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História Tentando conquistar Min Yoonji - Chapter 4 - Trouble


Escrita por: Choi_Shimizu

Notas do Autor


Oiêê o////
Voltei depois de tanto (nem tanto) tempo e com uma surpresa especial, espero que gostem!
Ah, e muito muito muito obrigada pelos mais de quarenta favoritos e para quem comenta, eu fico muito feliz, de verdade! O que vocês fazem me motiva profundamente!
Boa leitura o/

Capítulo 5 - Chapter 4 - Trouble


Fanfic / Fanfiction Tentando conquistar Min Yoonji - Chapter 4 - Trouble

A caneta estourada manchava de azul a carteira inteira. O líquido vazado escorria formando vários caminhos finos e terminava apenas quando alcançava o limite e caía no chão, pingando pouco a pouco. A tinta percorria livremente, pois já havia realizado sua maior missão: impedir a conclusão de uma ficha de inscrição. Ela não seria incomodada por ninguém por um tempo, pois, o que era supostamente importante, havia sido destruído sem nenhuma pena ou consideração.

A morena observava, gélida como a Antártida, a folia em cima de sua ficha, quase completada, e agora, completamente da cor azul marinho. A garota não conseguia acreditar no tamanho de sua sorte, era um sinal para que procrastinasse menos e agisse mais. Yoonji jurava poder conseguir ouvir seu pai dando risadinhas maléficas em sua casa, a quilômetros de distância do Infernato, e bufou, irritada com a ideia. Como se ela fosse parar com o que fazia de melhor na sua vida — depois de dormir, é claro —: perder seu tempo com coisas inúteis e empurrar todos os compromissos esperando o prazo limite chegar para que pudesse se mexer.

Cruzou os braços, estressada consigo mesma. A culpa era do lugar, como uma escola tão gigante podia ter uma internet tão boa? Ela estava sendo séria, o Infernato era suspeito por ter uma rede mais potente do que a que havia na casa dela. E, pensou Yoonji, definitivamente o causador de tudo isso foi Overwatch. Sim, aquele jogo maldito e estupendo, que rodava lindamente, cheio de gráficos bons e jogabilidade considerável. A culpa era toda dele, e da morena, por não ter jogado aquilo antes. Poderia passar horas sem perceber a passagem do tempo.

De qualquer modo, ela se afundou em Overwatch não só pelos lados positivos do jogo. Não, detestaria admitir, mas sua semana foi uma completa droga, e jogar tirava todo o estresse que a morena vinha juntando desde o Dia D. Este, incluindo os três acidentes ridículos dignos de um livro mequetrefe ou um shoujo clichê. Argh, ela sentia os pelos dos braços arrepiarem de desgosto e raiva por aquele dia, o qual decidiu dividir em três acidentes ridículos, mas que, infelizmente, tinham mesmo acontecido com ela.

O primeiro: Kim Seokjin. A primeira parte do Dia D que acarretou consequências durante toda a sua semana foi nomeada assim, pois esse era o nome do problema. O “conhecido” idol da Bangtan High School foi o começo daquela avalanche irrefreável. Sim, ele, Kim Seokjin, o mal em figura de gente. Ele parecia um garoto egoísta, escandaloso e metido, mas na verdade era muito, mas muito mais do que isso. Yoonji revirou os olhos para si. Estava citando Mean Girls? Aquilo não combinava com sua personalidade, só que nenhum outro filme parecia combinar mais com Jin do que aquele específico.

Nunca tinha pensado até então de como alguns idols eram carentes. Aliás, ela não ligava para idols. Como poderia? A maioria das garotas costumava babar por aqueles caras, e Yoonji tinha o hábito de se estressar com elas. Porém, quando ninguém notava, ela escutava — e era até fã — de alguns, pesquisando sobre em segredo. Não que admitisse isso para alguém, isto nunca poderia vir a acontecer. Sua reputação seria manchada, era melhor que pensassem na hipótese de ela ouvir apenas heavy metal. Sim. Isso era melhor.

