História Teaching love - I dreamed of you

Justin Bieber 

Eu estava em completo êxtase, perdido em minha falta de sanidade. A olhando enquanto ela ainda se contorcia de puro prazer, vestida em uma camisola rosa bebe.

  Minhas mãos passaram pelo contorno de seus peitos e desceram para sua cintura e voltando para o caminho de aonde havia vindo. Passei minhas mãos delicadamente pelo lindo cabelo dela, e ela pareceu voltar a sua calmaria rotineira. Sua expressão de prazer se transformava em um sorriso enquanto sentia meu carinho, ah ela era tão linda. Naquele momento parecia tão entregue a mim. Parecia tão minha.

 Eu beijei sua testa, sua bochecha, seus olhos, a ponta de seu nariz. Quando meus olhos se direcionaram aos olhos dela novamente, eu pude olhar naquela imensidão verde. Seus olhos olhavam minuciosamente cada movimento meu.

 Naquele momento eu poderia ter fingido que era sonâmbulo, jogado o meu corpo contra o colchão e fingido que estava dormindo. Mas, eu não fiz. Não fiz por que estava gostando do modo como ela me olhava, do modo como sua testa estava franzida em completa confusão. Estava gostando do modo como ela se esforçava para manter sua respiração regulada. Estava gostando do cheiro de seu perfume se misturando ao meu. Estava gostando da nossa proximidade e do modo que os nossos olhares pareciam estar ligados um no outro, como se interromper aquela ligação acionaria a bomba que acabaria com a vida na terra.

  Exagero meu, eu sei. Mas, nossos olhares naquele momento pareciam tão intenso, tão fortes.

 Enquanto eu analisava cada pequena pintinha em seu rosto, a minha princesa me surpreendeu. Ela me abraçou tão forte e jogou para longe a minha ideia de que a qualquer momento ela levantaria e sairia correndo.

  Ela estava ali, nos meus braços e naquele abraço eu me senti mais próximo do que eu já havia me sentido de qualquer outra pessoa. Em algum momento daquele abraço, eu me senti amado.

Naquele abraço eu percebi o verdadeiro sentido daqueles que sempre falaram: nela eu me encontrei.

- Você esta me levando a loucura, você sabia disso hm? – ela sussurrou baixinho como se aquele fosse um grande segredo. E realmente parecia ser.

- Desculpe – eu sussurrei e a senti rindo sobre a pele do meu pescoço.

Para que negar? Poderíamos pular aquela parte patética de toda historia de romance barato, não é mesmo? Aquela em que ambos tentam admitir para si mesmos que a outra pessoa não o afeta. O qual ridículo isso pode ser? Economizariam pelo menos cinco capítulos de um livro, no mínimo umas cem paginas. Uma arvore inteira. Meia hora de filme. Aquele suspense patético do tipo “Oh meu deus, será que ele vai admitir que a ama?” Sim, ele vai admitir. Mas, não nesse caso. Neste exato momento não estamos falando do amor, estamos falando da atração entre dois corpos, do gostar do toque de suas peles, estamos falando do sentimento mais nobre, o conhecido popularmente como tesão. Mas, podemos estar falando também do querer bem, do carinho, da proximidade.

- Eu sonhei com você

- Eu sei – ela levantou seus olhos, fitando os meus.

- Eu te vi pelado, espero que você não se importe. Eu sei que você não me deu permissão para isso – eu ri – Se eu tivesse controle sobre meus sonhos, eu com certeza mandaria a minha eu interior fechar os olhos.

- Não se preocupe. Muitas já me viram pelado. 

- Isso me faz igual às outras?

- Não, definitivamente não. – Eu beijei o topo de sua cabeça e acomodei mais seu corpo ao meu.

 Mais tarde, nós dormimos. Quer dizer, ela dormiu. Eu só fiquei olhando para o teto e apreciando a estranha calmaria que aquele momento estava me trazendo.

 - Acorda

 Eu a sacudi quando o relógio alcançava no ponteiro sete da manhã. Ela levantou com aquele sorriso rotineiro de toda manhã.

 - Você ainda não esta vestido? Temos escola.

- Não hoje querida. Você vai comigo até a praça para tomar um sorvete.

- Por que eu faria isso às sete da manhã em um dia de aula?

- Por que eu quero. Seu sonho erótico me rendeu um bom humor, não estrague isso. Tudo bem?

- Não fale sobre isso – ela botou a mão no rosto, escondendo seu rosto vermelho de vergonha- Se minha mãe soubesse disso, me botaria em um convento na mesma hora.

- Você iria gostar, não é mesmo? Estaria junto com suas amigas puritanas, poderiam conversar sobre as diversas musicas gospel existentes e poderiam se confessar juntas. Bastante divertido hm? Vamos querida, levante este traseiro delicioso e vá se trocar.

- Você é detestável.

- Uma pena que puritanas não podem usufruir do ódio.

                                                       ✞

 - Você já parou para pensar como os brindes das caixas de cereais decaíram muito? O que é isso? – eu dizia olhando para a miniatura mal feita do super-homem.

