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História Teenagers and Their Disturbs - It's only the floor


Escrita por: DuMaul

Capítulo 6 - It's only the floor


 

Na vista de qualquer pessoa aquele homem estava à beira da morte, não tendo salvação alguma. A pele estava ressecada e pálida, chegando a ser fria; o cabelo estava numa cor opaca e o corpo estava de certa forma ossudo. Mas a mulher que segurava a mão magra com ternura, sequer pensava em cogitar essa possibilidade, pois a vida era repleta de pessoas pessimistas que desistiam após a primeira queda. E não importava quantas vezes ela caísse, sempre se levantaria, dizendo que ainda não estava na hora de se render.

— Mais um ano sem você. — ela falou com a voz falhada. — Quando irá despertar desse pesadelo? 

— Talvez ele nem acorde, e você sabe disso. — um homem com jaleco falou após entrar no grande quarto esbranquiçado.

Nos poucos segundos do aparecimento do homem de meia idade, a mulher franzira completamente o rosto, demonstrando o seu descontentamento ao vê-lo.

Não devia vir aqui, Velhote. Saia.

— Por mais que não goste de aceitar isso, o vosso marido sempre teve uma afeição por mim, lide com isso.

Saia daqui! 

— Eu trabalho aqui, você querendo ou não, querida.

— Vá pro inferno.

— Irei quando me pagar. Já tem o dinheiro?

SAIA DAQUI! — berrou de olhos arregalados, o vendo erguer as mãos em sinal de rendição enquanto saía do cômodo.

E lá estava ela, erguendo-se novamente de outra queda. Outra em meio de muitas.

[…]

Todos estavam murmurando enquanto encaravam indiscretamente o tumulto que estava sendo feito na área do refeitório. Alunos gritavam uns com os outros, descontentes com tudo o que estava acontecendo. Os que mais esperneavam eram os jogadores de basquete enquanto os de hockey apenas riam e diziam algumas provocações. 

— Pelo o amor de Deus, Sasuke! Diga alguma coisa! — falava Rock Lee enraivecido. 

O Uchiha estava próximo ao capitão do time de Hockey, Shino Aburame.

— O que quer que eu diga? Vocês só estão gritando sem causa alguma. — resmungou o moreno com falta de paciência.

— "Sem causa"?! — berrou Kiba. — Sério, Sasuke. Sem causa é a sua falta de esforço para ser o capitão, porque nós temos motivos! 

— E qual seria o grandioso motivo?

Juugo, um dos jogadores de basquete, cruzou os braços e o informou sobre a demora para a liberação do ginásio. 

— Não entendi o problema. — declarou o Uchiha com sinceridade.

— Não temos como treinar! Como vamos evoluir se não temos a porcaria do ginásio?! — dizia Rock Lee.

— Kiba, você não tem uma bola de basquete? — indagou o moreno.

— Tenho. Mas e daí?

— O Rock Lee mora num prédio que tem uma quadra de basquete. Então me digam o que diabos falta pra vocês? 

— Falta tudo! — disse Rock Lee raivoso. — Saberia se ao menos tentasse treinar. Por que diabos você é o capitão se sequer se importa?!

— Porque meu pai quis. — falou com simplicidade, pois era a mais pura verdade. — Se quiserem outro, podem escolher. 

Às vezes a sinceridade do Uchiha mais novo ultrapassava o limite, acabando por deixar as pessoas ao seu redor totalmente frustadas. Mas para a surpresa de poucos, Sasuke apenas saiu, andando sem ligar para os de mais. Ele pouco se importava, se quisessem o julgar, daria a total liberdade para que o fizessem. Se quisessem o substituir, teriam a liberdade da mesma forma. As pessoas do qual realmente ligava para as opinões sequer estavam ligando para ele. Então, realmente, não havia motivo — em sua concepção — para importar-se.

E com esses pensamentos "passivos", ele caminhou sem sequer notar para o ginásio de hockey que a escola tinha do lado oposto do de basquete. E ao adentrá-lo, apenas sentiu os seus pelos corporais se eriçarem pela temperatura levemente baixa dali, sentindo-se confortável pela primeira vez no dia. 

— Sozinho? — Sasuke indagou para si mesmo num sorriso crítico ao ver Naruto numa das cadeiras azuis escuras distribuídas de maneira igualar por todo o estádio. O Uchiha achava estranho o ver sozinho na escola, normalmente, ele estava acompanhado da namorada.

