1. Spirit Fanfics >
  2. That Weekend >
  3. Two

História That Weekend - Two


Escrita por: ifucdaniele

Notas do Autor


Hello!
Vamos para mais um?

Nos vemos lá embaixo!

♥♥

Capítulo 2 - Two


Fanfic / Fanfiction That Weekend - Two

Já era quase meia noite e adivinhem? Arthur não havia parado de falar com os irmãos dele e eu estava aqui. Praticamente no escanteio. Sorte que o primo dele estava aqui, e para minha alegria, marcando alguns gols a favor do seu time.

Metáforas de futebol a parte, eu estava realmente irritada.

            Mais tarde eu resolvi mudar meu modo de conversar com o primo dele. Não era certo ficar aceitando as investidas de Cristiano com o Arthur do meu lado. Tudo bem que o Sr. Technologie não estava me dando muita moral, mas ainda era meu ficante/namorado.

Tentei ignorar um pouco o Ronaldo e dar mais atenção ao Arthur e seus irmãos.

Virei meu corpo na direção da conversa de nomes estranhos e realmente me esforcei para entender algo que eles falavam.

Não entenda mal. Eu não sou uma completa idiota que é alheia a tecnologias e afins. Contudo, eu sei o básico para não passar vergonha na hora de comprar um celular ou um notebook e não uma expert a ponto de montar meu próprio software.

            Céus! Como estava difícil dar atenção àquela conversa chata e cheia de coisas das quais eu não entendia. O pior é que Cristiano percebeu que eu havia o ignorado por um tempo e resolveu se virar para se entrosar na conversa também.

O único problema era que ele estava praticamente encima de mim me intoxicando com o perfume delicioso que exalava de seu corpo, pescoço e cabelos.

Esse homem/garoto é um objeto sexual ambulante, só pode. Mal havia o conhecido e já estava desse jeito.

Imagine se o Arthur resolve chamá-lo para vir sempre para cá? Eu estarei completamente ferrada. Isso sem mencionar o fato de estar inteiramente viciada no perfume dele, no jeito, nos traços. As pequenas ruguinhas que aparecia envolta de seus olhos castanhos quando ele sorria. A voz rouca e forte sussurrando quando ele me contou uma piada besteirenta.

Cristiano Ronaldo é, sem dúvida, um homem/garoto atraente. Digo homem/garoto porque eu ainda não sei quantos anos ele tem.

E novamente, em menos de cinco horas eu me vi numa encruzilhada. De um lado Arthur e suas tecnologias e do outro Cristiano e seus atributos, digamos, especiais.

Poxa vida, eu estou muito ferrada!

- Arty, já venho. – eu disse, depois do que me pareceu séculos de uma conversa chata e risadas forçadas, pela minha parte é claro.

            Levantei da mesa e peguei dentro da minha bolsa o meu maço de cigarros e o isqueiro e os coloquei no bolso do meu casaco.

- Onde você vai? – UAU! Finalmente Arthur me deu atenção.

- Vou lá fora. Já eu volto! – do jeito que eu falei, logo ele entendeu o que eu iria fazer.

- Tudo bem! Mas não demore. Está frio lá fora! – respondeu todo paternal me dando um selinho rápido.

            Isso mesmo, continue assumindo a figura do meu pai...

            Reprimindo minha vontade imensa de revirar os olhos, coloquei o casaco e rumei para fora do pub. Antes de sair, pedi para o garçom bonitinho uma taça de vinho argentino. Com o frio que estava eu queria mesmo uma dose de conhaque, mas não queria abusar. Afinal, eu iria dirigindo para a casa.

Já do lado externo, acendi meu cigarro e dei a primeira tragada.

Pude sentir o efeito tranquilizador que aquela coisa de nicotina me trazia. Soltei a fumaça e observei o movimento da rua. Quando já havia terminado de soltar toda a fumaça, tomei um gole do vinho. Perto da entrada do pub tinha um ponto de transporte coletivo. Fui até lá e me sentei. Como não era muito afastado da entrada, levei a taça comigo.

A fumaça saía, a bebida descia e eu não tinha idéia do que estava fazendo.

