Me levanto cautelosamente da cama e visto um vestido branco e confortável. Verifico as horas e percebo que são 4:00 AM, o sol ainda não tinha nascido.
Desço as escadas e saio de casa. A rua estava vazia e mal iluminada, andei um pouco e ficava pensando no sonho que sempre tenho.
Fogo por todos os lados e pessoas correndo desesperadas, essa é a primeira visão que eu tenho. Mas, depois tudo fica calmo e eu vejo algumas árvores e depois ouço vozes tão calmas e relaxantes. Mas logo fico sozinha em um lugar que não faço idéia onde seja.
Eles me abandonaram, seja lá que foi.
Acordo para mim quando passo pelas plantações e vejo pessoas trabalhando. Eu as cumprimento acenando:
-Bom dia! --Logo elas devolvem sorrisos e acenam para mim.
-Oque faz acordada tão cedo?-- o Sr. Galliano me pergunta pondo o trabalho de lado.
-Não consiguia dormi, então vim tomar um ar. - respondi.
-entendo. Então, tenha um ótimo passeio!-- o Sr. Galliano acenou e voltou para o trabalho.
Segui em frente subindo um morro, quando finalmente cheguei.
O gramado acariciava meus pés nus, e o vento se encontrava com minha pele ao mesmo tempo que fazia meu cabelo dançar.
Eu estava na parte mais alta da cidade, onde não tinha nenhuma casa e era um cantinho que só eu conhecia. Dava para ver toda a cidade lá, incluindo o café/ bar do papai. O sol estava nascendo, dando seus primeiros raios de luz naquela manhã. Aos poucos ele se mostrava mais e mais, iluminando aquela cidade escura. Era fascinante vê-lo, o sol.
-É lindo...-- eu susurrei.
-nunca vi algo parecido.-- uma resposta veio, mas eu não esperava por ela. Me levantei com o susto e olhei para trás. Vi um ser alto e belo me olhando profundamente. Tinha cabelos negros e olhos esmeraldas, ele era simplesmente lindo.
-Ah! Desculpe, pensei que era apenas eu que conhecia esse lugar.--falei claramente assustada- bem, estou me retirando, com licença.
-Espere, não precisa se ir embora, estava apenas lhe observando.-- ele falou.
-Oque? Eu? --falei surpresa.
-Sim, mas não se preocupe, não vou lhe vender. Nem lhe sequestrar. --achei graça da expressão agitada dele.
-É ótimo ouvir isso!-- falei rindo. Ele me olhou surpreso e caminhou para meu lado.
-A vista daqui é bonita-- ele falou olhando para algumas casas.
-Concordo, esse lugar é incrível.-- respondi.
-Sempre vem aqui?-- ele falou.
-Quase sempre. E você? Como descobriu esse lugar?-- perguntei curiosa. Ele pareceu surpreso com a pergunta.
-Bem...--Ele soltou e tinha uma expressão nervosa.
-Espera, sera que você me seguiu?-- falei olhando para ele.
-Co-Como chegou a essa conclusão!?-- ele falou agitado e nervoso.
-Você está nervoso, então eu acho que veio a minha cabeça. --Respondi.
-Eu apenas vi você caminhando por aqui, então eu só estava curioso. -- falou corado.
-Entendo. Não se preocupe também sou curiosa.--admiti.-- um dia desses eu vi um amontoado de gente, e fiquei tão curiosa que decidi ver oque estava acontecendo. No final acabei gritando na frente de todo mundo.
-Vocês enfrentou o rei?--ele falou
-Hãn? Como sabe que eu enfrentei o rei?-- eu perguntei virando a cabeça rapidamente.
-Ah, eu ouvi algumas pessoas comentando... -- ele respondeu.
-Entendo.-- me perco por um momento e ele pergunta.
-Qual o seu nome?
-Eli. Eli Ullmann.-- respondi.
-É um nome belo. -- ele falou me dando um olhar calmo.
-Você não é daqui, certo?--perguntei.
-Como sabe?--ele falou com uma dúvida presente.
-Essa é uma cidade pequena, então nunca o vi aqui.
-Sou de Lirius, a capital do reino.--ele responde com rapidez.
-Sério? Que legal!--respondi com animação.
-Admito que é maior que essa cidade, bem maior.--ele falou.
-deve ser legal, ir para outro lugar... --falei olhando para o céu.
-Você nunca saiu daqui?
-Nunca. Eu gosto muito de viver aqui, mas eu sempre... eu sempre...-eu gaguejei.
