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História The Bavarian - Love Is The Name


Escrita por: gotzeuski

Capítulo 10 - Love Is The Name


Fanfic / Fanfiction The Bavarian - Love Is The Name


            Could this be love?
            I'm feeling drifting up

            On ceilings with your touch
            Could this be love? 
           'Cause when we kiss
           My heart drops like a bomb
           I'm in pieces when you're gone
           - Could This Be Love - The Wanted

 

- vai passar quantos dias em Dortmund? - pergunto. Amanda e eu estamos na cozinha, comendo a pizza que eu pedira. Estávamos conversando sobre o jogo, até eu resolver fazer a pergunta que estava me intrigando desde o minuto que colei os olhos nela, ainda no estádio. 
     - três. - ela da um meio sorriso. - aí depois volto pra Munique, decidir coisas... Preciso fazer alguma coisa da vida agora que me formei em fisioterapia.
      - posso te ajudar! Conheço várias clínicas boas aqui em Dortmund, além do quê você pode ser fisioterapeuta do time e...
     - Marco. - ela me corta. - quero algo em Munique. Lewan também me ofereceu para ser fisioterapeuta do Bayern. Mas não sei. Quero trabalhar em clínica mesmo, tipo o dr. Millard. 
     - ah... Tudo bem. Não quer largar a "cidade dos sonhos" - despejo toda a minha ironia ao falar de Munique. O ódio pela cidade, que havia sido esquecido por alguns dias, voltou com tudo, ainda mais forte. 
      - ainda não tenho nada decidido. - ela diz, percebendo minha raiva. - vou esperar. Estamos no final de novembro, não vou conseguir achar nada no momento.
     - é... Tem razão, me desculpe. Então, três dias em Dortmund. Amanhã não tenho treino, posso te levar pra passear pela cidade! 
     - pode ser. Mas aposto que vou odiar.
     - ha! Espere pra ver.

     O clima tenso logo foi quebrado. Na verdade, me senti um idiota por ter sido grosso daquele jeito. Se eu estivesse no lugar dela, também não deixaria a cidade em que moro. 

     - bom, preciso ir, Reus. - Amanda anuncia. - amanhã, nos vemos que horas? 
     - espera, eu te dou carona! - ofereço. Não gosto da ideia de Amanda andando sozinha por aí. - e acho melhor eu te ligar assim que acordar, não? 
     - é, melhor.

     Vamos até meu esportivo preto e dirijo até o hotel. Nos despedimos e volto para casa. Coloco o relógio para despertar e me deito.

     Acordo com o despertador, as 10:00. De início penso em desligar e voltar a dormir, mas depois me lembro de Amanda. Me levanto, me arrumo e vou até a sala. 

     - Mau, pode me fazer um favor? - peço.
     - claro, Marco! - ela sorri.
     - uma amiga minha vem jantar aqui hoje. Pode cozinhar algo? Você sabe que sou um desastre na cozinha, e já pedimos pizza ontem...
     - claro! Pode deixar comigo, não irei decepcionar sua amiga.
     - você é a melhor, Mau. Estou bonito?
     - está indo se encontrar com ela?
     - sim! - acabo sorrindo.
     - está lindo, senhor Reus. 
     - obrigado, Mau. Nos vemos mais tarde!

     Corro para meu esportivo preto e mando mensagem para Amanda. A encontro na recepção do hotel.

     - prepare-se para conhecer Dortmund!
     - não, obrigado. Tem algum lugar silencioso e bonito pra irmos? Preciso pensar.
     - claro, claro... Eu acho que também preciso. Já sei o lugar perfeito.

     Conduzo o esportivo até um parque. Amanda caminha silenciosamente ao meu lado. Estranho suas atitudes, mas resolvo não comentar.  

     Nos sentamos embaixo de uma árvore. Observo as pessoas, os casais, as crianças... Todos normais. E meu olhar vai para Amanda ao meu lado, que observa o nada a sua frente.

     Eu e ela somos amigos. Nada mais do que isso. Houve alguns beijos, claro. Mas foram apenas pelo momento. Quando ela me convence a usar a touca na Allianz Arena. Em meu hotel, quando ela admite ter sentimentos fortes por mim. E em nossa despedida.

     Fora esses momentos, somos apenas amigos. Sua presença se tornou algo bom para mim nas últimas semanas. 

