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História Tell Me You Want - Castigo


Escrita por: pandinne

Capítulo 14 - Castigo


 

Hyuk... O que você vai... – Mordi o lábio inferior e o fitei com prazer transbordando de meus olhos.

— Shiih. – Ele me interrompeu com um sorriso desgraçado de canto, arrastando os dentes sobre o carnudo inferior daquela boca incrivelmente linda.

O carro parou e ele me puxou para levantar e subir minha calça. Respirei fundo e o xinguei mentalmente. Eu odiava o fato de ter que me contentar novamente com apenas aquilo e me virar sozinho para abaixar minha ereção.

Minutos depois, a porta se abriu e como o esperado, eu estava histérico tentando abaixar o volume entre minhas pernas diante de um lugar que aos meus olhos parecia um barzinho, cujo letreiro vermelho em sombras amarelas estava escrito “Nefertittiem letras pretas. EunHyuk desceu e apoiou a mão em minhas costas para me levar para dentro. O homem da recepção lhe disse algo e então abriu as portas para nós, após receber alguma instrução.

Do lado de dentro, a música e o burburinho das pessoas começavam a nos envolver. Senti a mão de Hyuk em minha bunda e isso me deixou excitado outra vez. Ele me guiou até o balcão, onde pedimos algo para beber. O garçom lhe entregou um uísque puro e, para mim, rum com Pepsi. Eu estava com tanta sede que bebi um gole enorme. Depois olhei ao redor, movido pela curiosidade e vi pessoas conversando entre risadas animadas, até que senti uma respiração perto de meu rosto.

— Seu mau comportamento esta noite merece um castigo. – Ele sussurrou com a boca em meu ouvido, fazendo-me arfar baixinho, arrepiado.

— EunHyuk-ssi – Olhei para ele, surpreso, mas me lembrei que fora do trabalho não precisávamos de formalidades. – Digo… Hyuk. Gosto muito de você, mas, se pensa em me tocar de uma forma que eu ache ofensiva, te garanto que vai pagar.

Ele sorriu, dando de ombros com sua superioridade de sempre. Deu um gole no uísque e chegou mais perto do meu rosto, deixando-me agoniado com a proximidade e arrepiado com seu murmurar rouco: 

— Pequeno, meus castigos não tem nada a ver com o que você está pensando. Lembre-se disso.

Sem tirarmos os olhos um do outro, bebemos de nossos copos. Minha sede somada à minha tensão fez-me acabar a bebida rapidamente. Nossos olhares praticamente saíam faísca de tanto tesão que tínhamos um pelo outro. Era uma coisa incontrolável, que nem mesmo eu sabia explicar quando me encontrava com àquele olhar. Percebendo isso, ele segurou minha cabeça, deslizando os dedos ágeis até minha nuca com uma puxada possessiva em meus fios. Puxou-me para si e atacou minha boca, beijando-me com voracidade. Seu gesto me deixou louco e eu só consegui retribuir, completamente extasiado.

Estávamos em público.

Somos dois homens.

Ele estava louco?

— Me acompanhe. – Ele ordenou com nossos lábios unidos, ao romper o beijo.

Totalmente sem reação, o segui empolgado, olhando a nossa volta um pouco desconcertado. Ele abria caminho e não permitia que ninguém se encostasse a mim. E eu adorava o jeito como me protegia; confesso que era excitante aquela possessividade. Segundos depois, entrávamos em outro salão que estava menos cheio. A música não era tão alta e as pessoas pareciam mais tranquilas.

            De novo, nos aproximamos do balcão. Desta vez nos acomodamos num canto para que ele pedisse as mesmas bebidas de antes. O garçom preparou e as colocou na nossa frente, junto com uma espécie de balde com água e uns guardanapos de linho. EunHyuk pegou um banquinho alto e me convidou a sentar ali. Logo o obedeci. Ao me sentar, ele me abraçou. Colocou suas mãos em minha cintura e eu as minhas ao redor de seu pescoço.

