História Teoria do Caos - Eu acredito nele

Nash Grier

— Ela não atende. — digo.

— Isso não faz sentido nenhum. — Lizzie diz andando de um lado para o outro.

— Onde você a viu pela última vez? — Cameron pergunta.

— Estávamos na piscina e ela disse que me encontraria do lado de fora, me pediu pra pegar a câmera no armário dela e quando eu percebi que ela estava demorando demais eu voltei, mas a piscina já estava fechada. — Lizzie diz e respira fundo. — Ela saiu de lá, mas para onde ela foi?

— Talvez ela tenha ido se divertir, é sexta. — Ayla diz e posso ver Lizzie revirando os olhos.

— É da Brooke que estamos falando. — Cameron diz. — Ela não é assim.

— Já tentaram falar com aquele novato? — Matt pergunta.

— Shawn? — pergunto. — Não, alguém tem o número dele?

— Eu acho que eu tenho. — Ayla diz pegando seu celular e em seguida entrega para Cameron que começa a digitar o número em seu celular.

— Ela não falou com o Noah. — Lizzie diz se aproximando e falando baixo enquanto Cameron fala no celular. — Ela não falou comigo, nem com os pais dela... Nash, tem algo errado.

— Eu sei. — digo passando a mão no rosto. — Ela nunca deixaria os pais tão preocupados.

— Shawn não sabe dela. — Cameron diz chamando nossa atenção. — Já passam das onze da noite, não vou ficar aqui esperando que ela apareça magicamente.

— Vamos procurar pela cidade, talvez alguém tenha a visto. — Noah diz.

— Tudo bem, cada um vai pra um lado, assim temos mais chances. — Lizzie diz e todos concordamos.

Saio pela porta indo em direção ao meu carro, mas sinto alguém agarrar meu braço e quando me viro vejo Ayla me encarando com um sorrisinho nos lábios. Penso em dizer para ela ir com qualquer outra pessoa, mas ela é mais rápida. 

— Eu vou com você, se procurarmos juntos talvez achamos ela mais rápido.

— Tanto faz. — digo baixo e vou para o carro.

Brooke me mataria se soubesse que estou no mesmo carro que Ayla, mas isso é para um bem maior. Tudo para acha-la. Dirijo por um tempo olhando pelas ruas um pouco devagar, procurando o rosto familiar de Brooke, mas não encontro. Isso não faz sentido nenhum, Lizzie e ela estão planejando essa festa do pijama há dias e ela não sumiria assim de propósito. E, é claro, ela é responsável demais para fazer esse tipo de coisa, deixar os pais preocupados como estão agora não é o que Brooke faz.

— Não fique com essa carinha. — Ayla diz depois de vários minutos em silêncio. — Ela deve estar com Shawn, ela passa bastante tempo com ele.

— Você não conhece a Brooke, ela não faria isso.

— É um disperdicio você namorar essa garota, quando se tem algo bem melhor te esperando.

— Pare. — digo quando sinto sua mão na minha perna. Tiro sua mão dali e paro o carro olhando para ela, que tem um sorrisinho nos lábios. — Pare de tentar, eu tenho namorada e eu nunca vou deixar ela, nem por você e nem por nenhuma outra garota. — digo sério e seu sorrisinho desaparece. — É de dar pena você se insinuando desse jeito. 

Ayla não diz mais nada, ligo o carro e saio, já faz horas que procurando Brooke pela cidade e então pego o celular e ligo para Cameron torcendo para que ele tenha respostas, mas descubro que Cameron, que está sozinho, não teve sucesso algum. Assim como Lizzie, Gilinsky, Noah, Matt, Johnson e Maia – até Maia está ajudando a procurá-la. Nenhum deles teve sucesso em acha-la.

— Relaxa. — Ayla diz colocando a mão em minha perna e esfregando. — Vai ficar tudo bem.

