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História The Basics of Love - I wish I wish


Escrita por: itsametaphor

Notas do Autor


oi gente amo vocês! Obrigada pelo retorno que tem me dado, eu fico feliz demais com isso!! <3
obrigada Sis, por ter me ajudado❤️

Capítulo 4 - I wish I wish


Cap4- I wish I wish 

 

   Meu filho estava dormindo em seu quarto, ele parecia tão tranquilo, um anjo. Peço todos os dias, que eu consiga dar a devida atenção para ele, à algo ou alguém que nem sei se me escuta, mas é importante para mim ter a quase certeza de que não descuidaria dele e de mais nenhum filho se um dia chegar a ter, a dor do ato de descuidar é imensa.

 

  Eram sete horas e a janta dele estava pronta, mas não quis acordá-lo, segundo Justine ele passou a manhã toda brincando sem parar. Eu tenho trabalho praticamente todos os dias, não posso ficar acordada deixando a insônia, mais uma vez, tomar conta de mim, é melhor eu ir dormir antes que seja tarde.

 

•~

 

    — Mommy? - escutei a vozinha dele vinda da porta. Provavelmente estava com medo também, mas não sei como passou pelo corredor se estava escuro.

 

    — Hm. - assim que respondi, consegui ouvir seus passinhos apressados até subir na cama.

 

    — Posso dormir aqui com você?

 

    — Está com medo da chuva?

 

    — Não... mais ou menos. - eu até negaria, mas como? Se ele está com medo, o que eu mais quero é protegê-lo, de uma forma ou outra.

 

    — Claro meu bebê, vem aqui. - abri meus braços para que ele se aconchegasse, fechei meus olhos mas não dormi, eram quase quatro horas da manhã e agora havia perdido o sono.

 

    — Eu não sou um bebê.

 

    — Não, claro que não, é meu fetinho - dei um leve riso com ele.

 

    — O que é um feto?

 

    — Vem antes de ser um bebê.

 

    — Ah tá... ei! Também não sou isso, sou um mocinho.

 

    — Tá bom, feche os olhinhos e faça um pedido.

 

    — Você também.

 

    — Sshh. Quietinho.

 

    — Posso pedir o que quiser?

 

    — Sim, você pode, desde que não seja errado.

 

  Raios e trovões ainda soavam rusticamente pelo lado de fora, eu estava abraçando meu filho com um braço, o outro estava em minha orelha para abafar o som. Chuvas desse jeito me deixam um pouco apreensiva, são um tanto quanto ameaçadoras, parecem que não acabam nunca e se torna impossível enxergar alguma coisa além de água e mais água. Não que a água seja ruim, mas ela vem de uma forma tão violenta que me faz pensar no fim do mundo, um pouco de exagero, mas é o que penso. Eu odeio ter que admitir isso, mas como eu queria e precisava de Robin, droga! Minha calmaria está a casas longe daqui, no beijo, abraço e conforto daquele que eu era capaz de dar a vida por.

 

    — Mommy? Eu vou ligar para o papai, rapidinho. Só quero saber se ele está bem e se fez o pedido também. 

 

    — Incomodar seu pai à essa hora, Roland?

 

    — ... sim.

  

    — Pode, mas não demora, por favor e não se esqueça de acender as luzes pra que não caia.

 

   — Não vou demorar, fica aí quietinha. - me deu um beijo na testa antes de se levantar com seu macaco cinza de pelúcia.

 

  Fechei meus olhos e tapei o ouvido novamente quando ele fechou a porta do quarto.

 

.

 

  Acendeu as luzes rapidamente para que nada de "ruim" acontecesse, foi direto para o telefone da sala.

 

    — Qual era o número mesmo? - colocou seu indicador em seu queixo e teve uma ideia.

 

  Pegou o celular de sua mãe que estava no balcão, colocou a senha, o que não foi difícil para Roland porque era o aniversário de casamento dela e de Robin, fácil de lembrar, a família deles fazia questão de lembrar essa data. Procurou o nome de seu pai nos contatos e ligou.

 

    — Papa, vamos... atende.