     Mas eu não sei se quero só amizade com Amanda. As borboletas que as vezes se formam em meu estômago quando vejo seu sorriso, a felicidade que sinto ao vê-la, as mensagens que troco sorrindo... 

      Mas somos só amigos. 

     - Marco? - ouço sua voz e me desligo dos pensamentos.
     - sim?
     - aqui é realmente muito bonito.
     - teve tempo para pensar?
     - sim. 
     - eu também. Pensou sobre o que?
     - ah, sobre meu futuro, essas coisas... E você?
     - nada demais, só sobre os próximos jogos. - minto. 

     Prometo a mim mesmo não ultrapassar mais a linha da amizade com Amanda. Não quero perdê-la por alguma idiotice, muito menos magoa-la. 

     - ok. E agora, sr. Dortmund? - ela me cutuca, me fazendo rir. 
     - vamos continuar o passeio!

     A levo em vários lugares. Fico feliz ao ver sorrisos em seus lábios cada vez que chegamos em um ponto turístico diferente. 

     Já se passa das 18:00. Estamos voltando para meu esportivo.

     - Mandy...? - a chamo, um pouco inseguro.
     - sim...?
     - quer ir lá em casa hoje? Jantar? 
     - pode ser. - ela sorri.

     Me lembro da promessa que fiz de não ultrapassar a linha da amizade. Isso me impede de segurar sua mão. Ficamos em silêncio até chegar em casa. 

     Entramos. Vou arrumar a mesa. Agradeço mentalmente a Maud por ter feito um prato que amo. Batatas recheadas.

     Amanda me ajuda e nos sentamos para comer. Quero falar várias coisas, mas não consigo. Me sinto um adolescente em seu primeiro encontro. Eu estava agindo normal com Amanda até ter aqueles pensamentos. Agora eu quero correr e abraçá-la, beija-la, toca-la. Mas ela é apenas uma amiga, e amigos não fazem isso.

     - sabe, Marco... - ela me chama após terminarmos de comer. - lembra o que eu disse sobre os sentimentos fortes que sinto por você? 
     - claro. - dou um meio sorriso. - são positivos ou negativos?
     - você tem treino amanhã?
     - sim. E depois também. E aí, são positivos ou negativos?! - fico cada vez mais curioso para ouvir a resposta.
      - ah... Boa noite, Marco. - ela sorri e vem até mim. Em seguida beija minha bochecha e caminha até a porta da frente. Fico atordoado por um momento, depois corro para segui-la. Mas ela entra no elevador. Xingo mentalmente.

     Entro novamente em casa me amaldiçoando. Só paro quando sinto meu celular vibrar.

     "Positivos." 

     A raiva se transforma em felicidade. Isso é bom. Porém, somos só amigos. Isso pode ser um problema. Resolvo comentar com os meninos para ver se eles podem me ajudar. 

     ~ no dia seguinte ~

     Chego no CT e vou direto falar com Mario. Comento com ele sobre a noite anterior.

     - isso é ótimo! - ele sorri. 
     - mas somos só amigos! 
     - são? Por que não são algo a mais? Marco, ta na cara que você gosta muito dela. E ela também, então... 
     - mas e se eu estragar tudo...? E ela não mora aqui. Não temos futuro.
     - por acaso algum dos dois tem bola de cristal? Você só saberá se arriscar! 
      - tenho medo...
      - ok, então vamos fazer o seguinte. Pense nisso como um campo de futebol. Você é o jogador. Amanda é o gol. Você tem um grande caminho. Pode perder a bola e dar ao time rival uma chance. Pode se lesionar. Pode errar. Pode sofrer uma falta. Mas você só vai saber se tentar. Certo?
     - sim.
     - mesma coisa. Tente. Talvez ela diga não, o que eu duvido, mas você só vai saber se tentar. Quando ela volta pra Munique?
     - depois de amanhã.
     - então faça alguma coisa rápido. Vou te ajudar. O que ela faz da vida?
     - é fisioterapeuta. Se formou, agora está procurando emprego. Mas não quer nada com times.
     - vou tentar procurar algo aqui. 
     - valeu, bro!

      Eu não estou muito confiante. Não quero estragar as coisas com Amanda, gosto muito de nossa amizade. Mas de todo jeito, Mario está certo. Preciso arriscar. E já tenho algumas ideias de como farei isso.



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