— O que era aquilo que você injetou no Antony? — Pietro perguntou enquanto ajudava Alice a fechar a clínica. Eles lançaram uma olhadela aos irmãos abraçados ao lado do carro do agente, depois voltaram a se olhar.
— Visco.
— E como sabia sobre o visco?
— Bem, eu acho que li alguma coisa sobre isso no bestiário do Argent. Mas, na realidade, outra situação me veio à cabeça. — Pietro observava enquanto ela chaveava a porta e se virava, seguindo na direção do carro. — Me lembro que Deaton uma vez comentou que fechou o buraco na cabeça da Lydia com Visco.
— E o que tem a ver com ele? — Apontou com Antony com a cabeça.
— Na época, os poderes de banshee estavam dominando a Lydia. Achei que o caso era parecido. O Antony estava sendo meio que tomado pelo Hellhound.
Pietro parou um pouco mais afastado do próprio carro e parou Alice delicadamente.
— Por que tenho a impressão que você não está tão animada com a melhora dele?
Alice soltou o ar pela boca e lançou um olhar preocupado para Antony e Lilian enquanto eles conversavam. Depois olhou de volta para Pietro.
— Quando o Deaton tapou o buraco na cabeça da Lydia, ela quase morreu. Mas quando voltou, era ela mesma. As vozes haviam se acalmado. Ela estava bem. No caso do Antony...
— Era o Hellhound. — Pietro concordou. — O Hellhound estava no poder.
Ela suspirou.
— Ele está dominando o Antony.
— E o que acha que devemos fazer?
Alice olhou para ele, o cenho franzido.
— Não sei se podemos fazer alguma coisa. — Ela respondeu.
— Não podemos deixar que aquela coisa domine esse garoto.
— Aquela coisa é o que o pai dele é também. — Alice retrucou. — Não é algo tão ruim assim.
— Pra um garoto de 13 anos é sim! — Ele respondeu e ela suspirou. — O Parrish domina o Hellhound. Nesse caso, o Hellhound está dominando o Antony. É no mínimo preocupante.
Alice não respondeu.
— Gente, temos um problema. — Lilian disse, se aproximando junto à Antony.
— O que foi? — Alice perguntou.
— Meu pai ligou. Ele está na sua casa.
— Ótimo! Contou à ele que encontrou o Antony? — Lilian negou com a cabeça. — O que? Lilian, ele precisa saber!
— O que aconteceu? — Pietro quis saber. — Qual o problema?
— Ela está com ele. — Lilian respondeu. — A quimera está com ele.
Eles se entreolharam.
— Pode me dizer quem é essa quimera que você tanto fala? — Antony perguntou, curioso.
Lilian se sentou bruscamente ao lado de Alice na primeira aula da manhã seguinte.
— Está atrasada. — Alice murmurou e olhou para a amiga. — Tudo bem com você?
— Não dormi essa noite. — A ruiva disse, bocejando logo em seguida.
— O Antony...?
— Ele se debateu a noite inteira! Eu fiquei com medo que o xerife acordasse e descobrisse que estava no meu quarto. Já basta que precisei dar uma bela desculpa por ter quebrado a dianteira do meu carro.
— E o deixou sozinho em casa agora? — Alice se surpreendeu. Lilian negou com a cabeça. — Como assim? Você não o trouxe pra escola, trouxe?
— Não. Eu o deixei na casa do lago. — Ela disse.
— Sozinho?
— Não. Com o Pietro.
— O que?! — Alice exclamou na mesma hora em que o professor entrava na sala. Abaixou o tom de voz. — Lilian, não podia ter deixado o Tony com o Pietro!
— Por que não? Ele se mostrou ser bem confiável. Não vi problema nenhum. Confio nele.
— Não é bem com o Antony que estou preocupada. — A coiote disse e elas trocaram um olhar.
Pietro e Antony estavam tomando café na cozinha da casa. Ele não conseguia tirar os olhos do mais novo.
— Por que fica me olhando assim? — Antony perguntou, encarando o homem.
— Assim como? — Pietro perguntou.
— Como se eu pudesse virar uma fera sanguinária e te atacar. — Ele respondeu. Pietro soltou uma risadinha nervosa. — O que está acontecendo afinal? Como é que eu durmo no carro da minha mãe, na estrada, e acordo na clínica veterinária do tio Scott em Beacon Hills?