Pensou em girar os calcanhares e sair dali o mais rápido possível(pois seria problemático se alguém os visse juntos), mas a vontade de ter mais uma das conversas sinceras com o loiro traiu tal pensamento, e quando deu por si, já estava sentando-se ao lado do mesmo.

— Oi, Dawn. — ele o cumprimentou como sempre. 

Uma outra que coisa que sempre gostou do Uzumaki fora o fato de que ele era simples e caloroso com quem quer que fosse. Acostumou-se com isso, e passou a gostar disso com o passar dos tempos.

— Olá, Asshole. Onde está a Sra. Uzumaki? 

— Hinata? — ele o encarou e logo sorriu. Impressionava-se em ver que o amigo sorria em apenas ouvir o nome da amada. — Ela faltou, teve de ficar em casa.

— Doente? — perguntou sem muito interesse, não tinha muita intimidade com a Hyūga.

— Não. E por que quer saber? — o viu estreitar os olhos azuis, claramente enciumando.

— Porque agora eu amo a sua namorada. — falou com ironia e logo o viu rir.

— Namorada não. — o rapaz abriu ainda mais o sorriso, se é que era possível. — Agora ela é minha noiva.

O Uchiha apenas o encarou por vários minutos, digerindo a informação para logo soltar o tão famoso:

Quê?

— Pedi a Hina em casamento faz um tempinho. — explicou com simplicidade. Ainda com o sorriso.

— Mas… quer dizer, parabéns! Eu acho. Não acha que estão indo muito rápido? — atropelou-se nas palavras que de início foram mal escolhidas. Não conseguia entender do porquê de Naruto querer se casar tão cedo, era algo muito incomum.

— Obrigado, e rápido? Eu só a pedi em casamento, Sasuke. Isso não quer dizer que eu vá me casar amanhã. — ele riu da careta de indignação do moreno. — Só estava pensando que já sabia que eu queria passar o resto da minha vida com a Hina, porque não a peço em casamento de uma vez? E sejamos sinceros, uma mulher com um anel de compromisso espanta muitos pervertidos.

— Muitos amigos meus já pegaram meninas com um anel no dedo, Asshole.

— Mas acredito que nenhum dos seus amigos pegou uma menina que tinha um anel de ouro branco com umas pedras azuis e preciosas no dedo. 

— Desde quando virou rico? 

— Nem de longe sou rico, eu só economizei e parei de sair gastando com macarrão instantâneo. 

— Bem, eu não entendo muito essa sua pressa, mas parabéns de qualquer forma.

— Valeu. — ele riu pelas narinas enquanto se inclinava para pegar um par de patins pretos.

— Vai patinar no gelo? Desde quando sabe fazer isso? — perguntou Sasuke surpreso.

— Desde que conheci a minha noiva, e outra coisa. Nós dois vamos patinar Dawn, apresse o passo e vamos lá pra baixo.  

[…]

Já faziam três dias, três dias que Sakura estava na maldita escola. Ela já estava farta de Sasuke simplesmente sumir durante as aulas e a deixar sozinha, já tinha que aguentar todos os olhares que lhe direcionavam no intervalo quando ela estava sentada numa mesa solitária. Então, por que o Branquelo não podia tentar lhe ajudar? Por mais que fosse em apenas lhe apresentar como uma simples mendiga, ela queria ser notada, queria ter alguma conversa! Pelo menos hoje, qual era a dificuldade de irem conversar com ela? Seria a cor capilar incomum? A postura de desconforto? 

— Saco… — grunhia enquanto apagava o que tinha escrito no caderno vermelho.

Naquele instante, Sakura escondia-se dos olhares que sempre iam para si na área do refeitório. Ela se localizava num dos corredores mais silenciosos do colégio; tinha o encontrado no segundo dia naquele ambiente.

— A Ino é a líder de torcida do time de basquete, namora o Sai… acho que ela gosta de falar sobre ele e sobre os passos que faz nos ensaios. — murmurava consigo enquanto mastigava um pedaço de pizza que pegará do refeitório às pressas, escrevendo tudo de maneira organizada no caderno. Como a menina não tinha conseguido que ninguém fosse falar consigo, ela iria estudar os colegas de turma e iria até eles. Iria criar uma naturalidade e iria puxar assunto. Sakura estava relatando as comidas preferidas de Ino, havia notado que ela comia muitas massas, mas em pouca quantidade(pensava ser por conta de alguma dieta sem causa, pois a loira parecia em boa forma).

