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História Temptare - Imagine Jungkook - VIII. o troco


Escrita por: goddess-lilith

Notas do Autor


OIE AMORES, como estão? espero que estejam bem. preparei esse capítulo aqui, bem especial, soft e hot ao mesmo tempo, vamos ver o que vocês vão achar.
boa leitura <3

Capítulo 8 - VIII. o troco


Fanfic / Fanfiction Temptare - Imagine Jungkook - VIII. o troco

S/N's POV

— VOCÊ PERDEU A CABEÇA? — eu ergui a voz, perdendo a paciência com a situação toda. Jungkook estava claramente afetado e tinha quase certeza absoluta que ele havia bebido antes de vir aqui. Esqueci por completo que muito provavelmente os arredores estavam todos voltados para este teatrinho patético alimentado por estes dois homens adultos. Fui acudir Taehyung, que fazia grunhidos baixos de dor. Seu rosto estava com a marca do punho de Jeon. Tae começou a rir, e depois virou para Jungkook.

— Tá vendo? Quando eu digo que você cava a própria cova e não me escuta. Aqui está um exemplo. — ele falou. Mesmo depois de ter sido agredido, Taehyung parecia calmo. Calmo até demais. Fiz sinal para o garçom me trazer gelo o mais rápido possível. Jungkook colocou a mão nas têmporas, enquanto cambaleava de leve. — Você tem que parar com isso. Agir como o adulto que é.

— Jungkook, não ouse sair daí. — ordenei, com a voz firme. Ele suspirou, colocando as mãos na cara.

Peguei o saco de gelo que o moço havia entregue e coloquei na bochecha de Taehyung. Acariciei seu rosto de leve por alguns segundos.

— Você pode me dar a chave do carro? — eu pedi para Taehyung. — Vou te levar até em casa e depois chamo um carro pro Jungkook. Você precisa descansar.

Taehyung assentiu. Ele não ia conseguir dirigir com um saco de gelo em mãos mesmo. Além disso, o soco foi realmente feio. Jungkook deveria estar carregado de raiva e insanidade quando fez isso. Peguei as chaves gentilmente de seu bolso e o puxei pela mão.

— Entra no banco do passageiro, por favor. — falei para ele, enquanto lhe encarava. Taehyung assentiu. — Jeon.

— O que foi? — o moreno grunhiu, agachando e ficando numa posição não muito favorável para uma conversa. Eu sabia que não iria conseguir resolver essa situação entre os dois sem manter a calma. Tive que tomar algumas ações completamente sonsas ao acaso e tratar Jeon como uma criança; afinal, ele estava bêbado.

— Vamos pra casa? — eu falei em um tom doce, fazendo Jeon levantar o rosto e olhar fixamente para mim. — Não vamos falar sobre isso hoje. Vou te levar pra casa e depois conversamos.

Ele fechou o rosto, em teimosia. Eu resolvi pegar sua mão e acariciar de leve, na tentativa de o trazer para realidade através de carícias. Eu não entendia o que se passava na cabeça desse garoto, mas tenho impressão que ele nunca faria isso se estivesse sóbrio. Jeon Jungkook não perde a cabeça e se rebaixa nesse nível.

— Tá bom. — Jeon concordou, ainda um pouco relutante. Eu respirei mais tranquila, vendo Tae no banco que ordenei. Puxei Jeon pela mão, o guiando até a porta de trás. Dei a volta no carro e entrei rapidamente. Nessas horas, ficar com esse vestidão era foda.

— Eu não quero ouvir um pio de vocês dois. Entenderam? — eu ordenei, olhando para o retrovisor vendo o reflexo de Jeon. Vi os dois assentindo, sem falar mais nada. — Ótimo. Vamos para casa agora.

Tirei os saltos, sabendo que não iria conseguir dirigir com isto. Coloquei o par de sapatos pretos no banco de trás ao lado de Jeon e dei partida no carro o mais rápido possível. Olhava de soslaio de vez em quando Taehyung e Jungkook. Os dois estavam imóveis, apenas piscando repetidamente e se distraindo com a vista lá fora. Melhor assim. É impressionante como dois homens não tem a capacidade de resolver uma situação por si mesmo. Tive que intervir e quase arranquei até meu último fio de cabelo perdendo a paciência com estes dois. Resolvi ficar calada, focando apenas na rua.