Ai... Momento romântico.

— Espera... – O interrompi antes que me beijasse. – Aqui... As pessoas... Nós somos...

— Aqui as pessoas não ligam para isso, Hae-ah. – Ele cochichou, colocando a bochecha à minha com a boca próxima do meu ouvido. – Você liga?

— Não. – Respondi afastando a cabeça para tentar fitar seus olhos.

Desta vez eu quem aproximei os lábios dos dele. Passei minha língua pelo lábio superior e, quando eu ia fazer o mesmo com o inferior, ele subiu a mão da minha cintura para a nuca e de novo me atacou com voracidade. Enfiou sua língua em minha boca e a invadiu com verdadeira paixão, o que outra vez me fez sentir um arrepio, estremecendo todo meu corpo. O beijo dele era equivalente a jogar álcool em uma madeira e atear fogo. Era feroz, voraz, intenso, delicioso, gostoso, excitante.

E eu ficava desesperado quando ele se afastava.

— Abre as pernas, Hae. – Sua ordem num sussurro, durante selares molhados por todo meu maxilar, excitou-me ainda mais.

Afastei-me minimamente para encará-lo por alguns segundos e, depois, dei uma olhada ao redor. Calculei que a escuridão do lugar e a posição em que me encontrava, num canto do balcão, não deixariam que vissem qualquer coisa que ele faria, mesmo que se colocasse entre minhas coxas. Então sorri e abri as pernas, acomodando-o entre elas sem deixar de fitar fixamente seus olhos. Ele pousou as mãos em meus joelhos e subiu com elas muito... muito lentamente. Em seguida, aproximou seus lábios dos meus e disse um “te adoro” quase inaudível, lambendo minha boca ao final. Sorri e fechei os olhos, deixando que suas mãos deslizassem pela parte interna das minhas coxas, em um acariciar lento na area em que se encontrava meu pênis.

Remexi inquieto no banco. Eu queria mais. Fazer coisas desse tipo num lugar público me deixava nervoso, mas ao mesmo tempo excitado. Nunca pensei que isso me deixaria dessa forma. Ele notou meu estado maravilhado com a adrenalina, embriagado de tesão, e encostou a boca na minha orelha para cochichar:

— Fique calmo, pequeno. Estamos num clube de swing e todo mundo veio aqui com o mesmo objetivo.

Isso me deixou assustado.

Muito assustado.

Um clube de swing?!

What the fuck?!

Escutar o nome “clube de swing” despertou diferentes sensações em mim. Algumas pessoas tinham repúdio, outras uma enorme curiosidade, outras já ficavam excitadas apenas de pensar; eu, sou um desses outros.

Fiquei paralisado. Horror, pavor e estupor me dominaram. Ele virou meu banco e me fez olhar para as pessoas ao nosso redor. De repente, tomei consciência de que, no balcão, vários homens de diferentes idades estavam olhando para nós dois. Observavam-nos com aquele sorriso de “eu sei o que vocês estão fazendo e vão fazer”.

— Todos eles estão querendo arrancar suas calças – Hyuk sussurrou em meu ouvido. – A expressão deles revela que estão loucos para tirar sua roupa, te chupar e, se eu permitir, te comer até você gozar. Não reparou na cara deles? Estão excitados e querem sentir seu pau naquelas bocas, para te fazer gritar de prazer.

Meu coração disparou. Eu estava quase tendo um troço. Nunca fiz nada parecido, mas a ideia me deixou completamente excitado. Muito excitado. Minha respiração ficou entrecortada. Imaginar o que EunHyuk estava descrevendo fazia meu corpo arder de tanto calor. Muito calor.

