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História Teenage Dream - Voltando para casa


Escrita por: jeromivaleska

Notas do Autor


OI OI GURIZADA BONITA, VOLTEI!

Algumas declarações:


-Fiquei de postar sabado mas nem rolou me desculpem.
- O CAP TA AI LINDO E CHEIROSO AMO ELE
- To gostando tanto da fic espero q vcs tb gostem!
- A fic n terá nenhum POV, ou seja, será uma visão geral sobre os acontecimentos

Boa leitura!

Capítulo 3 - Voltando para casa


 


Gostaria de saber onde foi o meu amigo
Pergunto-me onde tudo deu errado
Havia algo que eu deveria saber?
Procurei por ele em Amesterdã
Eu chorei por ele em Birmingham
Queria saber se ele já está vindo para casa
 

- Coming Home, Gabrielle Aplin

 

 

 

Reino Unido, 1996.

 

— Você está reagindo bem aos desejos? – a mulher serviu mais um pouco de chá e pegou alguns cookies – Quer dizer, controlando eles. Os meus estão horríveis, ontem tive vontade de comer pepino com creme de amendoim!

— Os meus estão até normais, sabia? Meu menino é calmo! – deu uma mordida no biscoito que segurava na mão – Mas está no início para muitos desejos, não? Achei que viessem mais para o final da gravidez...

— Não é não, esse meninão vai dar trabalho! – tocou a barriga da amiga, redonda e dura pelos seis meses de gestação – Já vai preparando o ciúmes para quando as namoradinhas aparecerem...

— Cristine, ele nem nasceu ainda, sua pervertida! E isso nunca vai acontecer. Com meu filho, só depois da faculdade.  E de medicina ainda...

— Paranoica. Se ele nem nasceu ainda, como quer saber até a faculdade do menino? Que mãe coruja... – riram.

 

 

 

 

 

 

2013

 

“Senhora Hastings Internato para Garotas” – O  grande painel estava sendo deslocado e no local dele seria posto um novo : “Instituto Senhora Hastings para Jovens” – Grande avanço, Allison pensou. Ela observava os operários carregarem calmamente a velharia escrita e colocar sobre o gramado, agora pequeno devido ao outono. Os homens trabalhavam em uma sincronia tão grande que pareciam os anões de um filme que a dona do internato passava em todas as páscoas. Está na época de ir embora e ela pensava todas as noites que sentiria muita falta das amigas.

— Vai para casa? – uma garota loira aproximou-se, largou a mochila no chão e digitou algumas coisas no celular.  A outra apenas assentiu – Sabe, eu vou sentir falta daqui... Quer dizer, falta dos meus amigos. De você, de Bianca, Jessica, Charlie...

— Eu também vou – virou-se e encarou-a de frente – Estou com medo, ansiosa. Não sei se quero voltar – começou a brincar com os dedos, como sempre fazia quando estava nervosa – Tanto tempo se passou, eu nem sei se eles ainda sabem de mim. Sabe e, me acostumei a viver isolada deles. O que acontece se eu não me acostumar de volta?

— Allison, você vai se acostumar. Não importa quanto tempo leve ou deixe de levar, sempre vai poder voltar para casa. E qualquer coisa tem a minha – brincou – Vamos para dentro? Você não vai arrumar suas coisas? – assentiu e as duas saíram em direção a entrada.

As palavras começaram a embaralhar os pensamentos e ela sentiu vontade de desistir. Alli era extremamente calma por fora, embora seu interior fosse à representação perfeita de caos e carência. Desde o dia 29 de Julho de 2003, época que ela chegou, chorava todas as noites baixinho para que ninguém ouvisse. Dividia o quarto com três garotas e não fazia questão de revelar a elas que era fraca. Ela criou uma barreira, um escudo em sua volta que a impedia de expressar qualquer coisa senão o que a situação deixava.

 

Entraram no quarto e ela recolheu suas coisas; oito grandes malas de roupas e uma para as recordações. Recolheu a Polaroid e pequenas fotos de uma escrivaninha do lado da cama e os bichos de pelúcia. Calçou um sapato, pois o lugar para onde iria era frio e pegou um casaco. Desceu até a biblioteca e entregou o livro que estava lendo “Um amor através do tempo”, seu livro favorito. Passou na direção para acertar os papéis e pegar o visto para o avião.

— Allison! – uma velha senhora de cabelos brancos apareceu e abriu a porta de vidro – Oh, minha menininha já vai? Pode passar por aqui – apontou para o corredor e ela entrou – Sua mãe mandou  o visto e a passagem, pode sentar ali - sentou-se – E também te mandaram isto – Tirou um celular da gaveta e entregou a ela – É para se comunicar quando chegar lá. Eles vão te esperar no aeroporto, caso você se perca.

— Lisa, eles são legais? – questionou enquanto dobrava o passaporte, nervosa.

— Eles quem?

— Meus pais. Quero saber se eles são legais.

— Ora, claro que são! Eles cuidaram de você durante dez anos, maltratada você não foi. Para com isso, até parece que nunca os viu.

