História Tears On Tape - Scandal

~Tom off/ Jessie on~

A casa estava mergulhada no silêncio quando eu sair do quarto. Talvez todos continuavam em suas camas ou estavam com muita preguiça de levantar, apensar de ser 7 da manhã.

Resolvir descer para ver o noticiário. Desde que eu voltei para Londres, eu não tinha visto e nem lido um jornal.

Adivinha o que só tinha de notícias? Se você disse tragédias, acertou. Até que apareceu uma notícia que chamou a minha atenção:

"Novas descobertas sobre o assassinato do pior bandido da Alemanha, John Richard Deacon, mais conhecido como J. Deaky. O FBI, que voltou a investigar o caso 26 anos depois do ocorrido, descobriu mais três suspeitos do crime por imagens de uma emissora de TV que estava fazendo uma reportagem perto do local do crime. Até hoje, ninguém foi preso. A vitima foi encontrado decaptado dias depois em uma caixa, em uma floresta, nos arredores de um orfanato. O primeiro suspeito na imagem aparenta ter cabelos loiros, usava óculos escuros e uma jaqueta de couro. O segundo tem cabelos cacheados escuros, usa uma barba e no dia estava usando uma camisa preta. O terceiro tem os cabelos médios e escuros e estava usando uma camisa xadrez e uma jaqueta. O FBI informou que vai pegar as imagens e vai fazer uma reprodução de como os suspeitos estariam hoje..."

Algo me dizia que eu conhecia os três suspeitos de algum lugar. Os rostos não me eram estranhos.

-Vendo as notícias da manhã Jessica? - o vovô disse pardo no último degrau da escada me dando um susto.

-É bom ficar informada de vez em quando. - eu disse com um sorriso. Apensar dele maltratar o Tom, eu não conseguia odiar o velho. Ele sempre me tratou tão bem...

-Minha neta, que tal saímos hoje? - ele disse se sentando ao meu lado no sofá - Eu, você e o Georg, como nos velhos tempos.

-Pra onde?

-Praia. - o Georg falou aparecendo pela porta do quintal - Hoje vai fazer "calor" aqui.

-Eu topo. Quando vamos?

-Agora. O carro já está pronto G?

-Já.

-Então eu vou me arrumar para podemos ir. - eu disse me levantando e indo em diração ao meu quarto.

*Horas depois: praia*

Não estava calor. Estava abafado. Mas 31°C era muito calor pra terra da chuva.

O Georg realmente mudou. Agora ele tem músculos de homem. E o vovô tem tatuagens nos braços e na perna. Fiz uma pessima escolha em ir de biquíni. Eles ficaram me perguntando todos os significados das minhas tatuagens e riram do erro ortográfico da minha tatuagem na cintura.

Realmente foi como nos velhos tempos. Mar, areia, areia, mar. Só nesses horas que eu lembro que o Georg compartilhou comigo o espaço do útero da nossa mãe por nove meses. Só que ele nasceu primeiro. E não somos nem um pouco indenticos.

Depois que o vovô cansou da nossa brincadeira, fomos para a casa de praia que o vovô tem há muito tempo. Quando chegamos na casa, tio Freddie estava lá. Ele tinha acabado de chegar de uma partida de tênis. Foi com ele que o meu pai aprendeu a jogar e gostar de tênis.

-Meus queridos! - ele disse nos dando um abraço. Sim, ele era gay e nunca escondeu isso da gente - Como vocês estão?

-Bem salgados e com fome. - o Georg disse - Não lembrava que a água do mar era tão salgada e que cansava correr na praia.

-Farrokh, o Brian vem hoje? - o vovô perguntou.

-Vem, e ele vem com a Catherine.

-Tio Bri vai ficar aqui também? - eu perguntei animada. Ele era um dos melhores amigos do vovô e é um cara muito legal.

-Vai, e ele vai trazer o filho dele também.

-Andy. - o Georg disse - Eu não o vejo há muito tempo. Éramos melhores amigos.

-Mais tarde vocês vão poder colocar a conversa em dia. - o vovô disse sorrindo para nós. Um sorriso meio maligno - Agora vão tomar banho para almoçar.

*No mesmo dia a noite*

Esse foi o melhor dia das minhas férias. A alegria começou mesmo quando o tio Brian e a tia Cath chegaram. Eles sempre são muito legais comigo e com o Georg. Eu me senti com 5 anos de novo. O Andy continua um garoto simpático. Ele é mais novo que eu e o G. E ele agora está mais bonitinho. Ele é bem magro, tem os cabelos pretos, olhos azuis e é como o Ville: um mosaico de tatuagens, mais ele ganha do Ville.

Nós três fomos dormir no mesmo quarto, como de costume. As três camas continuavam lá, do mesmo jeito que deixamos na última vez que estivemos lá. Eu mal me joguei na cama e já apaguei. Foi um dia bem cansativo.

~Jessie off/ Georg on~

Eu não conseguia pegar no sono. Eu estava imaginando como todos estavam lá em casa e em como estava sendo o encontro do Tom com a Kimbra. Só esperava que ele não assustasse a garota.