"Gosto alimentar: Mass–"

Com o estrondo da porta de uma sala à poucos metros de onde a rosada estava, ela errou na caligrafia. Zangou-se e direcionou o olhar na direção do barulho. Logo viu algo que sequer pensou ser possível.

Ino aos gritos com o tão amado namorado.

POR MAIS QUE EU ODEIE ELE, SERÁ QUE VOCÊ PODE RESPEITÁ-LO? ELE É MEU PAI, SAI! MEU PAI! SEI QUE NÃO FAZ MUITO SENTIDO, MAS POR QUE É TÃO DIFÍCIL PRA VOCÊ NÃO CHAMÁ-LO DE "VAGABUNDO"?! — berrava a adolescente com os fios dourados em frente a face que estava vermelha pela fúria.

— Ino, eu sempre chamei ele assim, será que dá pra parar e irmos pra mesa do pessoal? — perguntou ele num sorriso pequeno.

Sakura pôde notar que a postura odiosa da garota se tornou mais firme. E logo esbugalhou os orbes verdes ao ouvir a frase que ela pronunciou. Estava com muita curiosidade de conhecer aquela adolescente.

— Pode ir sozinho, vou virar uma vagabunda como meu pai. — ela bufou, virando os calcanhares e seguindo na direção oposta do refeitório.

— Depois nos falamos, amor. — ele suspirou e seguiu para o local que Ino não pisaria nesse dia.

A Yamanaka seguiu o caminho pelo corredor, aproximando-se de Sakura sem perceber. A rosada podia ver que ela estava mais do que furiosa, parecia ter saído de uma maratona de tão suada que estava.

"Ino Yamanaka transpira muito ao ficar enraivecida." escreveu Sakura.

A viu sentar-se à poucos metros longe de si. Era impressionante o quanto Sakura se sentia invisível ao olhar dos outros, não podiam notá-la uma única vez?

Perdida no descontentamento dos seus relacionamentos sociais, sequer notou quando Ino começou a olhar para os lados, lhe avistando; ou melhor, avistando o que havia restado da pizza de mussarela ao lado da ex-moradora de rua.

— Ei. — a voz arrastada da Yamanaka fez a outra esconder com rapidez o caderno contra o peito. — Ainda vai comer isso?

Sakura negou com a cabeça, e a viu se aproximar e sentar ao seu lado, pegando a pizza.

— Mussarela não é a minha preferida, mas agora é até que aceitável. — murmurou, a mordendo com vontade.  

— Ah… eu não costumava comer muita pizza, então até as mais simples me encantam.

— Devia experimentar a Margarita, pode-se dizer que é uma das minhas preferidas.

— Sério? — os orbes verdes brilharam, chegando a parecer esmeraldas que atraíram o olhar de Ino. A novata começou a escrever a nova informação no caderno vermelho com um sorriso nos lábios médios.

— O que está fazendo? — perguntou a loira com curiosidade, a observando.

— Nada não. — sorriu sem jeito, fechando o caderno com pressa. — Mas então, você está bem?

— Como assim?

— Eu ouvi os gritos. — dizia diretamente ao encará-la.

A viu fazer uma leve carranca.

— Foi apenas um erro, depois eu me desculpo pela minha imaturidade em aceitar as coisas como realmente são. — murmurou com desagrado.

— Mas ele não chamou seu pai de "vagabundo"? — insistiu no assunto. 

— O que tem? Isso é verdade. 

— Ah sim. — falou com naturalidade. — Que pena.

— É. — concordou, mas logo driblou o assunto sorrindo. — Então quer dizer que gosta de garotas?

— Sim, me considere uma lésbica com uma pitada de bissexualidade. 

— Prefere meninas à meninos?

— Por aí. — concordou, achando fazer sentido. 

— E também gosta de gente morta? Isso que falaste, era verdade mesmo?

— Sim, me simpatizo com pessoas que já morreram, uma delas é o meu falecido irmão, Ryuu.

