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História Temporada I - Os Reflexos de um Segredo. - O livro.


Escrita por: pokemon_saga

Notas do Autor


Bem-vindos à ERHOS. A primeira região explorada em nossa saga!

Capítulo 1 - O livro.


Fanfic / Fanfiction Temporada I - Os Reflexos de um Segredo. - O livro.

- ANALISYA, 1954 -

"Duas e quarenta e cinco da manhã, do dia 11 de fevereiro. A primeira noite de lua nova do mês. Os gemidos de esforço ecoavam pelos cômodos da casa.
Emma estaria à partejar seu primeiro herdeiro, Vince seria o seu nome.
Em questão de minutos após o esforço contínuo tomar todo o fôlego da mulher, o sopro de alívio surgiria trazendo então o berro ensurdecedor do primogênito não desejado!".

- Dezesseis anos depois -

Ainda me lembro de estar caminhando pelos corredores, pela sala de visitas e por entre a sala de jantar de minha casa, era uma sequência estranha de passos. Eram dez passos no assoalho escuro dos corredores e mais dez passos sobre aquele carpete num tom vinho. Repetia a sequência incansavelmente até que minha mãe gritou:
- Vince! Você quer enlouquecer, menino? Quando é que vou poder me tranquilizar e ter o prazer de vê-lo agir como um uma pessoa normal? Vá para o seu quarto, quando seu pai chegar eu te chamo. Hoje ele virá para o jantar.

Meu pai passava tanto tempo fora de casa que para mim, era como se ele fosse um estranho, definitivamente. Quando mamãe dizia que ele estava no trabalho, mil coisas passavam em minha cabeça, o que será que ele fazia? O diálogo não permanecia por muito tempo em minha casa, eram apenas monólogos e mais monólogos.
Por um momento, subindo as escadas, imaginei como seria se ao invés de passos, eu simplesmente flutuasse até o topo, sem fazer esforço algum.

Não demorou muito até que meu pai chegasse e todos nós, o que eu quero dizer os três somente: ele, minha mãe e eu, nos pusessemos à mesa para mais uma noite onde o som irritante dos talheres batendo contra os pratos começaria.
Nesse dia em específico, pela primeira vez, minha curiosidade falou mais alto, me encorajando à chamar a atenção de meu pai:
- Pai?
Ele apenas me encarou, e naquele momento engoli a pergunta! Ele voltou à comer.
Pensei duas vezes se deveria ou não fazer a pergunta, provavelmente eu estava com medo que a reação dele não fosse tão agradável. Alguns segundos perdido em minha dúvida, tornei à chamá-lo:
- É... pai?
- O que foi? - ele me encarou.
- O senhor passa todo o dia fora...
- Trabalhando! - completou, me interrompendo.
- Isso, trabalhando. É... o que o senhor faz? Quero dizer, com o que o senhor trabalha?
O silêncio pairou, meus pais se olharam desconfortáveis com a pergunta, e minha mãe que sempre tomou a frente de tudo, fez com que minha pergunta fosse anulada.
- Seu pai esteve fora o dia todo, deixe-o comer sem ser perturbado. Encha a boca com comida para não ter perigo de surgir o mal da curiosidade, Vince!

Me senti um idiota, eu não deveria ter falado nada... ou deveria? Que mal eu estaria fazendo em perguntar algo tão simples e inocente? Provavelmente eles temiam que com uma simples resposta o assunto se aprofundasse ainda mais.
Dormi cedo, antes das 21h já havia pegado no sono.

Exatamente as 08h da manhã, minha mãe me chamava para tomar chá com biscoitos e torradas, com o creme de nata que ela mesmo preparava. Acordei uma hora mais cedo como de costume, era segunda-feira, minha professora viria para mais uma aula.
Recebia aulas três vezes por semana, e elas duravam em média de duas a três horas.
Nunca entendi bem o motivo de eu não ter permissão de ir à escola como os outros meninos, sempre que eu questionava minha mãe, ela se alterava e pedia para que eu não entrasse mais nesse assunto. Ela me dizia que o mundo não era seguro e que queria apenas me proteger!
Mamãe costumava ficar por perto quando minha professora estava em casa, provavelmente com medo que a Sra. Lourdes me ensinasse algo errado, ou qualquer outra coisa que ela realmente não queria que eu descobrisse.
A campainha tocou, inevitavelmente minha mãe teve de sair da sala onde eu estava estudando para atender a porta.
A Sra. Lourdes me elogiou por minha caligrafia estar melhor e completou:
- Antes que eu me esqueça, trouxe algo para você, Vince.
Ela tirou de sua bolsa um livro.
- Para treinar a leitura quero que leia esse livro, não é tão grande, provavelmente você termine em dois ou três dias, vai depender do teu comprometimento, ele conta uma grande lenda da nossa região e creio que você achará muito interessante. - afirmou ela.
Coloquei o livro junto aos meus cadernos e então nos despedimos.

Subi as escadas no mesmo ritmo de piscadas que dava com os olhos. No corredor, como de costume, bati a mão na maçaneta da porta do quarto de meus pais e estava trancada, como sempre.
Resolvi ler o livro que minha professora havia me dado, mas fui interrompido por minha mãe.
- Vince, graças aos céus teu pai conseguirá vir hoje novamente, vou te pedir para não fazer perguntas impertinentes. Ele trabalha bastante e eu não o quero mais nervoso como de costume. - me repreendeu.
Assim que ela saiu, encostei a porta e analisei bem a capa daquele livro, parecia bem diferente dos que eu tinha em meu quarto.

"A história por trás de ERHOS"

Erhos era o nome de onde eu morava, estudei isso em Geografia, o que de tão interessante poderia ter acontecido para que fizessem um livro com esse título?


Notas Finais


Por favor, favoritem, compartilhem, divulguem para o projeto continuar,

Atenciosamente - Vagner La Luna Júnior;


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