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História That's My Girl (Manjiro Sano) Mikey - Perseguição à Presidente


Escrita por: maviw e nephis

Notas do Autor


》Boo!

>> Apenas para esclarecer um ponto. A história atual está acontecendo um ano antes dos eventos do anime, ou seja, sem o protagonista chorão por enquanto!
>> Playlist de músicas para acompanhar a sua leitura, nas notas finais ~
>> Parece que não temos muito do Mikey hoje, mas conheceremos alguns personagens que podem ser importantes para a (Nome) no futuro, incluindo a aparição de um dos delinquentes da sua escola!

Boa leitura!
🍘 (Isso era para ser um dorayaki, eu juro)

Capítulo 6 - Perseguição à Presidente


Fanfic / Fanfiction That's My Girl (Manjiro Sano) Mikey - Perseguição à Presidente

— Ainda não acredito que você foi...

Definitivamente não era a primeira vez que eu escutava isso da Kyo hoje. Eu estava tão cansada quando cheguei no domingo que resolvi guardar as fofocas para hoje, pessoalmente. Claro que... deixei algumas coisas que não importam de fora; como a minha soneca no banco da estação, fugindo de lanterninhas, meu descuido com meus pulmões de merda... essas coisas sem importância.

Ela tinha olhos grandes ainda fixados na imagem de capa do meu celular. Uma foto minha e dele tirada em um momento em que eu estava tensa demais para sorrir, por isso aquilo carregava um ar tão estranho comparado ao cara loiro radiante ao meu lado.
Minha penitência. Usar essa foto como meu wallpaper durante um mês.

Eu confesso que esperava coisa pior.

— E eu continuo sem entender essa sua cara. Não foi você quem disse que eu deveria parar de enrolar o Mikey?

Ela ficou sem reação antes de soltar o meu celular e levantar rudemente, batendo as palmas na própria classe. Nossos bentös até pularam com o impacto.
— Não coloque minhas próprias palavras contra mim! Eu disse que se não valesse a pena, você deveria rejeitá-lo. E... e por que valeria? Ele é um delinquente!

Kyo sempre foi meio superprotetora com rapazes... e pessoas no geral. É por isso que eu não estava tão surpresa com a atitude dela agora. Minha amiga era bipolar?

— Seu irmão é um delinquente também.

— Exatamente! Eu sei que não vale a pena. Eu não recomendaria ele para ninguém!

— Se o Sou-chan estivesse aqui, ele choraria. Você é má. — peguei meu celular de volta e encarei o wallpaper por alguns instantes antes de decidir provocá-la mais um pouco. Com um sorrisinho apaixonado, segurei o aparelho virado para ela — vai dizer que não é uma gracinha?

— Horroroso. Nunca vi alguém tão feio.

Eu ri alto vendo ela enfiar uma bola de arroz inteira na boca com seus hashis.

Oshiro-san — levei os olhos até a voz masculina que chamou pelo meu sobrenome. Um garoto do terceiro ano estava na porta, esperando minha atenção. — ...O vice-presidente disse que está te esperando na sala do Conselho.

Tudo bem, estou indo em um minuto. Obrigada. — eu sorri e passei a arrumar minha bagunça do almoço, sendo seguida por um par de olhos deprimidos — Mikey é um cara legal, Kyo. Só é meio infantil na maior parte do tempo.

— Você gosta dele?

— O que?

— Se ele te pedisse em casamento, você aceitaria?

Fechei o zíper da minha bolsa colocando as alças sobre o ombro. Então endureci minha palma e bati levemente contra o topo da cabeça dura dela.
— Não. E porque o casamento veio antes do namoro? escutei Kyo choramingar enquanto eu me afastava da minha pergunta sem resposta — Não se atrase para o seu clube.

Me despedi fechando a porta atrás de mim, pensando ter escutado ela dizer alguma outra bobagem que não ouvi direito.
Eu lidei com a Kyo, lidar com ela era fácil. O problema agora era o resto da escola. Aquele grupo de alunos que presenciaram a cena escandalosa dos delinquentes que invadiram a escola em busca da Presidente. Alguns vieram até mim perguntar se eu estava bem, outros foram mais invasivos e decidiram criar as suas próprias teorias malucas sobre o que tinham telespectado.

É sério.

Um dos rumores contava uma versão macabra -para mim- sobre o que de fato aconteceu. Algo como a pobre, burra e ingênua, eu, ter me envolvido com um delinquente perigosíssimo que liderava uma quadrilha de criminosos e agora estava sendo ameaçada a sair com ele porque meus pais estavam na mira desses marginais. Eu posso com isso? E é por isso que os olhares a minha volta eram uma mistura de preocupação, pena, julgamento, dúvida... maldito seja, Mikey.

