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História That Weekend - Seven


Escrita por: ifucdaniele

Notas do Autor


Hey! Como estamos?

Finalizando, de novo, essa história! ♥
Obrigada por quem leu e releu!
Vocês são foda!

Nos vemos lá embaixo! ;**


Capítulo 7 - Seven


Fanfic / Fanfiction That Weekend - Seven

Glascow – 23 de novembro de 2009.

 

- Lizzie Harris.

Meus saltos faziam barulho em cima do palco improvisado enquanto eu rumava para perto do reitor da faculdade. Ele entregou meu diploma, apertamos as mãos e sorrimos para a câmera. Voltei ao meu lugar louca para tirar a beca de colação de grau e ir para a casa pegar minhas malas.

 

Acenei para os meus pais enquanto me aproximava deles, mostrando o canudo azul de veludo em minhas mãos e eles acenaram de volta. Minha mãe estava com lágrimas nos olhos, meu pai estava com um sorriso orgulhoso nos lábios e ao lado deles estava Nick, meu irmão, que me lançou uma piscadela e abriu um sorriso. Me recepcionaram com um abraço de família e palavras de encorajamento foram ouvidas  junto de parabenizações pelo meu diploma.

Almoçamos todos em um restaurante chique no centro da cidade. Muitas famílias de estudantes havia ido para lá, deixando o lugar lotado. Mas como eu sou uma pessoa muito organizada, já havia reservado mesa com meses de antecedência.

Comemos entre risadas e fofocas de família. Meu irmão estava namorando uma francesa e pensava em casamento. Nunca imaginei Nick falando de casamento. Ele era bem saidinho na época da adolescência. Mas, fiquei muito feliz por vê-lo animado com o namoro.

Meus pais estavam planejando uma viagem num cruzeiro para comemorar os vinte e cinco anos de casados. Nada estava resolvido ainda, visto que o aniversário deles seria só no final do ano que vem. Contudo, ainda assim seria uma viagem inesquecível para eles. Principalmente para a minha mãe que sempre sonhou em fazer um cruzeiro pelo Caribe. Dei o meu total apoio aos dois, me colocando a disposição para ajudar no que fosse necessário.

Quando a conversa chegou aos meus planos, sorri amarelo tentando mudar o rumo da conversa. Nick me ajudou, contando mais de sua namorada e eu o agradeci mentalmente por essa rápida comunicação entre olhares. Deles, Nicolas era o único que sabia realmente dos meus futuros planos de ir para Madrid tentar a vida de cantora. E quando eu contei para ele, mesmo ficando meio receoso no início, ele também me deu apoio. Sem antes ralhar comigo porque ainda não tinha contado aos nossos pais. E agora estamos aqui. De frente um para o outro, com o olhar inquisitivo de minha mãe esperando uma resposta minha. Essa minha mãe... Não deixa passar nada.

- É lindo realmente ver que você está apaixonado, Nicolas. Mas quero saber da Lizzie agora. – ela cortou-o. Para minha surpresa, ela não havia soado grossa. Apenas curiosa. Nick ficou quieto na mesma hora, me olhando como se pedisse desculpa. Suspirei, largando o garfo e tomei um gole de vinho.

E então eu contei. Contei que iria para Madrid, que deixaria tudo aqui na Escócia. Contei também que iria para cantar, ficar famosa e seguir meu sonho. De início, eles ficaram quietos. Meu pai olhava de minha mãe para mim e eu sabia que eles estavam se comunicando por olhares, como faziam a mais de vinte anos. Esperei pacientemente a veia na testa de minha mãe parar de pulsar e meu pai parar de olhar para nós duas.

- Filha... – minha mãe começou depois do diálogo silencioso travado com meu pai.

- É ótimo ver você seguindo seus sonhos. – meu pai completou sorrindo para mim.

- E é melhor ainda saber que, mesmo querendo seguir seu sonho, você se formou. – minha mãe abriu um sorriso terno para mim. Meus olhos marejaram e eu deixei uma lágrima cair.

Os abracei meio sem jeito por cima da mesa. Eles eram os melhores, sempre soube disso.

Continuamos nosso almoço, agora com os três dizendo que eu logo estaria famosa e me esqueceria deles. Revirei os olhos, garantindo que nem em um milhão de anos eu esqueceria as pessoas mais importantes para mim.

 

Já estava tarde e meu vôo sairia de noite. Nicolas já havia ido embora de trem mesmo. Teria que voltar logo, pois teria uma reunião importante com seus sócios logo pela manhã seguinte. Meus pais foram embora logo depois, levando uma parte de mim junto.

Por mais que eu morasse sozinha há cinco anos, ainda não havia acostumado a viver sem a presença deles perto de mim. Não os acompanhei até o aeroporto. Minha mãe praticamente havia me proibido de fazê-lo, pois ainda tinha que terminar de arrumar poucas coisas para sair do apartamento. Minha mobília estava toda empacotada esperando o novo morador do apartamento. Exceto algumas decorações e porta retratos que eu havia guardado nas caixas para levar para minha nova cidade. Meu carro eu já havia vendido durante a semana e toda a burocracia com papeis e documentos para embarcar estava organizada, inclusive as autorizações para June ir comigo.

