História Tenerife Sea - Real x Barça

“Não gosto do jeito como ele está te olhando

Estou começando a achar que você também o quer

Estou louco? Por acaso te perdi?

Mesmo sabendo que você me ama

Não consigo evitar (...)

Não é sua culpa que dêem em cima de você

Não quero ser desrespeitoso

Mas tenho o direito de ficar bravo

Ainda sinto ciúmes”

-Jealous 

-Esta ficando tarde. – sussurrei em seu ouvido.

-Qual o problema? – perguntou, acariciando meus cabelos. 

-Você tem que me levar em casa! – falei.

-Não. Você vai dormir aqui hoje! – afirmou. E eu sai daquela posição o encarando. 

-Como que é? – perguntei incrédula. 

-Pra você não reclamar, Salomé dorme com a gente, chata. – falou e arqueei a sobrancelha. – Eu estou sendo bonzinho e respeitador... – falou, e eu ri. 

Descemos e James pegou a Salo em seu quarto. Por mais que eu já tenha dormido com James, no mesmo quarto no acampamento, eu não vou dormir na cama dele. 

James me entregou uma camisa, que ficava um vestido em mim. De início recusei, mas peguei a camisa de sua mão.  Troquei de roupa e bem, a camisa era confortável e tinha o cheiro de James nela. James deitou em uma ponta e eu na outra, e Salomé no meio, já que eu insisti. 

Peguei no sono bem rápido, com James mexendo em meus cabelos não seria tão difícil. 

[...]

Forcei meus olhos a abrirem, encarando o teto branco por um tempo. James e Salomé dormiam de uma maneira tão fofa. Eles eram bem parecidos. Além da personalidade parecida. Eu me levantei, os observando de cima. Sorri ao vê – los. Entrei no banheiro, e troquei minha roupa. Por mais que, eu não queria tirar aquela camisa de James. Ela tinha seu cheiro. E eu vou ficar com ela. Sai do banheiro, e James estava sentado na cama. Sem camisa, cabelos bagunçados e uma carinha de sono engraçada, um tanto fofa. 

-Bom dia! Vou ficar com sua camisa, espero que não se importe. – falei passando em sua frente. 

-E mais uma vez você acordou.  – murmurou. 

-Qual o problema? – perguntei.

-Quando você está dormindo, você parece tão minha. – falou e me surpreendi com suas palavras. A minha vontade era falar: “mas eu sou sua! Estou aqui, aqui e agora.” Mas não. Apenas dei de ombros. 

[...] 3 dias depois [...] 

-Vamos, Salo! – falei. Salomé estava aqui em casa. Como James tinha jogo, eu me disponibilizei em ficar com a mesma, e Leva-la Ao estádio. Arrumei a mesma, depois de já estar arrumada, eu vestia minha blusa Rosa do Real, com o número de James.

-Qual blusa eu vou?! – Clara perguntou, entrando no quarto com as duas camisas: uma do Real Madrid de Marcelo e do Barcelona, do Neymar. 

-Você vai ficar na torcida comigo, então põe a do Real! – falei.

-Não vou por nenhuma! Vou com uma blusa qualquer! – jogou as camisas na cama, e pegou uma blusa qualquer em seu guarda – roupa

Peguei Salomé no colo, e desci para esperar Clara no carro. Se eu não saísse, ela não sairia. Julia havia ido antes, já que ela era a Jornalista. Clara não demorou muito para aparecer lá em baixo. 

[...]

-Não me canso desse som! – Clara falou assim que encontramos nossos assentos. Bem perto do Campo. Era impossível se cansar mesmo. A torcida do real cantando era uma coisa única. E muito bonita de se ver e escutar. A última vez que vi James foi hoje mais cedo, e ele estava bem nervoso, tipo nível crítico de nervosismo. Também, eles vão enfrentar o Barcelona. Um clássico e um jogão de fazer todos pararem para assistir. 

James estava lindo com o uniforme branco. Ele sempre está lindo. Apontei James para Salomé que mandou um tchausinho, seguido de um Beijo que o James mandou para nós. Depois de seu ato, um enorme sorriso brotou em meu rosto. Inevitável. 

O jogo estava puxado, e eu estava quase arrancando meus cabelos junto com Clara. Todos finalizavam bem, e levavam sufoco pro time adversário. Clara não sabia para quem torcia e isso era um tanto engraçado. 

O primeiro tempo acabou no 0x0 chato. Se James não estava com uma cara boa antes, agora então. Ainda temos 45 minutos para fazermos um gol. É só ter calma. 

[...]

-GOOOOL – gritei. Cristiano fez um gol de falta levando o estádio todo a loucura. 

O Barcelona começou a pressionar e parecia que a qualquer instante, eles fariam um gol. Assim como eu, Salomé estava inquieta. Eu estava torcendo para o jogo acabar logo. O Real estava ganhando e se acabasse agora, vitória para nós. 

Por mais que eles tentassem, eles não conseguiram. Agora sim, James sorria.

1x0 Real Madrid. 

