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História Tempo - TaeYoonSeok - Repetindo o Ciclo


Escrita por: NCTZEN_Stan e millaNct127

Capítulo 3 - Repetindo o Ciclo


Fanfic / Fanfiction Tempo - TaeYoonSeok - Repetindo o Ciclo

Jeongguk estava se balançando na rede da varanda da casa do irmão mais velho, o garrafa de cerveja já esquecida e quente nas mãos, a gritaria dos próprios filhos dentro da casa não pareciam lhe incomodar e nem o cheiro maravilhoso do frango no forno lhe dar fome

Simplesmente seu corpo estava ali, mas seu coração e mente não, não naqueles últimos quarenta e cinco minutos em que estava isolado ali naquela varanda bonita de madeira escura

Não ouviu sequer os passos se aproximando de maneira arrastada

— Seus filhos estão colocando o terror — a voz alta de Seokjin lhe trouxe de volta — Será que você poderia ir conter os seus monstrinhos antes que eles arruinem minha casa?

— O Jimin dá conta — sorriu amarelo, e Seokjin reconheceu que o irmão não estava legal

— Encolhe essas pernas pra mim sentar — deu umas batidinhas na panturrilha do mais novo, que retraiu as pernas — O que foi ? Porque está aqui sozinho?

— É o nosso primeiro dia de Ação De Graças sem os papais

— Eu sei — Seokjin trouxe as pernas do irmão pro próprio colo, fazendo uma massagem na mesma

— Eu... — a voz do moreno veio embargada e Seokjin levantou o olhar para ele— Eu não consigo parar de pensar em que não é o papai fazendo a comida, que não e o papai Yoongi na churrasqueira... Eu ... Eu sinto saudades, Jin

O cozinheiro se preocupou ao ver o irmão chorar, porque Jeongguk nunca chora, ele não é do tipo que demonstra o que está sentindo, então se ele estava ali, chorando na sua frente é porque não estava bem, estava realmente sendo difícil pro caçula

— Jeonggukie ...

— Eu só consigo ver a nossa infância, o papai olhando o frango a cada dois minutos, correndo pra lá e pra cá na cozinha, ele fazia tudo com tanto amor, Jin

— Os três faziam tudo com muito amor — Seokjin passou as costas da mão sobre o rosto do irmão, limpando as lágrimas — Eu também passei por isso quando acordei, me deu uma saudade surreal dos papais, um vazio por eles não estarem aqui numa data que sempre estivemos juntos ... Eu nem quis sair da cama hoje, mas Namjoon e seu beijinhos e palavras reconfortantes me ajudou a levantar e quando eu entrei na cozinha pra começar a preparar as comidas eu também pude visualizar o papai cozinhando, como se ele estivesse ali

— Eu sinto saudades de ligar para o papai Yoon pra dizer sobre qualquer coisa, ele era o meu melhor amigo

— Eu sei ... Mas você pode ligar para mim, irmão... Eu sempre vou te atender, não vou ter concelhos bons ou sempre saber o que fazer como o papai mas eu posso tentar, hm ...

— Que bom que eles deixaram você pra mim

— Eles deixaram você pra mim, eu sou o hyung, você é meu escravo esqueceu — Jeongguk deu uma risadinha com a menção da brincadeira de infância

— Você era um idiota, isso sim ... Adorava roubar minhas cartinhas

¥ Flashback ¥

— Amor, abaixa um pouco o volume da televisão, por favor

Taehyung pediu da cozinha enquanto fatiava folhas de couve, Yoongi estava assistindo basquete, era a final então ele ficava doido

— Tá bom — o mecânico diminuiu do quinze pro quatorze, não fez diferença alguma

As crianças estavam brincando na sala, no pé da escada, mesmo que Taehyung já tivesse dito que não pode por ser perigoso, mas elas gostavam de fazer o espaço embaixo da escada de cantinho e usar os primeiros degraus da escada pra por os bonequinhos

Hoseok estava ocupado com a churrasqueira e cuidar da parte externa da casa

Taehyung sentiu o impacto nas pernas junto a um chorinho manhoso

— O que foi, meu amorzinho?! — secou as mãos no pano de prato ao largar a faca sobre a bancada de mármore

— Seokjinie roubou minha cartinha, papai

— Ah, ele não roubou, filho — Taehyung pegou o pequeno no colo, deixando um beijinho na bochecha úmida do garotinho de cinco anos — Essa palavra é muito feia, seu irmão só pegou emprestado, hm ...