[…]

Na sala de aula média, Tsunade encontrava-se em frente à turma com Shizune do seu lado direito. Sua feição estava séria, encarava-os com certa incerteza.

— Há quatro tópicos. — ela começou. — Primeiro, haverá uma festa em comemoração aos quinze anos da escola. Segundo, a Presidente do Conselho Estudantil estará responsável pela organização. Terceiro, ela irá me passar os temas que vocês escolherem para a celebração, e eu verei os mais aceitáveis. Quarto, não será balada alguma, será formal, e se reclamarem, seus pais serão convidados.
Os alunos já possuíam feições diversificadas, mas todas encontravam-se na base da animação. A única que não estava muito satisfeita era a própria Presidente do Conselho Estudantil. Não sabia porque sempre tinham que empurrar as responsabilidades para ela. 

— Pedi para o professor Charlie suspender a aula dele para que vocês pensassem sobre a comemoração. Aproveitem, mas não ultrapassem o limite. — falou com calma, saindo da sala junto dos outros adultos. No mesmo instante, Kiba Inuzuca se erguera da cadeira e soltará um grito de animação. Shino Aburame apenas abaixou a cabeça enquanto os jogadores de hockey começavam a discutir qual pegadinha fariam.

 — Fuck. — resmungou Tenten ao ver as colegas de classe irem em sua direção com diversas ideias que seriam desprezadas na mesma hora em que forem contadas.

A Mitsashi não gostava da diretora, não por conhecê-la ou por saber de sua personalidade bipolar, mas o fato de que ela sempre lhe empurrava as responsabilidades nesses eventos lhe deixava com ódio apenas em ouvir o nome da própria. Era estressante, era maçante! Tinha de ouvir tudo o que diziam e depois descartar a possibilidade daquela ideia entrar para a lista com educação. Sua vontade era de entregar qualquer coisa para a diretora, mas sabia que ela lhe tiraria do cargo de Presidente, então não podia fazer a seleção sem dar o seu melhor. Seu pai não lhe perdoaria.

— Não acho que todos iriam gostar de uma festa formal com o tema de striptease, Salline. Quer dizer, acho que iriam amar, mas não sei se é permitido. Desculpe. — falei para a ruiva depravada à minha frente.

Ela podia pelo menos estar numa classe criativa, já estavam no terceiro ano e sequer tinham ideias revolucionárias para uma simples e monótona festa escolar. E pensando isso, Tenten apenas se ergueu, pegou a mochila e saiu do amontoado de pessoas que se formou ao redor dela. Em pleno terceiro tempo das aulas, ela saiu da escola, com o objetivo de caminhar pela calçada e espairecer, para que assim, talvez, tivesse alguma sugestão para o tema festivo.

"Andar pela calçada".

Isso sempre lhe ajudou a pensar, mas naquele instante, no qual ela caminhava numa velocidade regular, nada em seu subconsciente funcionava, a única coisa que lhe vinha a cabeça eram as lutas que já havia assistido na televisão e o cheiro de café extremamente quente.

Que por sinal, acabava por estar em sua blusa negra. Havia se chocado contra um indivíduo muito alto, que derramara o líquido escaldante em si. E no momento, estava com a face vermelha pelas leves queimaduras que sentia no abdome e no peito.

— Ah porra! — ela grunhiu, sacudindo a barra da blusa.

— Puta merda… me desculpe! Eu não te vi, juro! Ah… posso te levar pra algum lugar, que tal eu lhe comprar uma blusa nova? Assim ficamos "quites"? O que acha? Eu acho que seria até justo, não tanto na verdade… porque eu não estaria com queimaduras, e realmente seria problemático se você jogasse café quente em mim também, nós iríamos parecer dois loucos, não iríamos? — falava o desconhecido com rapidez, parecia nervoso com a situação, percebeu Tenten que teve uma leve vontade de rir; riria se não fosse pelo café que escorria pelo seu corpo.

— Preciso tirar essa blusa, preciso tirar. — resmungava com os olhos lacrimejastes enquanto o café quente lhe queimava a pele.

— Certo, espera, espera! — falou, a puxando pela calçada. — Tem uma loja aqui perto, não tem? Acho que tem, vi à alguns minutos atrás, acho que até tinha uma propaganda de promoção azul. Vou lhe levar lá e pegar uma blusa nova, está bem? Não sou nenhum aproveitador de estudantes, prometo. E realmente não entendo o porquê de estupradores gostarem de estudantes, você entende? Eu não entendo, depois me explica ou nã… ah! Chegamos; vamos, vamos! — falou, tropeçando nas palavras ditas. 

