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História Tempestade De Verão - Dezessete


Escrita por: LeeJay e SimoneVIP

Capítulo 17 - Dezessete


Fanfic / Fanfiction Tempestade De Verão - Dezessete

Kai e Minho trocaram um longo olhar conspiratório.

- Queremos lhe fazer uma proposta. – disse sem rodeios. – Eu estou à frente da empresa, depois que mamãe alcançou seu tão almejado primeiro lugar graças a você, ela se afastou de sua cadeira aceitando desperdiçar seu precioso tempo em umas férias mais que merecidas colocando-me no pelotão de frente. Digamos que fui promovido de playboy baladeiro para presidente da recém numero um em alimentos.

- Meus parabéns. – disse Onew.

Kai suspirou retrucando com indiferença.

- Não me de os parabéns por isso você melhor que ninguém sabe que não dou pra esse tipo de coisa eu quero ficar com Taemin a maior parte do tempo e o trabalho esta me atrapalhando.

- Sua sinceridade sempre me surpreendeu, sabia?

- O que queremos dizer é que resolvemos unir as empresas. A Chu-Hee e a Kim alimentos deixaram de ser concorrentes.

Onew encarou Minho levantando as sobrancelhas.

 - Aceitei seu conselho. Fui de encontro ao meu passado, saindo de minha zona de conforto fiz exatamente como disse. Meus adorados irmãozinhos pareciam assombrados como se estivessem diante de um fantasma e claro a cara da Tiffany foi impagável. Tomei posse do que era meu. Passei por um teste entediante de DNA. E com o resultado em mãos eles gentilmente me cederam à presidência. Mas... Ainda odeio aquele lugar. Aquilo fede a falsidade. Andando nos corredores tenho um terrível pressentimento que a qualquer momento um bando de feras sanguinárias ira saltar sobre mim e me devorar!Dito isso... Queremos que volte pra empresa e assuma a cadeira de presidente.

- O que disse?!Eu presidente?Esqueceram de minha má fama?Estou manchado, acho melhor reconsiderarem esse pedido maluco.

-Bom quanto a isso, há exatamente uma hora – explicou consultando o relógio. – Está ocorrendo uma retratação de um desfalque que nunca existiu. Seu nome será limpo e todos os seus bens devolvidos. Convocamos toda a imprensa e montamos um verdadeiro espetáculo maior do que aquele que fizeram para destruírem sua reputação. – disse todo orgulhoso.

- O... Que?Vocês estão loucos! – ele riu nervosamente. – Isto é loucura!

- É verdade Onew tudo está sendo esclarecido. – Kai afirmou colocando diante dele o seu smartphone na tela viu Tiffany no meio do pai e do tio ambos de cabeças baixas olhos no chão e mãos a frente do corpo em sinal de respeito, muitos flash clareando o recinto cada um deles na sua vez se dirigiam ao púlpito tomado de microfones e falava sobre a vergonhosa e desastrada acusação que recairá injustamente sobre um inocente.

Todo o seu corpo ficou tenso com o choque depois de tudo quando pensou que não haveria mais um meio de provar sua inocência acontecia um milagre. Ele estava totalmente absorto na narrativa a cada pedido de desculpa, cada vez que seu nome era pronunciado seu coração pulava no peito, Onew se encontrava praticamente debruçado sobre o aparelho na mão de Kai, prestava tanta atenção que nem percebeu Key se aproximar.

- Isso é um sonho. – conseguiu balbuciar em surpresa.

- Não meu amigo, isso é real. – disse Kai guardando o smartphone. – Assim como nossa proposta. Junte-se a nós. Imagine só, será um retorno em grande estilo não consigo pensar em melhor maneira de dizer ao mundo que está mais vivo do que nunca.

Antes de abrir a boca sentiu uma leve pressão nos dedos era Key, sua mão rapidamente agarrou a dele procurando buscar conforto e segurança.

- Espere um momento... Eu estou meio tonto com tudo isso minha cabeça está girando... Preciso de um tempo pra pensar...

Minho se levantou, deu uma volta pela sala examinando tudo com seu olhar irremediavelmente critico e por fim falou.

