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História That music - Capítulo único.


Escrita por: Cherryto

Notas do Autor


Talvez, mas só talveeeeeezzzzz, eu tenha feito essa história a quase dois meses (com capa e os caralho a quatro) e esquecido complemente da existência dela.

Essa fic veio do meu headcannon que o Crowley falou da sua relação com Azi ao Freddie e eles escreveram juntos Good Old Fashioned Lover Boys — olha ai meu surto fã de Queen atacando de novo. — Essa música é deles, fonte: o próprio Gaiman me falou e o Terry mandou um ouija confirmando.
Enfim, espero que vocês gostem da minha primeira fic de Good Omens, mesmo eu sabendo que não vai pegar view nenhuma (fandom morto cof cof), adorei escrever e recomendo lerem ouvindo a música!

Boa leitura🤍❤️ ~~

Capítulo 1 - Capítulo único.


Era fim de tarde em um dia de primavera, o clima estava agradável e os dois homens tinham saído do parque St. James a algum tempo, haviam passado a tarde lá, juntos, como de costume.

Naquele dia em específico, muito diferente das outras vezes, Aziraphale não quis aceitar a carona que sempre era oferecida pelo seu melhor amigo. Isso levou Crowley a um pequeno desespero interno, estava se perguntando se tinha feito algo errado e lutava para não deixar transparecer sua preocupação. — Quis agradecer a Deus por o loiro ser lerdo, mas se conteve, não ia pegar bem com o seu pessoal.

Mal sabia ele que o real motivo de Aziraphale querer “fugir” de sua presença não era algo que tinha feito, mas sim algo que tinha dito.

— “Eu gostaria de passar mais seis mil anos com você, anjo.”

Ah, aquilo fez seu coraçãozinho celestial palpitar! Não tinha ideia do que o ruivo quis dizer com aquilo, mas tinha gostado de ouvir. E tinha gostado mais ainda de ver, já que ele disse logo após uma gargalhada. — Que, sinceramente, Aziraphale nem lembrava do que ele estava rindo, não se importou, eram raras as vezes que o demônio ria e só focou a em admirar. — E ainda assim tinham vestígios do sorriso em seu olhar amarelado, mesmo por baixo dos óculos. E foi exatamente isso que deixou o anjo desconfortável: O que sentiu quando ouviu Crowley dizer o que disse.

Sentiu como se uma nuvem de borboletas estivessem voando dentro de seu estômago. Gostaria de ter dito que também queria passar mais seus mil anos com eles, mas não era corajoso ou ousado suficiente pra isso.

Envergonhado e com medo de que o outro percebesse e questionasse algo, não respondeu e desconversou, dizendo que já estava ficando frio e era melhor irem cada um para sua casa — no caso de Crowley, apartamento. —, recusando a carona oferecida até a livraria.

Só depois de muita insistência, aceitou. Dentro do Bentley, não disse uma palavra se quer, o que instaurou um clima estranho para o anjo. — Não para Crowley, para ele, estava tudo devidamente bem. Só estranhou o silêncio, já que normalmente o anjo não calava a boca, mas não perguntou nada.

— Não quer pôr uma música, anjo? — Perguntou, quebrando o silêncio dentro do carro.

Os olhos dele brilharam. Adorava várias coisas, e boa música certamente entrava nessa lista; junto com ler, estar com Crowley, apreciar um vinho refinado e comer. Claro que com "apreciar" era só uma palavra pra disfarçar o fato de gostar de se embebedar, esse tipo de atitude não pega bem para um principado. — ou qualquer outro ser celestial, mas não vinha ao caso.

Abriu o porta-luvas do Bentley, onde sabia que Crowley guardava seus cassetes de música. Ficou levemente decepcionado ao não reconhecer nenhuma delas. Não que não gostasse das fitas, apesar de não ser seu gênero musical favorito — estava longe de ser. —, sabia aproveitar um rock, aprendeu isso por conta da convivência com um certo demônio.

— Quer escolher? — Perguntou esperançoso, já que não tinha ideia de qual era boa ali.

— Agora não posso, anjo. Estou dirigindo.

Ele suspirou, um pouco frustrado. Observou as fitas por mais algum tempo, na tentativa falha de reconhecer alguma, mas logo desistiu e por fim colocou A Day at the Races, do Queen.

Crowley apreciou em silêncio, Aziraphale achou fofo ele ficar quieto para ouvir, pois sabia o quanto ele amava o Queen e suas músicas e normalmente ele cantava tão alto que o próprio Freddie Mercury ouviria do túmulo. Não conhecia a maioria das músicas, já que só lembrava dos maiores rits e costumava ouvir apenas na companhia de Crowley, e não tinha certeza se já tinham ouvido esse álbum juntos. Todavia, não podia negar que esse era um bom álbum. Assim  que acabou Somebody to Love — Até então era a mais bonita na sua opinião. — e começou a música seguinte, ouviu Crowley cantarolar baixinho ao ritmo da música.

— I can dim the lights and sing you songs full of sad things...

Azi achou graça. Era óbvio que já tinha ouvido o ruivo cantar, afinal, eram amigos a seis mil anos, mas na maioria da vezes ele estava bêbado e por isso foi tão surpreendente. Quando foi a última vez que o ouviu cantar sóbrio, mesmo...? Meados de 1750!

 — ...We can do the tango just for two. I can serenade and gently play on your heart strings. Be your Valentino just for you…

Era uma bela letra.

“Let me feel your heart beat...” Será que o coração dele também batia tão rápido quando se viam? E será que ouvia o seu bater?

"Say the word, your wish is my command...” O loiro esboçou um pequeno sorriso, lembrando do ‘pequeno milagre demoníaco’ Londres, 1941!

"I miss those long, hot summer nights" Piqueniques no Soho... A última vez foi em 62, talvez um pouquinho menos.

“Dining at the Ritz, we’ll meet at nine precisely" Okay, já estava começando a ficar específico demais!!!

Ele limpou a garganta.

— Ritz, não é?... — Murmurou para si mesmo. — Hmm... Crowley? — Chamou com certa culpa, detestou interromper a “cantoria” do amigo.

O ruivo não respondeu, apenas se calou e virou um pouco a cabeça na direção do anjo, mas não tirando os olhos da estrada.

— Essa música... Ela... É, ah, bem...

Estava nervoso. Claro que estava! O que ia dizer? “Que música estranhamente específica, não é? Até parece que fala sobre a gente.” Crowley acharia, no mínimo, que ele estava meio doidinho das ideias. Quer dizer, quais as chances de uma música composta em 76 ter algo relacionado a dois caras que estão na terra à mais de seis mil anos? Na verdade, eram muitas, se considerar o fato que Crowley era amigo íntimo do compositor...

Pelo nervosismo de Azi, Crowley sacou o que passava na sua cabeça. Não gostou que ele tenha descoberto assim, apesar de que ele já devia ter percebido a muito mais tempo. Por Satã, era uma coisa tão óbvia!

Não queria dar explicações, não agora. Mas tinha que acalmar o outro, então sua resposta foi simples e curta.

— Sim, ela é.

Três palavras.

Essas três palavras foram mais que suficiente para Aziraphale entender tudo que Crowley queria — ou pensava — em dizer, mas não disse.

“Sua serpente velha e astuta.” — Pensou, com um sorriso tímido.

— Gostei da música, Crowley.



Notas Finais


Linkzin da musica pra quem nunca teve o prazer de ouvir: https://youtu.be/N2qk6VZokx0

Bjs bjs


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