— Mas papai — o moreninho fungou enquanto apertava os bracinhos curtos em volta do pescoço do progenitor — Ele não quer me devolver

— Vai lá falar com o seu pai pra ele resolver, ele está lá na sala, eu tô ocupado agora fazendo comida, amor — Taehyung deixou outros beijinhos na bochecha do seu caçula e o pôs no chão novamente

— Vou falar com o papai — Jeongguk fez biquinho e Taehyung lhe deu um tapinha no bumbum

— Vai ...

Jeongguk se enfiou entre as pernas do pai mais velho que estava sentado na ponta do sofá, com os cotovelos sobre a coxa dando toda atenção para a televisão e o jogo nos minutos finais

— Papai — Jeongguk manhou, com os olhinhos cheios de lágrimas, Yoongi grunhiu fingindo que estava prestando — O Seokjin roubou minha cartinha

Yoongi murmurou um "uhum" e o menino viu que o pai não estava lhe dando atenção, então com as mãozinhas pequenas tocou o rosto mesmo e puxou fazendo com que o pai lhe olhasse

— O que foi, filho? — o mecânico encontrou o rostinho choroso do filho

— Jin roubou minha cartinha, pai ...

— ROUBEI NADA! — o primogênito gritou e Jeongguk apontou para o irmão com o dedinho

— Roubou sim !

Yoongi suspirou, a questão é que Taehyung comprava uma caixinha de cereal e a cada caixinha nova a cartinha era de um dos meninos e a da vez deveria ser do caçula

— Não roubei !

– Roubou ! — Jeongguk avançou no irmão, sem se preocupar com o irmão de oito anos ser bastante maior

— Hey Hey — Yoongi se meteu entre os seus pequenos, acabando com aquela briga — O que o pai de vocês já falou sobre brigar?

— Quem começou foi ele, pai — Jin apontou para o irmãozinho

— Não importa, devolve a carta do seu irmão, Seokjin

— Mas pai é uma carta rara e o Jeongguk nem sabe brincar ele não precisa dela — Jin cruzou os braços

— SEI SIM !

— Mas é dele, meu amor ... Você pode tentar vê se ele troca com você

— Você troca, Jeongguk ? — Jin perguntou ao irmão caçula, que estava bicudo no colo do pai

— O papai te dá uma moedinha se você trocar com seu irmão — Yoongi sussurrou baixinho no ouvido do filho

Jeongguk adorava ganhar moedas, podia comprar doces com elas e pra um bebê de cinco anos nada é mais importante do que doces, então assentiu, era só uma cartinha de papel, preferia a moedinha e comprar algumas balas no caminho pra escola no dia seguinte

Yoongi sorriu e deixou um beijinho na bochecha gordinha do filho

— Mas eu quero aquela do bichinho azul, hyung — Jeongguk usou o dorso da mãozinha pra secar os olhinhos, com a ajuda do pai pra tirar a franjinha dos cílios

— Ta bom — Seokjin deu de ombros indo pegar a carta, afinal agora tinha a carta mais importante da coleção

— Agora minha moedinha, papai — Jeongguk estendeu a mãozinha miúda e Yoongi riu, aquela criança se parecia demais com Taehyung

O adulto pôs a mão no bolso da calça, tinha certeza de que tinha moeda do troco ali, e tinha, retirou duas, colocando na mãozinha pequena do pequeno, que sorriu grande

— Pronto, agora você vai poder comprar bala de morango quando for pra escolinha amanhã

— Eu vou mostrar pro papai — Jeongguk balançou as pernas indicando que queria descer do colo e Yoongi lhe pôs no chão, vendo o menino sair correndo, ficando na pontinha do pé pra abrir a porta

Ele queria mostrar pra Hoseok, que estava lá fora no quintal

Suspirou confortável pelo silêncio da situação resolvida e se sentou no sofá pra terminar de ver o jogo

— Mas o que ?! — olhou para Tv vendo que o jogo havia acabado enquanto resolvia a situação dos filhos, ser pai era isso, tinha prioridades e sacrifícios, como perder o final do jogo mais esperado do ano — Aish

A risadinha de Taehyung lhe observando da porta da cozinha lhe chamou a atenção

— O que?