— Você disse para eu te contar tudo o que gosto, pequeno. E o que eu gosto é disso. – Suas palavras mexiam comigo de um jeito eletrizante. Tentei girar o banquinho para outra direção, mas ele segurou para mantê-lo parado. – A perversão. – Ele sorriu de canto, olhando no fundo dos meus olhos. – Estamos num clube privado em que as pessoas fodem e se deixam levar por seus desejos. Aqui as pessoas ficam totalmente desinibidas e pensam apenas no prazer e nos joguinhos sexuais. – Mordi o canto do lábio e levei a mão ao meu pescoço, sendo impedido por ele com um leve assoprar em minha pele, que me fez tremer arrepiado. – Em lugares como este – continuou –... as pessoas oferecem o corpo em troca de prazer. Há casais que fazem swing, outros que procuram alguém para fazer um trio. E outros que simplesmente se juntam a uma orgia. Neste clube há vários ambientes e agora estamos na antessala do jogo. Aqui a pessoa decide se quer brincar ou não e, principalmente, escolhe com quem. – Ele girou o banco e me encarou, acrescentando sem alterar sua expressão: – Hae, estou louco para brincar. Meu pau está latejando e eu estou morrendo de vontade de te foder. Somos um casal e podemos atravessar a porta dos fundos do clube.

            Minha boca estava seca; pastosa. Peguei o copo de rum e bebi um bom gole, tentando controlar minha respiração que praticamente me fazia engasgar de tão ofegante.

— Você já veio aqui, né?

— Já. Aqui e em outros lugares parecidos. Você já sabe que gosto de sexo, de perversão e de pessoas.

Ele nem precisava ter falado, era óbvio.

— O que há atrás dessa porta? – Questionei, olhando para o lugar que ele disse.

— Uma sala escura onde você toca e é tocado sem saber por quem. Depois há uma pequena sala com poltronas separadas por cortinas pretas para quem não quer ir até as camas. Duas jacuzzis. Vários quartos privativos para quem não quer ser visto. E um quarto grande com várias camas ao lado da segunda jacuzzi, onde quem quiser, pode participar da orgia.

Senti minhas pernas tremerem a cada palavra que saía da boca dele.

Aonde foi que esse louco me meteu?!

Ainda bem que eu estava sentado, porque senão eu cairia no chão. Ele percebeu meu estado e me apertou contra seu corpo.

— Pequeno, nunca farei nada que você não aprove antes. Mas quero que saiba que seu jogo é meu jogo. Seu prazer é meu prazer. E você e eu somos os únicos donos de nossos corpos.

— Que poético. – Consegui dizer com um sorrisinho debochado, ironizando.

Ele bebeu seu uísque com calma, enquanto eu sentia meu coração batendo muito rápido. Aquele mundo era estranho demais para mim, mas acabei me dando conta de que não era algo que me assustava, e sim me atraía, excitava.

— Hyuk... É difícil para mim conseguir fazer uma clara distinção entre amor e sexo. Mas, de fato, se trata de duas coisas extremamente diferentes. – Desviei o olhar um pouco sem graça, sem saber me portar diante de todas aquelas sensações. – Normal conseguir me visualizar ficando com uma pessoa por muitos anos, ou, de repente, pra vida toda. E é óbvio sentir aquele frio na espinha ao pensar que, se tudo der certo, eu terei que passar o resto da vida transando com a mesma pessoa. Mas...

— Escuta, Hae. – Ele me interrompeu, fazendo-me olhar para seus olhos ardentes. – É justamente esse pensamento que motiva uma boa parte das traições. Para muitas pessoas, se livrarem do fardo da exclusividade sexual eterna há a traição. Afinal, para alguns, melhor enganar do que ter que botar pra fora essa angústia reprimida. – Engoli a seco, fazendo menção a contestar. Ele colocou o indicador em meus lábios e me calou com seu intenso olhar. – Mas trair não é a última opção. Os mais resolvidos perceberam logo que esse negócio de exclusividade sexual eterna é muito difícil e, invés de enganar, decidiram que outra escolha pudesse ser muito mais inteligente. – Seu sorriso de canto me fez suspirar, antes dele tomar mais um gole do uísque.