- Onew quem quer enganar?Isso não é vida pra você, é evidente que a pobreza não faz o seu estilo. E amor é gostoso na cama, mas não serve pra pagar contas. Você deu duro naquela empresa você disse uma vez que foi quem a ajudou a crescer e se tornar o que ela é hoje... Bem agora é hora mocinho de sua redenção. Tem que dar um jeito na bagunça ou já se esqueceu do que aprontou. Suas traquinagens quase afundaram a Chu-Hee.

- Seu cretino!Eu fiz a seu mando!

- Não interessa. Os ventos são outros e eu quero você como presidente e Key como vice eu não abro mão de nenhum dos dois.

Onew sentiu-se incapaz de argumentar por um momento, Key também parecia bastante atordoado ele sacudiu a cabeça repetida vezes franzindo a testa com um meio sorriso amarelo fixo nos lábios.

Em seguida, aparentemente recuperado do choque começou a rir.

- Eu?!Vice... – Key disse empoleirado no braço do sofá. – Não tem nenhum cabimento... É ridículo. – concluiu levemente corado. – Não é?

Onew sorriu acariciando a costa de sua mão com o polegar.

- Eu gosto de trabalhar com você. Adoro quando nos esbarramos e quase deixamos nossas bandejas irem ao chão.

As doces palavras suavizaram sua expressão as linhas de tensão abrandaram e Key atraído pelo seu olhar aproximou seu rosto do dele, isso vinha acontecendo com freqüência, bastava uma breve troca de olhar seja no trabalho ou na rua movidos por uma força estranha, e um desejo do qual os dois não conseguiam sobrepujar sentiam a necessidade urgente de se beijarem. Talvez fosse um efeito colateral causado por culpa do tempo que passaram longe um do outro.

Sempre tomando os devidos cuidados procuravam por cantinhos apropriados, debaixo dos degraus da escada, por exemplo, os passos ecoando acima de suas cabeças alertavam de antemão se alguém estava por perto. Com isso dava tempo pra reagir.

Mas em sua casa o que os fez se afastarem foi o modo como Taemin surgiu no recinto abraçado com dois ursos imensos.

- Que gracinhas!Esse eu conheço é o do parque lembra Kai?

Ele apenas olhou de soslaio com um leve interesse.

- Como eu poderia esquecer.

Key encarou Taemin perplexo, estava ciente que seus queridinhos se encontravam em cima de sua cama no quarto, e pensando sobre isso se sentiu invadido com o atrevimento do rapaz.

- Perdão. Eu os vi da porta e não resisti. – explicou. – Oh eles tem nomes!

- Será que dá pra gente voltar no assunto anterior?Hei alguém quer, por favor, prestar atenção em mim! - resmungou Minho incrédulo.

Mas todos estavam, alvoroçados e curiosos tentando ler os nomes nas pulseiras em volta dos bracinhos dos ursos.

Onew pulou do sofá indo calmamente em direção de Taemin resgatando os ursos da forma mais gentil possível.

- Esse é Comme des e esse é Garçons.

- Que nomes... Originais. – disse Jonghyun. – Eu me lembro desse também, mas não me lembrava do outro.

- É porque faz pouco tempo. Fomos de novo ao parque recanto dos namorados. Gastei meu primeiro salário tentando ganha-lo no tiro a alvo pro Key. E consegui. – falou devolvendo os ursos para o impaciente dono.

- Oh eu queria muito voltar lá mais uma vez só que o Kai não quis me levar. – queixou-se Taemin fazendo beicinho.

- Eu te levei pra Paris! – falou surpreso. – Quem em sã consciência trocaria a cidade luz por um parque com meia dúzia de gatos pingados flertando entre barracas de cachorro quente?

Taemin cruzou os braços e atirou-lhe um olhar ameaçador.

- Eu. – afirmou estreitando os olhos. – Eu trocaria.

Minho explodiu em gargalhadas atraindo todos os olhares para si.

- Certo. Agora que finalmente resolveram prestar atenção em mim!Eu proponho continuarmos do ponto em que paramos.

Kai pigarreou envergonhado e assentiu com um menear de cabeça.

- Se insistem fazer o que. – resmungou Onew revirando os olhos enquanto retornava para o seu assento.