— Te amo, mesmo que você esteja ensinando suborno pro meu filho de cinco anos

— Eu também amo você, mesmo que mande as crianças brigonas pra mim enquanto eu assisto o jogo

Jeongguk correu pela grama recém aparada pelo pai, que agora forava um lenço sobre a mesa de madeira, Taehyung queria almoçar ali fora no pequeno quintal gramado hoje

— Papai, olha — Jeongguk se pendurou nas pernas do progenitor, mostrando as duas moedinhas

— Quem te deu, meu amor ?! — Hoseok pegou o pequeno no colo

— Papai

— E o que você vai fazer com elas?

— Comprar bala — Hoseok riu, é claro que seria aquilo

— Meu neném cheio de vermes — o adulto deixou uma mordidinha na bochecha do filho, que deu sua risadinha infantil

— Não tenho vermes, pai ...

— Quem disse ?

— O médico — Jeongguk fez careta se lembrando de quando Taehyung levou ele e o irmão pra fazerem checagem, incluindo exames de sangue, urina e fezes, havia feito um mini escândalo na hora de tirar sangue e por isso não ganhou sorvete, Jin ganhou porque se comportou

— Acho que vou levar você pra fazer outro exame de sangue — Jeongguk arregalou os olhinhos

— Não, papai — o bebê abraçou o adulto pelo pescoço, era espertinho demais pra saber que Hoseok sempre amolecia com carinho, abraços e beijinhos

— Tá bom, papai não leva não... — Hoseok alisou as costas do pequeno

— Então, está tudo pronto por aqui — Taehyung caminhou até pai e filho, vendo que Hoseok havia arrumado o quintal como havia mandado

— Sim, senhor

Jeongguk deitou a cabeça no ombro do papai, dando um bocejo e Taehyung viu que o filho estava ficando com sono, ele havia acordado cedo empolgado com a celebração do dia, infelizmente não podiam ir na igreja como as outras pessoas fazem nesse dia, não eram aceitos lá, mas mesmo assim as criança acordaram cedo pra ir consigo até o mercado, afim de verem como estava o bairro naquele dia agitado

Na verdade o bairro todo praticamente os repudiava por serem três homens vivendo como casados, era um absurdo, até o Conselho Tutelar já tinha ido ali uma vez, Taehyung nunca tinha sentido tanto medo como naquele dia, a possibilidade de ter os filhos tirados de si

Mas a mulher não teve nada pra usar como desculpa para levar os meninos, iam para escola, tinham a geladeira e armários cheios, tinham uma casa segura e limpa, nenhum sinal de maus tratos físicos e mentais, eram crianças felizes e saudáveis,eram bons pais afinal e ponto

— Esta com sono, meu filhotinho? — Jeongguk assentiu manhoso — Vamos almoçar e então você pode ir dormir, ta bom ?!

— Dormir primeiro, papai

— É mesmo filho de Yoongi, minha nossa — Hoseok fez cócegas na costela do pequeno

— Comer primeiro, vem — Taehyung pegou o pequeno, que resmungou, estava gostoso no colo do outro pai — Papai vai te dar um banho pra despertar e te deixar cheirosinho e limpinho pra almoçar

— Banho não, papai...— o bebê resmungou choroso

— Que isso, banho sim, porquinho

Yoongi ficou responsável por trazer as tigelas de comida pra mesa no quintal, arrumando os talheres, os pratos, copos, tudo certinho enquanto Taehyung banhava os dois meninos