— Qual? – Inquiri com um fio de voz, engolindo a enxurrada de sensações que me dominavam.

— Propor para seu homem ou mulher, uma abertura sexual esporádica, em nome do prazer dos dois. – Respondeu com um sorriso tentador. – Mas entre nós, quando estivermos em lugares como este, ou acompanhados de outras pessoas entre quatro paredes, haverá duas condições. – Passando a destra em meu rosto, ele deslizou o indicador por meus lábios lentamente, como se admirasse o formato de minha boca. – A primeira: nossos beijos são apenas para nós dois. Pode ser?

— Pode. – Respondi quase sorrindo. Isso havia me alegrado. Eu odiava pensar, ou vê-lo beijar outra pessoa e em seguida me beijar.

— E a segunda condição é o respeito. Se algo te incomodar ou me incomodar, deveremos dizer. Se você não quiser que alguém te toque, te penetre ou te chupe, deve me dizer e eu logo vou interromper isso e vice-versa. Combinado?

— Combinado. – Balancei a cabeça, suspirando pesadamente. – Mas, Hyuk... Eu... Eu não estou preparado para nada do que você disse. – Confessei sem graça, vendo que ele sorria com um gesto compreensivo com a cabeça.

— Você está preparado. – Desafiador, ele desceu o zíper de minha calça e enfiou sua mão por cima da minha boxer, constatando minha ereção. – Está duro de tanta vontade. Mas tudo bem, só faremos o que você quiser. Como se você só quisesse olhar... – Safado, ele subiu uma das mãos e deteve nos fios de minha nuca, puxando levemente até que minha cabeça tombasse. – Mas quando chegarmos ao hotel, vou te foder porque estou quase explodindo.

Senti um calor terrível no rosto e no corpo inteiro.

Eu poderia explodir ali e agora!

Ele estava tão fogoso, que eu senti sua mão deslizar por cima de minha ereção, enfiando-se por dentro da minha boxer em um movimento rápido para pegar em meu pênis. Cravei as unhas da destra no pulso dele, impedindo-o de continuar aquilo, e com a outra, alisei seu braço que ainda mantinha a mão puxando meus fios.

— Você está duro... Delicioso... Excitado por estar aqui?

— Sim... – Confirmei com as bochechas coradas. Negar seria uma bobagem. – Mas o que mais me excita são as coisas que você diz.

— Hm... Fica excitado com o que eu digo? – Perguntou apertando meu pau entre os dedos sem retirar o olhar incendiador do meu.

— Ahn... Muito... – Respondi soltando um gemido instintivamente.

— Isso significa que está disposto a aceitar todos os meus joguinhos e caprichos. Gosto disso, você me deixa louco. – Ele desceu a outra mão do meu cabelo e pegou a minha, colocando-a sobre sua ereção. – Veja. – Ele me fez tocar seu pau por cima da calça. Derreti-me todo. Estava duro, incrivelmente duro.

Com um sorriso malicioso, ele aproximou nossas bocas e me beijou com vontade, fazendo nossos lábios se chorarem com extrema violência. Tanto ele quanto eu, apertávamos ambas as ereções um do outro numa estimulação indecente e indiscreta para o local que estávamos. Mas nada era de um todo explícito, já que nos encontrávamos em um canto escuro.

— Agora pare. – Ele tirou minha mão de sua ereção e me obrigou a parar o ato gostoso que praticávamos. – Vou girar o banco para te mostrar às pessoas. – Informou-me antes de se separar de mim. – Não esconda esse pau delicioso e nem tente fechar a calça.

— Que?! Mas… Hyuk… Jae... – Resmunguei entrecortadamente e tentei parar o movimento que ele faria, sentindo meu estômago queimar.