Eu sabia onde Taehyung morava graças a Jimin. Nós havíamos conversado durante essa semana, e ele chegou a comentar. Foi de grande utilidade, depois preciso agradecer. Em menos de 15 minutos estávamos no local desejado. Peguei meu celular da bolsa e já deixei preparado para pedir um Uber para mim e Jungkook.

— Eu posso deixar seu carro aqui na rua mesmo? — eu perguntei, olhando para Taehyung. Ele assentiu.

— Não se preocupe com isso. Vou te recompensar pelo estresse de hoje, ok? — Tae disse, olhando em meus olhos.

— Eu quem deveria dizer isso. Não queria estragar o jantar. — falei mais baixo, pensando que Jungkook poderia interferir. Porém, o moreno não estava nem prestando atenção. — Passa uma pomada pra melhorar e me dê notícias suas.

— Tudo bem. Boa sorte pra você, querida. — Taehyung me deu um beijo da bochecha, quente e rápido. Eu sorri, retribuindo a carícia. Peguei meus saltos no banco de trás e coloquei rapidamente enquanto Taehyung saía do carro.

Dei a volta e abri as portas do banco de trás. Jungkook estava em outra dimensão, quase dormindo. Tenho certeza de que ele não havia ouvido nadinha do que falamos nesses últimos minutos.

— Jeon, vamos sair do carro. — sussurrei com delicadeza para ele. Vi o moreno abrir os olhos, piscando repetidamente de um jeito desnorteado. Ele assentiu, se movendo lentamente para fora do automóvel.

— Se cuide, Taehyung. — falei, enquanto dava um abraço de despedida nele. Tae retribuiu, me segurando forte com suas mãos firmes. — Assim que puder, vou passar aqui.

— Tudo bem. Se cuida também. — ele sorriu, delicadamente. Eu acenei, vendo ele abrir o portão de sua casa que não era nada diferente do gosto refinado dele. Pena que o clima não me proporcionava reparar nos detalhes meticulosamente. Desbloqueei o celular, enquanto Jungkook estava do meu lado com as mãos no bolso olhando para o nada.

— Como está se sentindo? — questionei. Jeon olhou para mim enquanto o vento batia em seus cabelos brilhantes, fazendo seus brincos grandes balançaram também.

— Zonzo. Um pouco enjoado. Queria não ter saído de casa hoje. — ele falou, olhando para baixo. Jeon parecia estar carregado de vergonha, escondendo seu rosto.

— Vai melhorar. Já chamei nosso Uber. Vamos para a minha casa, ok? — disse. Os orbes negros de Jungkook me fitaram por alguns segundos, de canto, enquanto assentia. Ele não parecia estar fora de si. Céus, me pergunto às vezes por que fui aceitar tudo isso. Quem diria que Jungkook ficaria tão irritado e magoado? Ele me deve uma boa nota de esclarecimento e um pedido de desculpas digno a Taehyung. Mas tudo bem, porque eu já tinha um plano em mente. Não seria vingança, porém digamos que a frase "vingança é um prato que se come frio" poderia se aplicar corretamente à minha situação.

Respirei fundo, fitando minha tela de bloqueio do celular. Era um céu estrelado e nada além disso. A rua estava extremamente silenciosa, por sorte. Meus pensamentos voaram para as pessoas que assistiram todo este drama no camarote. Que vergonhoso. Com certeza o pior vexame que já passei. Espero que tudo isso no final valha a pena.

Depois de alguns segundos fora de órbita, prestei atenção no que Jungkook estava fazendo. Ouvia alguns ruídos vindo de sua direção. Conseguia quase sentir o choro preso em sua garganta. Me aproximei mais dele, colocando a mão gentilmente em suas costas. Via as lágrimas rolarem por suas bochechas, quentes e rápidas. Ele olhou de soslaio, percebendo que eu já havia notado este momento de fraqueza.

