o café? — Assinei meu nome e o encarei — Vou ver um dia ainda hoje para realizarmos sua cirurgia. — Vejo seus olhos brilharem e um sorriso se forma em seu rosto, lindo como sempre.

 

— Eu… Eu nem acredito que vou sair dessa, Nana. — Diz com a voz embargada.

 

— Eu fico muito feliz por você. — Murmuro.

 

— Obrigado.

 

— Não precisa agradecer, este é meu trabalho e você é alguém muito especial.

 

— Eu sei, eu sei doutora. — A porta abriu-se e eu olhei pra mesma e não acredito no que vejo.

 

— Então esse é o famoso, Jeongguk. — Jin diz com uma entonação animada. — Fiquei sabendo que você estava com tédio, então vim te buscar para um passeio. — Ficamos sem entender, a cara de Jeon era hilária, eu estava mais surpresa que ele. Jin me abraçou por trás discretamente. — O que acha de darmos um passeio pela ala infantil?

 

— A-ah, sério? Mas eu não consigo andar muito bem, sem ficar tonto. — Jeon respondeu maravilhado.

 

— Não se preocupe…

 

 

(…)

 

Empurrei a cadeira de rodas pela primeira ala infantil, a ala dos bebês prematuros. 

Era a ala mais tranquila e fofinha, o cheirinho de bebês era predominante naquele lugar, não era perfume industrializado, mas sim o perfume natural.

 

— Uau. — Murmurou Jeon. — Eles são muito pequenos, Doutor.

 

— Sim, muito levinhos também. — Sorri com a interação de ambos.

 

— Er… eles vão sobreviver? — Jeon olhava pelo vidro com cautela, a voz mansa.

 

— Fazemos o possível para que sim, mas infelizmente alguns não aguentam. — Jin fala com indignação e eu passo a mão nos olhos reprimindo algumas lágrimas de caírem.

 

— Eu sinto muito…

 

— Não sinta, eles são mais fortes do que você pensa. Alguns só precisam do calor humano para se sentirem aceitos. São fortes e sabem o que querem, eles tem força pra lutar.

 

— Eu acredito que sim. — Olhei Jin e me lembro que seu maior sonho é ter um filho, gostaria de poder lhe dar essa felicidade agora, mas infelizmente não me sinto preparada.

 

— Vamos temos outras crianças para ver…

 

(…)

 

— Fiquei muito feliz pelo o que você fez hoje. — Coloquei o copo de chocolate quente na frente do meu marido que suspirou sorrindo logo em seguida. 

 

— Eu… — Fez uma pausa — Pensei melhor sobre o que lhe disse hoje pela manhã, e sim, eu estava sendo muito egoísta. Cuidar das pessoas é nossa vida, nos dedicamos para isso. — Coçou a cabeça envergonhado. — Eu…

 

Coloquei meu dedo indicador no meio de seus lábios para que ele se calasse. 

 

— Não se preocupe com isso. — Beijo seus lábios delicadamente enquanto ele abraça minha cintura.

 

— O que veio fazer aqui a essa hora? — perguntou após me soltar e dar um gole em seu chocolate quente. Me sento suspirando.

 

— Fazer uma coisa que venho evitando o dia todo — Olhei pra ele perdida e Jin sentou-se ao meu lado sem entender. — Vim marcar a cirurgia do Jeongguk.

 

— Não deveria ser algo bom? Afinal é benigno, certo?

 

— É. — Murmuro. — Mas não me sinto adequada para participar da cirurgia.

 

— Porque não, amor? Você é a melhor médica da oncologia de Nova York, não se preocupe.

 

— É, exatamente isso. Esse peso de ser a "melhor". — Neguei com a cabeça. — Jeon confia cegamente em mim, mas a pressão vai me fazer tremer, suar, esquecer quem eu sou. E eu só vou saber que eu estou abrindo a cabeça de um amigo. — Ele segura minhas mãos me olhando.

 

— Convide alguém para realizar a cirurgia, alguém de sua confiança.

 

— Ele está contando comigo para isto. — Apoio minha cabeça em seu ombro totalmente confusa, perdida em pensamentos caóticos e na incerteza sobre o que realmente eu devo fazer.

 

(…)

 

— Nossa eu não vejo a hora de sair logo daqui e comer uma comida decente! — Reclamou mais uma vez sobre a comida do hospital me fazendo rir. Se tinha uma pessoa no mundo que mais reclamava daquela gororoba era Jeongguk.

 

— Tenho certeza que se as cozinheiras te ouvissem elas estariam em uma forte crise de choro. — Rimos. Eu estava sentada na poltrona com as pernas cruzadas, praticamente jogada naquela poltrona com a mão apoiando meu rosto. — O que achou do passeio de hoje ?

 

— Maravilhoso! Aqueles bebês têm tanta força que me fez ter também, sabe? Quero melhorar logo e sair rapidamente daqui!

 

— Eu imagino.

 

— Então… É nove horas e você deveria estar indo pra casa com seu marido, não?

 

— Oh! Está me expulsando? — Finjo estar incrédula e ele riu colocando a mão na cabeça fazendo careta.

 

! — Reclamou. — É claro que não, nana.

 

— Sentiu dor? Vou buscar um remédio pra você descansar.

 

— Não, está tudo bem. Vou tomar remédio e irei dormir e você ficará aqui sozinha…

 

— E daí? — Vou até a porta. — Não vou te deixar com dor só pra eu não me sentir sozinha a noite toda né, Jeon. — Eu abro a porta.

 

— Só se você prometer dormir comigo, novamente.

 

Ri com seu abuso medíocre de sempre, mas difícil era não conseguir dizer não pra ele.

 

 

Alguns dias depois…

 

— Então sua cirurgia é amanhã. — Ele sorriu animado com minha fala. Era cedo ainda, o sol batia daquele lado do quarto, era um sol gostoso e trazia vida para o quarto.

 

—Mal posso esperar, estou ansioso demais. — Sorriu e consequentemente seus olhos fecharam-se. Meu coração acelerou com aquilo e eu olho para ele feito uma boba.

 

— Não fique, demais. Muitas vezes pode ser um problema ficar muito agitado antes de uma cirurgia...

 

— Não se preocupe. — Pegou na minha mão. — Com você me operando me sinto seguro, não sinto medo. Naomi... eu amo muito você. Me desculpe falar isso novamente, eu prometi que iria esquecer esses sentimentos, mas… o que eu sinto por você é bonito demais para esconder. Você ama ele, eu sei, mas não consigo conviver sabendo que a mulher que eu amo, está com outro. Será poucos dias meus aqui após a recuperação, e eu realmente queria te dizer isso antes que eu fique dopado de remédios ou que eu tenha visitas de todas as enfermeiras. Eu quero te dizer isso, enquanto estou sóbrio, te dizer que te amei pela segunda vez. Eu não sou digno de você, nem do seu amor, nem de nada. Eu também não sou digno de pedir isso, mas, certas condições me obriga… — Soprou fraco. — E-eu queria… queria que nós fossemos um casal novamente, depois que tudo isso passasse.

 

Sua mão aquecia a minha, meu coração estava a mil. Meu cérebro processando aquilo por segundos e eu só conseguia pensar que eu também estava o amando pela segunda vez.


Notas Finais


e então??? preparados para o último capítulo? não deixem de comentar amoress, até breve! 🎐


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