            Onde eu estou com a cabeça? Aceitando as investidas de Cristiano, me deixando ser levada com risinhos discretos, suspiros quando ninguém percebe e o pior, com Arthur do meu lado. Porra Lizzie, o Arthur é um cara bom. Eu acho, pelo menos. E o Cristiano, bem, eu o conheço a pouco menos de quatro horas. Já o Arthur sempre me apoiou nesses anos aqui na cidade.

Afinal, cheguei aqui em Glasgow há quatro, quase cinco, anos apenas com a matrícula na faculdade e um apartamento pequeno no centro. Logo depois, percebi que precisaria de um emprego para me manter. Óbvio né? Nem só de oxigênio ou Direito vive a mulher.

Em Liverpool minha família tem uma vida muito boa, porém, não gostava que eles ficassem me enviando dinheiro todo mês. Até porque quem quis sair de casa e mudar para a Escócia fui eu. O mínimo que eu poderia fazer era me manter na cidade nova. Além de que ficava bem mais tranquila sabendo que meus pais estão gastando o dinheiro deles com eles próprios e viagens pelo mundo. Tenho vinte e três anos e na minha cabeça, eu preciso me manter sozinha. Assim o fiz.

            Precisava de um emprego e logo conheci Arthur na faculdade. Éramos apenas amigos na época e ele me indicou para uma vaga de estagiária no escritório de um amigo dele. Depois de uns dois anos, meu chefe me efetivou e eu virei funcionária mesmo. Com todos os bônus e benefícios dos trabalhadores.

Por mais que eu saiba que Direito não é para mim, acredito que é bom ter um cargo de confiança em uma empresa grande. Vai que meu sonho de ser popstar não dá certo?

É... Eu não comentei né?

Eu canto.

E antes que pergunte, sim eu comecei no coral da escola e da Igreja, como qualquer outra criança com a voz bonita.

Hoje em dia eu canto em alguns pubs da cidade quando eles me chamam ou quando alguns amigos me indicam. Quero ficar famosa mesmo sabe? Talvez pela Escócia inteira ou pelo Reino Unido. Quem sabe eu não fico famosa cantando em Madrid? Talvez até pela Europa inteira.

Dá certo com alguns grupos. Bem sei que é difícil começar sozinha, sendo mulher e tal. Mas eu sei que eu canto bem e tenho chances de fazer sucesso. E vamos combinar... Tem cada um por ai que finge que canta e faz sucesso.

Eu tenho chance!

- Vai congelar ai garota. – aquela voz. De novo!

Estava tão absorta em pensamentos que nem percebi quando Ronaldo chegou e sentou-se ao meu lado.

- Hey! – disse sorrindo e dei a última tragada no cigarro, apagando-o em seguida e joguei na lixeira que havia integrada ao banco que eu estava sentada.

- Por essa eu não esperava. – ele falou me observando. Lá vem o papo de que fumar faz mal a saúde.

- O que? – perguntei virando para ele e arqueando a sobrancelha esquerda.

- Você fuma. – respondeu simplesmente. – E toma vinho. – completou enquanto eu bebia um gole da bebida. – O que mais de ilegal você faz?

- Fumar e beber não é ilegal! E outra, eu não fumo sempre. – informei repousando a taça ao meu lado. – Agora o vinho... Não posso dizer o mesmo. – e sorri percebendo que ele me acompanhou.

- É, eu também tenho meus vícios, gosto de praticá-los quando preciso pensar – ele falou enigmático. Quais vícios será que ele tem? No mínimo deve ser viciado em academia, já que aqui fora pude perceber seus músculos torneados pela camisa e calça – Qual é a sua desculpa?

- Um pouco de tudo, eu acho. Fumar me acalma, me ajuda a pensar sabe? Sei que não é o melhor jeito de pensar, mas sei lá. Funciona – dei um sorriso fraco e virei meu olhar na direção da rua. Tomei outro gole do vinho, permanecendo com a taça em mãos.

- Qual é a sua história Lizzie? – Ronaldo perguntou pegando a taça das minhas mãos e virando o conteúdo dela na grama ao nosso lado. Sorte dele que já estava acabando mesmo. Senão, cabeças iriam rolar.