— Você vai fingir que isso nunca aconteceu. — Jeon falou, fungando. Eu passei o polegar por sua bochecha, tentando ajudar a limpar seu rosto. Ele fechou os olhos, suspirando fundo.

— Não se preocupe. Seu segredo está seguro comigo. — eu sussurrei, enquanto o moreno soluçava baixo. Não pude evitar de sentir pena dele. Foi extremamente imaturo, mas consigo imaginar exatamente a culpa que ele sentia, porque eu já me senti assim em situações parecidas. Continuava passando os dedos por seu rosto, enquanto o coitado chorava aos prantos.

— S/N, eu não deveria ter feito tudo isso. Preciso pedir desculpas para ele agora. — Jeon falou, começando a alterar seu tom de voz enquanto andava em direção ao portão de Taehyung. Entrei na sua frente, na tentativa de segurar sua figura alta.

— Nada disso, Jeon. — falei, de modo firme. — A gente vai entrar no Uber e vamos para minha casa. Taehyung vai ficar bem e você se desculpa depois.

Jungkook ficou parado, apenas soluçando. Eu mantive minhas mãos em seu peitoral, apenas olhando para seus olhos fixamente. Tomei a coragem de lhe acolher com um abraço, na investida de acalmar seus nervos. Ele cedeu, suspirando forte. Não me abraçou de volta, mas inclinou sua cabeça em meu ombro; sentia suas bochechas úmidas encostar em minha pele. Sua respiração acelerada ia se acalmando com passar do tempo. Corri meus dedos pelos fios negros de seu cabelo, fazendo um cafuné em Jeon. Ele parecia mais calmo, e coincidentemente, o carro chegou no momento certo.

— Venha, vamos descansar lá em casa. — eu sussurrei em seu ouvido, enquanto ele fungava aceitando. Jeon se dirigiu à porta do carro, entrando rapidamente. Eu o segui, sentando no banco de trás do seu lado.

Cumprimentei o motorista com um sorriso amarelo. Ele acenou com a cabeça, olhando pelo retrovisor. Confirmamos o endereço, enquanto Jeon se manteve de cabeça baixa e olhos fechados. Resolvi não mexer nele e o deixar descansar um pouco. Sua cabeça deveria estar a mil ainda, pensando em tudo que deveria e no que não.

Em alguns minutos, já estávamos na frente do meu apartamento. Executei o pagamento da viagem, enquanto Jungkook já saía do carro, com os passos incertos. Fui até ele colocando seu braço ao redor de meus ombros, para poder auxiliar sua movimentação e evitar futuros desastres porque, né, ele estava bêbado. Mal conseguia andar sozinho sem cambalear pelo menos umas três vezes a cada passo. Andamos em silêncio da portaria até  o andar do apartamento.

Me desprendi de Jeon para poder abrir a porta com mais firmeza. O moreno encostou os ombros na parede ao lado, enquanto eu pegava aa chaves na bolsa o mais rápido possível.

— Pronto. Jeon, fica sentado aqui no sofá. — eu larguei a bolsa na mobília do lado esquerdo, direcionando Jungkook até o móvel mais próximo. Ele sentou, com calma. Inclinou a cabeça para trás enquanto respirava fundo. As lágrimas de suas bochechas haviam secado. Me aproximei dele, sentando na ponta do acolchoado. — Você quer vomitar? Tá enjoado?

— Não. Só preciso beber água. As coisas estão começando a parar de girar. — ele falou, enquanto massageava as têmporas com cuidado. Jogou seu cabelo para o lado, e voltou a me fitar.

— Eu vou me trocar e já volto para cuidar de você. — disse, enquanto coloquei a mão em seu ombro na tentativa de acalmá-lo. Levantei bruscamente, porém senti as mãos de Jeon me puxarem em uma fração de segundo. — O que foi?

— Não tira o vestido não. Você está linda. Linda demais. — ele falou, dando um sorriso bobo. Não pude evitar de conter a euforia. Quem diria que ele só admitiria isso sob os efeitos da bebida. — Está parecendo uma princesa. Melhor, uma rainha.