Pietro tomou o restante de seu café e suspirou, olhando para o garoto.
— Bem, o que você sabe sobre isso tudo? O mundo sobrenatural?
— Pouca coisa. Sei que existem banshees, lobisomens e que meu pai é alguma coisa. Mas não mais que isso. — Ele pensou por um momento. — Sei que mataram a Sophie por causa de algo desse tipo.
— É, foi por aí. — Pietro respondeu, finalizando seu café.
— Vai me contar realmente o que está acontecendo? Por que sei que estão escondendo alguma coisa. A Lilian é péssima mentirosa.
Pietro suspirou.
— Não acho que sou a pessoa mais indicada para te falar... — Ele fez uma pausa, prestando atenção em alguma coisa. — Está ouvindo isso?
Antony franziu o cenho e prestou atenção também. Barulho de carros se aproximando do local.
Pietro levantou, seguindo até a janela.
— A Lilian deveria estar na escola. — Antony falou, observando-o.
— Acho que não é a Lilian. — O agente falou, vendo em torno de dez carros entrando na propriedade e contornando-a. Fechou a cortina da janela. — Precisamos nos esconder.
— Por que?
— Anda garoto, esse lugar é enorme, deve ter algum porão ou...
— Tem sim, vem comigo. — Antony disse e eles seguiram até o porão do local.
James levantou e seguiu até a cozinha do apartamento, cansado. Fora dormir tarde pesquisando sobre o que poderia significar a palavra "Koryo".
Se serviu de café e sentou ao redor da mesa, ainda pensando sobre o assunto. Quando colocava na busca do Google, aparecia apenas um desenho animado do tipo anime. Ele nunca gostara desses desenhos e duvidava que a garota gostasse.
— Caso muito complexo? — Stiles perguntou se aproximando.
— Como sabe que estou investigando?
— Você não dorme direito desde que voltei pra casa. E agora está aí, com essa cara preocupada quando deveria estar enviando mensagens pra sua namorada.
— Ela está em aula. — James justificou, suspirando.
— Por que a Lilian não veio mais pra cá? Vocês eram tão indiscretos assim?
James revirou os olhos.
— O que quer realmente saber, Stiles?
Ele se serviu de café e sentou na frente do garoto.
— Vocês mal entraram em um relacionamento e já estão... Bem...
— Quanto tempo de namoro você e a Lydia tinham quando começaram a transar?
— Ahn... Nós... Bem, foi no mesmo dia. Noite. Na mesma noite. Mas... Mas nós já éramos sexualmente ativos.
— Nós também somos. — James disse, segurando uma risada.
— E nos conhecíamos há anos! Desde criança. Sério mesmo.
— Acha que estou me aproveitando dela ou algo do tipo? — James olhou pra ele seriamente.
— O que? Claro que não!
— E acha que ela pode estar me usando?
Stiles revirou os olhos pra ele agora e James sorriu.
— Eu acho que, se for esse o caso, não posso reclamar. — O jovem comentou rindo. Stiles semicerrou os olhos, encarando-o.
— Não quero mais falar disso. — Disse, se fechando. James riu e finalizou seu café.
Lydia entrou na cozinha logo em seguida, dando um selinho em Stiles e se sentando ao seu lado.
— Do que estão falando? — Perguntou, roubando a xícara de café do namorado e bebericando seu conteúdo. Fez uma careta. — Eu sempre esqueço que não adoça o café! — Explicou.
— Estávamos falando de sexo. — James disse, vendo Stiles o fuzilar com um olhar.
— Ah, interessante. — Lydia comentou, notando o desconforto do homem ao seu lado e rindo discretamente. — Ele já te falou que deve usar camisinha?
— Ele estava prestes a me presentear com uma cartela delas quando você chegou.
— Vocês dois querem parar? — Stiles perguntou, nervoso. — Ela só tem 17! — Exclamou.
— Amor, se ela não fizer isso com o James, vai fazer com outra pessoa. — Agora os dois olharam para ela, os cenhos franzidos. A banshee abriu a boca para finalizar o que dissera mas travou. Ouviu tiros e deu um pulo na cadeira, assustada.
— Lydia, o que houve? — Stiles perguntou e ela o olhou.
— Não ouviu? — Lydia perguntou, olhando dele para James. O garoto trocou um olhar rápido com Stiles. — Não ouviram os tiros?