- A minha história? – perguntei ainda fingindo observar o fluxo de carros que já diminuía. – Não sei. - e eu ri baixinho.

- Posso te ajudar? – concordei com a cabeça – Se descreva em quatro palavras. – pensei um pouco e logo um sorriso surgiu em meus lábios.

- Uma garota com sonhos. – respondi e percebi que ele me olhava com a sobrancelha arqueada. – Que foi?

- Tão enigmática... – zombou Cristiano. Ótimo, o cara agora me zoa. Lindo isso! – Qual o seu sonho, Liz? – ele estava sério agora. Hello. Alguém aqui sofre de bipolaridade! Além de mim, é claro. E talvez Arthur.

- Se eu disser, você iria rir de mim.

- Tenta. – não percebi que ele havia se aproximado. Estávamos tão próximos que eu pude sentir o hálito quente e convidativo sair de sua boca.

- Talvez outra hora. – respondi me aproximando mais.

            Ele estava bem próximo e eu não havia me afastado ainda. Seria infantil dizer que meu coração estava acelerando? Céus! Quanto tempo eu não sentia isso.

            Cristiano ainda me encarava com aqueles olhos azuis e eu estava quase me perdendo naquela imensidão. Ele continuou se aproximando e, finalmente, selou seus lábios nos meus. Não teve língua nem nada. Apenas um selinho que fez meu coração dar um salto. E um selinho que durou muito para eu sentir os lábios macios de Cristiano nos meus, sentir aquela excitação e vontade de quero mais. Porém, durou menos do que eu queria. Eu precisava sentir mais daqueles lábios, colocar minha mão nos cabelos dele e poder provar, efetivamente, o gosto de seu beijo.

            Ronaldo se afastou e repousou sua mão em meu rosto, afagando minha bochecha. Quando se afastou definitivamente, abriu um sorriso terno, bem diferente dos outros maliciosos que ele havia me lançado durante toda a noite.

- Hey fugitivos! – ouvi a voz embriagada de Arthur e gelei. - Ai estão vocês! – pelo seu tom de voz, ele não havia visto nada! Ainda bem! Papai do céu gosta de mim. - Vou levar a Alice embora. Você vai bem pra casa?

- Sim! Vou só terminar de tomar essa taça e já vou. – disse tentando encobrir a taça vazia que estava repousada ao meu lado. – Me liga quando chegar? Você está meio alterado por causa do álcool.

- Eu ligo! Fique tranquila. – ele veio na minha direção, quase cambaleando, e me deu um beijo na testa.

            Logo depois ele saiu. Vi que seus irmãos e os namorados saíram após e me lançaram um tchau de longe. Retribui e fiquei os observando de longe. Estavam todos alterados, ouvia suas vozes altas e as risadas extravagantes de longe. Assim que não podia mais vê-los, voltei minha atenção para a taça vazia, pensando porque é que eu tomei tudo de uma vez e deixei Cristiano jogar fora o último gole. Idiota!

            Ronaldo, que havia se afastado definitivamente agora, continuou calado até Arthur e os outros sumirem de vista.

            Cerca de trinta segundos depois de silêncio, ele resolveu falar.

- Me leva para a casa do Arthur?

~♥~

 

            Estacionei em frente à casa de Arthur e vi que tudo estava apagado. O carro de Alice estava na garagem assim como dois dos três carros dos pais de Arthur. Já o Porsche preto não estava presente.

- Acho que eles não estão ai.

- Pergunta para o porteiro. – eu disse destravando as portas do meu carro.

            Batuquei uma música qualquer no volante do carro enquanto Ronaldo não voltava.

            Avistei-o voltando com cara de cachorro sem dono. O que será que aconteceu agora?

- Eles não estão e nem o porteiro. O segurança, muito educado por sinal, - opa, senti uma ironia pesada – informou que meus tios não estão, a Alice e o João chegaram e já saíram em seguida e o Arthur nem deu as caras por aqui. - ele me explicou entrando de volta no carro e sentando no banco do passageiro. Ficou me olhando esperando uma reação, e talvez, uma resposta, mas nada veio.