》• • •

— Então você não está correndo perigo?

Santo Yuri.
O único que me ouviria primeiro antes falar. Ao chegar na sala do Conselho, me deparei com ele sentado no sofá ao lado da poltrona, a cabeça debruçada na almofada de encosto e me cumprimentando com um sorrisinho pacífico em seu rosto delicado. Talvez porque fôssemos amigos desde o fundamental, ele sabia que eu não era tão imbecil assim para estar na posição da pobre eu que está sendo chantageada pelo namorado perigoso.
Ele sabia que eu não me envolveria com esse tipo de pessoa.

— Sim. Em partes a culpa é minha. — suspirei cansada, me aninhando mais confortavelmente na poltrona fofa — Acho que dei abertura demais ao Mikey e ele não reconheceu os próprios limites. Ele é esse tipo de pessoa, mas não do tipo que faria essas coisas de merda.

— E sobre a bagunça de sábado?

— ...Não foi exatamente ele — mordi o canto do lábio indignada por tentar defendê-lo. É claro que foi ele. Ele quem trouxe o poste-brutamontes para cá e disse para fazer um tumulto enquanto me procurava —, quer dizer... ele e outro cara foram responsáveis e já foram punidos pela escola. Mas o Mikey já me pediu desculpas e disse que não me causaria mais dor de cabeça... pelo menos não aqui — murmurei a última parte para mim — ...Agora só me sinto mal pelos caras pisoteados. 

Yuri mostrou os dentes como se isso o fizesse lembrar de uma piada interna.

— Quer que eu te acompanhe depois da escola hoje? Se ele for muito inconveniente, eu posso tentar persuadí-lo a te deixar em paz.

Não demorei para balançar a cabeça em negação à sua proposta acolhedora.

— Obrigada, Yuri. Se ele fosse insuportável, eu já teria me livrado dele. — fiz uma careta balançando minha palma frente o rosto. Mikey poderia até ser um chato narcisista, mas eu não consigo mais me imaginar passando por aquele parque sem ver sua cabeça loira idiota — Além disso, ele sempre trás um doce para dividir comigo. Como eu posso não me aproveitar disso?

Yuri pesou os olhos em mim por alguns instantes antes de sorrir.

— Parece bom para mim. — ele se inclinou para frente e deu um cascudo na minha testa, me fazendo afundar mais sobre a poltrona; meus olhos se enrugaram com o ponto meio dolorido — Mas me avise se ele tentar fazer algo rude, tá bom? Às vezes você tem uma visão muito benevolente das pessoas.

— Isso não é verdade.

— Você sabe que é. — ele apoiou o cotovelo no braço do sofá e descansou os olhos com o rosto deitado na própria palma — ...Bom, acho que você pode lidar com mais um delinquente.

— Claro que eu posso. O que me preocupa é a reputação do Conselho por causa desses rumores sem fundamento.

— Rumores desaparecem rápido. — olhei para ele de maneira sombria. Quem estava sendo taxada de imbecil chantageada mesmo? — Eu sugiro que esqueçamos disso por enquanto. Temos que focar nos preparativos do festival. Estamos quase atrasados com isso.

Eu suspirei pesado. Festival. Quase me esqueci que tinha compromissos nas costas já que um certo alguém me importunava sem parar com mensagens idiotas.

— Certo. O que a Nana falou sobre os nossos fundos?

— Suficiente para fazer a divisão em igualdade.

— Okay, perfeito. Quando Nana chegar, diz para ela começar a separar as quantias remuneradas só para as turmas que já nos entregaram as folhas dos seus programas. Eu vou te mandar o meu projeto de grade horária, nomes e funções dos monitores assim que o dia acabar.

— Você vai sair mais cedo? — ele se sentou ereto me observando levantar e juntar as palmas atrás das costas, num estalo reconfortante.

Yep. Vou dar uma passada nos clubes e ver o que estão produzindo. ~ Ou melhor... — peguei minhas coisas e caminhei até frente a porta, olhando para o garoto que me espiava por cima do sofá — Estou fugindo do fardo de ter que explicar essa história toda de rumores para aqueles dois. Faça isso por mim, certo? ♡

Fechei a porta tendo como última visão, um sorriso entediado do Yuri. Eu que não vou aguentar a Nana gritando nos meus ouvidos sobre ter me avisado que sair com o tal delinquente era uma péssima idéia.