— Que tiros? — James perguntou e ela olhou para Stiles, a respiração entrecortada.
— Alice, não precisa correr tanto! — Lilian disse para a amiga, vendo-a dirigir pela estrada velozmente até a casa do lago. — Eles vão estar bem. Talvez até mesmo jogando video game ou algo do tipo.
— Esqueceu que o Pietro é humano?
— Vocês são as únicas pessoas que sabem que ele voltou para Beacon Hills.
— E isso me parece tão errado! — Alice exclamou, ansiosa. Lilian bufou. — Estamos lidando com algo muito perigoso, Lilian. Precisamos contar à alguém! Precisamos contar ao meu pai. Ou ao seu pai!
— Você cuidou disso ontem. Resolveu a situação sobre o Antony! — Ela olhou para Alice. — Poderia ao menos confiar um pouco mais em si, não acha?
Alice suspirou, dobrando a estrada que as levaria até a casa, sem responder. Lilian se endireitou no carro, observando a amiga. Alice não a olhou mas sabia que estava sendo observada.
— Alice, você conseguiu conter o Hellhound, não conseguiu? — Silêncio. — Ah, droga! — Lilian exclamou, olhando para a estrada e levando a mão à cabeça. Depois tirou o celular do bolso e discou o número de Pietro.
— Está sem sinal! — Pietro disse, olhando a tela do celular enquanto caminhava de um lado para o outro no porão do local. Antony estava sentado, observando o agente. — Não vamos conseguir ajuda.
— Quem é esse povo todo que está lá fora?
Pietro olhou para ele agora.
— Imagino que sejam homens da Monroe.
— Quem é Monroe?
Ele balançou a cabeça e abriu a boca para responder mas Antony o cortou.
— Não me venha com essa de que não é a melhor pessoa para me contar o que está acontecendo. Eu espiei lá fora e eles estão armados. Bem armados! Talvez você seja a última pessoa com quem eu fale! — Pietro suspirou, fechando os olhos. — Então acho que é a pessoa perfeita para me contar tudo! Ok?
O homem encarou o garoto por um momento e então concordou com um aceno.
— Talvez não dê tempo da sua irmã me matar mesmo. — Deu de ombros e começou a falar.
— Como assim ele ainda não chegou na delegacia? — James perguntou ao telefone, olhando para Stiles e Lydia parados à sua frente. — O Pietro sabia que eu estaria de folga hoje, ele deveria estar aí!
Ouviu o que a pessoa disse do outro lado da linha e suspirou.
— Ok, vou tentar falar com ele pelo celular outra vez, obrigado. — E desligou. — O Pietro não é de se atrasar ou faltar ao serviço. — Disse, balançando a cabeça e discando novamente o número do homem. Direto na caixa postal. — Eu vou até o hotel! — Disse, passando de mão nas chaves do carro na bancada.
— Vamos com você. — Stiles respondeu e Lydia concordou, ambos seguindo o jovem.
— Mas que merda! — Alice exclamou e freou o carro bruscamente.
— O que foi? O que...? — Ela olhou mais adiante, em uma curva mais afastada do local, de onde elas conseguiam avistar a casa ao longe. — O que é aquilo? — Perguntou ao notar diversos carros estacionados ao redor do local e algumas pessoas caminhando em volta da casa.
— Poderia ser a sua avó? — Alice tentou mas sabia qual era a resposta.
— Não. De alguma forma ela descobriu que o Antony estava por aqui. — Lilian falou e Alice encarou o local, gemendo baixinho. — E por algum motivo, Tamora Monroe o quer.
Tamora Monroe andava lentamente ao redor da casa, tentando notar algum movimento no local. Sabia que o garoto estava lá dentro. Um de seus capangas viu quando a banshee o levou até lá. E ele estava com um humano. Melhor impossível.
— Podemos invadir se quiser, Sra. Monroe. — Um dos homens falou, olhando para o local.
— Não queremos a polícia metida nisso, queremos? — Ela negou com um aceno. — Eles vão ter que sair.
— E como tem tanta certeza disso?
Ela soltou uma risada nasal e olhou melhor para a casa.
— O que devemos fazer para tirar um animal da sua toca, Leo?
O homem franziu o cenho e olhou dela para a casa, sem responder.
A mulher sorriu levemente, pensativa.
— Precisamos avisar alguém. — Alice disse, olhando do local para Lilian, apavorada.