Contudo, ao ter declarado em alto e bom tom que ela não sabia da existência de Kim Seokjin, foi como se tudo mudasse... para pior, obviamente. Aquele cara era como um piolho, irritante, nojento, algo que Yoonji detestava e queria distância. Maior não foi o choque da morena ao descobrir o estrondoso fato de que Jin, o fabuloso, o maior idol da escola, o orgulho da Bangtan High School, queridinho da mamãe, estudava em sua sala. Logo a sua, entre tantas, apenas para aumentar a carga de problemas da pequena.

Mas até aí, tudo bem. Problema por problema ela já tinha mesmo. Park Jimin e Jung Hoseok que o digam. A morena não pensou nem por um segundo que Jin se tornaria um problema equivalente aos outros dois indivíduos. Não, ela não tinha ideia. Tentou apenas ignorá-lo e torná-lo parte da paisagem da sala.

Até aquele dia. Ah, Kim Seokjin, você me paga.

Enquanto a maioria das colegas de Min Yoonji ainda suspiravam pelo grandalhão já no terceiro dia desde a volta dele, a morena os ignorava, debochada. Seu desinteresse era mais de oito mil tratando-se daquele grupo, e ele só piorou quando Jin apareceu, com a calça de couro apertada, uma camisa social rosa um pouco aberta, óculos escuros da Gucci. Seokjin caminhou animado, disparando beijos voadores para todas as suas fãs — e alguns fãs também —, fazendo com que suspirassem mais e rissem, envergonhadas da situação.

Yoonji continuou a ignorar, lendo o quadrinho novo da Marvel. Ela estava tão chocada com o que tinha lido que sua vontade era de fazer o Stan Lee engolir a HQ. Não pararia até ter relido umas três vezes para assimilar tudo o que tinha acontecido. Aquilo devia ter sido um sinal. A morena não reparou, todavia.

— Olá — pigarreou Seokjin, dando um sorriso.

Min Yoonji tirou os olhos da revistinha, encarando-o com certo desdém, e perguntando-se, pelo que parecia a milésima vez, o que havia feito de tão errado para merecer aquilo.

— Para você é tchau. — Sua atenção se voltou ao quadrinho.

Ele tirou a revista de cima da mesa, causando uma fúria terrível na morena, que logo se levantou, estendendo os braços para tentar alcançar seu pertence, já que o cantor erguera o quadrinho tão alto que ela não conseguia. Seu instinto foi chutar as partes baixas, mas não era um modo honroso de batalhar contra alguém. No entanto, se Jin continuasse a infernizá-la, Yoonji não se preocuparia mais com questões como honra.

— Devolva! — ordenou ela, as orbes tão escuras quanto seu cabelo curto. Suas bochechas logo adquiriram um tom vermelho vivo pela quantidade de raiva que ela sentira em um espaço tão curto de tempo.

— Yoongina, não é? — perguntou Seokjin, ignorando-a. — Hoje, vim jorrar luz em sua vidinha. Aceito agradecimentos, sou muito generoso. — Aquele cara dava ânsia de vômito a ela.  — Trouxe um CD do meu grupo autografado. E por mim. — Ele sorria, estendendo ainda mais o braço para Yoonji, que agora dava pequenos pulinhos no intuito de alcançar o quadrinho, não conseguisse pegá-lo.

A morena deu um forte empurrão nele, desestabilizando o oponente, fazendo com que abaixasse o braço e ela pudesse pegar sua revistinha. Para a sorte do infeliz, não havia nenhum amassado no quadrinho, o que a acalmou um pouco.

Yoonji sentou em sua cadeira, preferindo ignorar a existência do rapaz.

Não satisfeito, Kim Seokjin agachou e colocou a cabeça na mesa de Yoonji, para chamar sua atenção. Ela fechou o quadrinho, guardando-o na mochila e deu um peteleco na testa de Jin, este recuando um pouco após o suave golpe da adversária.

— Ouch! — Ele passou a mão na testa. — Por que você está me tratando assim? Eu vim dar um presente a você e é assim que você me trata?

Ela revirou os olhos.

