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História Thank You »» Cockles a.u «« - Nove


Escrita por: dannovak

Capítulo 9 - Nove


Se ficar virando na cama à noite já é ruim e incomoda bastante, pior ainda era não poder se virar na cama.

Jensen estava sozinho novamente, pois Misha tinha saído. "Foi a carreira que escolhi, não posso reclamar."  O moreno falou antes de sair pela porta. Pelo menos estava com insônia em cima de uma cama e embaixo de um teto, e não ao relento. Mas aquela sensação era tão insuportável! Tentaria ao máximo não dormir à tarde novamente, não aguentava ficar daquele jeito sem ter o que fazer.

Levantou-se e foi até a cozinha pegar um copo com água para tomar um remédio contra a dor, porque a perna boa já o estava incomodando. Na saída do quarto percebeu um porta retrato com uma foto que parecia antiga de Misha, Richard e alguém maior, que ele não conhecia porém teve a suspeita de ser o antigo dono do quarto em que estava. Parecia ser a época da faculdade e eles pareciam felizes. Sorriam para a foto carregando Richard no colo, que tinha um nariz de palhaço e um chapéu colorido. A faculdade parecia ser um lugar bom pra se estar, pra adquirir conhecimento e fazer amizades. Algo que Jensen havia largado para trás junto com suas lembranças da infância e decepções da adolescência. Se tivesse aguentado só mais um pouco e não caísse naquela loucura de amor adolescente, poderia ter sido fisioterapeuta como sempre quis.

Reprimiu seus sentimentos e foi até a cozinha, pensando novamente em lontras. Não tinha visto o final da história da pequenina que viu nascer, e aquilo o deixava curioso. Ah, mas que fase ótima! A única coisa interessante que tinha pra fazer era acompanhar uma lontra adolescente.

Pensou se podia usar o notebook de Misha para procurar o resto do documentário. Será que ele ligaria? Talvez ele poderia assistir o documentário, apagar do histórico e não contar, manter segredo sobre sua repentina admiração com o mamífero.

Já era por volta de quatro da manhã quando terminou de assistir. Seus olhos pesavam de sono, quase não via nada à sua frente. Percebeu que estava na galeria de vídeos de Misha e se apressou em ir até o botão com um "x" para fechar. Mas algo chamou sua atenção. Um pênis.

Ah, droga!

Sua cabeça fervilhou em dúvidas sobre ver o vídeo ou não. Era desrespeitoso mexer nesse tipo de coisa no computador dos outros, mas ah, qual é! Um pornô é sempre bom.

Deu play no vídeo e estremeceu ao ouvir a voz de Misha.

-Ah, mas que baby boy maravilhoso... -a câmera passeava pelo corpo de um desconhecido, começando de um pênis não muito grande, mas deliciosamente grosso, subindo até o seu peitoral magro e indo até o rosto, que ele cobriu com as mãos em um ato de timidez.

-Ah, para Misha. -riu nervoso.

-Me chame de Daddy. -Misha pediu suplicante. Tudo o que Jensen conseguia ver eram suas mãos passeando pelo rosto do outro carinhosamente.

-Você é louco. -o desconhecido disse, tirando suas mãos do rosto.- Daddy.

A câmera começou então a filmar os lençóis bagunçados enquanto se ouvia sons abafados de beijos e gemidos vindos do fundo da garganta de alguém.

-Você não sabe gravar essas coisas. -o homem riu e Misha pegou a câmera e virou para si mesmo. Seu cabelo estava bagunçado e sua respiração urgente. Seus olhos pareciam maiores e mais azuis, seu estado de excitação era claro.

Jensen ficou inquieto na cadeira, sem saber se continuava vendo o vídeo ou iria pra cama. Se fosse para a cama, iria continuar acordado. Aqueles poucos segundos tinham levado o sono dele embora.

-Tome, segure. -agora a câmera focava no rosto de Misha, que tinha um sorriso claramente sujo estampado.- Agora você vai gravar. E cada vez que assistir, vai sentir saudades de minha boca.

Misha então se abaixou e beijou a parte interna das coxas do rapaz. Devagar, sem pressa alguma de acabar com aquele momento. Suas mãos passeavam pelas panturrilhas do outro, que agora tinha as pernas arqueadas.

-O que vai fazer, Daddy?