 

    — Alô? - respondeu com uma voz sonolenta, afinal, estava de madrugada, já era de se esperar que ele estivesse dormindo.

 

    — Papa! Sou eu.

 

    — Hey, garoto, qual motivo de tanta urgência para me ligar essa hora? Era para o serzinho estar dormindo, cadê sua mãe?

 

    — Queria saber duas coisas, ela está no quarto.

 

    — Lá vem, pode falar.

 

    — Então... você pediu alguma coisa relacionado à mamãe essa noite? - a criança proferiu tais palavras tão rápido, quase que sei pai não foi capaz de entendê-las.

 

    — Filho, por que essa curiosidade toda? - Robin estranhou o filho ter ligado esse horário só para perguntar isso.

 

    — Porque sim, vamos que eu tenho outra coisa para perguntar.

 

    — Pedi, pedi sim. Eu sempre peço. - confessou.

 

    — Sorte sua que os pedidos precisam ser segredo, senão te perguntaria todos os dias quais foram. A outra coisa agora, o que eu faço se a mamãe está um pouquinho chateada?

 

     —  Chateada por que, Roland? - sua voz mudou de sonolenta para preocupada, não queria ver a esposa, ex-esposa, assim. Ainda dói vê-la machucada, é pior ainda saber que já não pode fazer algo para ajudá-la.

 

    — Eu acho que é por causa da chuva, ela está tapando os ouvidos e fechando os olhos com força quando escuta trovões.

 

    — Não tem muito o que fazer filho... fica perto dela, diga que você está lá para protegê-la, senão o que ela está sentindo não irá passar. - ele sempre soube como cuidar de Regina, nunca deixava a mulher na mão, seja com complicações ou com sentimentalismo. Até hoje sabe, só não tem muita oportunidade de ajudar, não mais.

 

    — Entendido, capitão. Agora boa noite, durma bem. - do outro lado da linha, Roland colocou a mão na cabeça e fez o sinal de soldado.

 

    — Você também, anda logo moleque, vá dormir.

 

    — Tchau, papa! - esse foi o fim de mais uma ligação dos dois, a criança foi desligando as luzes e subindo correndo para ajudar a mãe, lembrando de todos os passos que seu pai proferiu.

 

    — Cheguei, não precisa mais ficar com medo, mamãe.

 

    — Que bom, little bean, venha cá.

 

    — Você não precisa ficar com medo, nunca mais, tá bom? Eu vou te proteger que nem o papai, pra sempre. - dizia enquanto passava suas pequenas mãozinhas nos fios negros da mulher.

 

    — Filho, quem te disse isso? - ela reconhecia todas essas palavras, cada sílaba dita "você não precisa ficar com medo, nunca mais. Eu vou te proteger... pra sempre". Robin dizia isso à ela.

 

    — Segredo.

 

    — Continua sendo segredo se eu já sei?

 

    — Depende, quem você acha que foi?

 

    — Teu pai, ligou pra ele pra perguntar o que? 

 

    — Coisas de homens. 

 

    — Roland, ligou para perguntar o que?

 

    — Eu liguei pra perguntar como fazer você parar de ficar tristinha, não gosto de te ver assim.

 

    — Senta aqui - os dois se sentaram na cama, um de frente para o outro e ela ligou a luz no interruptor que estava em cima da cabeceira da cama - Nem sempre você vai me ver sendo forte, eu sei que teria de ser para te mostrar isso, mas o certo é te mostrar o que realmente sentimos, e ninguém é de ferro a ponto de deixar suas aflições e preocupações passarem despercebidas. É por isso que às vezes a mamãe chora, não é fácil aguentar tanta coisa, todo mundo tem medo de alguma coisa. Promete que não vai guardar suas lágrimas também, está bem? Também não gosto de te ver chorando, mas isso é ser humano - colocou ambas as mãos nas bochechas do garoto que a olhava atentamente.

 

    — Eu não vou, juro de dedinho - ergueu seu mindinho junto ao dela para selarem o juramento.

 

    — Eu te amo, bebê.

 

    —Também te amo, mamãe.