— Que exagero. — revirei os olhos, sorrindo. Jeon acariciou minhas mãos com o polegar, carregando umas tatuagens. — Tá, vou só tirar os sapatos.

Voltei a me sentar do lado dele, enquanto tirava delicadamente o salto alto. Jesus, como eu não havia ficado com dores ainda? Foi um verdadeiro milagre. Jeon fungou, enquanto se aproximava de mim. Senti sua respiração no meu pescoço, ao perceber que ele se encostava no mesmo.

— Está melhor? — perguntei, ao mesmo tempo que olhava de canto para o moreno. Ele assentiu com a cabeça.

— S/N, fica aqui comigo. — ele resmungou, enquanto se separava de mim e virava meu rosto em sua direção. Jeon Jungkook mantinha a mesma expressão de um cachorrinho sem dono. Os orbes castanhos cintilavam, parecendo uma jabuticaba. Seus lábios vermelhos estavam semiabertos, levemente umedecidos, quase implorando por um beijo. — Não vai embora.

— Não vou, eu prometo. — eu falei, sem tirar os olhos dos dele. Jeon passava a mão por meu rosto e eu sentia as joias gélidas em seus dedos no contraste de minha pele quente. Ele baixou o olhar para minha boca, enquanto devaneava em sua cabeça. — Mas preciso pegar água para você. Quero que você fique bem.

— Só vou ficar bem quando sentir seu corpo no meu. — Jeon sussurrou, levantando o olhar para mim. Pisquei repetidamente, um tanto quanto paralisada. Era realmente difícil recusar uma proposta dessas, ainda mais sabendo que ele precisava de colo. Porém, o moreno estava bêbado. Não iria fazer absolutamente nada com ele. Era como se estivesse inconsciente. Meu caráter não me permitia isso. — Eu preciso de você aqui comigo.

Jeon encostou a palma de sua mão em minha bochecha. Eu sentia seu toque quente e sereno entrar em contato com minha pele, trocando energias constantemente. Ele vibrava desejo, do modo mais puro e genuíno. Dizem que as pessoas ficam mais sinceras quando bebem. Até que isso faz bastante sentido com ele. Ficamos em silêncio, enquanto aproveitava o contato com ele. Jeon se inclinou mais, com certa proximidade de minha boca.

— Jeon, você sabe que não está bem o suficiente para fazer qualquer coisa envolvendo isso. — eu sussurrei, tentando ser o mais delicada possível. Não queria causar intriga, mas sabia que se fizesse algo com ele neste estado, me culparia até o fim de minha vida mesmo com ele dizendo que está com toda a vontade do mundo.

— Acredite em mim quando eu digo que te desejo. Te desejo mais que tudo. Sentir seu calor, o quanto você me quer de volta. — ele suspirou, sussurrando em meu ouvido. Senti um arrepio percorrer meu corpo. — E eu estou com vontade de abrir mão de todo o meu orgulho para me entregar por inteiro para você. Me torne seu submisso.

Só pode ser brincadeira. O diabo está especialmente me tentando hoje.

— Eu estou falando sério. — relutei, me afastando para poder olhar em seus olhos. Os cabelos negros de Jeon caíam harmoniosamente em seu rosto, o que lhe deixava mais irresistível ainda. — Você não está consciente. — eu falei. Jeon soltou uma risadinha, sorrindo de canto.

A primeira oportunidade que teve, se aproveitou dela. O moreno me puxou, enquanto ele caía no sofá e eu usava meus braços para apoiar na tentativa de não cair em cima dele. Fiquei observando como ele ficava bem com os fios castanho escuro para trás e um sorriso brincalhão nos lábios. Sua respiração estava em sincronia com a minha.

— Você tá doido? — eu sussurrei, em irritação. Jeon apenas continuou rindo da minha cara, de modo perverso.

— Eu estou. Doidiiiinho por você. — Jeon disse, proferindo as palavras de modo embriagado, ao mesmo tempo que vacilava em algumas sílabas. — Por que você não me torna seu logo? Han?