Minha respiração tornava-se ofegante com uma explosão selvagem tomando conta de mim quando ele fez o que disse e me deixou exposto às pessoas ao nosso redor. Três homens me observavam. Ou melhor, me comiam com os olhos. Seus olhares subiam por minhas coxas desenhadas pela calça desfiada e se se detinham em minha ereção, completamente endurecida. Percebi o tamanho do tesão deles, traçando o desenho do tronco do meu pênis de uma forma despudorada. Desejavam me tocar, queriam me possuir e de certo modo já o faziam com o olhar.

Incendei. Queimei. Pipoquei.

Eu estava a ponto de explodir de tanto tesão.

Comecei a me sentir sensacional, perverso, como uma pedra preciosa e espetacular, sentindo meus mamilos rijos, notavelmente na camiseta apertada, enquanto eu continuava com meu pênis ereto mostrando a intimidade àquelas pessoas. Hyuk, que estava atrás de mim, encostou sua bochecha na minha com um sorriso sacana nos carnudos e começou a passar suas mãos em minhas coxas, afastando-as ainda mais. Ele esfregava os dedos em meu falo, masturbando-me torturantemente com uma lentidão deliciosa, bem diante daqueles homens. Expunha-me àqueles indivíduos propositalmente, como se eu fosse um troféu entre seus braços para ser mostrado com prazer.

— Gosta da sensação de ser observado? – Seu cochicho me arrepiou inteiro.

Respondi com um menear positivo de cabeça, antes dele retirar a mão de minha ereção, para em seguida levar os dedos melados de pré-gozo à minha boca, obrigando-me a provar de meu próprio gosto. Eu os chupei e gemi baixinho, sentindo-me um ator pornô ao passar a língua por meus lábios, deliciando-me enquanto observava os olhares pervertidos dos três homens. Naquele mesmo instante, Hyuk girou rapidamente o banco e me olhou nos olhos. Só assim consegui retomar o ar, com o peitoral completamente desritmado à respiração.

— Gostaria que eu e um, ou vários desses caras entrássemos num reservado contigo e tirássemos sua roupa? – A pergunta fez meu coração acelerar, mas ele continuou a falar antes que eu dissesse algo: – Eu abriria tuas pernas e te ofereceria a eles, que te chupariam e te tocariam enquanto eu te seguraria.

Meu pau pulsava ensandecido a cada palavra dita por aqueles lábios devastadores. Só de escutar aquela frase eu já estava à beira de um orgasmo, imagina participar daquilo tudo? Fechei os olhos, imaginando a cena. Eu queria fazer o que ele descrevia. Queria brincar com ele e fazer o que desejasse. Meu tesão era tanto, que eu me sentia disposto a fazer qualquer coisa que ele quisesse, porque, mais uma vez, Hyuk era mais forte do que minha razão.

Ele me puxou novamente e me beijou enquanto eu sentia o olhar dos três caras em nossa direção. HyukJae se divertia com isso, ao segurar novamente minha ereção para voltar a me masturbar. Abri mais as pernas e me mexi, consciente de que eles nos observariam, mas eu não ligava, queria mais...

Estava tudo tão... Gostoso pra caralho.

— Ahn... Tão… gostoso. – Gemi com nossos lábios grudados, sentindo a velocidade da mão dele aumentar e meu corpo incendiando.

Eu estava imerso naquela bolha insensata de adrenalina e prazer. Aquela cena de exibicionismo deliberado era demasiada obscena, vulgar e sem um pingo de pudor. EunHyuk abusava de mim na frente daqueles caras, mostrando que apenas ele poderia me tocar naquele instante. Podíamos ficar horas naquele estado, mas ele parou de me beijar, arrastando um sorriso maléfico por meus lábios e dirigiu a boca com mordidas e chupões possessivos por meu pescoço.