Eu decidir levantar para respirar um ar fresco. Quando eu estava perto da sala, eu ouvir os velhos conversando de uma forma séria e baixa. Eu sei que não devia ouvir a conversa deles, mais eu estava curioso, então eu fiquei encostado na parede do corredor para ouvir a conversa.
-Vocês viram o noticiário hoje? - o Brian perguntou - Eles descobriram eu, o Roger e o Freddie.

-Mais eles não sabem que nós estamos vivos e aqui. - o Freddie disse - Éramos jovens e a imagem que eles tem está muito ruim.

-Eu sei. - o Roger disse - Mais é o FBI que está investigando e eles vão fazer reproduções para ver como estão os nossos rostos a partir das imagens.

-Tá com medo Meddows? - a Catherine disse  - Eles não vão descobrir que matamos o John.

-Mais se eles descobrirem, eles também vão descobrir que matamos a Simone e um dos filhos dele. - o Freddie falou um pouco alto.

-Fala baixo Fred. - o Roger falou - Senão as crianças vão descobrir que fomos nós que matamos a família biológica do Tom.

-Até hoje eu não sei por que você não o matou no mesmo dia que matamos o irmão dele. - a Catherine disse - Se tivesse o matado há 26 anos atrás, você seria muito mais feliz hoje.

-Mais agora eu vou acabar com a vida dele de vez. E foi por isso que eu chamei vocês aqui. - o Roger falou.

-Então faça isso logo. - o Brian falou - Eu não quero que ele se aproxime mais da minha filha.

-Nossa filha que você quis dizer Brian. - a Catherine disse.

Eu não ouvir mais nada. Eu fui para o quarto. Depois de tudo que eu ouvir, eu estava começando a suar frio. Eu não acreditava no que eu tinha acabado de escutar. O meu avô e as pessoas que eu considerava como tios eram criminosos. E mataram a família do Tom.  E agora queriam mata - lo. Eu tenho que fazer alguma coisa. Eu tinha que proteger o Tom. Mesmo que isso custasse a minha vida.

*No outro dia...*

Depois do café da manhã, voltamos para casa. Eu estava em silêncio desde que eu tinha acordado.

Quando chegamos, a primeira coisa que eu fiz, foi ir ao quarto do Tom para ver se ele estava bem. E estava. Pelo menos por enquanto. E tinha sapatos femininos no quarto dele. Depois eu ia conversar com ele sobre o encontro.

Eu fui para o meu quarto e me joguei na cama. Eu tinha que dá um jeito nessa situação. A Jessie entrou no quarto e sentou ao meu lado.

-O que está acontecendo G? - ela perguntou - Você está estranho desde que acordou.

-É que eu tive um pesadelo. - eu não podia contar a verdade pra ela. Não agora - Sabe, aquele pesadelo que eu tenho de vez em quando.

-Sei. Aquele pesadelo que todo mundo pega fogo e você fica sozinho no mundo.

-É, esse mesmo.

-Não fica assim. Foi só um pesadelo seu sensível. - ela falou dando um tapa de leve no meu braço. Quem me dera se o que eu ouvir ontem fosse apenas um pesadelo.

-Olha quem fala. Se fosse você, estaria chorando até agora. - eu falei rindo.

-Ah, não começa não. Você sabe que eu me assusto com facilidade seu cretino.

-E ainda é chorona e pé frio. Não é a toa que o seu apelido é rainha da chuva. Tô impressionado que ainda não choveu.

-Quer saber? Eu vou lá pro quintal. - ela falou estressada - Eu estava preocupada com você, me dei o trabalho de vim até aqui, e é assim que você me trata?

-Desculpa Jess!

-Aqui o seu desculpa! - ela disse mostrando o dedo do meio. Era facíl estressa - la.

Eu continuava angustiado. Tinha uma pessoa que eu sabia que podia contar a história sem medo. O Gustav, o meu amigo de infância.

Peguei o meu celular para telefona - lo. Eu sabia que pela hora que era, ele já tinha acordado, ele não gosta de dormir até tarde. Eu estava quase desligando o celular quando ele atendeu:

-Oi Georg. - ele falou feliz.

-Hey, Gus. - eu disse tenso.

-O que aconteceu? - ele perguntou preocupado - A sua voz está estranha.

-É que eu descobrir uma coisa muito grave. E você não pode contar para ninguém. Nem para a sua esposa. - eu falei autoritário.

-Não se preocupa, eu não vou contar pra ninguém. Vai, pode começar a desabafar.

Eu contei toda a história para ele. Eu estava realmente nevorso. Eu não sabia se eu podia salvar o Tom e evitar o pior.

-Georg, você já pensou em contar isso tudo pra polícia? - ele disse pelo telefone.

-Já, mais eu podia piorar a situação. Eles podiam descobrir que fui eu que contei, e poderiam me matar. - eu disse.
 