— É que faz tanto tempo, eu nem lembro dos meus antigos amigos, minha antiga escola, a vida que eu tinha antes daqui...

— Você tem dezessete anos, está bem grandinha para ter essas inseguranças. Só precisa ir lá e ser você mesma. Não vão te fazer mal. Eu garanto. Agora me da um abraço, seu voo sai daqui a seis horas – levantou e abraçou a mulher, um abraço apertado e repleto de agradecimento. Lisa era a vice-diretora do internato e ajudara Allison em todas as ocasiões. Quando ela chegou, em 2003, parecia maior. Agora era pequena e magrinha devido à idade. – Promete que vai se cuidar? – disse, enquanto passava as mãos pelas costas dela.

— Prometo. E vou sentir saudades – tentou seguras as lágrimas, mas não conseguiu, abraçou o mais forte a senhora – Me promete que vai se cuidar também? Não quero perder a senhora nunca.

— Prometo, minha menina.

 

(...)

Estava chovendo em Londres. Allison sentiu seu coração acelerar na hora de ligar, fazia quase um ano que não se comunicava com os pais. Pegou um táxi para a rodoviária da cidade, onde pegaria um ônibus para casa. Tirou o cartão que Lisa havia lhe dado do bolso e discou o primeiro número, havia três.

Este número pode estar desligado ou não estar em funcionamento. Por favor, tente novamente mais tarde.

Hesitou tentar novamente, provavelmente esse número nem deveria existir mais.

Telefone desligado ou fora da área de cobertura.

O.K Ela pensou, anotaram os números errados. Rezou para que o último funcionasse ou não teria nem dinheiro para o táxi.

Chamando telefone.....

Chamando telefone....

Chamando telefone....

 

— Alo? – uma voz doce e calma atendeu

— Eu gostaria de falar com a Cristine, ela está? – apertou o telefone na esperança de não ser sua mãe, ou ela ficaria muito chateada em não ser lembrada pela própria filha.

— Sim, ela está. Vou passar para a senhora Cristine, pode aguardar um pouco? – assentiu  - Cristine aqui

— Oi... mãe? – uma lágrima escorreu no canto do olho direito e ela segurou.

— Filha! Já chegou?

— Ãn.. ainda não, vou pegar o ônibus para ai agora. Estou seguindo um cronograma que me passaram.

— Ônibus? Não, não precisa! Eu vou te buscar. Onde está? – disse o lugar, conforme o taxista -  Me espere ai, estou indo. Tenho que te levar para ver uma amiga minha, ela está morrendo de saudades – assenti.

Pegou a Polaroid e tirou uma foto do vidro. Estava molhado e o céu tinha várias cores. Não demorou muito e saiu uma pequena fotografia da câmera. Ela sacudiu um pouco para dar melhor visibilidade e escreveu, logo abaixo “Se você quiser se apaixonar, já sabe onde a cidade fica”. E ela era extremamente apaixonada por cidades, música e fotografia. Guardou na mochila e checou o celular novamente. Nada. Um sedan preto estacionou atrás do taxi. A mãe desceu e só quando se aproximou do vidro, Allison pode perceber que ela estava diferente.

 

 

Eu poderia passar horas dizendo quanta saudade foi morta nesse abraço, quanto receio e ansiedade se dissiparam e, se ainda havia algum rancor pelo tempo que passara fora, agora já não mais. Era bom sentir o calor da mãe de novo, sentir que pode estar em casa novamente.

— Que bom ver a minha menininha em casa novamente – passou a mão pelos cabelos longos, na altura da cintura – Como você cresceu, está linda. Eu senti tanta saudade – abraçou-a de novo.

— Eu também, eu também – fortificou o abraço.

— Quero te levar para ver a tia Mari, se lembra dela?

— Lembro. Saudades.

— E do Tom, você lembra? – esforçou-se para lembrar quem era, mas nada além do nome vinha na cabeça.

— Não

— Bom, ele é famoso agora. Quando ver as fotos dele, vai reconhecer! Tá lindo também.

— Hm.

— Não precisa de ciúmes, meu bebezinho – pegou as malas que estavam no chão e pôs o resto no porta-malas. Pagou o taxista e abriu a porta – Vem.

 

 

— Ele é famoso de que tipo? Sabe. Cantor, compositor, ator... – pegou uma bala de menta na mochila e pôs na boca

— Ator! Ele já fez alguns filmes e agora vai fazer aqueles de heróis... Não para de arrasar corações!

— Hm. Nunca ouvi falar.

— Mari disse que ele vem passar um mês aqui, ai você conhece. Vocês eram ótimos amigos, admiro não lembra-lo.

— É muito tempo, tem coisas que esquecemos – passou as mãos pela cabeça.

Allison lembrava muito bem quem Tom era: o primeiro menino que ela gostou, antes de partir. Ela se sentia tão incapaz de amar novamente que preferiria mentir sobre o passado, ao que encarar as consequências dele no presente. 


Notas Finais


gostaram?

comentem!

sexta tem maiss


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