— Eu não jogo sujo. Quando lembrar de tudo isso, vai ficar perturbado e vai me atormentar até o fim da vida. Eu percebi já como você é. — respondi incomodada. O pior de tudo é saber que isso nunca iria acontecer se Jeon não estivesse no efeito de bebidas. — Me deixa pegar a droga da água. Além disso, você precisa tomar um banho.

— Você vai me dar banho, S/N? — ele continuou rindo, feito um idiota. — Mas você não vai poder olhar para mim, vai ter que ficar de olhos bem fechaaaados. — ele cantarolou, tocando meu nariz. Maldito Jeon Jungkook.

— Você pode fazer isso sozinho. — me reergui, colocando equilíbrio em meus joelhos. Puxei o vestido, com uma cara fechada. Jeon veio engatinhando até mim, com um olhar repleto de tentação. Me fitou dos pés à cabeça, me atormentando para ceder.

— Mas eu quero você. — ele resmungou, enquanto ficava de pé, na altura de minha visão. Sentia sua respiração quente bater em meu pescoço novamente; suspirei em agonia. Seus dedos correram por minha coxa, na fenda que havia no vestido. Ele passou a língua pelos lábios, de um modo provocativo. Só conseguia reparar no calor da ponta de seus dedos, cobertos por tatuagens. — Sabe que eu não sou de ficar assim. Só que você está sendo muito difícil de resistir, sabia?

— Eu sei muito bem, Jeon. — limpei a garganta, falando sem medo. — Eu sei porque eu sinto o mesmo, mas não podemos ficar brincando desse jeito.

— Então por que você brinca com a minha cabeça assim, baby? — ele ergueu uma sobrancelha, articulando com sua voz grossa em um sussurro capaz de estremecer o corpo todo. — Você vai agradecer todos os dias quando eu puder te foder.

— Jeon... — eu suspirei, sem saber o que fazer. Fiquei alternando minha visão entre seus olhos e sua boca, tão bem desenhada. — Você não está cooperando comigo.

Ele olhou bem fundo, enquanto eu piscava repetidamente. Segurou meu pescoço com sua mão direita, passando o polegar por meus lábios. Em seguida, foi em direção de meu pescoço, porém não fez nada. Me fez sentir sua respiração forte, que me causava arrepios. Depositou alguns beijos, longos e delicados sobre o local, me deixando sem escapatória. Segurei um gemido, evitando dar brechas para que ele me torne mais vulnerável.

— Acho melhor você sentar quietinho aí. — ameacei, lançando um olhar mortífero para o moreno. Ele se afastou de meu pescoço com um sorriso diabólico, enquanto subia a mão por minhas curvas.

— Ou o que? Vai me bater? — Jeon provocou inclinando sua cabeça levemente para trás, delineando seu maxilar. Sem pensar duas vezes, levantei minhas mãos até seu pescoço com as veias levemente saltadas. Me certifiquei de que não fechava nenhuma passagem de ar, posicionando bem o polegar. Ele perdeu o equilíbrio, até desabar no sofá como um boneco.

— Melhor você tomar cuidado com o que faz. — eu disse, com o rosto sério. Ele se ajeitou no móvel, afastando as pernas levemente de um jeito extremamente atraente e convidativo. Eu certamente não faria nada indecente com Jeon Jungkook no momento, mas isso não me tirava o direito de provocá-lo de volta. Abri as pernas delicadamente, levantando o joelho esquerdo e esfregando com suavidade em sua região íntima, sentindo o tecido de sua calça.

— Engraçadinha. — Jeon falou, sem tirar o sorriso provocativo do rosto. Seus olhos cintilavam em excitação. Ele formou uma expressão superficial de prazer, revirando os olhos de leve para me estimular. — Me provoca mais que eu gosto.

— Fica quieto. — rosnei, ordenando para o moreno.

Ele jogou o cabelo para o lado, me devorando dos pés à cabeça. Era tão nítido ler seu comportamento corporal, que parecia até invasivo. Ele transparecia tanto seu desejo e isso me excitava muito. Deus, como era difícil resistir. Fui andando até a cozinha, pegando um copo de água rapidamente. Jeon se manteve imóvel enquanto isso.

