História Te Amo e Nunca Te Disse - Indescritivel

Sons de uma cachoeira...

Não podia ser!

A água parecia convida-la a fundir-se a ela.

Loucura!

             O canto dos pássaros era encantador...

Passaros?

            A brisa do vento era divina...

O chão abaixo de si duro...

Sua cabeça doía um pouco e Sakura  forçou-se a abrir os olhos. 
A primeira coisa que viu foi o céu azul reluzente. Levantou o tronco e olhou ao redor, tentando – inutilmente- reconhecer o lugar.

- Hn. Então você acordou – disse uma voz grave, a qual ela conhecia muito bem.

Ela olhou em direção ao som da voz de seu – por agora raptor – Sasuke Uchiha, á esquerda de si.

- Ora seu... – ela virou-se para deferir uma serie de xingamentos contra o moreno, mas ele não estava á vista.

- Voce ainda é lenta – ele apareceu á frente dela, com uma das mãos no quadril.

Presunçoso!

- Eu te odeio Sasuke – ela levantou-se e o encarou com raiva.

- Não me importo – foi so o que respondeu.

Mas é claro que ele não se importava, o ego dele não permitia isso.

- Voce me lançou um genjutsu – ela curou um pequeno arranhão no joelho direito – Quero saber por quê?

Ele limitou-se a fechar os olhos em resposta.

- Estou falando com você – ela estava aborrecida.

- Porque você é irritante.

Por que Sasuke tinha de ser tão frio?

-Ah sim, é claro – ela revirou os olhos – A onde estamos dessa vez? – a garota perguntou, olhando em volta.

- Isso não é importante – ele lhe deu ás costas.

Sakura contrariada decidiu olhar em volta e por mais que odiasse admitir, o lugar era lindo, bem diferente do outro que lhe causava arrepios, esse por outro lado, lhe trazia tranquilidade.
Se Sasuke lhe dissesse que era mais um local secreto, ela acreditaria, afinal, ela nunca vira nada tão belo.

- Ao menos esse lugar é bonito – ela tentou quebrar o silencio.

- Sim – foi a resposta dele.

- O que eu faço aqui Sasuke? – ela insistiu.

Sasuke a olhou.

- Eu disse que viria tomar um banho e você disse que gostaria de um também - ele deu um passo a frente – Entretanto, tive uma súbita teoria de que essa era a sua maneira de tentar escapar  e – com um meio sorriso – devo dizer que você falhou miseravelmente – ele finalizou cruzando os braços.

Sakura se sentiu como uma criança pega no flagra de uma travessura. Mesmo assim, empinou o queixo e decidiu bancar a “adulta” ali.

- Sasuke, por favor, vamos parar com esses joguinhos – passou a mao no rosto – O que você quer comigo? Do que se trata tudo isso?

- Eu a quero aqui, esse é o motivo – ele disse simplesmente.

Sakura o olhou em confusão.

- Mas por quê? Ou para quê? – ela sentou-se no chão – Eu tenho uma vida sabia? Tenho responsabilidades, eu segui em frente Sasuke. Sou uma medica e pessoas precisam de mim. Enquanto você fica ai brincando de casinha, como se eu fosse algum tipo de boneca.

Ele se aproximou dela  e agarrou-lhe o braço

- Não to nem ai para as outras pessoas e tampouco me importa se você é uma medica ninja , eu a quero aqui e comigo você ficará.

Sakura mal acreditou nas palavras dele e quase caiu quando ele a soltou.

- Eu sei que você é um ex-nukenin, Sasuke, mas Konoha deu uma segunda chance a você, o mínimo que poderia fazer é ficar agradecido – ela o encarou – Mas vejo que você continua o mesmo egoísta de sempre.

Ela concentrou chakra no punho direito e deferiu um golpe contra o solo, o que fez com que esse se partisse em dois, alem é claro, de ter causado a queda de varias arvores e um grande destruição por vários metros.
Sasuke pulou para o rio, bem a tempo de evitar ser esmagado pelos fragmentos do solo.

- Voce deveria avisar quando for fazer isso – ele disse olhando feio para ela.

Sakura sorriu orgulhosa.

- Eu estou chateada por sua causa e por isso, você é meu “bode expiatório” – ela pôs uma das mãos na cintura – Eu poderia partir você em dois, Sasuke.

Num instante ele estava a frente dela, no leito do rio e no outro estava atrás dela.

-Pode, mas não o fará – ele segurou-lhe o queixo e a fez inclinar a cabeça para trás – e se tentar, eu vou retaliar.

A ameaça era notória ali.