— Primeiro: eu não considero isso um presente. — Yoonji começou a mostrar os dedos da mão direita para que a contagem ficasse bem clara aos olhos daquele idol estúpido e arrogante. — Segundo: você realmente quer dizer que sua tentativa de acrescentar mais uma fã à sua lista é um presente para mim? Não me faça rir. Terceiro: É assim que eu te trato. E se você continuar, farei questão de piorar no que eu puder.

Seokjin ficou extremamente ofendido. Ou apenas pareceu ficar. Yoonji não sabia o que era verdade ou mentira naquele homem, e nem se importava. Apenas desejava distância de tipos daquele. Era sufocante.

— Eu não vou sair daqui até você escutar uma música. — ameaçou. Ela queria rir. A insistência em ser reconhecido era tanta que ele se sujeitava a golpes baixos.

— Você é cego por acaso? Está vendo um aparelho de som? — A morena olhou ao redor da sala, apenas para verificar se não havia nenhum mesmo. Talvez tivesse no grande armário branco que ficava no fundo da sala e que, parando para pensar, ela não tinha visto sendo aberto por ninguém.

— Não tem problema. — Ele pegou o aparelho rosa do outro dia e começou a procurar uma música. — Eu tenho aqui no meu celular.

Yoonji empurrou a testa do garoto e ele caiu sentado no chão. Ninguém ousou a rir de Kim Seokjin. Eram todos uns idiotas.

— Escute, sua ação é desprezível, assim como as suas palavras. Se quiser me ameaçar de novo, as consequências serão terríveis para você, não duvide disso — murmurou ela. — Eu posso até matar você pela sua insistência medíocre. Aceite que nem todas as sete bilhões de pessoas no planeta conhecem você. E suma. — Yoonji se afastou, sorrindo docilmente. Obviamente nunca havia matado ninguém, porém, aquele “aviso” sutil pareceu ter sido o suficiente para que o cantor levantasse e a olhasse, apavorado.

— Você é horrível. — Ele cuspiu aquela informação como se fosse algo novo. — Nenhum homem vai se apaixonar por você se o seu comportamento for esse.

Yoonji gargalhou um pouco.

— E quem disse que eu me importo?

Foi assim que a morena havia lidado com o problema número um da sua semana. Desprezível, irritante, pegajoso, carente. Yoonji não suportava aquele cantor por nada no mundo e, depois de sua pequena dica, ele passou a evitá-la. Faltava aula muitas vezes, o que era permitido no caso dele, sendo uma coisa muito injusta na opinião da garota.

O problema número foi... Jung Hoseok. Ou melhor, o emo do clube de literatura.

O ruivo foi o pior de todos, na opinião de Yoonji. Não apenas por ter sido decepcionante a sua ida naquele clube, com todo o escarcéu criado, o poema emotivo, as lágrimas falsas e tudo o mais. Ele conseguira o seu posto por tê-la desapontado. Isto a angustiava. Como alguém que Yoonji conhecia há tão pouco tempo poderia ter esse efeito sobre ela. Definitivamente era algo a ser pensado.

E como ela pensou. Procurava respostas para perguntas nem ao menos formuladas. Algumas vezes se pegava distraída enquanto jogava Overwatch por estar relembrando aquela situação frustrante. Era tão estranho para a garota. Queria brigar consigo mesma, pedir para tirar aquela história a limpo, questionar o porquê da sua mudança e qual era o motivo de se importar tanto. Porém, não conseguiria respostas. Sabia disso.

Era desesperador.

No dia seguinte ao incidente do clube, Hoseok sorriu preocupado quando Yoonji entrou na sala. Ela pensou em desviar o olhar, mudando de opção bem rápido e optando por encará-lo. Os dois se olharam até a morena sentar-se em sua cadeira, jogar a mochila vermelha ao seu lado e estourar a bola de chiclete que formara. O ruivo voltou sua atenção para a frente. A morena ganhara o jogo de encarar.