E então eles começaram a falar, alternadamente como se o discurso estivesse sido preparado e treinado a exaustão, bastava Kai terminava uma frase de efeito que Minho vinha com suas previsões mirabolantes. Andavam pela sala, gesticulavam mantendo as vozes firmes enfatizando cada mínima palavra. Era muito provável que em outro momento Minho e Kai recusariam veementemente o vinho vagabundo oferecido, contudo levando em conta o quanto falavam e a secura da garganta não se fizeram de rogados e aceitaram a bebida de pobre servida em um copo que antes dentro havia azeitonas em conserva. Onew queria muito rir. O modo como seguraram o copo, equilibrando-o na palma da mão a cara feia depois do gole, tudo era hilário!

A conversa fluiu e as horas voavam, o relógio deu um grande salto e de repente as luzes da rua piscaram e uma a uma feito efeito dominó se ascenderam iluminando um mundo diferente. Minho sentado perto da janela foi o primeiro a notar o quão assustador era à noite no subúrbio. Ele ficou quieto por um segundo acompanhando descontente um grupinho de homens e mulheres maltrapilhos emergirem de trais de uma velha caçamba de lixo e atravessarem a rua se estapeando por conta de uma garrafa pet. Logo a frente desse grupo dois garotos encostados na parede de um bar ofereciam drogas a quem passasse por ali sem distinção de idade ou sexo. Ele desviou o olhar alarmado, e se distanciou da janela rapidamente.

- Hora de irmos pra casa.

- Ah já?!Que pena pensei que iriam passar a noite e nos fazer companhia. –brincou Onew.

- Muito obrigado. Mas dispenso o convite. Não quero alarmar ninguém porem, sinto informá-los de que estamos cercados de mortos vivos. Senhores se prezam por suas vidas eu os aconselho a me seguir e dar o fora desse pesadelo o quanto antes.

- Minho!

- Deixa Jonghyun. Já estou acostumado. Eu faço questão de acompanhá-los.

- Ótimo é sempre bom ter alguém familiarizado com os nativos. Se por um acaso quiseram um sacrifício pretendo oferecer Taemin o que acha?

- Eu acho que o vinho subiu demais nessa sua cabeça oca. –rebateu Kai num tom hostil.

- Oh você me ouviu?É brincadeirinha eu nunca deixaria que os nativos levassem nosso belo- e baixando a voz acrescentou. - chupador... De piru... Litos.

Graças a Deus Kai não escutou essa ultima parte ou caso contrario em circunstâncias normais Minho chegaria a casa com um olho roxo e algumas costelas quebradas. Alem de que todos desceriam rolando as escadas: pensou Onew, não acreditando em como Minho conseguia ser tão imprudente e principalmente no que estaria pensando para provocar Kai daquela maneira descuidada.

Mas por outro lado tinha outra coisa com que se preocupar. Key vindo logo atrás bufou esmagando seus dedos severamente. Haviam feito um acordo de nada mais de segredos entre eles, por isso achou necessário lhe contar num dia desses sobre o tempo em que passou na casa de Lia, e o episodio mais difícil e vergonhoso de sua vida. Justamente o incidente no banheiro do metro. Key se esforçou para disfarçar o ciúme e estava ainda se esforçando enquanto caminhavam para fora. E graças a Minho e sua boca incorrigível, talvez algo desagradável estivesse passando por sua cabeça agora,porque seu semblante mudou ,variando rapidamente, entre tenso e amargurado. Suas mãos se soltaram e ele se afastou, assim que alcançaram a rua.

 - Minho não faça piadas desnecessárias ou vai se arrepender. Kai não costuma brincar em serviço quando o assunto é o Taemin. – advertiu Onew.

- Eu sei. Não resisti. Falando serio pense com carinho na nossa proposta. Se você disser que não liga para como a sua vida está agora então eu desisto. Vou embora e prometo te deixar em paz. Eu sei que isso não é o que você quer. Ter como vizinhos bandidos viciados, sejamos realistas aqui não é lugar para criar seus filhos.

Onew começou a rir.

- Do que está falando?Filhos?!Kai tem razão você esta bêbado.

 Ele sorriu enlaçando os ombros do amigo o trazendo para perto.

- Porque acha que Key deu nomes aos ursos?Tenha santa paciência vocês tratam os bichos como se fossem crianças. Nunca percebeu que talvez ele queira uma família de verdade. Minha nossa Onew você não é nem um pouco perceptível!

Ele se desprendeu de Minho corando. Ah será verdade? Filhos?Sempre achou fofo o modo como ele lidava com os bichos de pelúcias, mas nunca passou por sua cabeça algo como aquilo.