— Não sei se temos tempo pra isso! Ela vai agir a qualquer momento.
— Lilian, eles estão armados até os dentes! Somos só nós duas! Precisamos de um plano, e um que não nos sentencie.
A banshee soltou o ar pela boca, pensando.
— Precisamos saber com quantos estamos lidando. — Respondeu e Alice bufou, contrariada. — Não podemos arriscar avisar alguém e a quimera levar o Antony novamente. Não podemos arrisca-lo!
— Não podemos arrisca-lo?! Mais do que isso?! — A coiote apontou para a frente. Lilian suspirou.
— Anda, vamos estacionar o carro próximo ao lago. Podemos ver melhor de lá.
— Lilian...
— Anda logo! — Ela se irritou agora e Alice ligou o carro, contrariada, seguindo adiante.
James voltou ao carro, mesclando irritação e nervosismo.
— O que a recepcionista falou? — Stiles perguntou ao ver o garoto ligar o carro e dar partida em seguida.
— Eles estão aprontando alguma coisa.
— Eles? — Lydia quem perguntou agora, lançando o corpo para a frente para olhar o garoto. — Eles quem?
James bufou e não respondeu.
— Quer dizer que sou um Hellhound? — Antony perguntou, assustado.
— Bem, foi o que pareceu ontem a noite. — O homem respondeu. — Você estava falando coisas desconexas. Os seus olhos... Sem contar na sua pele pegando fogo. Acho que você, definitivamente, é um Hellhound!
Antony levantou de onde estava, balançando a cabeça nervoso.
— E agora essa mulher, a Monroe, quer me matar por que ela é uma caçadora do sobrenatural?!
— Mais ou menos isso. — Ele disse e olhou para cima, franzindo o cenho. — O mais estranho nisso tudo é que nenhum deles invadiu a casa ainda. — Olhou para Antony. — Estamos aqui dentro há quase uma hora e nenhum ataque. O que eles estão esperando afinal?
— Você é do FBI, não é? Poderia tentar chamar reforços!
— O sinal do telefone não pega por aqui! — Ele olhou novamente o celular.
— Não tem nada interno? Quer dizer, meu pai usa o comunicador da polícia para se comunicar com a base.
— Ele é policial. Eu sou do FBI, não temos nada disso! — Ele suspirou. — Eu deveria estar na delegacia, trabalhando. Sua irmã que me meteu nisso. E agora, se eu não morrer pelas mãos da Monroe, o James vai me matar! E eu falo sério, ele me detesta!
— O que o James tem a ver com isso?
Pietro balançou a cabeça e não respondeu.
— Elas não estão na aula. — Stiles disse ao entrar no carro no estacionamento da escola. — Vieram e fugiram no meio da aula. Parece que a Lilian passou mal e a Alice a levou até a enfermaria mas...
— Elas estão aprontando. — James repetiu o que dissera antes. — Mas por que envolver o Pietro nisso?
— O que foi que elas descobriram que resolveram não nos contar? — Stiles perguntou, balançando a cabeça. — Eu pedi que não fizesse isso! Eu pedi a ela!
— Stiles! — Lydia o chamou, tocando seu braço. Stiles a olhou. — Stiles, tem alguma coisa acontecendo! Eu sei disso. Eu sinto.
— É, a gente reparou! — James respondeu impaciente.
— Não, eu falo sério! — Ela disse, balançando a cabeça. — Tem alguma coisa acontecendo agora!
— O que você...? — Stiles começou mas seu telefone o interrompeu. — Pai? A Lilian está aí? Ela está em casa?
"Não, ela foi para a aula." Noah disse e continuou. "Não é sobre a Lilian que quero falar. Stiles, estamos indo para a casa do lago."
— O que? Como assim pai?
"Natalie recebeu uma ligação dizendo que invadiram a casa. Estamos indo até lá pra saber o que está acontecendo."
— A casa do lago? Mas... Mas... Ah, não!
"O que foi Stiles? Alô?"
— Pai, volta! Vocês precisam voltar! Não cheguem perto da casa do lago! Pai?!
"Stil... Stiles... A lig...ção está... Po... aria... Stiles? St..."
— Pai?! Pai?! — Ele olhou a tela. — Droga! Anda, James, vamos logo pra casa do lago!
— O que? Onde fica isso?
— Liga o carro e vai logo! —Stiles quase gritou e James o obedeceu. — Acho que sei onde as meninas estão.