Hoseok se sentou perto dela no refeitório. Não tão perto quanto antigamente, pois algumas pessoas o rodeavam e o ruivo não parecia mais se importar se eles estavam um pouco distantes. Ele não puxava mais assunto, pois, depois da encarada no dia seguinte, não se olharam mais. Porém, todas as refeições eram compartilhadas na mesma mesa. Yoonji não sabia se deveria desconfiar daquilo ou não. Sentiu uma pontada de alívio, ainda que não soubesse exatamente o porquê, sempre preferiu ficar sozinha e, com aquele mico no clube de literatura, pensou que finalmente teria paz. Pensando bem, era bom tê-lo por perto para saber o que ele aprontaria em seguida.

Ele pediu desculpas por sua reação exagerada. Yoonji queria rir ao ver em sua mesa, todos os dias, um poema novo. Juntando todos os títulos, ficaria: Por favor, me desculpe. Ela não queria desculpá-lo. Era exatamente por isso que estava furiosa. Aquele tipo de absurdo não era para ela. Porém, ao vê-lo fitá-la com olhos arrependidos, a morena deu um sorriso pequeno. Nem foi tão ruim assim, certo? Jogou o cabelo para trás em seguida, para mostrar que o ruivo não podia fazer tudo o que queria. Hoseok riu da garota, uma risada gostosa e calma, exibindo os enormes dentes.

Se Hoseok estava evitando um confronto direto com Yoonji, esta o fazia com o seu problema número três. O mais difícil de lidar entre todos eles, pois não sabia mesmo o que havia feito naquele dia. Desde o incidente da biblioteca, sempre que Jimin estava presente, a morena nunca olhava para o loiro, nem mesmo para ameaçá-lo como era de costume, querer que as calças dele pegassem fogo ou apenas xingá-lo em voz baixa. Era a primeira vez que fazia algo do tipo, até porque não tinha medo de nada. Ela era Min Yoonji.

Quando o loiro vinha procurá-la, ela fugia. Escondia-se no banheiro feminino mais próximo, saía logo que o sinal tocava, sentava nas mesas mais afastadas do refeitório, sempre encarando o chão ou qualquer outra coisa que não possibilitasse uma brecha para que o maldito presidente de classe viesse chamá-la. A morena estava fugindo de mais perguntas para as quais não tinha respostas.

O trabalho foi feito todo por Park Jimin e Kim Namjoon. Era impressionante, para ela, que o último ainda não fora notado. Não que ela ligasse também. Recebera um bilhetinho escrito em uma caligrafia impecável e de dar inveja:

Como não consegui falar com você nesses últimos dias, só queria avisar que Kim Namjoon e eu terminamos o trabalho. Não se preocupe, colocaremos o seu nome mesmo que você não tenha feito nada para nos auxiliar. Atenciosamente, Park Jimin.

Era o loiro debochado que merecia uns tabefes. Ela não dava a mínima para o trabalho, para ele, para Kim Namjoon, para literatura e para milhares de outras coisas que não valeriam a pena nem para ser citadas. Fez questão de amassar o bilhetinho muito bem, depositando nele toda a sua raiva após ter lido-o, mirando na cabeça de Park Jimin e arremessando, acertando o alvo em cheio. Desviou o olhar quando o colega se virou para procurar quem tinha uma mira tão boa.

E, saindo de seus devaneios da última semana, deparou-se novamente com a caneta estragada, a tinta já tendo se cansado de percorrer pela mesa e encontrar-se com o chão. Min Yoonji suspirou. Precisava entregar aquela ficha à Park Jimin, ou teria mais problemas. Agora, com a folha toda de azul marinho, tinha de esperar na sala para que o presidente de classe retornasse e ela pudesse pedir outra. Era o prazo final.

Depois ainda teria de procurar algo para limpar aquela sujeira completa.

Como se pudesse ler seus pensamentos, Park Jimin entrou na sala, olhando para a bagunça completa instaurada na mesa de sua colega e foi a vez de ele suspirar. Ele andou lentamente até ela, entregando-lhe uma ficha nova e uma caneta preta.

— Por que com você as coisas sempre saem da linha? — perguntou ele. Yoonji não tinha uma resposta e também queria saber. Não admitiria isso, não para ele.