O moreno se afastou dela enquanto a mesma o olhava pelas costas, tentando imaginar do que se tratava tudo aquilo.
Queria entender o motivo de Sasuke esta agindo de modo tão estranho. E isso não é definido, já que ele se recusava a responder as suas perguntas.
Passaram-se vários minutos, ambos em silencio absoluto, até que Sakura decidiu quebrar o maldito silencio.

-Sasu... – foi interrompida por ele

- Voce quer saber como eu sei tanto a respeito de você e o Naruto não é? – ele disse, ainda de costas pra ela.

- S-sim – ela respondeu exitante.

- Bem, Orochimaru era uma maldita cobra astuta, cheio de truques sujos. Usava pessoas como fantoches e os manipulava á sua maneira. Viver em Oto muda qualquer pessoa que não tenha fixo na cabeça qualquer propósito na vida. O meu, era a vingança contra meu irmão – ele agora olhava para o nada, lembrando-se do dia em que descobriu a verdade sobre Itachi.

Sakura  notou o quão difícil era para Sasuke falar a respeito.

- Sasuke, a onde você está querendo chegar? – ela quis mudar o rumo dos pensamentos dele.

- Kabuto e Orochimaru lidavam com técnicas proibidas – ele voltou a recordar os momentos difíceis e as coisas horrendas que teve de presenciar e não iria contar nada daquilo a Sakura.

- Sasuke, você está bem? – ela perguntou de maneira preocupada.

Ele virou-se para olhar aqueles olhos cor de esmeralda que tanto o atormentaram durantes aqueles anos...

- Por hora, saiba apenas, que Orochimaru sabia como se infiltrar em qualquer aldeia sem ser percebido. E quando o fazia me trazia relatórios concisos sobre você e o Naruto – ele terminou de forma fria.

- Mas por que, Sasuke? Qual era o seu interesse em nos já que nos abandonou? – ela sabia que não deveria ter perguntado, mas saiu de forma espontânea.

- Eu fui embora da vila e quis sim cortar meus laços com vocês, mas isso não significa que eu não quisesse saber como estavam. Voce, o Naruto e o Kakashi haviam se tornado a minha nova família.

- Sasuke, mas.. – foi novamente interrompida, e desta vez, por um dos dedos dele em seus lábios.

Ele estava muito próximo a ela. Olhando em seus olhos, a ponto de ela sentir alguns fios do cabelo dele no próprio rosto.

- Sakura, eu senti a sua falta, você não faz nem ideia – ele a olhava e estava tão perto que podia ver as pequenas sardas no nariz da rosada.

O coração da jovem acelerou, começou a soar frio e suas mãos ficaram geladas.
Parecia uma garotinha assustada. E é claro que ela já havia beijado antes, mas dessa vez era Sasuke, seu grande amor quem estava ali tao próximo a ela.

- Sasuke, eu...

- Shiiii, não diga nada Sakura – foi a resposta dele para aquela pergunta não dita.

Ele se aproximou mais e tocou-lhe a bochecha, fazendo um arrepio subir pela espinha da rosada.
Encostou os lábios devagar sobre os dela. Ele não queria assusta-la, então, não a tocou, e não faria isso, a menos que ela assim o permitisse. Mas selou os lábios da garota, como se com esse gesto dissesse a ela o quanto era importante para ele, o quanto sentira a falta dela e o quanto a amava.

Sakura sentiu o halito quente de menta tão próximo de si, que mal teve tempo de reagir, quando ele lhe beijou.

Não foi um beijo avassalador, apenas um roçar de lábios. E ela não sabia o que acontecia ali, e nem se importava.  Sempre sonhou com esse dia e ele finalmente havia chegado.
Ela percebeu que ele estava exitante em toca-la, em abraça-la, então decidiu tomar a iniciativa. Ela queria um beijo de “verdade”.

Ela sentou-se sobre os joelhos e segurou o pescoço do moreno, e este depositou uma das mãos nas costas de Sakura,  fazendo sentir um leve frio na barriga, ao qual ela ignorou.
Logo o sentiu beijar-lhe o labio superior e depois o inferior. Logo após, ele a olhou e ela entendeu a mensagem silenciosa. Abriu os próprios lábios para dar passagem direta a ele.
O frio que sentiu a pouco, deu espaço a uma sensação calorosa.
Sentiu-se segura ali, com Sasuke e protegida e amparada ali, nos braços dele.

Nenhum dos dois saberia dizer quanto tempo durou o beijo, mas sabiam que haveria outros por vir, pois agora, não havia mais a necessidade de esconder os sentimentos.