- Desculpa, é um assunto muito complexo para se pensar – eu ri da sua falha ironia.

- Quando eu era criança os brindes costumavam ser mais complexos e os cereais de chocolates costumavam ter gosto de chocolate. Não concorda?

- Você sabe que minha mãe nunca gostou que eu comesse essas porcarias.

- Eu lembro – eu disse com a boca cheia- Você bebia um suco verde no café da manhã.

- Era realmente horrível – ela riu 

Eu comecei a reclamar que deveríamos ter um carro assim que saímos de casa, o clima estava agradável. Mas, eu realmente preferia estar no conforto de um carro. 

 Sentamos no banco da praça enquanto eu comia um sorvete de creme e ela um de morango. Observávamos o movimento em silencio. As pessoas correndo, outras caminhando, criança brincando de bola e outra de bonecas e casais se beijando. Cassie recolheu suas pernas, sentando em perna de chinês, pegando um livro de sua bolsa e seus óculos de leitura.

- Você poderia largar este livro e me dar um pouco de atenção? – eu puxei o livro de sua mão e ri de sua cara enfezada

- Meu livro é muito melhor que você, Justin. – ela puxou o livro de minha mão.

Eu revirei os olhos ainda rindo e voltei meus olhos a paisagem que, se tornou mais interessante a partir do momento em que uma loira parou ao lado da arvore.  A loira peituda observava o céu, mas quando seu olhar se direcionou ao meu, seu interesse pareceu mudar. Eu tinha sua total atenção naquele momento e particularmente, ela também tinha a minha.

 Ela sorriu e eu tratei de lhe retribuir com o meu melhor sorriso, daqueles que eu sei que nenhuma garota resiste. Costuma funcionar e dessa vez não foi diferente. Seu sorriso se alargou e eu levantei, intercalei meu olhar entre a loira e a linda puritana com seus óculos de leitura.

- Cassie,eu vou ali – eu sinalizei com a cabeça

- Oh claro, sempre seus hormônios dominando – eu ri.

Ela gesticulou com a mão me mandando ir e voltou seus olhos para o livro. Botei minhas mãos no bolso da calça e o meu melhor sorriso no rosto, me aproximando calmamente. Devo dizer, calma e confiança é a alma do negocio.

- Oi – ela sorriu quando eu já estava perto o suficiente para manter uma conversa decente.

- Oi, sou Justin – Eu me aproximei ainda mais e beijei o canto de sua boca.

Ela me contou sobre sua família, sobre seu sonho de ser uma futura doutora e eu não pude deixar de imaginar aquela linda loira em um jaleco, uma fantasia entanto hm? Contou como seu ex-namorado decidiu larga-la para virar pastor e no fundo eu só o achei um verdadeiro gay. Largar uma loira dessa para entregar sua alma a deus me pareceu uma grande bobagem. Não que eu não acredite em deus, mas prefiro rezar o pai nosso enquanto tenho uma gostosa dessa em minha cama.

 Chegou um momento que eu sinceramente cansei de observar a boca dela se mexendo, eu queria apenas sentir sua boca perfeitamente pintada com um batom vermelho e eu queria deixa-lo completamente borrado naquele momento.

 Eu dei os dois passos que nos separavam e ela parou de falar, claramente perdendo a fala. Sua respiração de repente se tornou falha e minha boca esbarrou na dela e minha mão passou por sua cintura fina, a prensando contra o meu corpo. Ela tinha um cheiro cítrico extremamente delicioso. Eu a beijei com todo o meu desejo que estava reprimido desde a primeira olhada. Se me permitir o uso do bom palavrão, puta que pariu, que merda! Eu a afastei delicadamente em menos de dois minutos de beijo, ela me olhou sem intender e eu sorri gentilmente.

- Desculpa, eu preciso ir. Minha irmã tem problema mental e eu não posso deixar ela sozinha por muito tempo. – eu menti apontando para Cassie que há essa hora, brincava de dar pão para os pombos.

- Tudo bem, poderia me dar um papel?

- Para que?

- Para eu anotar seu numero. – ela respondeu como se fosse obvio

- Não precisa. – eu disse ainda sorrindo e ela me olhou incrédula – Não se iluda, eu não iria ligar de qualquer forma. Você já deveria saber.

Pude ouvir a loira gritar me chamando de idiota e eu ri me sentando ao lado de Cassie que quando notou minha presença me olhou com aquele perfeito sorriso em seu rosto.

- Devo perguntar o porquê de ela estar te xingando? – ela arqueou as sobrancelhas

- Eu só recusei o numero de telefone dela.

- Por que? – ela também pareceu incrédula. Mulheres!

- Primeiro, por que eu não iria ligar para ela. Segundo, ela beija feito um cachorro babão.

- Tipo aquele são Bernardo, o cachorro da nossa vizinha?

- Céus, aquele cachorro baba de mais. Sim, aquela loira pode ser comparada a um São Bernardo. – Eu ri e passei meu braço em volta dos ombros da minha anja, que não hesitou em se acomodar em meu corpo.