Ele arrastara Tenten até a tal loja, e finalmente soltou o pulso da menina que já estava esbranquiçado pela falta de circulação do sangue. 

— Será que pode se acalm… — a Mitsashi perderá a voz ao constatar quem era a pessoa que trombara consigo na calçada. — Mentira.

— O quê? — ele a olhou enquanto segurava algumas blusas que supôs ser do tamanho dela.
Tenten já estava totalmente vermelha, e desta vez não era pelo café quente.

— Oiseau.

— Ah, tenho uma fã estudante? Que inovador. — Neji murmurou, passando a mão pela nuca. — Não faça escândalo, por favor. Seria muito indiscreto.

— Oiseau. — ela repetiu com os orbes castanhos claros esbugalhados como bolas de golfe.

— Sim, olá. O café já está frio? 

— Ah. — ela pareceu acordar do transe, mas logo iniciou a segunda fase das pessoas que sempre descobriam Neji em algum lugar. A parte em que ficavam afobados. — Bem, olá! Sou Tenten, e que coisa você despejar café em mim… devia estar distraído. De qualquer forma, o que faz aqui em New York?

A Mitsashi aparentava estar até que calma, mas quem a conhecesse, saberia ao ver os demasiados sorrisos que ela estava extremamente nervosa. 

Quem diria? Uma das pessoas que mais admirava estava à sua frente.

— Viajando, eu acho. Será que podemos escolher a sua blusa? Tenho um compromisso mais tarde… — disse o jovem adulto, não querendo ser indelicado.

— Ah! Sim, claro. Qualquer uma serve. — falou, aproximando-se dele para examinar as blusas.

— Acho que pode disfarçar essa blusa social preta com essa outra. — falou, mostrando uma blusa quase totalmente igual à sua, só faltava o emblema da escola.

— Ela está de bom tamanho. — ela sorriu novamente, tentando disfarçar seu nervosismo.

— Qual o seu nome mesmo? — ele perguntou para a surpresa da morena enquanto entregava a blusa para a atendente.

— Tenten. — respondeu com agitação, sentindo-se totalmente vermelha. — Eu não posso saber o seu, posso?

— Infelizmente, não. Desculpe. — ele sorriu fraco para ela. — Pouca gente sabe, para ser sincero.

— Entendo. 

Nos poucos momentos ali, Tenten o observou pagar a blusa com uma agilidade natural, e lhe entregar com um sorriso sem graça.

— De agora em diante vou olhar por onde ando, desculpe de novo. — desculpou-se mais uma vez, e naquela hora, Tenten pôde jurar que ouviu ele soltar um sotaque que não lhe era estranho.

— Tudo bem, não precisa se preocupar. — sorriu envergonhada, tentando se lembrar de onde vinha aquele sotaque que parecia estar sendo controlado com certa dificuldade.

— Mas então, o que uma estudante faz à essa hora fora da escola? — ele perguntou enquanto a via ir para o provador mais próximo e tirar a blusa ensopada pelo café. 

— Digamos que eu estava querendo ter uma boa e geniosa ideia. — respondeu, colocando a blusa nova.

— Para quê?

— Uma festa comemorativa escolar. Os quinze anos do colégio NYHS. — disse, saindo do provador.

— Entendi. É uma das responsáveis pelo o quê? — indagou, querendo puxar assunto.

— Por tudo, eu acho. — murmurou sem ter certeza. Eles saíram da loja. — A diretora empurrou os afazeres para mim.

— Você seria Presidente do Grêmio?

— Sim, isso complica as vezes. — dizia, andando ao lado dele pela calçada. 

— Sei. Mas então, qual será o tema da festa? Normalmente as comemorações escolares têm um tema. — falou Neji, controlando ainda mais o seu sotaque forte. 

— Ainda não sei, e foi por isso que eu sai do colégio hoje. Estava querendo pensar em algo. — esclareceu, o vendo arrumar o capuz.

— Mas existem tantos temas bons. — ele a olhou com indignação. — Tem os anos 80, tem aquelas roupas de época que eu considero algo muito bonito, tem até Las Vegas. Opções não faltam.

