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História Temporada de caça - Day 045.2


Escrita por: comedinha e JuHigh

Capítulo 50 - Day 045.2


Localização: Puerto de Montevidéu

Status: Mal pressentimento

Minha felicidade foi posta de lado assim que acordei. Depois de um sonho maravilhoso, notei que, enquanto esperava os outros acordarem, o ônibus estava sendo cercado por canibais.

Acordei a todos, que se assustaram com as caras feias nas janelas. Como estávamos num ônibus mais modernoso, as janelas não abriam. E eles pareciam estar nos vendo lá dentro, mas pareciam saber que estávamos lá dentro mesmo assim.

Pensamos em ligar o busão e simplesmente sair dalí, mas haviam muitos demônios à frente e o ônibus não teria tração suficiente pra atropelar todos e sairmos, pelo menos não sem embalo nenhum.

Olhei pela janela e notei estarmos bem perto do telhado da loja de conveniências do posto. Antes de pensar em alguma coisa, o Cap. Nascimento já estava arrancando a saída de emergência que fica no teto.

O perturbado subiu primeiro, ajudou os outros. Eu fiquei para passar as mochilas. Quando subi, eles já estavam no teto da loja. Quando estava ganhando espaço pra pegar impulso pra pular, os canibais começaram a balançar o ônibus. Balançavam incrívelmente ordenados, estão de fato tentando tomba-lo. Felizmente pra mim consegui pular antes que eles o fizessem. Fiquei cabreiro, eles tiveram destreza o suficiente pra tombar um ônibus. Claro que uma galera morreu nisso, mas ainda assim.

Com todos no telhado do restaurante do posto, demos um jeito de descer pela chaminé, novamente fui o último. Na cozinha, o cheiro de morte era soberano. Haviam três pessoas enforcadas lá dentro. Uma delas era uma criança que não tinha mais de sete anos. Talvez por causa dos suicidas houvesse tantos canibais do lado de fora.

Saímos pelos fundos e fomos caminhando, no maior silêncio possível. Fabinho liderava a marcha, com sua família mais perto. Até virarmos uma esquina e literalmente esbarrarmos em uma multidão de canibais que veio imediatamente atrás de nós. Peguei a mão da diabinha, que agarrou a mão do perturbado e comecei a correr.

Havia um baita de um leão grafitado num muro. Ele estava apontando em direção à uma loja. Corri para lá puxando os dois. Entramos e trancamos tudo. Era uma loja de antiguidades. Armaduras e armamentos medievais para todos os lados. Dei uma daquelas vestes feitas d correntes para a diabinha usar por baixo de sua roupa. O Perturbado foi até a parte “oriental” da loja se munir de acessórios ninjas.

Incrível como tudo alí era real. Todas as lâminas afiadas, todas as armaduras de metal mesmo. Peguei uma armadura leve, apenas para o peito. Um bracelete de couro para substituir a fita adesiva da mão direita da perdição. Um bracelete metálico que cobria o antebraço inteiro para o outro. Peguei umas “caneleiras” também.

Peguei de lá uma espada curta, que prendi num cinto de couro feito pra esse fim e uma clava leve, tipo a da mulher gavião. A diabinha pegou um arco e flecha e duas espadas curtas. O perturbado estava mais ninja do que nunca.

Agora bem armados, pensamos em como sair dali. No balcão, ao lado da caixa registradora, um mural de madeira, com um falcão entalhado. Nesse mural havia um mapa, com uma linha traçada de canetão vermelho. Na verdade haviam pelo menos 10 mapas naquele mural. Estava escrito “ruta de escape más segura”.

Saímos então pela porta da frente, mantendo a porta aberta como estava nos esperando, fomos seguindo o mapa, passado por vielas atrás do comércio, em direção ao porto. Tivemos a oportunidade de testar nossos novos armamentos com um grupo pequeno de zumbis. Chegou a dar dó deles.  o HB fez um excelente trabalho com a mão direita da perdição.

Em seguida no mapa estava escrito “para conduzir”, tipo, vá de carro. Era um trecho bem extenso. Olhamos pros lados, vimos um CrossFox com a foto de uma raposa na capa do step. A chave estava na ignição. Peeter foi guiando o trecho todo. Haviam muitos deles na rua. Fiquei impressionado com a habilidade do perturbado no volante, desviando dos mortos vivos.

Porém em certo ponto do percurso a rua estava tomada de mortos vivos.  Peeter reduziu mas não chegou a parar. Procuramos por rotas alternativas. Foi quando avistei um restaurante de comida chinesa. Disse para o Peeter confiar em mim, entrar de carro e tudo no restaurante. E ele o fez, passamos por umas paredes de papel e desmbocamos no estacionamento, que tinha uma saida para a rua num trecho que já não tinha mais tantos canibais.

Chegamos então  a uma  larga avenida, dava para ver os guindastes ao fundo. Era a rua que levava ao porto. Mas no mapa, mais abaixo, estava escrito “el puerto está cerrado”, quando ficamos frente a frente com os portões, percebemos que teríamos de dar um jeito de entrar. Notei que havia um rio que passava por baixo do lado esquerdo do portão.

Os outros e eu tiramos um dos alambrados que impediam pessoas e carros de cairem no rio, e cara, não foi nada fácil. Arranjei um saco plástico pra guardar o diário e me joguei no rio. A correnteza estava forte, mas nos manteve acima, ajudando para que não nos afogássemos. Subimos por uma grade e fomos procurar os militares.



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