Seokjin correu pela varanda até a mesa farta com a ceia de dia de Ação De Graças, subiu ficando ajoelhado sobre a cadeira e usou os dedinhos pra pegar uma azeitona da salada de bacalhau e ganhou um tapinha do irmão mais novo

— Não pode comer agora — Jeongguk fez bico, gostava quando Seokjin burlava as coisas, ainda mais coisas importantes assim — Primeiro é a oração

— Cala a boca — Seokjin deu uma batidinha com o indicador na testa do irmão, que lhe empurrou, quase causando uma acidente na cadeira

– Então, podemos comer, certo ? — Taehyung se aproximou, de banho tomado também, sem cheiro de cebola e sem suor da cozinha quente pelo forno ligado enquanto cozinhava

— Sim !!! — Jeongguk bateu palminhas — Estou com muita fominha — e louco pela sobremesa também digasse de passagem

Taehyung sabia que os filhos estavam com fome mesmo, a esse horário eles já haviam almoçado

— Sim, podemos, meu amor — Yoongi se sentou no quarto lugar da mesa e Hoseok veio por último, ocupando o último

— Então — Taehyung puxou a tradição que faziam todo ano na mesma dada, era o dia de ação de graças então era legal que contassem pelo que eram gratos aquele ano — Quem começar a dizer por que é grato esse ano ? ... Kook ?

Olhou para o caçula, que lhe olhou de volta assustado por ter sido escolhido como o primeiro a começar a falar, tirando o dedinho da boca

— Eu ? — Taehyung assentiu

— O que você agradece por ter acontecido esse ano, meu amor?!

O pequeno ficou pensativo por um instante, havia acontecido muita coisa legal esse ano, pensar em uma só era difícil, especificar era

— Acho que a bicicleta, papai

— Você nem sabe andar direito ainda — Seokjin foi implicante com o irmão

Jeongguk havia ganhado sua primeira bicicleta naquele ano, era azul, tinha rodinhas e fitinhas no guidon e toda noite ia na pracinha com alguns dos papais pra aprender a andar, Seokjin já andava sem rodinhas e ia longe deixando o pequeno Kook pra trás, era a forma dos adultos passarem um tempo divertido com as crianças, as vezes o passeio na pracinha terminava com sorvete, churros, refrigerante rosa ou qualquer coisa bobinha que crianças gostam

Jeongguk era grato por esses momentos, eram os mais legais

— Deixa ele, Jin, ele é pequenininho e está aprendendo — Jeongguk assentiu com a cabeça, afirmando o que o pai dizia — É sua vez agora, pelo que você é grato?

— Hm — jogou a cabeça pro lado pensativo — Pelo Kihyun, meu amiguinho

Taehyung sorriu grande, estava verdadeiramente contente por enfim Seokjin ter um amiguinho, o filho de um novo casal morador do bairro, o garotinho havia um tio homossexual então a relação entre Taehyung e os maridos não eram mal vista pela família do pequeno Yoo e o garotinho tinha total liberdade pra brincar com Seokjin, coisa que os pais das outras crianças não permitiam, o coração de Taehyung sempre se apertava em saber que o filho mais velho não tinha amiguinhos pra brincar e tentava assim como os maridos suprir isso, quando Jeongguk passou da creche para a escolinha temeu que o mesmo acontecesse com o pequeno

Taehyung também era grato por Kihyun, era grato pelo fato de Seokjin ter um amiguinho agora

— Isso é muito bom, meu amor, é bom a gente ser grato por termos boas pessoas na nossa vida, hm ... Hoseok? — puxou a deixa pro marido

— Hm, eu sou grato por você ser tão lindo — deu uma piscadela, causando uma risada generalizada e Taehyung rolou os olhos achando o marido muito bobo, aquilo não valia — Falando sério agora, não que eu não seja realmente grato por você ser tão lindo assim mas — deu uma paradinha assumindo o lado sério do momento — Eu não sei, eu sou grato por tudo que as crianças falaram, por termos tido saúde, por nada de ruim ter acontecido na nossa família, muito pelo contrário esse ano só aconteceu coisas boas e claro que teve as coisas chatas mas elas não superaram as coisas boas, nós as superamos, juntos, como uma família e eu sou grato por isso

