HOSEOK P.O.V
Deitado na cama com Yoongi em meus braços sentia que o mundo poderia acabar logo que nada faria com que eu me afastasse ou que esse momento acabasse. Claro que para variar, o branquelo já dormia com meus dedos se enrolando em seus cabelos e não poderia deixar passar despercebido o quanto aquele ser era lindo quando dormia, parecia que era um ser celestial – só parecia mesmo, porque quando acordar pode invocar mil e um demônios.
A perna de Yoongi se trançava junto a minha, deixando seu joelho entre minhas pernas, a posição era completamente confortável o que me dava uma sonolência com a trilha sonora de Suga respirando calmo.
YOONGI P.O.V
Quando acordei senti que havia uma mão em meu cabelo e outra em minha cintura, olhei lentamente para cima encontrando o rosto mais lindo do mundo. Hoseok dormia e parecia uma obra de arte com todos aqueles detalhes que nem Picasso poderia imitar e nem Beethoven poderia compor musicas descrevendo tamanha beleza.
Apesar de gostar de zelar por seu sono, me senti obrigado a acorda-lo. Beijei suas bochechas, seu nariz o que fez coçar o que achei super fofo.
- Ei Hobi, acorde! – ele apenas se mexeu. – Hobi, acorda está na hora de se levantar.
- Hum.. Suguinha me deixa dormir vai, sei que você gosta de dormir. – ele se mexeu mais uma vez me abraçando forte.
- Hope! – dei um tapa em seu braço para ele parar de me apertar.
- Aigoo, isso é jeito de tratar seu namorado? Me batendo? – falou se sentando na cama.
- Exatamente por ser meu namorado que trato assim. – falei puxando ele para trás o fazendo deitar novamente.
- Namorados. – repetiu rindo se virando de lado para me olhar. – Tão fofo.
- O que?
- Você e seu cabelo caindo sobre a testa.
- Para Hoseok.
- Quando sorri então...
- Hoseok para. – ele estava conseguindo me deixar sem graça.
- Quando fica vermelho então, nossa meu namorado é lindo demais.
- Hoseok! – joguei o travesseiro nele que começou a rir. – Para de ser palhaço.
- Mas você me ama, o que quer dizer que me ama por ser eu, e se eu for palhaço, isso quer dizer que você ama, e eu não posso deixar que você pare de amar um palh... – silenciei Hope da melhor forma que conhecia. – o beijei.
- Sim, eu te amo. – dei outro selo.
- Eu sei, e sabe eu também te amo seu branquelo.
TAEHYUNG P.O.V
Estava deitado no sofá após ter tomado um banho, ou seja estava de regata e uma bermuda larga o visual perfeito de quem quer aproveitar o tempo ocioso, porém recebi uma mensagem no celular que atrapalhou um pouco os planos.
“Minjae
Tae vem na frente do seu dormitório. Agora”.
Levantei e fui à janela onde consegui observar o carro de Minjae parado na frente do prédio, corri até o quarto vendo Jimin e Kook dormindo. Sorrateiramente peguei um casaco o vestindo sai do quarto e depois porta a fora do nosso prédio.
Fui andando até o carro vendo Minjae lá dentro olhando pra baixo, possivelmente para o celular. Dei a volta e entrei no carro chamando sua atenção, sentei no banco do carona e fechei a porta.
- Oi. – disse sorrindo.
- Oi. – ele sorriu permanecendo alguns minutos assim. – Vamos. – disse sem me dizer nada mais.
- Onde? –perguntei passando o sinto.
- Você vai ver. – Falou todo misterioso.
Após um tempo paramos em frente a sua casa o que eu comecei a pensar que todo aquele mistério era simplesmente inútil.
- Mas é sua casa.
- Sim, algo contra? – ele riu.
- Nada não.
Quando estávamos dentro do apartamento já, o rosto do Minjae estava realçando um sorriso do qual eu jamais esqueceria, ele permanecia na minha frente e não se movia.
- Tudo bem Tae? – perguntando pondo as mãos para trás das costas.
- O que você esta tramando? – perguntei.
- Não estou tramando nada. Mas...
- Mas?
- Estou me perguntando, porque você ainda esta mantendo essa distância de mim.
- Não estou. – fui andando na sua direção. – Aonde você esta vendo isso?
- Ih verdade, não tem distância.
Então ele me beijou, pondo uma mão na minha nuca e a outra em meu braço trazendo para mais perto de si. Pude sentir seu coração batendo, sua face se encontrando com a minha e sua língua sentindo o contato macio da minha.
- Que saudade Taetae. – disse após separar nossos lábios.