- Que... Absurdo. – gaguejou envergonhado.

- Absurdo?!Não pra quem tem dinheiro. Adoção ou barriga de aluguel tudo é possível. Pare de me enxergar como uma ameaça e pense com carinho. Você o presidente e Key o vice, poderão comprar um orfanato inteiro ou quantas barrigas quiserem. É a felicidade dele em suas mãos. Não estou dizendo que não são felizes como estão eu só estou como seu amigo expondo minha humilde opinião. Pare de dar ursos a ele. De um futuro melhor, ensine-o a se aventurar em seu mundo. O mundo dos negócios o mundo que você dominava tão bem e com maestria. Nós dois sabemos o quanto está sendo difícil pra você abdicar de sua vida de executivo. Você nasceu para estar à frente de uma grande empresa e a Chu-Hee precisa de você. Eu preciso de você!

- Serio, estou lisonjeado e curioso, o que te fez mudar de idéia Minho? – interrompeu. - Cadê seu ódio?Minhas palavras foram tão milagrosas a ponto de fazê-lo repensar sobre sua vingança contra seu velho? Você o perdoou?

Ele olhou em volta vendo seu grupinho parado ao lado dos carros, e logo retornou a encarar Onew.

- Junto do testamento havia uma carta. Era para mim. Ele escreveu do próprio punho a letra tava um horror, tremida e borrada, mas dava pra ler.

- E o que ele disse... Nessa carta?

-. Eu não esperava... Entre outras coisas mesmo sem me conhecer disse me amar. Minha mãe mesmo me conhecendo nunca disse algo nem parecido... E olha que me esforcei muito na tentativa de persuadi-la. Quero fazer alguma coisa por ele. Sinto que preciso retribuir esse... Amor do qual nos foi privado viver. Ele era o meu pai eu quase destruí seu patrimônio o meu legado. Quero corrigir meu erro. Estou disposto a me comprometer de corpo e alma para restaurar a imagem da empresa. Onew eu realmente necessito de sua ajuda, eu só confio em você!

- Entendo, mas porque quer Key?

- Porque vocês dois são os meus melhores amigos. E eu sei que vai dar certo. Ele é todo coração e você é a razão em pessoa. São perfeitos, um complementa o outro. Acredito que é essa harmonia que falta naquele lugar tomado por trapaceiros subornáveis.

- Minho. Vamos logo. Engraçado não era você que estava louco pra ir embora. – gritou Kai de dentro do carro.

- Já vou. – gritou acenando distraidamente. – Vamos estar cuidado de vocês nos bastidores. A senhora Kim eu e Kai. O conselho já me deu carta branca eles sabem que queremos você e quanto a Tiffany e companhia bem por mais estranho e assustador que pareça Kai os deixou responsáveis pela Kim alimentos sob os olhos vigilantes e incansáveis de sua mãe. Faremos o possível é o impossível para que vocês não se esbarrem com freqüência embora seja inevitável de vez em quanto um encontro aqui ou ali...

Onew sorriu considerando seu empenho em convencê-lo.

- Eu sei. Você está se repetindo.

- Eu preciso dizer tudo de novo e de novo se isso fizer você me entender.

- Mas eu entendo. Só me de um tempinho pra pensar. Quero saber a opinião de Key... Não quero me precipitar.

Minho esboçou um sorriso sincero, colocando a mão no ombro do amigo.

-Espero ansioso por sua resposta, leve o tempo que quiser. Mas me jure quando decidir seja lá qual for sua resposta imediatamente entre em contato comigo. Quero ser o primeiro, a saber.

- Claro. Tudo bem.

Ele partiu um pouco abatido, evidentemente por conta da teimosia de Onew por não ter aceitado de pronto oferta tão generosa.

Em especial naquela noite de lua cheia as ruas ao redor estavam insuportavelmente barulhentas, sirenes berrando subindo e descendo a música eletrônica do bar em frente, mil decibéis mais alta, até os grilos pareciam ter aderido ao complô.

Difícil pensar, se concentrar, sua cabeça latejava.

