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História Teoria do Caos - Doce como o limão


Escrita por: davinaclaire

Notas do Autor


Olá meus amores! Não demorei, não é?

⊱✿ Leiam as notas finais; tenho uma pergunta importante.

Capítulo 2 - Doce como o limão


Fanfic / Fanfiction Teoria do Caos - Doce como o limão

 

 

— Oh, desculpe eu não te vi aí. — Maia, a líder de torcida, diz com sua voz transbordando deboche. — Você está tão perto do lixo.

— Sua filha da.... — sou interrompida.

— Qual o problema com você? — Noah pergunta se levantando e me puxando para perto dele para tentar me limpar, mas o que ele faz é apenas piorar. Minha camiseta branca está manchada e meu cabelo está grudento. Maldito refrigerante de cereja!

— O que aconteceu? — Lizzie pergunta espantada quando volta. Ela está segurando uma caixa de pizza com o resto da nossa pizza.

— Nada, ainda... Mas eu vou arrancar os cabelos dela daqui a pouco. — digo, mas Noah está me segurando e ele sempre foi mais forte do que eu.

— Você pode tentar. — Maia provoca.

— Não vale a pena, vamos. — Lizzie diz e Maia passa a encara-la.

— E você, quem é? — ela pergunta a Lizzie que apenas passa por ela sem responder.

— Vamos pra um lugar com menos testosterona. — digo saindo e batendo meu ombro no de Nash de proposito, ele dá uma risada debochada e eu o ignoro completamente, assim como sempre faço.

Entro no meu carro tão rápido que a chuva apenas respinga em mim, ao contrário de Noah e Lizzie que, quando entram, estão parcialmente molhados nos ombros e braços. Sinto a necessidade de voltar lá e brigar com Maia e principalmente Nash, mas sei que não vale a pena, eles não sentem remorso por nada que já fizeram.

— Como eu consegui ser amiga dessa garota por anos? — pergunto a mim mesma colocando o cinto.

— Como nós dois conseguimos? — Noah resmunga.

— Vocês eram amigos? — Lizzie pergunta.

— Durante alguns anos. — digo ligando o carro.  — E então Maia decidiu que queria ser popular, entrou para o time das líderes de torcida e começou a sair com Nash. Desde então ela nos odeia, já que é quase lei você odiar os ex-amigos considerados nerds para ser popular. 

— Agora te entendo. — Lizzie diz. 

— Vou te mostrar alguns lugares, mas com essa chuva os melhores não vamos conseguir ver. — digo.

Antes de sair do estacionamento consigo ver Nash dentro da pizzaria encarando meu carro, sinto uma vontade incontrolável de ir até lá brigar com ele, mas apenas sigo meu caminho. Depois de mostrar alguns lugares para Lizzie, ela tenta me explicar diversas vezes como chegaríamos até sua casa e nos perdermos por três vezes, eu finalmente a deixo lá e, depois de me perder novamente, consigo levar Noah até a sua que, na verdade, não fica tão longe assim da casa da Lizzie.

A chuva está mais forte do que quando saímos da pizzaria e, apesar do meu pavor de raios e trovões, eu gosto da chuva e do seu barulho. Isso me transmite a calma que eu quase nunca tenho. Ligo o rádio e uma música que não conheço começa a tocar, sua melodia é agradável, então não me preocupo mais com isso.

Depois de alguns metros meu carro foi perdendo a velocidade, mesmo que eu esteja com o pé afundado no acelerador. Então ele para. Mais uma vez o universo está testado a minha paciência. Saio do carro sentindo as gotas de chuva gelada cairem em mim, abro o capô e fico olhando por alguns segundos dentro daquilo e concluo que eu não sei o que diabos tem ali.

Entro novamente no carro sentindo vontade de gritar. Meu cabelo, assim como minha roupa, está pingando devido a água da chuva. Pego meu celular e disco o número da minha mãe e, é claro, ela não atende. Faço o mesmo com meu pai e ele também não atende. Deixo o celular no banco e bufo pensando no que fazer. Estou em uma rua deserta, não tenho número de nenhum reboque de carro, uma chuva horrível e ninguém me atende. Um cenário de filme de terror, no mínimo.

Ouço uma buzina e me assusto um pouco, mas quando olho para o carro parado ao meu lado vejo o meu pior pesadelo dentro dele. Reviro os olhos e abaixo o vidro do meu carro.

— Precisando de ajuda? — ele diz alto devido ao barulho da chuva.

— Está meio obvio, não? — pergunto no mesmo tom.

Doce como o limão. — ele suspira e me dá o seu melhor sorriso irônico.

— Vai me ajudar ou não, imbecil?

— Claro. — ele faz uma pausa e abre a porta do seu carro descendo, faço o mesmo ficando de frente o capô do meu carro, afinal, se ele é tão burro a ponto de deixar seu carro na contra mão talvez precise de ajuda. — Mas não com isso. — Nash diz quando está de frente para mim, estou completamente molhada e sem paciência alguma, isso não pode terminar bem. — Você se lembra do halloween do ano passado? — ele faz a pergunta como se fosse algo totalmente aleatório e eu sinto meu coração ir parar na minha garganta.