-Vou fazer meu baby boy se sentir muito, muito bem. -disse enquanto se movia para agarrar a cintura do rapaz e beijar-lhe a virilha. Jensen estremeceu ao imaginar as mãos fortes e grandes de Misha ao redor dele, e aqueles beijos em lugares inapropriados. O ângulo do vídeo fazia com que ele se imaginasse ali, recebendo beijos e carinhos. Seus lábios estavam secos e ele os lambeu, tentando melhorar um pouco a situação.

À sua frente, as mãos de Misha se direcionavam à base do pênis do outro, o direcionando à sua boca. Um gemido alto e convincente foi ouvido quando o membro inteiro do outro pareceu sumir na boca de Misha. Aquela boca deveria ser macia e quente, aconchegante e ótima para se estar. Por três segundos (que pareciam ser maravilhosos) o olhar de Misha pareceu fixo na câmera enquanto sua cabeça permanecia parada. Então começou a se mover. Mexia sua cabeça em um ritmo bom, nem rápido demais nem devagar demais, fazendo com que o pênis do outro entrasse e saísse de sua boca. Gemeu enquanto chupava, e Jensen pôde sentir a vibração em seu próprio membro, como se fosse ele que estivesse ali sendo agraciado com a maravilhosa visão e sensação de ser chupado por Misha Collins.

-Você gosta disso? -perguntou olhando para a câmera (e não para o rapaz) enquanto continuava a fazer o trabalho no outro com as mãos.

-Sim, Daddy, por favor continue.

O sorriso sujo apareceu novamente, quando pegou um pequeno tubo com a tampa branca e despejou o conteúdo na ponta de dois de seus dedos e os levou a um local que a câmera não gravava, mas que na verdade não precisava de gravação para saber o que era. O desconhecido gemeu em aprovação enquanto o outro seguiu deslizando seus dedos para dentro, sem esquecer de dar atenção ao suplicante membro em sua frente. Aqueles dedos longos pareciam ser ótimos no que faziam. Jensen sentiu sua barriga tremer por nervoso. Aquilo era tão errado...! Talvez por isso acabasse ficando maravilhoso daquele jeito, o proibido sempre dava um sabor especial àquilo tudo. Assistir seu anfitrião fazendo um boquete em um desconhecido era diferente das centenas de boquetes que ele já tinha visto (e feito) na vida.

Voltou a prestar atenção no vídeo quando ouviu um "Ah, Daddy! Você me faz tão bem."  seguido por um gemido prazeroso. A língua de Misha passeava pela glande do outro e aquilo parecia prazeroso para os dois. Na verdade para os três. Jensen se sentia um adolescente vendo os primeiros vídeos com medo de ser descoberto pelos pais. Enquanto a boca de Misha voltava a engolir o membro do outro, Jensen começou a se tocar por cima da bermuda que vestia. Sua mão acompanhava cada movimento do outro, indo e vindo, indo e vindo. Céus, aquilo era maravilhoso! Ele fazia aquilo como se soubesse todos os truques para levar um homem à loucura. Seus dedos não paravam de deslizar para dentro e para fora, e Jensen tinha a necessidade de sentir aquilo também, porém seu  outro braço iria doer antes mesmo de chegar lá.

-Não, baby boy, não ainda. -Misha disse, tirando sua cabeça das pernas do rapaz e sorrindo novamente para a câmera- Ainda tem muita coisa que quero fazer com você. Coisas sujas e perversas.

E então o vídeo parou.

Jensen imediatamente fechou a janela e procurou por algum tipo de continuação na pasta. Não achou nada. Ele não era tão mal assim de cortar o vídeo no começo da diversão, era?

Procurou pelo restante do vídeo por minutos a fio, mas não encontrou nada. Desistiu desligando o notebook e voltando para o quarto. Deitou e olhou para seu membro ainda duro. Não iria conseguir dormir daquele jeito, mas que droga!

Sentou-se na cama e procurava alguma coragem para levantar quando ouviu a porta sendo fechada e em seguida o barulho de algo caindo no chão. Pensou em se levantar, mas logo ouviu a risada de Misha seguida de um "Hey, não faça barulho. " A risada do outro se aproximou da porta do quarto e depois sumiu junto com passos na escada.

Então era daquele jeito que terminava uma madrugada de trabalho? Interessante.



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