— Quer mais, pequeno? – Ele perguntou com a boca colada em meu ouvido, lambendo e mordiscando a pontinha de minha orelha, sem parar a masturbação que me maltratava.

— Sim... Quero... Por... Por favor... – Sem conseguir dizer uma frase completa, apenas gemendo com a cabeça balançando em diversos “sim”, eu praticamente implorava para que ele continuasse.

— Você quer gozar, pequeno? Hm? – Ele me questionava entre gemidos propositais, arrastando os lábios molhados de saliva quente por meu lóbulo.

O desgraçado incentivava-me a atingir o ápice, aumentando gradativamente o movimento de sua mão. Quando eu estava próximo, agarrei-me em seus braços e o conduzi a uma melhor velocidade, contorcendo-me no banco. Ele cravou os dentes em meu pescoço e subiu um caminho quente de saliva com uma lambida até meu ouvido, novamente mordiscando a pontinha da orelha de forma sensual.

— Meu castigo por seu comportamento de hoje será que você não vai fazer nada do que propus. – Dizendo isso, ele retirou a mão da minha calça para guardar minha ereção. – Ninguém vai te tocar. Eu não vou te foder, e agora mesmo vamos voltar para o hotel. – Ditando tudo com uma frieza sem limites, ele subiu meu zíper e abotoou minha calça com dificuldade pela posição que eu estava. – Amanhã, se você se comportar direito, talvez eu retire o castigo.

Olhei para ele com os olhos arregalados, incendiado pelo momento. Eu só conseguia parar de ofegar, enquanto a indignação ia crescendo dentro de mim.

Desgraçado. Por que havia feito isso comigo? Por que me levou a tais limites e logo depois me deixou assim?

Terminando de arrumar minha calça, ele pegou uma das toalhinhas de pano que estavam no balcão e secou as mãos.

Iceman estava de volta.

Hyuk fez um sinal para que eu descesse do banco e me arrastou para fora do bar, antes mesmo de me deixar reagir ou resmungar algo. Não consegui falar nada, apenas abaixei a cabeça e o segui de tão envergonhado que eu estava. Ele agia tão normalmente e sequer ficava sem graça com o que havia feito comigo na frente de todos.

Pergunto-me quantas pessoas ele já teria levado a lugares assim. Para sentir-se tão confortável, provavelmente muitas.

A limusine chegou imediatamente e nós entramos. Fizemos todo o trajeto até o hotel sem falar nada. Ele não me dirigia o olhar, apenas olhava pela janela do carro. Eu conseguia perceber o quão tenso ele estava. Embora eu estivesse acalorado, a irritação predominava meu ser. Não sabia o que pensar; muito menos o que dizer. 

Estive a ponto de fazer algo que nunca havia passado pela minha cabeça, e agora me sentia frustrado por não poder ter ido adiante.

 

Finalmente chegamos ao hotel. EunHyuk me acompanhou até minha suíte, tão silencioso quanto dono de uma frieza inigualável. Tive vontade de convidá-lo a entrar; de pedir que ele fizesse comigo o que ficou dizendo a noite toda que faria; implorar que terminasse o que havia começado lá; suplicar o quanto eu precisava disso, necessitava dele, de senti-lo. Mas ele sequer nem se aproximou de mim. Assim que entrei no quarto, ganhei apenas um olhar indiferente sem que ele ultrapasse o limite da porta.

— Boa noite, Hae-ssi. – Seu olhar frio e sua leve mesura me desestabilizaram. – Durma bem.

E então a porta foi fechada diante de mim, que fiquei ali plantado como um idiota olhando para a madeira luxuosa que me encarava enquanto tentava entender o que havia se passado naquela noite. Eu estava excitado, indignado, frustrado e irritado. E mais uma vez ele havia me feito de idiota, como costumava fazer com normalidade. Minha vontade era de quebrar tudo à minha frente e puxá-lo pelos cabelos. Mas de que adiantaria? Ele já havia ido...



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