— Claro, como esquecer de você e seus amigos fantasiados de Rambo? — forço uma risada.

— Você sabe do que eu estou falando.

— Não, não sei.

— Eu estou falando de todas aquelas travessuras do halloween do ano passado. — esse olhar de superioridade está me matando. — Como você conseguiu colocar suco apimentado nos bebedouros, Brooke?

— Escuta bem seu... — começo a falar e dou um passo em direção a ele, mas me afasto quando ele dá dois em minha direção.

— Escuta bem, Brooke, para eu continuar calado eu quero algo em troca.

— Eu prefiro morrer do que te dar o gostinho de me ver fazendo qualquer coisa para você. — digo alto o suficiente pra ver se ele entende.

— Então eu posso contar ao diretor e a todos do colégio que foi você quem colocou aquilo nos bebedouros, o queijo podre no duto de ventilação... O que mais você fez, Brooke? Ah, a tinta azul no shampoo dos jogadores. — ele diz tudo de uma vez, no mesmo tom que o meu, se aproximando cada vez mais até que estou entre ele e o capô do meu carro.

— Foi uma brincadeira! — admito sem querer. — Droga! Mesmo assim, eu me recuso a fazer qualquer coisa pra você.

— Você não estará fazendo por mim, Brooke, estará fazendo por Noah também. — ele diz e meu corpo praticamente se paralisa. — Eu sei bem que seu namorado te ajudou a fazer tudo aquilo e ele vai estar tão ferrado quanto você. — ele coloca suas mãos na lateral do meu corpo me impedindo de fazer qualquer coisa que não seja escuta-lo e dá um sorriso cínico, o sorriso que eu odeio. — Na verdade, ele está bem mais ferrado do que você. Você tem chances de conseguir limpar seu nome, seus pais são podres de ricos, mas e ele? Ele é bolsista, vai ser expulso e adeus faculdade. — estou em choque, não consigo falar nada, apenas ouvir. Ele sabe que acabou de conseguir exatamente o que queria e eu estou completamente sem reação. Ele tira uma mexa do meu cabelo molhado do meu rosto e se aproxima do meu ouvido sussurrando. — Te vejo amanhã, B.

o moreno simplesmente entra em seu carro e acelera o mais rápido que pode. Fico por mais alguns minutos imóvel na chuva, tentando digerir palavra por palavra que ele jogou na minha cara. E o pior é que é tudo verdade. Eu fiz tudo aquilo e pra piorar levei Noah comigo, eu fodi com a vida dele e agora tenho que consertar isso ou adeus Stanford. Sem mencionar todas os alunos furiosos que tentarão arrancar minha cabeça e a do Noah.

Mas qual é! Foi engraçado. Todas aquelas líderes de torcida com os cabelos azuis...

Quando por fim consigo me mexer ando até em casa vejo o carro de Nash estacionado ali. O que esse demônio está fazendo aqui, afinal? Entro em casa pingando no chão de madeira e quando entro na sala minha mãe está conversando com Nash. Ele age como se fosse um anjinho quando está aqui, o melhor menino de todos.

— Sabe... — minha mãe começa a falar e é possível ver que ela está segurando a risada. — Eu deixei um guarda-chuva no porta-malas.

— O que você está fazendo aqui, peste? — pergunto a Nash que faz cara de ofendido. Falso.

— Isso é jeito de tratar as visitas, Brooke? — minha mãe me repreende. — Nash veio aqui me contar que você não foi a aula hoje. — ela diz e eu o encaro incrédula.

— Ah, jura?

— Eu me preocupo muito com seus estudos. — ele diz. — Eu odiaria que algo desse errado para você entrar em stanford. — que cobra maligna.

— Pode enfiar sua preocupação no seu ra...

— Misericórdia, Brooke. — meu pai me interrompe. — Vá se trocar, você está parecendo um filhote de texugo molhado.

— Você é tão carinhoso. — digo e subo as escadas rápido para não molhar ainda mais a casa.

O fato de Nash ter passe-livre na minha casa me irrita. O fato dele ser tão debochado e arrogante me irrita. O fato dele ter conhecimento de algo sobre mim me irrita. Tudo que eu mais quero é que Nash Grier desapareça da minha vida, mas é claro, todo esse drama ridículo só está começando.   


Notas Finais


Esse capítulo foi bem pequeno, por isso pensei em postar o terceiro ainda hoje. Caso vocês concordem com isso, por favor, deixem um feedback me mostrando que vocês querem ♡

⊱✿ O próximo capítulo tem uma breve explicação do porquê de Nash ter "passe-livre" na casa da Brooke.
⊱✿ Teaser de A Teoria do Caos: youtu.be/sZfvzupCcp0


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