— Toma aqui. — trouxe o copo e entreguei em suas mãos.

Ele teria que beber mais alguns até dormir. Mas como ele disse que não estava enjoado, acho que seria um pouco mais fácil. Jungkook continuou me fitando, e imagino que deveria estar pensando em mais atrocidades na sua mente. Olhei pela janela. Não fazia ideia de que horas eram e nem dava bola para isso.

— Me ajuda a levantar. — ele pediu, erguendo os braços. Eu o puxei com delicadeza, deixando ele de pé. Jeon era bem mais alto que eu. Ele deu alguns passos, cambaleando menos do que antes.

— Logo logo vai ter que comprar roupas reservas para deixar aqui. — eu resmunguei, enquanto o guiava para o banheiro.

Tsc, para com isso. — ele sorriu de novo. O que o efeito do álcool não fazia, não é?

— Eu posso te ajudar, mas não pense que vou fazer coisas indecentes contigo. É como dar banho em uma criança, mas você lava as suas partes. — falei, enquanto deixava Jeon na porta do banheiro. Corri para pegar toalhas a mais em meu quarto.

— Tá bom, mamãe. Você é muito chata. — ele fez bico, enquanto olhava para o cômodo. Tentei ser o mais rápida possível para encher a banheira enquanto ele se distraía com o batente da porta.

— Vai me agradecer por isso. — fui ver a temperatura da água. Estava boa o suficiente. Pendurei a toalha em um local estratégico para que não tivesse mais contato visual desnecessário. Também trouxe um banquinho que iria me auxiliar. — A propósito, o que você bebeu?

— Whisky? Não sei. Bebi tudo que vi pela frente. No começo achei que ia dar bom. — ele respondeu, enquanto tirava os sapatos. — Mas esqueci que não sou muito bom com essas coisas.

— Boa observação. — falei.

Jeon tirou a jaqueta e entregou para mim. Depois, tirou a camisa, exibindo seu peitoral e abdômen definido. Evitei não o fitar demais, para não haver desconforto. Peguei a camisa, enquanto olhava de soslaio seu braço todo fechado em tatuagens. Céus, isso era muito atraente.

— Olha, eu vou virar de costas. Você tira a sua roupa íntima e entra na banheira. Eu vou ficar atrás de você. — eu falei, tentando apenas olhar para a face de Jeon, mas seu corpo era uma distração e tanto.

— Sem problemas. — ele sorriu de um jeito bobo. Já perdi a conta de quantos sorrisos o álcool arrancou de Jungkook. Virei de costas, esperando que Jeon se despisse rapidamente.

— Posso virar? — eu perguntei, nervosa. Deus, como isso era constrangedor.

— Pode. Já estou aqui na banheira. — Jeon falou. Virei delicadamente, vendo apenas suas pernas esticadas e suas costas bem delineadas graças aos seus músculos.

Sentei no banquinho, afastando a cauda gigante do vestido que tem sido um grande pé no saco nas últimas horas. Pelo menos eu estava bonita. Peguei um pouco de água — já que Jeon estava sentado quase no meio da banheira — e joguei suavemente nas costas dele. Percebi que o moreno havia estremecido de leve, provavelmente porque estava com um pouco de frio. Reparei que seus músculos estavam menos tensos.

— Você está melhor? — ensaboei suas costas, passando os dedos gentilmente por cada parte. Observei com mais atenção os desenhos em seu braço direito. Eram tantos, e não havia visto com tantos detalhes.

— Estou melhorando. — ele grunhiu, enquanto via o ritmo de sua respiração por seus ombros. — Já não sinto tanta tontura.

— Ainda bem. Posso fazer um chá assim que sair e você vai dormir bem. Amanhã só vai sentir algumas dores de cabeça. — disse, enquanto subia as mãos até seus ombros. Joguei mais água, tirando o sabão de suas costas.