— Ah, cale a boca — respondeu ela, cortando o assunto. Pelos seus cálculos, já teria se passado meia hora desde o fim da última aula do período vespertino. Yoonji não jantaria, provavelmente, queria jogar bastante e dormir bem, para aliviar o estresse.

Park Jimin abriu o grande armário, chamando a atenção da garota, que já passava as informações para o papel com uma velocidade tremenda. Ela virou um pouco a cabeça para ver o que havia dentro, e parecia mais um guarda-roupa sem gavetas ou divisórias. Era quase vazio, não fosse um paninho e um outro produto dentro.

Jimin os tirou de lá e começou a limpar a mesa de Yoonji, que murmurou um “obrigada” e voltou a fazer sua tarefa, preencher aquilo bem rápido. Sua caneta emprestada deslizava com tanta velocidade que sua mão doía. Não se arrependia de ter deixado aquilo para a última hora, afinal, não era de seu desejo tornar-se parte de nenhum grupo. Esperava ter escolhido um grupo nem tão ruim assim. Não teve tempo nem vontade de visitar clube algum depois da experiência recente.

Ouviu o som dos objetos sendo guardados dentro do armário assim que terminou de preencher a folha. Estendeu a ficha para Park Jimin, o qual segurava uma das portas brancas de madeira. Ele pegou o papel, dando uma olhada rápida, dobrando-o e guardando-o em seguida.

— Vai parar de me ignorar agora? — Ele a olhava, questionador.

Droga, devia ter sido mais rápida.

— Quem disse que estou te ignorando? — Yoonji queria revirar os olhos. Park Jimin era um ser tão insignificante, não haveria necessidade de ignorá-lo, não é mesmo?

Jimin sorriu, encarando o chão.

— Eu sinceramente não sei o que você está pensando. — murmurou ele. Yoonji se perguntou se aquela afirmação era para ela ou apenas uma constatação para ele.

Sinceramente, nem Yoonji sabia o que estava pensando ou se estava fazendo isso. Ela não costumava frequentar a aula todos os dias, costumava arrumar confusão — tudo bem, isso ainda continuava normal — e não dava a mínima para qualquer tipo de estudo ou coisas assim. Já fazia uns cinco dias de aula seguidos em que ela não cochilava.

Certo, a garota chegava um pouco atrasada, não perdera o costume de não fazer as lições e permanecia tão preguiçosa como antes de começar a estudar na Bangtan High School. Contudo, Yoonji tinha mudado. Pouco, mas ainda assim, mudara. E não gostava daquilo.

Fora que, ela estava até um pouco mais “feliz”? Seria essa a palavra? Não sabia. Não estava sabendo de nada.

— O que você quer dizer com isso? — retrucou Yoonji. Jimin tornou a olhá-la, sua expressão coberta de medo. Ele murmurou “shh”, pegou no pulso dela e a empurrou para dentro do armário, entrando junto. Fechou as portas sem barulho algum.

Tudo acontecera tão rápido que Yoonji não tivera tempo de reagir. Pelas frestas do armário, conseguia ver um pouco da expressão no rosto do presidente de classe. Ele tentava ver um pouco do que estava acontecendo na sala. A garota estava prestes a ter um misto de: socá-lo, sair do lugar, e só então perguntar o que raios Park Jimin havia pensado para prender os dois dentro daquele espaço fechado.

Então ela ouviu os passos. As vozes aumentavam e a respiração de Jimin também. Eles estavam tão próximos um do outro que ela podia ouvir seu respirar claramente. Não pôde evitar ficar vermelha. Mas, agora naquela situação, eles não podiam mesmo sair dali até que as duas pessoas — ao menos, eram apenas duas que conversavam — saíssem da sala.

— Por que você não me contou? — Uma das vozes estava carregada de frustração. Yoonji não era muito boa em detectar sentimentos. Todavia, sabia o que era ficar frustrada.

O rosto de Park Jimin expressava caretas enquanto ele tentava identificar as vozes. Yoonji percebeu que seu pulso ainda estava com a mão de Park Jimin em torno dele, e tirou a mão. Jimin a olhou, confuso.