— Eu sei que não faltam. Mas escolher poucas é difícil pra mim, não sei escolher nem as minhas calcinhas se duvidar! 

— Que informação superdotada. — ele riu e logo abriu um sorriso. — Tive uma ideia, um complemento. Por que não faz uma fonte e ao invés de por água, coloca álcool. Adolescentes amam álcool nos dias atuais.

— Absoluta? — a Mitsashi arqueou a sobrancelha bem feita. — Ela vai feder demais e ainda por cima, imagina se uma pessoa bêbada passa por ela com um fósforo? Iria ser como uma cena de Velozes e Furiosos. 

— Você é extremamente estraga prazeres quando quer. — Neji franziu o cenho.

[…]

Eles entraram na padaria de porte médio. Thomas e Angel sempre iam naquele estabelecimento quando tinham algo para discutir, na maioria das vezes, o garoto mais ouvia do que falava.

— Que cheiro bom. — sussurrava Angel enquanto fitava um bolo de chocolate pelo vidro. — Eu quero um desses e uma xícara de chá, por favor. 

— Só um café para mim. — falou o moreno pálido.

O atendente assentiu e dirigiu os pedidos para os outros. O casal de amigos andou até uma mesinha e sentaram-se. 

— Do que quer conversar hoje? — ela perguntou.

— A verdadeira pergunta é: " Do que eu quero ouvir você reclamar hoje?"

— Que engraçado você. — ela resmungou. — Mas tem razão, pois hoje eu vou tagarelar.

— Já sei disso.

— Eu só queria saber até onde você vai com tudo isso. Não tem pra quê continuar Thomas. — dizia Angel querendo convencê-lo.

— Tem sim. Eu não vou machucar o Gaara, se é isso que quer saber; não sou idiotia. Ele é um dos meus únicos amigos, não precisa se preocupar com isso.

— Mas você vai acabar o machucando! Está querendo mexer com uma coisa que é dele. 

— Ela não é dele, e ela não é minha amiga.

— Pelo o amor de Deus, Thomas! Isso é algo totalmente desnecessário. Fazer isso só por conta de algo que aconteceu no passado? É babaquice, pare com isso o quanto antes. — falava pelos cotovelos, a única coisa que queria era pará-lo.

— Eu não me importo, eu vou fazê-la pagar por tudo o que me fez.

— Fizeste tantas coisas erradas quanto ela.

— Eu fiz porque ela começou com tudo! Eu não teria feito tudo aquilo se não fosse por ela, Angel! Até o Lerry estaria vivo se não fosse por ela.

— E até aquele garoto estaria vivo se não fosse por você. — ela murmurou, o encarando. — Você sabe que não é a pessoa mais certa da face da Terra, Thomas. Não quero só te julgar, mas preciso que pare com isso. Não está fazendo bem à ninguém.

— Se fosse insurportável, você não estaria mais ao meu lado. Então ainda posso seguir em frente com isso. — ele dissera, vendo a garçonete com um enorme decote lhes entregar os pedidos com um sorriso.

— Você é patético quando quer. — dizia enraivecida, arrumando a mecha do cabelo castanho atrás da orelha.

— E é por isso que você continua sendo a minha melhor amiga, não é? — ele lhe direcionou um sorriso enquanto bebericava o café.

— Acho que sim. — concordou com certa vontade de chorar. 

Observar as maluquices de Thomas nunca foi fácil. Mas ter de observar ele ser idiota, era ainda mais difícil.

[…]

— Se minha mãe estivesse me vendo agora… — ela ria consigo mesma ao ultrapassar os portões sem ser percebida pelos guardas.

A Hyuuga de teve passar a manhã na casa do pai junto da irmã mais nova. Prometeu que iria ajudá-la a escolher a roupa para que ela saísse com o garoto que tanto falava de uns dias para cá. Achava que seu nome era Ezra, uma pena, pois sempre preferiu o antigo amigo de Hanabi, o pequeno Konohamaru que não via à vários anos. 

— Alô, Naruto? O que foi? —Hinata atendeu o celular com rapidez para que ninguém ouvisse. — Ajuda no estádio? Se machucou? Como assim?!

