História Tédio? Nunca mais! - Expulsa!

Jimin vem até mim e me ajuda a levantar do chão, olho para minha mãe parada em minha frente incrédula.

- SAI DAQUI! -- ela grita totalmente furiosa. -- VAI EMBORA E NÃO VOLTE MAIS! -- Ela apontava para a porta.

- Mas, mãe pra onde é que eu vou?

- Você tem um monte de namorados não é mesmo, então vá morar com eles. -- Meu coração se partiu assim que eu senti a raiva que ela estava sentido. Começo a chorar por estar sendo expulsa de casa de uma forma tão injusta e cruel.

- Mãe... -- Tento falar em meio as lágrimas.

- Vai embora! -- Grita novamente. Jimin percebe meu desespero e me tira de casa o mais rápidos possível, fomos andando até o portão e saímos.

...

Jimin me leva até o ponto de ônibus sem falar nada durante o percurso, ele sabia que eu estava sem condições para responder qualquer tipo de pergunta naquele momento.

Estávamos sentados no banco do ponto de ônibus que estava vazio, fiquei em lágrimas deitada no ombro de Jimin e ele me abraçando por uns 10 minutos. Agora que eu tinha cessando meu choro resolvi conversar com Jimin.

- Jimin, o que você foi fazer lá em casa? -- Me separo do abraço e olho em seu rosto.

- Ana, eu fui até lá no intuito de te pedir desculpas... -- Ele me olha com uma cara triste. Parece que Jimin também chorou pois seus olhos estavam levemente avermelhados. -- Desculpa por ter te abandonado esse tempo todo e sem ter dado nenhuma explicação ou dizer que eu não estava mais chateado com o que aconteceu. Eu não aguentava mais ficar sem conversar com você, sem te ver e ter por perto... Eu só me afastei porque estava confuso.

- Eu entendo Jimin... Eu faria o mesmo se fosse comigo.

- Ana... Quando cheguei na sua casa antes de entrar eu ouvi você gritar pra sua mãe que estava grávida. É verdade isso? -- Ele pergunta meio inseguro.

- Sim... -- Falei num suspiro. -- mas o pior é que eu nem sei quem é o pai.

- Como assim? -- Agora ele estava confuso.

- Eu não quero falar sobre isso. -- Ele concorda.

- Vamos pra minha casa, você tem que se recuperar, tomar uma água, lavar o rosto.

- Agradeço Jimin, mas eu quero ir para a casa do Jin.

- Jin... -- Ele repetiu confuso. -- Eu te levo então, só me fala o endereço.

Eu passe o endereço para Jimin e ele logo chama um táxi.

...

Chegando no prédio, subo com Jimin até o apartamento de Jin e toco a campainha, eu ainda estava um pouco abatida. Toco a campainha mais uma vez e logo a porta é aberta.

- Ana, o que aconteceu? -- Jin arregala os olhos, notando algo diferente em mim. -- Por que você está com cara de choro?

- Ela estava tendo uma briga com a mãe. -- Jimin, fala ao perceber que eu começaria a chorar se contasse o motivo.

- Como assim? Entra. -- Jin, da espaço e eu pego na mão de Jimin o levando para dentro junto comigo. -- Senta no sofá Ana, me conta tudo.

- Eu não quero... -- Falei baixo e Jin se vira para Jimin que também se senta no sofá.

- Jimin você sabe o que aconteceu? -- Jimin me lança um olhar antes de responder, parecia que estava pedindo a minha autorização e eu concordo.

- Quando eu cheguei na casa da Ana, a única coisa que vi foi a mãe dela encima de seu corpo a agredindo, nessa hora eu entrei na casa e separei as duas antes que o pior acontecesse. -- Jin estava boquiaberto.

- Por que sua mãe te bateu? Você está bem? E seu...

- Jin, ela não me machucou... Estou bem e meu bebê também.

- Nós temos que ir ao médico pra ter certeza. -- Ele fala preocupado.

- Não será necessário. -- Tentei insistir já que não gosto de hospitais.

- Deixa de ser teimosa! Nós vamos ir e ponto.

[...] Como Jin é mais persistente consegue convencer Ana de ir ao hospital, ele liga para Hoseok e convida Jimin também.

Todos os três estavam preocupados com o que pôde ter acontecido com o bebê de Ana durante a briga com sua mãe, mas Ana estava tranquila pois não estava sentindo nada.

Quando eles chegam ao hospital Ana, faz o exame e logo o médico aparece na recepção para informar que estava tudo bem com a mais nova e com o bebê, e também confirmou que Ana estava grávida de dois meses e vinte dias, essa notícia deixou todos aliviados. [...]

Estou no quarto do Jin sentada na cama coberta até a cintura esperando o chá que ele disse que prepararia. "Como minha mãe foi capaz de ser tão cruel e insensível a ponto de me expulsa de casa grávida."

- Posso entrar? -- Jimin fala ao dar duas batidas de leve na porta e eu aceno que sim com a cabeça. -- Como você está?