 

  Apesar dos apesares, Robin ainda se importa com a ex-esposa do mesmo jeito que ela se importa com ele. Se um não está bem, o outro sente de longe, não precisa de muito pra perceber, o amor deles foi tão bom, tão intenso, que dura, ocultamente, até depois de uma separação.

 

.

 

  Quando me deparei com Regina e Jefferson conversando, não fiquei muito agradável, admito, até onde eu sei ele é uma boa pessoa, mas fiquei até um pouco decepcionado quando o pensamento de que ela havia me esquecido passou pela minha cabeça. Eu sei que a melhor opção para nós dois seguirmos em frente, seria esquecer o passado que tivemos, mas foram coisas muito fortes para virarem apenas vagas e sem importância.

 

  Passei a madrugada pensando se Regina estaria bem, depois que Roland me ligou então, não parei mais. Mesmo longe parecia que ela ainda estava por perto, a todo momento em meus pensamentos.

 

  Acordei cedo e aproveitei para tentar fazer um café da manhã caprichado, para um homem só. Coisa que claramente não deu certo, comida não eu sei fazer, café sim, sou uma negação na parte culinária e por causa disso, dividíamos quem cuidava de cada coisa, mas é claro que nos ajudávamos, inclusive na louça, algumas vezes acabava em sexo. Tenho saudade desse tempo, tempo em que não tínhamos discussões fortes, ou qualquer cosia do tipo.

 

  Recebi uma encomenda hoje que dizia ser um convite, era um baile, onde teríamos que ter a rainha e o rei, coisa de colégio, mas que nossa vizinhança considera uma tradição, assim como os festivais que acontecem aqui todos os anos. 

 

  As instruções estavam escritas no papel, aparentemente escrito com caneta de pena e à mão, com certeza não era uma cópia, dava para sentir o cheiro da tinta. Meu par estava com seu nome escrito bem ali, e diferente dos outros anos, não era 'Regina Mills'. Eu já tenho minha diversão desse sábado, para esquecer meus problemas.

 

  Alguns minutos depois, um grupo de amigos meus daqui, os tais que tentaram jogar vôlei no parque, também disseram terem recebido esses convites, mas aqueles que são casados, ou coisas do tipo, estão com suas companheiras (os) como par.

 

 

  .

 

 

  Levantei da cama em um pulo por causa da campainha, meu sono estava mais leve do que o normal, pelo jeito consegui voltar a dormir. Olhei pro lado achando que tivesse perdido a hora, segundo o relógio ainda era cedo, mas Roland não estava mais aqui, talvez tenha ido para a casa de sua avó, menino esperto. Ele pode ser novo, mas aqui nunca tivemos problema em deixá-lo sair, é claro que não o permitimos ir além dos limites, seria demais para um ser pequenino que nem meu bebê.

 

  Amarrei meu robe e fui até a porta. Era um envelope e uma caixa que continham meu nome escrito em uma ortografia de se invejar, há um convite dentro, não esperei muito tempo para abri-lo e perceber que era o baile que acontecia todos os anos, somente mais uma das confraternizações que acontecem, só que como dizem, mais peculiar.

 

  Pelo o que parece, terei que rodar o salão procurando por Jefferson, era seu nome que o convite constou como meu par. Não sabia que ele morava aqui, muito menos que seria meu par, a vida é uma caixinha de surpresas, mal conheci o homem e já teria que dançar com ele. Só de pensar nessa palavra 'dançar' já me vem o fato de que também vou dançar com Robin, fomos eleitos como o casal do baile ano passado, consequentemente, teríamos que dançar esse ano novamente, o bom é que foram tantos anos que não precisamos nem de ensaio mais dependendo da música.

 

  Mary vai passar aqui em casa para buscarmos os vestidos do baile, como as pessoas já sabiam que o evento aconteceria, mandaram fazer suas roupas mais cedo. O evento será nesse sábado e eu não sei nem como agir, incrível, eu já estava tão acostumada com esse tipo de coisa e agora parece algo totalmente novo. Robin of Locksley sempre foi e sempre será meu problema.


Notas Finais


tenham um bom dia, quando eu digo bom dia eu quero dizer qualquer hora do dia. Até mais!! :))) <3


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