— Você que é muito lindo, meu amor, por dentro e por fora — Taehyung pegou a mão grande do mais velho, deixando um beijinho no dorso dela, recebendo o ato de volta — Sua vez, Yoonie

— Eu sou grato por você, porque você sabe, eu falo todo ano nessa mesma data, você é a base da nossa família e se tudo que o Hoseok disse é verdade é por sua causa, porque você nos mantém fortes e juntos e então tudo de bom acontece e isso é mais importante pra mim do que qualquer outra coisa

— Vocês vão me fazer chorar, é sério — Taehyung usou o dorso da mão fina pra secar os olhinhos úmidos pela emoção, transbordava amor por aqueles dois homens e os ver falando coisas assim, nessa intensidade lhe fazia ter certeza de que toda a dificuldade que tiveram no início do relacionamento, a surra de cinto que levou quando o pai descobriu, a dificuldade inicial ao morarem na casa de Yoongi que não era nada adequada, o medo ao descobrir que estava grávido tão cedo, a rotina cansativa dos mais velhos para conseguirem dinheiro para reformar a casa para a a chegada do bebê, os olhares tortos da vizinhança, tudo isso valia a pena porque o que verdadeiramente importa estava bem ali, naquela mesa, e era grato por isso mais do que tudo

— Dá um abraço no papai pra ele não chorar, Kook — Yoongi incentivou o menino que estava do lado de Taehyung e o garotinho fez, abraçando o pai pelo pescoço

— Não chora, papai... É a sua vez — Jeongguk falou e ganhou um beijinho na testa do mesmo

— Você é muito o meu bebê... — Fungou, engolindo o choro — Bom, eu sou grato por vocês quatro, são os meus menino e não importa o que aconteça, se eu estiver assim, pertinho de vocês eu vou ser grato por isso porque isso supera qualquer coisa

Os meninos bateram palminhas

— Podemos comer agora ?

¥ Flashback Off ¥

Seokjin deu o tempo que Jeongguk precisava para por tudo que sentia pra fora, ver Jeongguk chorar tão intensamente era assustador porque aquilo definitivamente não fazia parte da personalidade bruta e fechada do irmão, até cogitou chamar Jimin pra tentar acalmar o moreno, mas Jeongguk estava sentindo, ele estava sentindo muito a falta dos pais, como um garotinho de cinco anos, era um momento dele, de deixar ele sentir, de pôr pra fora, não podia fazer nada além de estar ali com ele, era um momento dos dois afinal

— Você se lembra de todas as vezes pegamos eles em momentos bonitinhos? — Seokjin assentiu, dando uma risadinha ao lembrar das situações

— O papai Hobi sempre puxava um dois pra dançar no meio da sala, ligava o rádio e colocava alguma música romântica e ali dançavam enquanto a gente fazia a lição, era algo tão simples mas tão amoroso, era o jeito deles de ficarem juntos — Seokjin usou o polegar pra limpar a lágrima do irmão

— Você acha que eu e o Jimin podemos ser assim? Que podemos ser intenso como os papais eram ?!

— É por isso que você está aqui assim ? Vocês estão com problemas na relação de novo?! — Jeongguk negou com a cabeça

— Isso só passa pela minha cabeça às vezes, às vezes eu acho que aquilo que elee tiveram não eram pra qualquer um, entende?! — Jin assentiu

— Você ama o Jimin?

— Muito

— Então você tem a sua resposta, a relação dos papais era puro amor, era a pura demonstração dela, você só precisa fazer isso, demonstrar que o ama, sem medo ... Tira ele pra dançar no meio da sala ou só assistam algo na Tv juntos depois do trabalho.... Os papais sempre faziam isso, não importa o quão cansado eles estivessem, eles tinham o momento deles, podia ser uma dança, lavar a louça juntos, qualquer coisa, juntos, deles!