Jeon pediu o sabonete, e eu entreguei para ele. Provavelmente ia lavar as partes da frente. Olhei para o lado, tentando evitar mais nervosismo da minha parte. Era a primeira vez — e com certeza a única — que isto acontecia na minha vida. Esperei alguns segundos, até que ele me passasse o sabonete de volta.

— Você pode lavar meu cabelo? — ele perguntou, sem se virar.

— Claro. — eu respondi, enquanto molhava os fios negros de Jeon. Enquanto isso, procurava o shampoo nas prateleiras de cima, de fácil acesso. Ensaboei seu cabelo com cuidado, massageando cada local. Já estava me sentindo muito mãe depois de tudo isso.

— Estou começando a ficar com sono. — Jungkook grunhiu, com a voz baixa e serena.

— Você consegue terminar aqui enquanto eu vou fazer o chá? — eu perguntei, enquanto tirava a água de seu cabelo. — Só faltava o condicionador, isso se quiser.

— Vai lá, relaxa. — ele falou. Senti por seu tom de voz que ele estava dando um sorriso enquanto falava. — Eu termino aqui.

Assenti, enquanto saía do banheiro e encostava a porta. Pelo menos me livrei daquela situação. Não que tenha sido muito ruim e eu tivesse odiado, mas fiquei com muito medo de invadir o espaço pessoal de Jeon. Mesmo que ele estivesse alguns níveis bêbado, pensei que algo poderia dar errado. Enrolei a barra do vestido em minhas mãos e fui andando até a cozinha, fazer o chá.

Aproveitei e fiz um para mim também. Sorte a minha que já não estava explodindo de enxaqueca depois de tanto estresse. Depois de alguns minutos, estava com duas canecas nas mãos; andei em direção do banheiro e bati na porta.

— Já terminou, Jeon? — perguntei, esperando pela resposta. — Ah, eu acho que eu tenho aqui as roupas do dia que dormi na casa de Jimin. Eu lavei para devolver, mas você pode usar. — fui até o quarto, abrindo o guarda-roupa.

— Terminei de me secar. Posso ir até o quarto? — ele espiou pela fresta da porta. Seus olhos de jabuticaba estavam com um certo brilho. Parecia uma criança.

— Pode. Deixei sua caneca de chá em cima do gaveteiro aqui. Senta na cama e toma com calma depois de se trocar. A roupa está aqui. — eu fiz sinal, deixando a muda de roupas em cima do colchão. Ele acenou com a cabeça, fazendo um sinal de joia.

— Ei, vem aqui. — ele pediu. Eu me aproximei, arqueando as sobrancelhas em confusão.

— Diga. — eu falei, olhando para Jeon no espacinho que nos separava. Os olhos dele piscavam repetidamente. Parecia que estava passando. Amanhã ele iria acordar muito melhor.

— Muito obrigado. Ninguém não cuidava de mim assim faz um tempão. — Jeon admitiu. Consegui enxergar em seus orbes a emoção de afeto e gratidão que expressava.

— Não se preocupe. — eu dei um sorriso depois de um longo tempo, contornando a caneca com os dedos. — A confusão me envolvia também. Eu tinha que cuidar de você. — admiti. Ele respondeu com um sorriso, mostrando seus dentinhos.

Fui até a sala e sentei no sofá, soltando um suspiro de cansaço. Cada parte do meu corpo estava dolorida, mas acho que isto é mais do psicológico. Dei alguns goles no chá, deixando o líquido quentinho aquecer meu corpo. Precisava trocar de roupa também. Esperei uns 5 minutos, até que percebi Jeon andando lentamente até o cômodo. Ele estava com a camisa preta e larga, exibindo algumas das tatuagens que tentam meus sonhos e me fazem babar. Estava com os cabelos molhados, o que lhe tornava imensamente mais atraente do que o normal. Jeon chacoalhou os fios negros bagunçando-os, enquanto olhava para mim. Conseguia sentir aquele cheirinho de "acabei de sair do banho" que era tão adorável.

— Você se importaria de dormir comigo?

 


Notas Finais


ele até que é fofo quando quer, não é? OU É SÓ O ÁLCOOL KKKKKKK
maldito jeon jungkook que brinca com a gente >:(


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