Uma pergunta, porém, rondava minha cabeça. Onde é que o Arthur estava?

Ele havia dito que voltaria para a casa e traria a Alice consigo, e agora, ele nem apareceu? Talvez ele tenha esquecido algo em algum lugar. Droga!

- Liz, ta tudo bem?

- Oi? – perguntei despertando do meu pequeno transe.

- O segurança não me deixa entrar. Ele disse que só com a autorização de alguém da casa e não consigo falar com nenhum deles no celular – falou Ronaldo e caramba, ele estava envergonhado – Me leva para um hotel?

- Claro, Ronaldo! Passamos por alguns hotéis até chegar à minha casa.

            Dei partida no carro disposta a apagar o que rondava minha cabeça. Rumei novamente para o centro da cidade, para poder chegar em casa e antes passar pelo bairro cheio de hotéis.

            Liguei o rádio e deixei tocando uma música qualquer. O silêncio estava assustador. Sorte que Cristiano estava gostando da música que tocava e logo percebi que ele batucava nas pernas no ritmo da música. Acredito que ele tenha ficado numa zona de conforto e segundos depois começou a cantar baixinho.

            Eu passei a observar as pernas musculosas dele, não conseguindo reprimir pensamentos impuros. O que esse cara fazia para deixar a perna tão gostosa desse jeito? Os músculos dele estavam em evidencia pela calça jeans, for God sick! Quem que possui pernas assim?

- Gostou? – pega no flagra encarando a perna dele! Parabéns Lizzie!

- Do que?

- Do que você tanto olha.

- Nada demais, na realidade. – falei esnobe, dando de ombros para ajudar na minha tentativa de não demonstrar tanto interesse naquele par de pernas.

- Claro, por isso essa sua cara de bobona! – revirei os olhos, mostrando a língua para ele em seguida.

            Parei num semáforo e peguei meu celular na bolsa, ainda ignorando o sorriso do Sr. Ronaldo ao meu lado.

- Alice? – perguntei quando ouvi a voz alegre e provavelmente mais bêbada do que eu me lembrava.

- Eu Liz! Já chegou em casa?

- Estou indo. E você? Onde está? – suspirei e fingi não perceber que o sorriso presunçoso de Cristiano sumiu dando lugar para um curioso.

- Indo para uma balada na cidade.

- O Arthur está com vocês? – perguntei acelerando o carro, pois o sinal verde já havia aparecido.

- Ué, achei que ele estivesse com você.

- Ele não está. – parei de falar e diminui a velocidade do carro – Você sabe onde ele está? Algum palpite? – perguntei e nem percebi que a pergunta havia soado com receio.

            Bom, alguém percebeu meu receio e logo ouvi a risada escandalosa, digna de uma bêbada, do outro lado da linha.

- Liz! Como nunca percebeu, pelo amor de Deus!? Você é corna!

            Ok. Levei um soco na barriga quando a Alice falou isso. Senti meu rosto perder a cor e meu coração dar um salto, rumando para a minha boca querendo sair do meu corpo. Apertei o volante com força e acelerei o carro.

            Olhei de relance para Cristiano e ele estava com uma ruga entre os olhos me questionando com o olhar. Abri um meio sorriso amarelo e suspirei.

- Tem idéia com quem ele esteja? – pronto. O olhar de Ronaldo agora adquiriu a resposta, e ele crispou os lábios me olhando com pena.

            Porra Arthur. Que ódio mortal de você.

- Ele deve estar com a Raquel ou a Louise, sei lá, Harris! São tantas. – ela respondeu me zombando e eu fiquei de saco cheio.

- Tudo bem então. Tchau Alice! Se cuida! – não esperei resposta, desliguei o celular e o arremessei para o banco de trás. Aumentei o som e acelerei mais o carro. Cristiano, ao meu lado, me olhava ainda curioso com a minha atitude, porém, inteligente como era, ficou quietinho.

            Se eu era corna, agora não era mais. Eu estava, oficialmente, solteira.

Quer o Arthur saiba...

Ou não.


Notas Finais


Até o próximo! ♥

Quem estiver acompanhando, se quiser dar um olá, estamos ai! ♥


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...