— Você tem razão

— É claro que tenho, eu sou o hyung — Jeongguk rolou os olhos — Está melhor?

— Sim, eu só... Estou esquisito hoje — Seokjin sorriu

— Eu sei e não é esquisito, hoje é uma data que era importante para o papai, o ter pela primeira vez é realmente difícil

Um som de pezinhos descalços pisando firme na madeira do assoalho do quintal se aproximou e uma menininha de vestido rosa e maria-chiquinha apareceu

— Papai, o papai tá chamando você e você também tio Jin

— Vem aqui no papai — Jeongguk estendeu os braços e a pequena se aproximou, se deixando ser pega e posta na barriga do pai

— Tava chorando? — a garotinha notou o rosto do adulto úmido e um pouco inchadinho

— Não, caiu um cisco no olhos do papai — Seokjin deu risada

— Já passou ? — Jeongguk assentiu — Hm, o Chang tava puxando meu cabelo, papai, briga com ele

— Eu vou brigar, não pode puxar o cabelo da minha princesa

— Tá bom, vamos comer, papai

— O papai já está indo, meu amor

— Vem, Yein, vamos lá ver se o tio Joonie não queimou tudo — Jin pegou a sobrinha no colo, deixando o irmão sozinho mais um pouco — Vem logo que é sua vez de fazer o ritual do sou grato

— Você é o hyung, você que tem que continuar a tradição

— Nem pensar ...

Jeongguk ficou ali sozinho novamente, tomando coragem para levantar, até que uma brisa de vento frio lhe arrepiou

— Eu estou aqui meu pequeno Kook, nós três estamos — Taehyung passou o dorso da mão no rosto do filho caçula

— Você não precisa chorar ou ter medo — Hoseok tocou os cabelos escuros do seu eterno bebê amoroso

Taehyung olhou para Yoongi e sorriu, e então o mais velho se curvou, até estar na altura do rosto do filho, pertinho o suficiente do ouvido do mesmo e sussurrou

— Os papais sempre vão estar com você

— JEONGGUK, VEM

O moreno ignorou o frio recente e a sensação estranha, uma sensão de carinho que surgiu de repente, por um segundo pôde quase ouvir uma voz conhecida em sua cabeça, estava mesmo esquisito hoje, se levantando e seguindo em direção ao resto da família

— Ele vai ficar, bem, meu amor — Hoseok deu a mão para Taehyung — Os dois vão

— Os criamos bem — Yoongi abraçou o ombros do esposo

Estavam juntos agora, como sempre foi e como sempre seria, juntos, na vida e no plano espiritual, porque era isso, aquelas três almas estavam destinadas a ficarem juntas para sempre, em todas as vidas

— Eu sei — Taehyung suspirou — É minha hora de voltar para a terra

— A gente vai estar juntos novamente em breve, meu amor — Yoongi tocou o rostinho do esposo

— Vamos encontrar você — Hoseok completou, dando um beijinho na testa do loiro

— Eu sei ... Eu amo vocês

— Nós também te amamos, agora vai, nosso filho está esperando

Taehyung assentiu, soltando a mão dos maridos devagar enquanto ia sendo envolvido por uma luz branca, que ia ficando cada vez mais clara até simplesmente desaparecer por completo

— Precisamos ir também ou vamos chegar tarde — Hoseok deu a mão para o marido

— Não queremos isso, não é?! — Hoseok sorriu negando com a cabeça — Vamos

O casal se foi, tinham que se preparar para voltarem para a terra novamente e refazer o ciclo de vida, tinham que se achar e formar uma família novamente

— Seokjin? — Namjoon entrou na suíte do quarto do namorado, procurando o mesmo — Hey, o que você tem, meu amor? — Namjoon largou a garrafa de cerveja, indo rápido até o moreno agachado na frente do vaso sanitário

— Namjoon? — Seokjin limpou os lábios com o dorso da mão, se apoiando no corpo grande do homem que lhe acolhia nos braços

— Hm ? — Seokjin se virou um pouco, olhando no rosto bonito do parceiro

— Acho que eu estou grávido



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