Ela desligara o aparelho celular às pressas enquanto começava a correr em direção ao estádio de hockey, sempre julgou Naruto por ser extremamente descuidado consigo mesmo, ele tinha de prestar atenção nas coisas de vez em quando, só não sabia quando isso iria acontecer.

E pensando isso, ela correu até o estádio, chegando lá em poucos minutos.

Really, Asshole? — ela ouviu a voz grave do amigo do loiro. E logo sentiu uma súbita raiva lhe subir pela cabeça ao ver que Naruto não estava nem um pouco machucado.

— Naruto Uzumaki. — ela falou em alto som, descendo as escadas compridas do estádio.

— Ah! Hina, que bom que chegou. — sorriu o loiro sem graça. — Só falei aquilo para você vir mais rápido. Desculpe.

— Eu falei que não devia ter falado aquilo. — murmurou Sasuke caído no gelo.

— Faça isso de novo pra você ver. — ela resmungou com a face vermelha enquanto chegava perto do gelo polido. — O que estão fazendo?

— Estou tentando ensinar ao Dawn como se patina. Só que…

— Só que ele é um péssimo professor e não sabe porcaria nenhuma. — resmungou o Uchiha mal humorado, tentando se erguer.

— Com as pernas bambas desse jeito não vai sequer sair do chão, Sasuke. — informou Hinata achando graça.

Ele a encarou e faz uma careta de desagrado.

— Então, quer ensinar Vossa Alteza? — resmungou com um riso fraco, levantando-se e se apoiando no amigo.

— Acho que você não acompanharia ela. — ria Naruto o soltando. O que resultou na queda brusca do moreno.

— Porra, Naruto!

Hinata gargalhou.

— Tente não tremer tanto Sasuke, não precisa ficar com medo de cair, a única coisa que te espera é o chão, caso isso aconteça. — ela dizia, vendo Naruto ajudar Sasuke a se erguer. — Depois que aprender a patinar direito, não vai querer parar. Lhe garanto isso.

— Não tenho muito jeito pra isso. — admitiu o moreno com raiva, sendo ajudado pelo amigo a avançar alguns passos. — Basquete é mais fácil.

— É claro que basquete seria fácil pra você, Sasuke! — falava Naruto. — Pra alguém me vive mexendo nas bolas, qualquer esporte com elas é mais fácil.

O Uchiha apenas o encarou e ergueu o braço para esbofetear a cara do Uzumaki, mas perdeu o equilíbrio e caiu de encontro ao tão odioso chão.

— Vocês dois são uma graça. — riu Hinata, os observando.

[…]

Sentado na cadeira desconfortável, ele esperava a diretora aparecer no seu próprio escritório. Gaara achava uma puta chatice ela lhe chamar e não aparecer. A única coisa que achava agradável era o fato de poder mexer nas coisas que estavam em cima da mesa de madeira polida. 

— Por que ela tem isso? — indagou para si, tocando numa miniatura cabeçuda do presidente dos Estados Unidos da América, Obama.

Logo depois de largar o boneco na mesa, viu a porta ser aberta pela tão atrasada diretora.

— Quem é vivo sempre aparece. — sussurrou o ruivo. 

— Desculpe a demora, tive um imprevisto. — murmurou Tsunade arrumando o cabelo.

— Tanto faz. Quero saber o porquê de eu estar aqui. 

— Porque eu já decidi a sua punição.

— Qual punição? — ele franziu a testa.

— Esqueceu-se de que pichou totalmente o ginásio de basquete? — ela arqueou a sobrancelha. 

— Ah. Pensei que já tínhamos resolvido isto.

— Só tínhamos resolvido a sua suspensão. Mas de qualquer forma, sua punição é ajudar em um dos clubes.

— Que por sinal você já escolheu, não é?

— Exatamente, farei você ajudar durante um mês no clube de jardinagem.

O No Sabaku riu em apenas pensar em ter que aguentar as floristas da escola.

— É mais provável que eu taque fogo em tudo, Sra. Tsunade.

— Taque que eu o faço comer todas as cinzas junto da tinta spray que pôs no ginásio. — e sorriu.


Notas Finais


Voltei de viagem! Cheguei à uma hora — eu acho.
Bem, se tivermos comentários :3 mais de 3/4 por favor ;-; eu posto daqui dois dias ao invés de na próxima semana. Porque :v já tenho alguns capítulos prontos :3
Comentem please! Amo falar com vocês


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