Fechei a última mala suspirando pesadamente. June estava em cima da cama, observando cada movimento meu pelo quarto. Ouvi meu celular tocando em algum lugar da minha bolsa e corri para atender. Arthur Montenegro.

- Alô? – saudei.

- Lizzie? – ouvi a voz de Arthur receosa do outro lado da linha.

- Oi! E ai?

- Só queria te dizer parabéns pela graduação. – ele disse, pigarreando logo após – Então, parabéns.

Uma rápida explicação: Arthur havia me ligado na noite do domingo que Ronaldo fora embora e brigamos feio ao telefone. Eu acabei dizendo coisas que não queria e ele também. Me chamou de vadia, fresca e idiota. E eu o chamei de coisas piores. Acabamos a ligação comigo mandando ele ir tomar no cu e ele me mandando para a puta que me pariu. Depois ele me ligou novamente, pedindo desculpa por tudo, inclusive pelas traições. No plural! Eu o perdoei, mas disse que não queria mais nada com ele, nem mesmo a sua amizade. Arthur, por sua vez, entendeu a minha decisão e me deixou em paz pelo resto do mês.

- Obrigada, Arty – agradeci, apoiando o celular no ombro, segurando-o com a cabeça e coloquei June no chão.

- An... Podemos nos ver? – ele perguntou.

- Não dá. Estou indo embora. – eu parei o que estava fazendo e sentei na cama.

- Como assim? Vai voltar para Liverpool?

- Não. – suspirei – Estou indo para Madrid.

Silêncio.

- Madrid, na Espanha? – ele repetiu.

- Sim, Madrid.

- E você volta quando?

- Acho que nunca. – respondi.

- Então ta. Boa sorte por lá. – ele finalizou meio seco e eu suspirei novamente.

- Obrigada Arty. Boa sorte por aqui. – finalizei também, mandando um beijo em seguida e desliguei.

Passei a mão pelo rosto e levantei. Mesmo com o peso da conversa ainda nos ombros, eu precisava descer no saguão do prédio esperar o táxi que eu havia pedido. Levei minhas malas, as duas caixas de coisas minhas e a gaiola com June para baixo, deixando-os aos cuidados do porteiro, e subi novamente para ver se não havia esquecido nada.

 

- Para o aeroporto, por gentileza. – pedi para o taxista, já dentro do carro.

- É para já, moça – ele respondeu, olhando para mim pelo retrovisor e eu sorri.

Fui o caminho todo em silêncio, apenas acariciando June que dormia tranquilamente em meu colo. Havia tirado-a da gaiola enquanto estava no carro. Já seria muito estressante para ela ficar a viagem toda dentro da gaiola, não adiantaria o seu sofrimento.

Minha vida estava mudando e eu sabia disso. Seria uma vida nova, num apartamento novo e sem ninguém que eu conhecesse. Talvez Cristiano, mas eu sabia que ele estava demasiado ocupado com a própria adaptação ao novo time e a cidade. Não o prejudicaria, nunca.

Ainda era diferente de quando eu vim para Glasgow. Quando cheguei à Escócia, eu sabia que viria para estudar. Agora em Madrid, eu não tinha um plano propriamente dito. Iria arriscar. E se tudo desse errado, eu não voltaria para Liverpool e muito menos para Glasgow. Enfrentaria meus erros e tentaria algum emprego relacionado ao Direito.

Com as malas e as caixas despachadas, June entregue às comissárias do meu vôo e acomodada em meu lugar, liguei o meu Ipod em uma música aleatória. Sorri ao ouvir os acordes de The Journey, do FM Radio. Meu pensamento vagou ao jogador que estava em Madrid. Em apenas três dias seria o seu primeiro jogo com a camisa do Real Madrid e tenho certeza que ele estava uma pilha de nervos. Abri minha carteira, pegando o ingresso VIP para o jogo que eu tinha recebido por correios há uns dias.

Meu celular tocou e o nome de Cristiano Ronaldo apareceu na tela. Ele lia pensamentos, ou o que?

- Oi? – atendi, sorrindo. Guardei o ingresso de volta na carteira, deixando-a dentro da minha bolsa.

- Está feliz? – ele perguntou e percebi que ele também sorria, devido ao seu tom de voz.

- Sim! – respondi.

- Está vindo, já? – voltou a me questionar.

- Estou dentro do avião. Esperando para decolar. – falei pausando a música. A comissária apareceu no início do corredor do avião, pedindo para os passageiros desligarem os aparelhos eletrônicos e celulares. – Tenho que desligar, jogador. Já vamos decolar.

- Tudo bem. Até daqui a pouco!

- Até, Ronaldo!

- Estou te esperando, Lizzie-linda. Eu e Madrid. – ele finalizou a ligação e um sorriso bobo estava nos meus lábios.

É, talvez eu tivesse um plano. Ou um plano B, caso o A desse errado. E se fosse necessário, eu iria seguir pelo alfabeto inteiro até atingir meus objetivos.

 

FIM.


Notas Finais


É isso ai, pessoal! ♥
Nos vemos em Justine: https://spiritfanfics.com/historia/justine-8598632



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