— Qual seria a necessidade em contar? — retrucou a outra, bem mais grossa que a primeira. — Aquilo era problema meu.

— Sim, mas mesmo que fosse problema seu, você deveria ter falado. — A primeira voz aumentava de tom a cada frase. Jimin mordia os lábios carnudos, apreensivo. Yoonji sabia o porquê. De duas, uma. Ou o primeiro rapaz — pois a voz claramente era masculina — estava realmente falando mais alto, ou eles estavam se aproximando do armário.

— Por quê? — Yoonji podia jurar que o loiro suspirara de alívio. A segunda voz continuava no mesmo tom.

— Não é como se eu me importasse, porque você sabe que eu não me importo.

— Se você não se importa como está afirmando, por que não fica quieto? — O segundo homem interrompeu. Yoonji quis rir.

— Se aquela garota não tivesse te protegido, você estaria em apuros. Por acaso não se importa mais com você mesmo? Quer morrer? — Agora a primeira voz falava mais baixo que a segunda, tornando complicado para Jimin e Yoonji ouvirem.

— Você é muito exagerado. É por isso que não demos certo, lembra? — Jimin pareceu chocado enquanto Yoonji deu de ombros. Era por causa daquela regra estúpida de que os alunos não deveriam namorar que ele provavelmente havia escondido os dois, para evitar desentendimento. Contudo, ela podia apostar que pessoas namoravam na Bangtan High School, assim como o que tinham acabado de ouvir.

Olhou feio para Park Jimin com intuito de demonstrar que não tolerava x9 e se ele contasse, ela brigaria com ele. Porém, o loiro nem devolveu o olhar.

Sons de passos se afastando. Pararam de repente.

— Espera, Tae — pediu a primeira pessoa. — Você não está sendo mais ameaçado, né?

— Não. — Agora Yoonji conseguia identificar o dono da segunda voz, o garoto quatro-olhos que ela havia protegido do trio de cobras. — Por causa da aluna nova, não tenho mais ninguém me provocando.

Yoonji sentiu um pouco de felicidade. Estava contente por não terem mais ameaçado Kim Taehyung. Não que ela fosse contar para alguém, é claro.

Notou que estavam falando alto, pois apesar de se afastarem, ela ainda conseguia ouvi-los.

— Você... — O dono da primeira voz continuava um mistério para a garota. — Não gosta dela, não é?

O outro riu, alto.

— Jeon Jungkook, a minha vida é problema meu. — Kim Taehyung terminou sua fala. Mais alguns passos até não ouvirem mais nada.

Park Jimin segurou a mão de Yoonji para que ela esperasse um pouco. Depois do que pareceram horas, os dois pularam para fora do armário.

Ele olhava chocado para a garota, que estava se concentrando apenas em não o matar. Foi então que ligou as informações e quem ficou surpresa foi ela. Kim Taehyung e o dorminhoco da carteira da frente namoraram?

Depois deu de ombros. Não era problema dela. Muito menos do presidente de classe.

Ela respirou fundo.

— Sei que você fez isso para que não houvesse nenhum mal-entendido. — Yoonji começou. — Porém, se fizer mais uma gracinha do tipo, eu juro que seu sorrisinho idiota vai desaparecer com o murro que eu vou lhe dar. Ah, e nada de delatar aqueles dois, ou eu vou te quebrar.

Jogou o cabelo para trás mais uma vez antes de caminhar para fora da sala e para longe daquele garoto que só aparecia para criar mais problemas.


Notas Finais


Então, cá estou eu.
O que acharam desse Taekook? Sinceramente, eu adoro.
Estou em dúvida sobre o tamanho dos capítulos, devo deixá-los nesse tamanho de aproximadamente 3 mil e quinhentas palavras, ou devo diminuir?
Eu gosto de fanfics com capítulos longos e fanfics com capítulos curtos, por isso, qual a preferência de vocês??

OBS.: Desculpem pelo final horrível, kkkkkkkk ~rindo de nervoso.
Até o próximo!


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