Alice e Lilian desceram do carro e se aproximaram do local espiando a casa pelos fundos. Ela estava completamente cercada.
— O que vamos fazer? — Alice perguntou baixinho. — Eles estão lá dentro! E não podemos entrar!
— São em torno de 40 homens! — Lilian exclamou, contando por cima. — Eu tinha esperança que fossem apenas pessoas interessadas em comprar a casa.
— Acho que não. — Alice retrucou, soltando o ar pela boca.
— Precisamos de uma distração. — A ruiva disse, franzindo o cenho enquanto tentava pensar.
— Uma distração pra 40 homens armados? Seria mais fácil invadir o lugar metendo porrada em todo mundo!
— Eu não descartei essa hipótese! — Lilian comentou. Alice balançou a cabeça. — Precisava ser alguma coisa grande o suficiente pra atrair mais da metade deles. O restante a gente dá conta.
-— Acho que não damos conta daquela ali. — Alice apontou para o outro lado e Lilian avistou a mulher caminhando lentamente, próximo ao local onde elas estavam. Tamora Monroe.
— Tudo certo Matt. — Ela falou em um rádio comunicador. — Pode fazer o que pedi.
Desligou o rádio e observou o local, um sorriso leve no rosto e os olhos faiscando de prazer. E não eram apenas os olhos que faiscavam.
— Noah, olha! — Natalie apontou para a casa enquanto eles se aproximavam do local. — Meu Deus! — Ela levou as mãos à boca.
— Mas o que eles estão fazendo? — Ele perguntou mais para si mesmo ao ver diversos carros ao redor do local e um pico de chamas crescendo na casa. — Eles estão queimando?
— É ela, não é? É aquela mulher!
Noah não respondeu mas ela não precisava. Sabia que estava certa.
— O que foi isso? — Pietro perguntou, após ouvir um estrondo na casa.
— É fumaça! — Antony exclamou.
— Estão colocando fogo na casa! — Pietro disse, encarando o garoto.
— Estão colocando fogo na casa, Alice! — Lilian exclamou, os olhos arregalados pelo medo.
— Lilian, não! — Alice a chamou quando a banshee saiu de seu esconderijo, correndo até o local. — Droga! — Se levantou e correu atrás da garota a puxando pelo braço, infelizmente na mesma hora em que Tamora Monroe se virava, dando de cara com as duas.
— Ora, ora, ora! — Ela disse, os olhos brilhando ao notar Alice. — Pensei que sairia daqui com uma vingança mas parece que vou sair com um belo prêmio!
— Deixe-os em paz! — Lilian disse, atraindo o olhar da mulher.
— Acha mesmo que um pouco de fogo é capaz de matar um Hellhound? — Ela sorriu. — Menina, me disseram que você era inteligente!
— Tem alguém com ele. — Alice disse. — Um humano! E ele não tem nada a ver com isso!
— É um pequeno preço a se pagar. — Ela tombou um pouco a cabeça para o lado, observando Alice quando ela rosnou em sua direção. — Seu pai não conversou com você sobre o que uma guerra nos leva? Sobre as perdas necessárias?
— Ele não teve tempo. Estava ocupado demais me contando sobre uma vadia que quer a nossa cabeça em uma bandeja. — Alice retrucou, a raiva tomando conta de seu corpo. Monroe riu com o comentário da garota. — E não vamos perder ninguém hoje. Eu não vou.
— Você se acha capaz de derrotar mais de 50 homens meus, bem armados? E a mim?!
— Eu não. — Ela disse e o sorriso de Monroe vacilou ao notar o sorriso que se formou no rosto da coiote. Ouviu disparos e olhou para trás, quando um rugido alto soou às suas costas.
— Será que essa distração serve? — Braeden perguntou às garotas enquanto recarregava sua arma para continuar atirando.
Monroe viu quando Derek e Liam se juntaram à ela, derrubando alguns homens que se aproximavam. Se virou para fugir mas deu de cara com Kira.
— Acho que não vai querer perder o melhor da festa, não é? — A Kitsune disse, esticando sua espada ao lado do corpo e lançando à mulher um sorriso debochado.
— Vocês precisam tirar os dois de lá. — Argent disse, atirando em dois caçadores que se aproximavam pelas costas delas. Isaac abateu mais três deles rapidamente. — AGORA!
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