Aquilo tinha se tornado uma rotina, os gritos as vozes alteradas risadas escandalosas e o som de brigas, e teve um caso do qual torcia para que fosse isolado que aconteceu na primeira semana que se mudaram. Eles estavam deitados quando ouviram os tiros. Quatros no total. Foi assustador, Onew tomou Key em seus braços e por meia hora permaneceram em silencio, congelados. Depois imediatamente alguém berra em agonia, lhes causando um sobressalto: - Chamem a policia!- A calçada em frente ficou repleta de curiosos veio uma viatura e metade do grupinho se dispersou as presas. Quando a ambulância chegou já era tarde demais o jovem baleado estava morto. Acerto de contas dizia os vizinhos não se preocupe. Eles não matam gente do bem disse uma senhora baixinha, insistente. Suspeitava-se que ela passara a noite toda ali na espreita junto á porta esperando que saíssem.

Mesmo assim aquela experiência tinha sido perturbadora, não gostava de ver Key perto da janela, evitava sair quando escurecia mal conseguia pregar o olho, pois temia que se o fizesse seria surpreendido com alguém em pé dentro do quarto.

- Não consegue dormir? – perguntou Key suavemente esfregando os olhos sonolentos.

- Acho que perdi o sono. – disse lhe fazendo um carinho olhando profundamente em seus olhos.

- Key.

- Sim.

- O que achou disso tudo?Essa idéia de Kai e Minho gostaria de saber o que pensa dessa historia.

Ele se espreguiçou todo colando seu corpo nu ao do Onew a luz prateada vindo da janela banhava seu rosto mostrando uma fisionomia serena, sem nenhum traço de preocupação aparente.

- Minha opinião?!

- Sim. Quero muito saber.

- Acho que deve aceitar. – respondeu sem rodeios.

- Mesmo?! – Onew ficou muito surpreso, sobretudo tentou disfarçar.

- Por que Minho tem razão, essa vida não é pra você. Está desperdiçando seu talento. Não é justo. - observou com um olhar ardente.

- É que... Achei que estávamos nos saindo bem. Arrumamos trabalhos nosso aluguel está em dia... Não passamos fome... Eu me esqueci de alguma coisa? – falou esboçando um sorriso brincalhão.

- Esqueceu. – afirmou. – De ser verdadeiro consigo mesmo. Não quero que se sacrifique por mim. Estou orgulhoso por você ter até agora lidado com tudo, mas se há uma chance, se uma nova oportunidade surgiu de retomar a sua vida então...

- É esse o ponto. – interrompeu. –Não é mais só minha vida é nossa vida. Você faz parte dela.

- Eu sei. Mas quero que retorne a fazer o que gosta estarei ao seu lado sempre. Por isso acho que deve aceitar.

- Eles o querem também.

Ele corou.

- Quanto a isso... Eu não sei não. – respondeu dando um sorriso encabulado.

- Porque não. Disse a pouco que estaria sempre do meu lado. Se virar meu vice poderemos ficar juntos viajar juntos vai ser divertido.

- Como farei isso eu nem terminei o colegial...

- Eu cuidarei de você. Vou me dedicar a lhe ensinar tudo que sei se aceitar eu aceito também.

- Fala como se fosse fácil.

Um pequeno ruído fez com que olhasse por cima do ombro, sentando empertigado abruptamente procurando ao redor por todo o cômodo.

- Calma eles estão a salvo lá. – disse Onew.

Os ratos haviam se multiplicado, ratoeiras não davam mais conta. A preocupação de Key eram os ursos, ele detestava pensar nos roedores fazendo buracos em seus bichinhos. Por conta disso Onew teve a brilhante idéia de comprar cadeiras altas, aquela na qual as mães usam para dar papinha para os bebes e colocá-los ali, perto da cama.

Ele deu uma rápida busca no chão e voltou a se aconchegar em seus braços.

- Odeio esses ratos. – desabafou.

- Quer ir embora daqui?

- Ir embora?!

- Sim. Vou recuperar meus bens, segundo Minho. Não temos porque continuarmos aqui.

Ele sorriu.

- Quero.

- Ótimo. Amanhã mesmo vamos ver uma casa. Em um bairro decente.

- E sem ratos.

- Principalmente sem ratos.

E um pouco antes de cair no sono Onew se lembrou de algo importante.

- Key, está acordado?

Ele resmungou um sim numa voz arrastada.

- Gosta de... Crianças?

- Hum?Crianças?!Claro! E quem não gosta?



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