-Calma G, vai ficar tudo bem. Eu sei que você vai dá um jeito. - ele disse tentando me acalmar - Agora eu tenho que desligar, eu preciso fazer o almoço. Qualquer coisa é só me telefonar.

-Ok Gus, obrigado. Tchau. - eu disse e desliguei o telefone. Eu não conseguia mais pensar em nada.

Até que depois de muito tempo, uma ideia me veio a cabeça: conversar com o meu avô. Talvez eu pudesse entrar em um acordo com ele.

Eu sair do quarto e desci as escadas correndo. Quando eu cheguei na sala, o Tom estava lá, sentado na poltrona com o celular, provavelmente conversando com o Bill.

-Tom. - eu o chamei e ele olhou para mim - Você sabe aonde está o velho?

-No escritório. - ele respondeu - Por que?

-Por que eu quero conversar com ele sobre algo importante. - eu disse. Tive que me segurar pra não contar toda a verdade para ele - Feliz com o encontro?

-Muito. Cara, foi muito bom. Ela saiu agora a pouco daqui. - ele falou com brilho nos olhos.

-Que ótimo. - eu disse - Deixa eu ir conversar com ele, depois conversamos melhor aí você me conta os detalhes.

-Tá bom. - ele falou meio desconfiado. Eu sabia que ele estava suspeitando de alguma coisa.

Eu sair da sala e fui direto para o escritório. Eu nem bati na porta, eu a abrir e entrei. Ele estava sentando na cadeira atrás da mesa. Ele levou um susto quando eu bati a porta.

-Mas que falta de respeito é essa Georg? - ele disse exaltado - Seu pai não lhe ensinou que deve bater na porta antes de...

-CALA A BOCA! - eu gritei - Você não tem o direito de falar nada sobre mim, seu criminoso!

-Como ousa me chamar assim seu moleque? - ele disse me olhando furioso.

-É isso que você é. Você, o Freddie, o Brian e a Catherine. Eu sei do que vocês fizeram. - eu disse e me aproximei dele e o olhei bem nos olhos - Eu sei que vocês mataram a família biológica do Tom.

Eu vi pelo seu rosto que ele ficou um pouco desesperado. Ele sentou na cadeira e disse:

-Como você descobriu? - ele perguntou.

-Eu ouvir a conversa de vocês ontem, lá na casa de praia. - eu disse me sentando na mesa - Eu ia para a praia quando eu parei para ouvir a conversa. Por que vocês fizeram isso?

-Por que o pai do Tom, o John, queria sair da gangue. Ele queria sair por causa da família. Ele era o nosso líder, e a partir que você entra na gangue e principalmente se você virar o líder, você não pode sair. Quem sai, morre. Tudo que acontece dentro da gangue fica entre a gangue. Ele queria mudar, queria ser um cara do bem. - ele disse sério.

-E por que vocês mataram a mãe e o irmão do Tom? - eu perguntei indignado.

-Bem, ela sabia demais e a criança não calava a boca. A Catherine se estressou e atirou na criança. Ela só não atirou no Tom por que eu não deixei. Eu queria deixar um herdeiro do John no mundo. - ele falou rindo.

-Fique sabendo de que eu não vou contar para a polícia se...

-Se? - ele perguntou.

-Se você não matar o Tom e o tratar bem. - eu falei sério.

-E o que eu ganho em troca? - ele perguntou.

-Eu fico te devendo favores. - eu falei - Temos um acordo? - eu falei estedendo a minha mão para ele.

-Temos um acordo. - ele falou e apertou a minha mão.

Eu sair do escritório meio desacreditado do que eu tinha dito para ele. "Devendo favores". Eu sabia que ele mais cedo ou mais tarde ele ia me cobrar, e me cobrar caro.

Quando eu estava caminhando para o meu quarto, o Tom apareceu na minha frente.

-Cara, por que você está assim? - ele me perguntou preocupado - Do que vocês conversaram?

Eu não conseguia pensar em nenhuma resposta boa. Então eu apenas o abracei. E ele retribuiu o meu abraço. Depois de um tempo eu disse:

-Nada de muito interessante. - eu disse - Mais agora vai ficar tudo bem Tomas. Ele nunca mais vai te machucar.

-Cara, você não precisava ter feito isso. - ele falou - Não precisava ter se rebaixado...

-Eu não me rebaixei. Eu estou apenas te protegendo. - eu disse segurando o choro - Mais vamos mudar de assunto. Vamos lá pro meu quarto jogar e você me conta como foi ontem com a Kimbra.

-Tá bom. - ele disse animado - Vamos lá.

Fomos para o meu quarto. Eu liguei o Playstation 4 e coloquei o Battlefield 4. Sempre jogávamos Battlefield quando éramos adolescentes. Sentamos no chão e começamos a jogar. O nosso time estava ganhando, até que eu falei:

-Pode começar a contar tudo que aconteceu ontem. Eu quero todos os detalhes. - eu falei.

-Todos os detalhes? Até os mais sórdidos? - ele perguntou e eu sacudir a cabeça pra dizer que sim - Então tá. Só não vomite aí...