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História Thank you - Capítulo único.


Escrita por: strawbaekie

Notas do Autor


Pensei em postar pra fazer a vida de uma woohwa shipper igual a mim, mais feliz. Nome ruim, mas a estória tá legalzinha eu prometo!!!! Boa leitura!!!
Eu só escrevi isso por causa da @SARANGYE0 e desse tiktok: https://vm.tiktok.com/ZMJkVFVwj/



¡ Avisos relevantes !

- contém palavras de baixo calão.
- contém insinuação sexual.
- contém consumo de álcool.
- todos os personagens são maiores de idade.

Capítulo 1 - Capítulo único.


Park Seonghwa não era um homem de frequentar casas noturnas, fossem elas de striptease, prostituição ou qualquer outro tipo. Era um verdadeiro cavalheiro e seus próprios amigos brincavam consigo dizendo que havia nascido na época errada – pois faltava apenas o traje para o Park se tornar um príncipe. De qualquer forma, já ouvia a música estridente antes mesmo de estacionar o carro. E quando entrou no local, de fato, a cabeça pareceu ser pisoteada por dinossauros usando saltos agulha. A batida grave da música lenta fazia as estruturas chacoalharem, possuía plena certeza. Respirou fundo, sentindo o amargo abundante do whisky ingerido minutos atrás. Era um homem de palavra e não voltaria atrás.


O dia deveria terminar bem, com uma promoção no trabalho não podia ficar ruim, certo? Errado. Seus amigos da empresa decidiram comprar algumas bebidas e comemorar. Seonghwa não via nada demais, aceitou e estava até bebendo com eles. Então Yunho surgiu com a ideia de brincarem de verdade ou desafio, como nos velhos tempos. Se arrependimento matasse, Park já estaria a sete palmos do chão. Por que havia escolhido desafio justamente na vez de Yeosang? Aquele sorrisinho de dentes fofos e carinha ingênua…


“— Você vai pagar pelos serviços de uma prostituta.”


Foi o que o Kang desafiou. Os outros homens riram imaginando o Park pagando a mulher após todo o serviço. Ele não conseguiria sequer entrar no bordel!


“— Tudo bem, tudo bem, então apenas pague. Entre, pergunte por Wooyoung e lhe entregue o dinheiro.”


E lá estava Seonghwa. Perdido no meio de pessoas nuas e seminuas. As luzes coloridas piscando incessantemente confundiam-no, não sabia se eram homens ou mulheres dançando em cima do palco, do pole dance, nem mesmo soube identificar quando levou um tapa sorrateiro na bunda.


Oh, céus...


Sussurrou para si mesmo, o vermelho das bochechas se espalhando para as orelhas e o pescoço. Yeosang pagaria quando voltasse.


Os pensamentos do homem de cabelos negros foram brutalmente interrompidos por uma risada grossa e histérica, tão alta quanto a própria música sensual que dominava todo o estabelecimento.


Ah sim, Mingi fora consigo para registrar o desafio cumprido. Humph, como se sua palavra não bastasse o suficiente.


— Hyung, olha a cor do meu cabelo!


O Song apontou para os próprios fios. Seonghwa olhou o cabelo ruivo… na verdade, roxo. Não, verde. Não, laranja! O que diabos estava acontecendo com o cabelo de Mingi? Caso passasse mais tempo encarando era capaz do álcool se juntar com a tontura repentina e lhe derrubar ali mesmo. Desviou o olhar.


— Fique aqui, eu vou perguntar onde está Wooyoung e já volto.


O mais alto lhe deixou sozinho. Colocou a ponta da língua para fora e umedeceu seus lábios carnudos. Para onde iria? Tudo bem que desejava muito dar o fora dali o mais rápido possível, mas cumpriria o maldito desafio nem que fosse a última coisa que fizesse.


Os olhos do Park vasculharam o local por rápidos segundos, até pararem numa figura em cima de um pequeno palco. Era um pole dance. A pessoa dançava perfeitamente ao ritmo da música tocada, como se dominasse cada passo. Não, ela dominava. Parecia dominar tudo ao seu redor. Algo dentro de Seonghwa lhe instigou para ser dominado também.


Espera. O que? O que diabos estava pensando?


Não conseguiu ficar cinco segundos sem admirar o corpo dançando. Logo voltou a apreciá-lo, os giros que dava, as reboladas que o quadril exercia… como era possível? Como conseguia dançar em cima daqueles saltos tão grossos e grandes? O cérebro do Park estava demasiadamente sobrecarregado com os pensamentos que nem percebera Mingi se aproximando.


— Você já achou? Que ótimo! É ali mesmo!


O amigo apontara para a direção na qual encarava descaradamente segundos atrás. Não… não poderia ser, poderia?


— Não vai amarelar agora, né, Seonghwa? Vamos, você consegue.