O restante do meu tempo livre foi resumido em me enfiar em alguns clubes aleatórios e captar suas ideias mirabolantes. A maioria estava animada com os preparativos do festival, visto que o Bunka no Hi é aquele em que mais recebemos alunos de escolas externas. Ou seja; meninos ansiosos para ver rostos novos, meninas ansiosas para exibirem seus parceiros mais velhos. Enquanto outros, -eu como maior exemplo-, gostavam de passear pela escola o dia inteiro provando todas as especiarias possíveis que cabiam na minha barriga.
Ano passado, no último ano do fundamental, lembro de ter visitado uma barraquinha de doces estrangeiros com o fondue de frutas mais delicioso que eu já havia provado em toda a minha vida. Eu estava ansiosa para alguma nova descoberta esse ano.

Enquanto eu atravessava o corredor das salas de aula do segundo ano, senti meu celular vibrar no bolso do blazer.

[Sereia do crime:]

"Anpan"

"Katsu sando"

"Korone pan"

"Yakisoba pan"

"Melon pan"

You: Qualquer um dos doces está bom.

You: Vou levar chá hoje. Quer algum sabor específico?

"Amacha parece bom se for uma opção"

"Korone pan pra (nome)-chan ~"

You: Amacha, anotado.

You: Agora volta pra sua aula.

"Não quero"

You: Nada de chá amacha pra você.

You: Morra engasgado.

"Stô indo ~"

You: Bom. E não durma na aula.

"Hnmmnn... Z z z"
~

Besta...

Acho que o Ren não vai se importar se eu usar um pouco do seu estoque de chás. Ele trouxe uma caixa deles e os deixa guardados na cozinha exclusivamente para as reuniões do Conselho.
De qualquer forma, vou repor depois.

Enquanto eu esperava a água ferver no bule, resgatei a caixa de madeira de um dos armários da cozinha colocando-a sobre a mesa. Dedilhei pelos plásticos incolores com as folhas secas dentro, impressionada com as opções tão organizadas.
Konacha... hojicha... oolong... kocha... jasmine-cha... Eu já desconfiava disso, mas Ren é realmente um maníaco por essas bebidas.

Amacha!

Peguei o pacote entre os dedos, sobressaltando quando dei meia volta e me choquei com alguém que estava muito perto. O susto me fez fazer um barulho estranho com a boca e minha primeira reação foi impulsionar meus braços para frente, empurrando quem quer que seja, com muita força.

— Ryouta! — quase gritei vendo o garoto bater contra o armário que deveria estar atrás de mim, não dele.

Kaichou! Poxa, o que foi isso?! — ele se recompôs rapidamente massageando suas costas — eu nem disse nada e você se assustou...

— Então avise as pessoas antes de chegar, se não quiser assustar ninguém! — juntei o pacote de amacha que havia caído no chão nesse processo de susto e revidar — o que você está fazendo aqui?

As aulas já terminaram. Era raro que um delinquente estivesse na escola a essa hora, principalmente o líder deles.
Ryouta enfiou as mãos nos bolsos e se inclinou para frente com a expressão de quem tinha escutado uma coisa óbvia.

— ...Ouvi sobre os putos que invadiram a nossa escola quando a gente não tava'. — ele enrugou as sobrancelhas ao incluir seus companheiros delinquentes com penteados estranhos — Eles estão te chantageando, Kaichou? Só me diga de que escola eles são que eu e os caras vamos fazer com que eles paguem na mesma moeda!

Eu suspirei desviando dele para continuar a fazer meu negócio. E eu aqui achando que não precisaria repetir toda essa história.

— Não é nada disso... o cara que veio aqui é meu amigo. Ele trouxe outro idiota e acabou que eles causaram um grande, gigante, imenso mal entendido aqui dentro, enquanto Mikey me procurava.

Ele ficou imóvel antes de arregalar os olhos a medida que sua boca cresceu.

— Oh... Mikey? Mikey tipo, Manjiro Sano, Mikey? — não lembro do nome dele ser tão longo assim, mas balancei a cabeça — VOCÊ TÁ SAINDO COM ESSE CARA?!

Levantei os ombros na tentativa de proteger meus pobres tímpanos. Não deu certo. Desliguei a boca do fogão e peguei a orelha do bule caminhando até a pia, e, sendo seguida por um moleque de moicano verde tão chato quanto o delinquente loiro.
— É, ele mesmo. O líder da Tóquio Manji.

Boquiaberto, ele acrescentou quase sem ar.
— Mas... mas ele é perigoso.

— Perigoso? — eu ri secamente, concentrada na água quente que corria na minha garrafa térmica. Parece que não sou só eu que vivo cercada por rumores. — ele é só alguém que está tomando meu tempo e esforço, diariamente. Fora isso, Mikey é só um preguiçoso mimado que deve estar procastinando a liderança da própria gangue enquanto dorme no gramado de um parque.

