História The Beat of Heart (NamJin) - Forty Six

YOONGI P.O.V

              Sentia que Hoseok estava começando a ceder aos meus sentimentos e eu seria idiota se não me aproveitasse disso. Quando o abracei na sala queria na verdade ouvir que ele me queria ali e quem sabe receberia um beijo em troca, mas fomos surpreendidos pela visita repentina da Senhora Kim e do nosso manager.

                Após um tempo que ele havia ido embora, me dirigi ao quarto de Namjoon que dormia feito uma pedra. Cutuquei seu braço e ele não se mexeu, peguei o travesseiro mais próximo – o de Hoseok. – e ataquei varias vezes nele.

- Aí, aí. Mas que porra! – reclamou se defendendo.

- Acorda aí.

- Suga? Tá maluco?

- Não. O manager esteve aqui e pediu para você ligar para ele ou ir até a empresa.

- Como? O que ele quer?

- Não sei, acho bom ir logo descobrir. Quem sabe ele descobriu de você e do Jin. – brinquei e ele me olhou ameaçador. – Hey calma, eu só estou brincando. – molhei os lábios e largando o travesseiro na cama de Hobi me espreguicei.

- Bom dia. – falou se levantando e me empurrando para cima da cama.

- Bom dia. – respondi deitado e sentindo o perfume da cama. – Ele é cheiroso, mas o cheiro é mais forte em seu pescoço. – falei soltando um sorriso.

- Yoongi! Que você esta fazendo na minha cama? – ouvi Hope falar e o olhei ainda deitado.

- Estou aqui. – fechei os olhos. – Tão confortável.

- Você é um preguiçoso.

- Sou, mas também o Namjoon me empurrou. – senti ele se sentar ao meu lado e só então percebi que ele estava de toalha.  – Tomou banho para se desengasgar? Não precisava tanto, era só um copo.

- Você está cheio das piadas né? - ele me olhava e eu me sentei.

- Nunca vi você reclamar tanto. Eu que tenho essa fama. – falei e vi que ele desviou o olhar.

- Opa! Vocês estão aqui. – Namjoon disse ao entrar de supetão e nos ver ali. – Eu já vou sair, só quero uma roupa. – falou tentando não nos olhar.

- Ele está estranho né? – falou Hope para mim.

- Com certeza, parece que fez coisas erradas. A cara é de culpado. – falei.- Acho que é por isso que o manager quer falar com ele.

- Concordo.

- Ei vocês, fiquem quietos não me deixem mais nervoso. – reclamou ele.

- Oi? Falou com a gente? – perguntou Hobi.

- Sim. – ele nos olhava. – Vocês dois se merecem mesmo. – falou pegando a roupa e saindo.

- Coitado. – Hoseok falou se levantando.

- Coitado nada, seja lá o que ele fez ontem, Jin está envolvido. – ele me olhou. – Jin ontem de noite me acordou quando tropeçou no próprio tênis no quarto quando se levantou.

- Caramba. – Hoseok ficou olhando para o guarda roupa. – Espero que não seja nada relacionado a eles.

- Também, apesar de brincar gosto de ver o nosso Namjin. – eu sorri.

- Não só você. – Hobi riu.

- Ei. – o chamei enquanto eu levantava e ia em sua direção. – Você poderia me dar uma coisa? – o prendi entre meus braços.

- Que? – perguntou confuso. Passei uma mão por suas costas sentindo sua pele úmida, arrepiada e quente.

- Isso. – tomei seus lábios, iniciei um beijo.

                Eu senti quando a língua dele procurava a minha e o modo como enlaçou suas mãos por minha cintura me deixou feliz, porque ao menos Hoseok me permitia à aproximação que eu tanto desejava. Quando estou com ele em meus braços costumo esquecer onde estou, mas nesse caso eu não consegui esquecer que ele estava apenas de toalha enrolada na cintura.

                Colei seu corpo no meu e eu mentiria se dissesse que não pensei em coisas, porque sejamos sinceros eu não sou nenhum santo e nem ele – Na verdade acredito que nenhum de nós seja. – passei minha mão que antes deslizava por suas costas irem de encontro ao limite da toalha na altura da cintura, passei meus dedos de leve ali e logo minha mão foi mais para baixo até chegar a sua bunda onde apertei de leve e então ele interrompeu o beijo e me olhou.

 - Nem pensa nisso. – me olhava sério e um pouco assustado.

- O que? Eu não vou fazer nada. – fiz a minha melhor expressão de inocente.

- Sei. – claro que ele me conhecia e quando tentou me empurrar não deixei. – Suga, me deixa colocar uma roupa.

- Não pode esperar um pouco? Meu sonho estava quase se tornando real. – falei com um olhar malicioso.

- SUGA! – falou irritado com uma expressão envergonhado, então enquanto eu ria me afastei.

- Eu vou para meu quarto, se quiser algo me visite. – continuei brincando e recebi um tênis nas costas. – AÍ! Para de jogar coisas, já estou saindo.

- Então vai! Vai dormir.

- O que você acha que eu ia fazer se não dormir? – o olhei antes de fechar a porta.