- Nem fale.- o abracei.
SEOKJIN P.O.V
Eu estava disposto, disposto a tentar argumentar com o PD, eu sabia que ele já não ouviria ou falaria com Namjoon, então restava um plano que não era tão eficaz, mas teria de usa-lo.
Levantei da cama onde Nam já dormia e sabia o quanto ele estava cansado, tanto da situação como eu. Calcei os tênis e liguei para a empresa, perguntando se ele ainda estava por lá, a recepcionista disse que sim e essa foi à deixa para que desligasse me despedindo dela e indo até seu encontro.
Ao chegar à agencia após uma longa caminhada adentrei procurando pela mesma moça que me atendeu no telefone a encontrando atrás de um balcão.
- Oh Senhor Kim. – disse ela.
- Olá, ele ainda está ai não é? – perguntei quase certo de que ainda estava por ali.
- Está sim, quer que eu o avise que esta o esperando?
- Não precisa, eu já vou indo lá.
- Tudo bem.
Caminhei apressado até sua sala, toda a motivação que tinha para estar fazendo era a de Namjoon que vinha lutando para que não nos separássemos e que funcionou bem até agora, até o presente momento em que nossa relação passava por tamanho problema. Pd era a alcunha que recebia quem cuidava do grupo junto ao manager, o nome verdadeiro de quem sabia a verdade era Lee Hyungsik. – Dei três batidas na porta da sua sala.
- Entre. – ouvi a sua voz me permitindo entrar, e a me ver ele arregalou os olhos. – Kim Seokjin, o que faz aqui há essa hora?
- Preciso falar com o Senhor. – disse já me aproximando o homem atrás daquela mesa.
- Se for sobre o nosso assunto, não quero mais falar disso com vocês. – disse de cabeça baixa olhando os papeis da mesa.
- Mas o senhor precisa entender. – falei me sentando a sua frente.
- Entender o que? – perguntou largando qualquer papel que antes o segurava com tanta estima e passou a me olhar.
- Entender que... bem... – a verdade é que não sabia o que tinha vindo falar, não tinha a sabedoria das palavras de Nam, e nem a força que ele possuía em cada ponto.
- O que? – suspirou. – Senhor Kim, não tenho tanto tempo para gastar com bobiças assim, fale logo o que quer.
- O que eu vim falar não é bobiça. O senhor veio se meter em algo que diz respeito a minha vida, a vida de Namjoon. Sei que sou mais novo que o senhor Lee, mas não posso deixar que alguém interrompa minha felicidade e prejudique quem amo.
- Mas e se quem prejudicou a todos forem vocês?
- Não prejudicamos ninguém, a nossa vida nunca incomodou a quem estava a nossa volta.
- Olha Seokjin...
- Senhor Lee, por favor, eu te imploro, não tire isso de mim. Não tire o grupo, os meninos e Namjoon de perto de mim. Eu os amo. – senti lagrimas escorrendo por minhas bochechas.
- Está tarde Seokjin, vá para casa.
- Não, eu preciso te convencer de uma vez por todas que não há limites para o amor.
- Esqueça isso por isso, amanhã eu falo com você a respeito de tudo.
- E se amanhã for tarde demais para mudar qualquer decisão sua?
- Eu prometo que não vou tomar decisão alguma sem antes falar com você.
E foi com essas palavras que deixei o prédio da agencia com lágrimas nos olhos e com muito medo do que estaria por vir no dia seguinte.
COMPLEMENTOS.
PD Lee se jogou na cadeira de seu escritório logo após a saída de Kim Seokjin, sabia o que tinha que fazer para cumprir com seu dever, sabia a quem prejudicaria, mas será que seria o certo? Sua paz interior continuaria intacta tendo a tristeza de outras pessoas nas costas?
Ele não sabia.
Ninguém saberia apenas o tempo iria dizer.
Mas ele não queria esperar o tempo decidir se o remorso viria.
Apesar de ser alguém que tinha o apelido de ‘X-9’ pelos demais, sendo que seu cargo exigia isso, Lee sabia que seu interior não era mal. Sabia que a alegria de sete garotos estava em suas mãos, era peso demais para lidar.
Mas mesmo assim, ele se levantou de sua cadeira, foi até sua mini geladeira, pegou uma cerveja a abriu e a entornou tomando o maior gole que poderia largando o resto por cima da mesa. Após isso saiu da sala indo falar com quem realmente deveria.
Três batidas.
A permissão para entrar foi ouvida.
- Oh é você, Lee Hyungsik.
- Olá senhor, posso falar com o senhor?
- Pode. – disse o CEO, estranhando a expressão do PD.
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