E como raios alguém como ele pode ser líder de uma gangue? Bem... o cara atrás de mim é um líder de delinquentes. Esquece.

— Não, não... se for realmente o Sano-san, então a Kaichou deveria se afastar dele. — Ryouta insistiu em um tom nervoso, me fazendo derrubar os ombros cansada — É sério, Kaichou. Nós já brigamos com alguns membros da Tóquio Manji e todos eles eram os piores. Não prestam.

Inclinei meu pescoço em sua direção, o encarando só com um olho. A esse ponto Ryouta já havia sentado sua bunda folgada na mesa, mas eu ignorei isso graças ao seu tom e semblante genuinamente ansiosos. Eu também já ouvi algumas coisas que não gostei sobre a Tóquio Manji; Desde apostas compradas em lutas, violação de monumentos públicos, à violência gratuita e maldosa, no geral... Mas eu conclui que por se tratar de uma gangue recém criada, precisavam de números. E é claro que imbecis imprestáveis acabariam passando despercebidos em um recrutamento. Mikey já deixou bem claro desprezar esse tipo de gente, só que nem mesmo ele como líder, vai saber o que acontece quando ninguém está olhando pelo seu pessoal.

Eu sei disso porque também não posso controlar tudo o que acontece entre os estudantes da escola Mizuhara.

Era por isso que eu não podia simplesmente dispensar a preocupação do Ryouta e dizer que ele estava errado. Na verdade, eu fiquei feliz e tocada com aquela preocupação em cumprir o tal 'dever' que ele involuntariamente expressou ter, de defender a nossa escola e seu orgulho.

Eu sentia o olhar fixo nas minhas costas que esperava por algum comentário que não chegou prontamente.
Após depositar as folhas naturalmente doces do amacha dentro da térmica, adicionei só mais uma colher de açúcar e fechei a tampa. Me voltei para a mesa onde Ryouta permanecia sentado e puxei minha bolsa para perto da extremidade contrária de onde ele estava, então guardei a térmica na bolsa.

— Kaichou...

— Sabe — eu finalmente acrescentei enquanto guardava os materiais que utilizei para fazer o chá, bem como a preciosa caixa de especiarias do Ren de volta ao armário —, eu acho que essa atenção toda que você dá aos problemas que não te convém, seria muito mais proveitosa se você usasse com a sua namorada.

Encarando-o por cima dos ombros enquanto fechava as portas do armário, observei como aquele rosto pálido se transformou em algo semelhante a um peru grelhado de tão vermelho. Não pude me impedir de dar uma risadinha satisfeita com aquela reação.

— E-então você já sabe...

Cantarolei pegando minha bolsa com o objetivo de deixar a sala finalmente.

— Cuide bem dela, Ryouta. Pelo que escutei, é uma boa garota. Você têm muita sorte, mesmo com esse rosto sempre arrebentado pelas suas brigas sem sentido.

— Não mude de assunto! — fui seguida por um garoto desastrado e tímido que cambaleou para saltar da mesa — Você vai encontrá-lo agora, não é? Me deixa ir junt-

— Nem pensar. — o impedi com uma palma. Suspirei pesado e segurei a porta, já com os pés para fora da cozinha — ...Escuta. Mikey não é tão ruim assim, caso contrário, eu não teria aceitado sair com ele, certo? Não se preocupe comigo.

Ryouta franziu o cenho, inseguro. Sem nada para rebater, eu mostrei a ele um sorriso confiante e deixei o cômodo resmungando como frase de despedida: "Agora vai dar alguma atenção para a sua namorada".


Hoje foi um dia... extremamente cansativo.

Acho que faz parte do bordão dos delinquentes esse orgulho ferido ao ter o seu 'território' invadido, -tipo cachorros, isso é estranho-, bem como as suas escolas. Eu de coração não quero ter que arcar com a notícia de que o Ryouta e os outros foram tirar satisfação no território do Mikey. Isso além de vergonhoso, me daria muita raiva. Acho que vou ter que conversar com ele mais seriamente amanhã.

Entrando pelo portão do parque, imediatamente tive uma visão distante de alguém esparramado no gramado, com os braços atrás da cabeça e uma perna cruzada no ar.

Eu abri um sorriso sorrateiro e apertei o passo.



Notas Finais


Playlist de músicas para os capítulos: https://youtube.com/playlist?list=PL2TTgFaVGDozmoPuq_d3u7Q2qiMCLjMiG

Até breve, eu espero! 🍭♥


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