Se dependesse de Seonghwa, já teria entregado o dinheiro e vazado dali. Mas não sabia explicar, suas pernas estabilizaram no mesmo lugar e não queriam se mover. Mingi precisou empurrá-lo pelos ombros até que chegassem no destino.


Aqueles saltos pareciam triplicar o tamanho quando olhados de perto, mas nada se comparava a pessoa que os usava, de fato. Era um homem ali em sua frente. Park poderia estar um pouco alcoolizado, mas ainda era dono de suas faculdades mentais. Um peitoral extremamente reto e um abdômen quase definido sanaram todas as dúvidas. Wooyoung era um homem e não uma mulher? Céus…


O dançarino desceu até o chão em reboladas certeiras, acompanhando a música. Seu olhar felino parou repentinamente na feição perdida de Seonghwa. Não foi capaz de olhar para outro lugar que não fosse o rosto amedrontado daquele homem. Ele gritava “me tirem daqui” e suas roupas comuns em tons terrosos também denunciavam que jamais pisara numa casa de prostituição. Wooyoung permitiu-se rir enquanto jogava a cabeça para trás e passava a mão no próprio corpo, o qual trajava somente uma cueca. Ouviu algumas pessoas gritarem e jogarem cédulas de dinheiro em si, porém apenas o Park possuía sua atenção. Cem por cento dela.


— Vai logo Seonghwa, só dá o dinheiro e vamos embora.


Mingi praticamente gritou ao lado do de cabelos escuros. E ele estava certo, precisava logo cumprir o desafio.


Com uma coragem dada exclusivamente pelo álcool correndo no sangue, Seonghwa tirou o dinheiro meio embolado do bolso da calça e esticou na direção do dançarino. Seus dedos trêmulos quase derrubando as cédulas no chão.


Wooyoung se abaixou igual uma predador cercando sua presa. E Seonghwa nunca havia se sentido tão… intimidado. Ainda sim não deixou de reparar no rosto do outro. Ele tinha uma estrutura acentuada na mandíbula, lábios cheios, uma pinta charmosa perto da pálpebra inferior e os cabelos ligeiramente grandes, tão negros quanto a floresta mais densa. Estava, sem sombra de dúvidas, hipnotizado por ele. Mas nada se assemelhava ao olhar que possuía. Orbes escuras, felinas. Lhe encarava como se pudesse ler todos os seus pecados, e um deles no momento era a vontade de ajoelhar e ceder a tudo que o dançarino pudesse oferecer.


De repente, Seonghwa não era mais capacitado de exercer o simples movimento de respirar.


Wooyoung acariciou suas mãos trêmulas e pegou a quantia de dinheiro oferecida.


Park se curvou automaticamente, dizendo:


— Obrigado.


Ainda que a música pudesse estar insuportavelmente alta, o dançarino escutou. Escutou e riu. Como assim aquele homem estava agradecendo por lhe dar dinheiro? Era a coisa mais extraordinária que havia acontecido consigo em todos os anos de trabalho naquela casa noturna. E olha que eram muitos.


Mingi pareceu ter a mesma reação, rindo atrás da câmera do celular. Seonghwa era inacreditável, de longe o homem mais educado que conhecia. Era capaz de esbarrar em alguém e ficar se redimindo por horas. Mesmo assim não deixava de ser engraçado a cena do Park agradecendo o dançarino.


Wooyoung se aproximou, enfiando o dinheiro dentro da cueca lentamente. Seonghwa acompanhou com os olhos. O dançarino estava tão perto que foi possível sentir a respiração descompassada do outro, ambos olhares brigando para saber quem desviaria primeiro. Wooyoung esfregou seus lábios contra os alheios superficialmente, um carinho sútil. Moveu o pescoço para o lado e sussurrou no ouvido do Park:


Eu que agradeço.


Aquela foi a gota d'água para si. Seonghwa já havia concluído o desafio e precisava sair dali urgentemente. Virou-se rápido, sentindo a boca formigando numa agonia indescritível, como se desejasse permanecer por mais tempo pressionada contra a boca do dançarino. Que merda estava pensando?


Mingi encontrava-se perplexo com todo o acontecido, antes que pudesse gravar mais, Park empurrou o celular num aviso de “chega”. Song parou o vídeo e guardou o aparelho no bolso frontal da calça, acompanhando o mais velho até a saída do bordel.


A forma na qual o olhar de Wooyoung estava cravado com ferro quente em suas retinas, Seonghwa não sabia explicar. Quiçá o desconforto no meio das pernas, preso pela própria calça. Era a porra de um adolescente virgem para ficar duro no meio do puteiro? Estava nervoso, era visível. E continuaria de tal modo, pois tinha noção que a única maneira de retirar a imagem dos olhos intimidadores de Wooyoung da sua mente era batendo uma punheta escondido no banheiro.


A culpa toda era de Yeosang com seu maldito desafio.



E como Yeosang conhecia Wooyoung, afinal?



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