— Só vou relaxar com a Brooke estiver do meu lado. — digo tirando sua mão da minha perna mais uma vez. — Vou ir na escola de novo, talvez tenha algo que Lizzie deixou passar.

— Vamos voltar e encontrar com os outros, é óbvio que ela não está lá. É perca de tempo. — ela dá de ombros. 

Dirijo de volta para a casa de Matt, onde estávamos, e estaciono na garagem percebendo que nem todos chegaram. Entro sendo seguido por Ayla e vejo Lizzie e Cameron parados na sala. Lizzie está uma pilha de nervos, é melhor alguém dar um calmante pra loirinha antes que ela mate alguém.

— Eu vou chamar a polícia. — Lizzie diz.

— Não adianta. — Cameron bufa. — Só 48 horas depois, meus pais já tentaram.

— Vocês não acharam nada? — Lizzie pergunta e eu balanço a cabeça. — O que vocês dois ficaram fazendo até agora? Garota eu vou te matar.

— Fizemos o mesmo que vocês, procuramos. — digo me aproximando de Lizzie. — Brigar agora não vai adiantar nada.

— Relaxa. — Ayla diz.

— Me manda relaxar de novo e eu vou arrancar seus dentes.

— Vem, Lizzie. — Noah diz puxando a loira para a cozinha e Cameron os segue.

— Eu não fiz nada. — Ayla resmunga. — Eu estou tentando ajudar vocês a acharem a garota e ela ainda fala assim comigo? Isso é ridículo.

— Estamos todos preocupados, isso é normal. — digo.

— Okay. — ela suspira se aproximando. — Tem algum lugar que ela possa ter ido? Sei lá, a casa de um parente?

— Não, eles não moram perto. — digo. — Nem os parentes da mãe dela.

— Tem certeza que ela não está com Shawn? — Ayla pergunta sugestiva. — Olha, eu conheço bem os poderes de sedução do Shawn e ele sempre, sempre consegue o que quer. — ela diz se aproximando mais ainda.

— Ela não está com ele. — digo segurando seu ombro. — Ela não é assim. — afasto Ayla de mim. — Pode ir para casa, se tiver notícias nos avise.

Saio da sala deixando Ayla sozinha e caminho em direção a cozinha encontrando Lizzie e Noah sentados mas cadeiras da bancada e Cameron falando com alguém no telefone.

— Quem é? — pergunto a Lizzie.

— Matt dizendo que não acharam nada e que estão voltando para casa. — ela diz baixo.

— Nós vamos encontrá-la. — digo abraçando Lizzie de lado.

.::♡::.

Não consegui dormir, nem ninguém dentro dessa casa. Até mesmo Maia continua acordada, tentando falar com suas amigas por mensagens para tentar encontrá-la. Os pais da Brooke estão muito preocupados, assim como todos nós. Ninguém a vê desde ontem à tarde e isso é preocupante.

Matt entra pela porta sendo seguido por Shawn Mendes, o que me faz revirar os olhos automaticamente. O que esse garoto está fazendo aqui? Lizzie lhe dá um abraço breve e ele cumprimenta Noah em seguida. Tento ligar mais uma vez para o celular de Brooke, e ela, mais uma vez, não atende.

— Já olharam na piscina. — Shawn pergunta.

— Estava fechada quando Lizzie voltou. — digo.

— É, mas ela...

— Ela não está lá. — digo um pouco alto demais.

— Irmão, eu sei que... — Shawn tenta falar, mas eu o interrompo mais uma vez.

— Eu não sou seu irmão. — digo e ele revira os olhos.

Shawn não diz mais nada para mim, apenas se vira e fala algo baixo com Lizzie. Ela balança a cabeça e então ele sai pela porta. O silêncio seguinte é perturbador, ninguém diz mais nada, nem Lizzie, o que é preocupante.

— O que ele falou com você? — pergunto.

— Ele disse que vai acha-la. — ela diz. — E eu acredito nele.