-Oque?--ele perguntou.
-Eu sempre acreditei que havia algo que eu precisa ver, que eu precisava descobrir. E era algo que estava além desse lugar, além de mim, além de tudo aqui.--falei com a respiração um pouco acelerada.
-É algo grande.--ele falou me olhando como se eu fosse um pássaro numa gaiola.
-Sim, é por isso que tenho que realizar isso, seja oque for, eu farei algo bom para todos. Protegerei eles de alguma forma, e se ninguém for se arriscar para alcançar isso, eu me arriscarei.--falei com um sorriso nos lábios, olhando para a cidade e vendo a movimentação.
-É a primeira vez que eu ouço algo assim, você é um tanto interessante.--ele falou com um sorriso aberto.
-O-Obrigado.--falei corada.
-Bem, eu vou indo.--ele falou
-Ah, então tenha um bom dia.--falei, ele acenou e caminhou um pouco.- ah! Você não me falou o seu nome!
-Você não precisa saber agora.-- os olhos dele estavam brilhando, e em sua face tinha brotado o mais tímido sorriso. Ele estava mais belo que antes, se isso era possível. Ele se vira e me lança um último olhar antes de partir. Eu fico encantada por um momento, como se tivesse vendo a visão mais bela do mundo. Meu coração palpita e meus olhos desviam para o lado.
-Mas eu falei o meu, não é justo...--resmunguei. Fiquei mais um pouco perdida nos meus pensamentos.
-Ele era lindo...--falo corando.Enquanto eu falava com ele eu sentia um misto de emoções. E eu consegui distinguir algumas, a primeira: nervosismo. A segunda: alegria, e a terceira: dor. Eu tentei ignorar, mas era um sentimento tão misterioso. Só se podia ver um traço dessa dor, mas ela ao mesmo tempo parecia tão presente.
-Como um pássaro no céu azul...
Volto para casa e vejo papai arrumando as coisas e abrindo o café. Quando ele me vê corre em minha direção.
-Eli! Onde você estava?-- ele fala me abraçando.
-Desculpa, eu fui visitar as plantações.-- falo lhe devolvendo o abraço.
-Não saia sem avisar, você me deu um susto. -- ele fala colocando a mão na testa.
-Desculpe.-- falei.
-Ok, não faça mais isso. Bem, já vou abrir a loja, coloque o uniforme e vamos trabalhar.-- ele falou abrindo a porta.
-Sim.--respondo o seguindo.
Coloco o uniforme e atendo os clientes que chegam.
***
O papai fecha a loja e prepara as coisas para abrir o bar. O sol estava se pondo quando ouvimos um alvoroço na rua.
-Oque está acontecendo?- pergunto espiando pela janela.
-Seja oque for, é melhor ficarmos quietos. -- papai fala me empurrando para subir a escada.
-Não, eu tenho que ver oque há.-- falo e corro até a maçaneta da porta e saio de casa olhando para os lados.
-Eli!-- papai me segue. Quando vejo um monte de pessoas enfileiradas em cada lado da rua e no meio delas havia punhado de guardas em cavalos pretos, e só havia um cavalo branco. O inconfundível cavalo branco do rei.
Franzi minha testa e olho ao redor. As pessoas estavam cochichando e alarmadas com a chegada do futuro rei. As jovens davam gritinhos estridentes e ficavam pulando de um lado para o outro.
-O-Oque ele quer aqui?-- papai perguntou.
-Não sei.-- respondo.
Os olhos do rei procura alguém no meio das pessoas e todos pareciam confusos. Então, ele olha em minha direção e dá um sorrisinho familiar.
-Sra. Eli Ullmann, perdão por vir em seus aposentos sem aviso prévio.-- ele começa se aproximando com o cavalo.
-Oque? Eu? -- pergunto claramente surpresa.
-positivo. -- ele responde e papai me dá um passo a frente.
-Majestade, sou o pai da Eli.-- ele fala com uma voz firme.
-Sim, Sr. Ullmann. Prazer em conhecer-lo.- ele fala descendo do cavalo.
-Bem, serei direto. Essa jovem moça despertou minha atenção, por sua beleza e seu jeito. Então, quero lhe propor algo.-- o rei fala.
-E oque seria?-- papai pergunta com o mesmo tom firme de antes. O rei dá um sorriso de lado e cita as seguintes palavras:
-Eu quero fazer da sua filha a minha noiva.
-Hein?
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