- Arrasada, eu não esperava que minha mãe tivesse coragem de me por pra fora. -- Já comecei a sentir meus olhos úmidos.

- Calma... -- Jimin se senta do meu lado. -- Você está muito sensível.

- Jimin, você pode pegar minhas roupas na casa da minha mãe. É que eu não queria olhar pra cara dela, pelo menos não agora.

- Claro! Tudo pra te ajudar. -- Ele concordou rapidamente.

- Obrigada. -- Agradeço. Jin chega com uma xícara de chá, Jimin se despede de nós e logo sai do quarto.

- Toma o chá quente que é para fazer efeito, mocinha.

- Jin... -- Pego a xícara de sua mão e beberico. -- eu estava pensando em uma coisa aqui.

- O que? -- Ele se senta na cama atento no que eu iria falar.

- Eu perguntei ao médico "A partir de quantos meses dá pra fazer o teste de paternidade?"... -- Jin me olha atento e eu continuo. -- E ele disse que a partir dos três meses de gestação já dá pra fazer, ou seja, não precisa esperar o bebê nascer pra saber quem é o pai. Mas...

- Que carinha é essa? O que está pensando?

- Eu não quero saber quem é o pai do meu filho. Não vou contar aos meninos que estou grávida.

- O que! Mas por que?

- É que eles não me procuraram durante dois meses inteiro nem pra dizer se me desculparam ou não. Acha que agora eles vão querer assumir um filho, claro que vão negar! Eles não querem mais saber de mim. -- Vejo Jin negar com a cabeça.

- Ana que ideia! Você não pode criar um filho sem ele nem ao menos conhecer o próprio pai. Os garotos tem que saber sobre isso, você não fez esse bebê sozinha!

- Eu não quero que eles saibam! Eles devem tá me odiando e pensando que eu sou uma vadia por não saber nem quem é o pai do meu próprio filho.

- Ana, pense bem no que você está falando, isso é muito sério.

- Tá decidido Jin! Vou criar meu filho sozinha e se você não quiser me ajudar, sinto muito eu me viro. -- Cruzei os braços decidida no que queria fazer.

- Que isso Ana! Eu nunca vou te deixar desamparada.

- Promete que não vai contar a eles. -- Estendo o dedo mindinho em sua direção e ele olha por alguns segundos antes de entrelaçar seu mindinho no meu.

- Prometo. -- Falou de olhos fechados.

- Eu sabia que podia contar com você. -- Abri meus braços o chamando para um abraço e Jin logo me abraça.

- Agora descanse, porque não é bom ficar alterada, o bebê pode ficar agitado.

- Mas ele ainda só tem dois meses.

- Não teima comigo. Descanse -- Jin se levanta e sai do quarto fechando a porta em seguida.

[...] Jin achou que a ideia de Ana era absurda e sem cabimento! Como ela iria criar um filho sozinha? Sem casa. Sem emprego. Sem ter terminado os estudos.

Ana tinha apenas Jin, Hoseok e agora jimin para ajudá-la. Jin, não deixaria que Ana fizesse uma besteira dessa de esconder o filho do próprio pai.

O garoto ficou sentado no sofá depois que saiu do quarto de Ana, ele esperou a mesma pegar no sono para por seu plano em prática.

Ana finalmente adormece e Jin vai até seu quarto abre a porta bem lentamente para que a garota não acordasse, vai até a cama e pega o celular da mais nova que estava no lado do travesseiro. Feito isso com sucesso Jin, apaga a luz e sai do quarto fechando a porta em seguida.

"Agora que eu tenho o celular de Ana vou ligar para os meninos" Jin pensou.

Então ele volta para o sofa e liga o celular, mas lembra que não sabe a senha.

- Droga. -- Jin, tenta alguns nomes, caracteres e números, mas falha. - "Hoseok talvez saiba."

Ele tem uma ideia. Então Jin, liga para Hoseok e pergunta se ele sabia a senha do celular de Ana, e como Hoseok ficava mais próximo da mesma quando estavam juntos ele acabou vendo a garota digitar a senha no celular algumas vezes.

Mas, antes de passar a senha ele queria saber o motivo da invasão de privacidade, Jin contou o motivo e logo Hoseok passou a senha para.

Agora com o celular desbloqueado, Jin vai até a agenda de contatos e procura o número dos meninos, acha todos! Rapidamente anota os números no seu próprio celular antes que Ana acorde e sinta falta do aparelho, assim acabando com os planos de Jin.

O garoto devolve o celular no mesmo lugar que pegou com cuidado para que Ana não acordasse.

Jin vai até sacada, na missão de ligar para os quatro garotos e contar a real, isto é; Ana está grávida e é de um deles! Mas Jin não contaria essa "bomba" por ligação, ele marcou um encontro com os meninos no Café e eles aceitaram logo de cara, pois Jin falou que era importante e era sobre Ana, isso fez os garotos aceitarem na hora. Um ponto positivo!