-Vamos no vestiário! – Clara falou me puxando.

-Esta maluca? – perguntei enquanto andávamos pelos corredores. Ela simplesmente continuou a me puxar, adentrando os corredores. Mas por um momento nos separamos. Ela entrou na parte do Barcelona. Eu não entendi muito bem, mas preferi relevar. 

-Perdida aqui? – A figura loira se encontrava parada em minha frente. Neguei. – Filha de James? – perguntou apontando para Salomé que estava em meu colo.

-Sim. – Fui breve. 

-Poderíamos marcar alguma coisa qualquer dia desses... – colocou a mão no bolso da calça,  encostando na parede. 

-Tudo bem. – falei calma. – Eu te passo meu telefone depois. 

-Por que não agora? – perguntou. 

-Porque não. – A voz de James soou um pouco mais atrás de mim, rude. Virei meu rosto para olha-lo. Ele ainda estava de uniforme e soado. 

-Qual é James! Pelo que eu saiba você é casado! – Matheus provocou. 

-Não se meta na minha vida! – James retrucou.

-Da para vocês pararem? Duas crianças. – falei revirando os olhos. 

-Te vejo depois, Soph! – Matheus deu um beijo em minha bochecha e saiu. James deu as costas e saiu andando.

-Não me deixa aqui SOZINHA – reclamei para ele que parou.

-O que eu falei para você?  Longe do Matheus! LONGE! Quer que eu desenhe! – perguntou debochado.

-Não estou entendendo o ciúme! Não sou nada sua! – James ficou com mais raiva ainda. Eu não queria brigar com ele ali. Salomé ainda estava em nosso meio, mas as palavras iam saindo sem nem perceber.

-Nada minha? Você ainda vai ser MINHA! – disse com raiva entrando no vestiário. Dei de ombros, me sentando no banco próximo ali.

Point Of View Clara 

Caminhei pelo vestiário na tentativa de encontra – lo. Ele mesmo me pediu para ir, e cá estou eu. O ruim é ter que ficar sem ele. O mesmo já vai embora. Queria poder guarda – lo num potinho . Para que quando eu precise sorrir, apenas vê – lo sorrir. 

-Me procurando? – sua voz doce se fez presente. Juninho. Assenti. – Podemos pular essa parte chata? – perguntou e eu ri. Ele me puxou, me prendendo na parede, juntando nossos lábios. Passei meus braços entrelaçando – os em seu pescoço. 

Escutei um pigarreio e parei o beijo. Me virando. Sou curiosa gente. Mas talvez eu não devia ter parado.

-Mais respeito com o ambiente! – Marcelo falou cruzando os braços, bem bravo. – Se peguem em outro lugar! 

-Qual é cara, nunca ligou pra isso! Parece até que não me conhece. – Juninho falou. 

-Agora eu ligo! E parem por favor. Quer dizer, parem! – falou indiferente.

-Ih parece que nem me conhece!  Tá me extranhando? – Neymar perguntou. Marcelo estava começando a ficar mais alterado.

-Extranhando? Você não merece ela! – Falou. E eu arqueei a sobrancelha. 

-Juninho, é melhor pararmos. Aqui realmente não é muito legal... e Marcelo pare com seu Show, por favor.– falei constrangida com o Show do Marcelo. Ele devia dar seus chiliques com outras. Não mereço ter que aturar isso. 

Point Of View Marcelo

Deixei o “casalsinho” lá e entrei no vestiário. Eu não culpo Clara por eu estar apaixonado por ela. Ela é linda, carismática, brasileira, extrovertida e muitas outras coisas. James também estava lá. Me sentei ao seu lado.

-Eu vi Clara se pegando com Neymar... – falei pro mesmo que parecia estar voando. 

-Corno sem nem estarem junto! – zoou.

-Para! – O empurrei. – Eu fiquei com ciúme e você aí me zoando! 

-Espero que não tenha batido nele!

-Quase... – falei. E ele negou rindo. – A Clara tem que ser minha, não dele! 

-Você com ciúme... isso é algo que não se vê todo dia. – falou.

-Sim. Eu com ciúme. 

Point Of View James Rodríguez 

Depois que Marcelo desabafou comigo, eu sai do vestiário. Sophia ainda estava lá. Ela é Salomé jogavam em seu celular.

-Eu.. – ela me interrompeu. 

-Aqui esta! Bom jogo! Até amanhã Salo! – deu um beijo em sua bochecha e deu as costas. Rolei os olhos. Tudo bem que a culpa foi toda minha, mas não é pra tanto também. 

-Calma aí,  Sophia! – gritei tentando alcança – lá. Eu nem sei porque brigamos. Puxei seu braço,  fazendo a mesma virar – se para mim. –Quer uma carona? – perguntei. 

-Não. Me deixa! – soltou seu braço e voltou a andar. Agir como uma criança e extremamente ridículo nesses momentos. E Sophia ama fazer isso. A deixei ir. Amanhã eu apareço em sua casa. De surpresa. Assim que eu gosto.