História Temporada de férias - Capítulo 51

POV MAJO

Majo- Ca-ca-casar...? - pergunto em choque

Cirilo- É! Não queria uma prova? Aqui está! -diz pegando algo no bolso do casaco

Val- Jesus, alguém me segura, vou cair durinha aqui no chão! -diz se abanando sendo acudida por Davi

Majo- Eu... Eu não sei...

Cleme- Aceita logo, mulher! A gente sabe que vocês se amam!

Todo o restaurante estava parado inteiramente olhando para nós.

Majo- Eu... -o nervosismo tomou conta de mim e vejo Cirilo se aproximar. Ele segura as minhas mãos e sussurra.

Cirilo- Não precisa aceitar se não quiser, eu te entendo.

Majo- Não é que eu não queira Cirilo, só é meio repentino...

Cirilo- Eu entendo... -disse meio cabisbaixo

Majo- Mas... Eu aceito. -sorrio e ele mostra suas covinhas para mim e começamos a rir. Ele se abaixa e encaixa o anel no meu dedo, e em seguida me abraça com força. Os aplausos e gritos foram as únicas coisas que ouvi no fundo. Nos separamos e nos beijamos com alegria.

Majo- Mas olha, tem que ser com calma, hein? Com bastante calma, até depois de terminar a faculdade, não quero atrapalhar os meus estudos! -digo de prontidão

Cirilo- Pode deixar! -diz alegre

Cleme- Posso falar? Eu já sabia.

Marga- Eu também!

Bibi- E nós também! -fala chegando com Kokimoto

Majo- Amigaaa! Onde esteve? Te procurei o dia todo!

Bibi- Na verdade, a gente passou o dia na praia e nem vi o tempo passar! -diz sorrindo- Oh My God! Parabéns friend! -diz me abraçando

Jaime- Óh que bão, temos três coisas para comemorar hoje: meu aniversário, o trabalho da Majo e um casamento, pessoal!

Aly- Bora brindar! -disse esticando a taça no centro da mesa sendo seguida pelos outros. Sentei em meu lugar e comentei.

Majo- Então tudo foi um plano?

Marga- Claro que sim.

Cleme- Eu que arquitetei, uma salva de palmas pra mim!

Xxx1- E eu fiz uma participação especial. -disse a cantora que só agora percebi ser Jéssica- Mil desculpas Majo, foi ideia dos seus amigos! -falou sem jeito

Majo- Que isso, foi nada não! -digo olhando mortalmente para Bibi e Koki que disfarçaram.

O resto da noite foi tranquila, comemos e voltamos para a casa. Daniel tirou outro papelzinho da urna.

Dan- E o casal de hoje é...  Laura e Adriano!

Laura- Ah, isso vai ser tão romântico! -sorriu e segurou na mão de Adriano subindo com ele.

Subi ao meu quarto com Cirilo e nos deitamos nos olhando.

Majo- Tem certeza disso, Cirilo? Que quer se casar comigo?

Cirilo- É a única certeza que tenho na minha vida.

Majo- Mas nós somos tão novos, tem tanta coisa pra viver ainda...

Cirilo- Nada que não se possa fazer com você! -ele sorri e começa a acariciar meus cabelos- Maria, depois de tudo o que vivemos nesses anos, isso é o que eu quero, eu tenho certeza absoluta! Sem contar que vou estar casando com a pessoa mais maravilhosa e linda desse mundo!

Majo- Você não existe, Cirilo... -digo rindo e depositando um selinho demorado nele logo em seguida, durmo.

POV CLEME

Ao sair do restaurante, seguimos para o carro, onde demos carona para Davi e Valéria.

Cleme- Jaime, acho melhor você não dirigir hoje, você não está em condições!

Val- Eu concordo, deixa eu dirigir então! -falou sorridente fazendo eu e Davi nos olharmos

Cleme e Davi- Não!

Val- Ué! Por que não, gente? Qual o problema?

Cleme- Você não respeita os sinais de trânsito...

Davi- Dirige muito rápido...

Cleme- Buzina por qualquer coisa...

Davi- Grita com os outros motoristas...

Jaime- Falando tudo, dirige mal pra cacete! -diz cambaleando

Cleme- Jaime! -repreendo

Val- Nossa gente, nem é tanto assim. Também nem quero mais dirigir! -entrou no carro emburrada.

Davi- Eu dirijo então. -lhe dei a chave do carro e coloquei Jaime no assento da frente.

No meio do trajeto, tivemos o azar de parar em vários semáforos, onde Jaime saía pela janela e gritava coisas sem sentido. Prêmio vergonha alheia. Chegamos na casa e encontramos a escuridão, fomos batendo em quase tudo até ouvirmos um barulho.

Val- Meu Senhor Jesus, me protege Senhor!

Cleme- De onde estão vindo esses barulhos?

Jaime- São os fantasmas de novo.

Davi- Eu acho que tá vindo da cozinha! -disse indo até lá com nós o seguindo. Antes de entrar, peguei um ferro perto da lareira, caso algo aconteça. Em passos lentos fomos entrando até encontrarmos a cozinha.

Cleme- Nossa Senhora, que susto que me deram! -digo me referindo a Jorge e Marga que estavam comendo na mesa

Val- Ah! Vão se catar, seus idiotas.

Marga- Viu o que eu disse? Sem fazer barulhos! -disse rindo e dando um tapinha no braço dele

Davi- Vocês estão comendo a essa hora? O que deu em vocês?!

Jorge- Na verdade a Marga fez uma torta de maçã hoje de tarde e eu queria provar! -disse simples

Jaime- Eu ouvi " torta"? -se pronunciou sentando em frente ao Cavalieri e pegando uma colher

Cleme- Sendo assim, também quero um pedaço!

Val- Eu vou é dormir que estou morta de sono, mas amanhã, quero o meu pedaço. Boa noite queridos. -disse saindo e sendo seguida por Davi

Terminamos a noite comendo e falando besteiras até cansar e irmos deitar.

POV CARMEM

O dia nasceu leve. Leve demais, na verdade. Acordei e por incrível que pareça Daniel ainda estava dormindo. Tão despreocupado. Olhei para o lado de fora da janela e só então percebi que o sol nem havia nascido. O sono era meu inimigo, então não tinha muito o que fazer. Fiquei um bom tempo o analisando, cada parte de seu rosto. Saí da cama, fiz minhas higienes e saí. A casa estava silenciosa, resolvi pegar o livro que comprei no aeroporto e terminar de ler as últimas páginas. No andar de baixo me encontrei com Bruce no canto do sofá, estava estirado no chão como se alí fosse o melhor lugar para dormir. Saí para o jardim e vi aquele lugar que me falaram ontem, o qual parecia um "esconderijo". Abri a maçaneta no chão e olhei para o lado de dentro no total escuro. Acabei caindo em um longo vazio, o tubo. Caí em um pufe e logo me recompuz. Abri a única porta alí e me deitei no enorme sofá preto. Li algumas das poucas páginas que restavam e um tempo depois, consegui adormecer.

Acordei e retirei o livro de minha cara. Senti instantaneamente um cheiro horrível. Subi pela porta que dava no porão e não acreditei no que estava vendo: a casa estava pegando fogo.