- Sei lá. Só... vai. – falou em pausas e rindo sai do quarto.

NAMJOON P.O.V

- Caramba. – falei entrando na cozinha apressado pegando uma caneca com café.

- Bom dia para você também. – ouvi Jin falar, e só então percebi ele ali.

- Ah Jin! Desculpe! – o olhei e então notei que sua Omma estava junto. – Bom dia.

- Esta tudo bem? Porque a pressa? – perguntou ele.

- O manager esteve aqui e eu estava dormindo, estou preocupado.

- Liga para ele. – falou ele simples.

- Verdade! – apontei para ele sorrindo. – É por isso que você é a Omma dessa casa! – saí correndo da cozinha para a sala onde havia um telefone residencial.

-Alô?- identifiquei a voz cansada dele.

- Oi? É o Namjoon. – falei.

- Namjoon! Preciso de você aqui na empresa, sua opinião em uma questão.

- Como?

- É um trabalho de fora e outro assunto é o sobre “Save me” é importante.

- Oh, tudo bem. Já vou.

- Agradeço e te aguardo.

                Desliguei e fui em direção a cozinha, mas parei antes porque ouvi meu nome sair da boca da Senhora Kim.

- Namjoon é um líder esforçado, mas atrapalhado.

- Isso ele é. – ouvi Jin concordar e rir.

- Você não se incomoda com o fato dele ser mais novo e líder?

- Não, eu fico feliz de não ter tantas responsabilidades e também eu não vejo outra pessoa melhor na frente do Bangtan. Apesar do jeito dele, Namjoon é uma ótima pessoa e possui um coração maior que ele mesmo. – um sorriso involuntário brotou.

- Isso tudo é alivio por não ser líder? – ela perguntou.

- Não, isso é porque eu o admiro Omma. – agora me sentia surpreso.

- Cuidado, isso pode ser interpretado de outro jeito. – falou ela e meu sorriso se desfez.

- Como?

- Às vezes parece que você sente algo a mais por esse garoto. – a voz dela era intimidadora e sabia que Jin poderia estar nervoso diante dela.

- Meu deus! – falei ao entrar e assustar os dois. – O manager quase me mata do coração só porque quer minha ajuda. – peguei a caneca ficando de costas para eles e respirei fundo voltando a olha-los. – Vocês acreditam nisso? Vir aqui e me acordar em minha folga?

- Pare de reclamar, a Omma disse que ele foi ao quarto ver o Kook também. – me lembrei do nosso Maknae, havia esquecido de sua gripe.

- Como ele está?

- A febre passou, mas o manager acha que se ele não melhorar em dois dias pode ser que Kook não participe da apresentação.

- Essa não. – falei largando a caneca na pia.

- Estou preocupado. – revelou Jin e sua mãe abraçou ele de lado me fazendo ter inveja do momento.

- Tudo vai dar certo filho, apenas vamos continuar a cuidar dele.

- Isso. – falei dando um sorriso e inconsciente ou não Jin sorriu. – Eu vou agora na empresa, qualquer coisa estou com o celular. Me chama se precisar. – avisei me virando. – Tchau!

- Tchau! – foi a ultima coisa que ouvi antes de deixar o dormitório.

TAEHYUNG P.O.V

- Ainda quero te matar. – falei tomando meu café.

- Você anda estressado.

- Não, você sabe que quando estou de folga o que é raro eu gosto de dormir até um pouco mais tarde.

- Eu sei.

- Então porque simplesmente não me mandou uma mensagem?

- É assim que você trata os amigos? Poxa Tae, nós mal nos vemos e quando nos vemos você tem esse temperamento.

- Tá. – respirei fundo e coloquei um sorriso forçado. – Olá Minjae, como você está?

- Credo, assim me assusta.  – ele começou a rir e eu segui a sua risada. – Eu estou bem, obrigado por perguntar, e você? Além de estressado, como está?

- Com sono. – eu sorri. – Estou ansioso para o MV, ansioso para os shows e preocupado com Jungkook.

- O que ele tem?

- Pegou uma gripe forte.

- Logo ele melhora.

- Espero.  – falei olhando em volta notando que as pessoas nos olhavam. – Ér... Minjae. – falei e ele me olhou. – Tem como irmos a outro lugar? Acabamos chamando atenção.

- Ok. – ele levantou e como já havíamos pago nossos cafés, saímos e entramos em seu carro. – Aonde quer ir?

- Para casa assistir televisão e curtir minha folga. – falei encostando minha cabeça no banco.

- Tenho uma ideia melhor.

- O que?

- Vamos relaxa nas águas termais.

- Minjae. – reclamei.

- Você anda preguiçoso ou seria impressão minha.

- Desculpe, é que ando trabalhando demais e acho que me acostumei a ficar em casa.

- Então relaxa e vamos logo. – ele deu a partida e eu apenas aceitei.

                Minjae era um ótimo amigo, mas às vezes se tornava irritante. Sempre cuidou dele e da saúde dos mais próximos, e eu era sempre um dos seus alvos quando ele queria bancar o protetor.