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História The Beat Of My Heart - Twenty Eight


Escrita por: Mary_yo

Notas do Autor


Oiiee, tudo bom com vcs??
Gnt sorry pela demora, anda tudo mto corrido por causa das aulas online e tals..
Quero agradecer pra quem n desistiu de mim!! Todos vcs me incentivam a sempre tentar escrever e continuar postando❤
Boa Leitura 🥰

Capítulo 28 - Twenty Eight


Alicia

Estava indo de encontro à porta quando ela se abre bruscamente e aparece uma Marcelina totalmente surpresa.

- Eita, o que houve aqui? - Pergunta ao provavelmente ver minha expressão de braveza e a cara de idiota do irmão dela.

- Não aconteceu nada. - Falo retomando meus passos para fora do quarto.

- Alicia, espera aí! Vem cá, vamos terminar de conversar! - Pede o idiota, finalmente parecendo que acordou pra realidade.

- Não Paulo, nem vem. - Me viro para olhá-lo. - Quer mesmo continuar essa discussão na frente da Marce? - Pergunto olhando para ela rapidamente.

- Eu não quero discutir, eu quero agir, e quero isso logo. - Ele fala me olhando nos olhos. - E eu preciso de você pra me ajudar com isso. Sei que eu ia dizer algo imbecil e obrigado por me impedir, sério. Mas por favor não vai. - Termina.

- Tá bem, o que tá rolando? - Marcelina fala.

Eu intercalo meu olhar entre os irmãos e suspiro fundo.

- Tudo bem, - digo mais para mim mesma, - dorme lá em casa hoje Marce. - Isso sai de mim mais como uma ordem do que um pedido.

- Ally. - Paulo fala e sinto em seu olhar como se dissesse para não falar nada para a irmã.

- Ela tem que saber. Se vamos fazer isso, ela precisa. - Falo.

- Fazer o que? - Ela pergunta.

Troco olhares intensos com Paulo e por um segundo achei que ele fosse dar pra trás, acho que o fato de querer proteger a Marce de tudo isso estava como um pequeno pássaro falando no ouvido dele como deveria prosseguir: deixe para lá, não a envolva - diria o passarinho.

- Te explicamos depois, pega suas coisas, eu aviso nossos pais. - Ele diz passando pela irmã e por mim, que estávamos na porta do quarto, e indo em direção ao andar debaixo para falar com os pais.

Marce me olhava com uma cara de que ia me perguntar o que foi isso, mas nem eu sabia ao certo, provavelmente ela desistiu quando viu que parei de olhá-la e passei a encarar o chão pensando em como falaríamos que estávamos criando uma teoria de que o pai dela estava roubando o meu. E pensando um pouco acredito que não se tenha uma maneira certa, o melhor a se fazer é dizer tudo de uma vez. Depois do contrato, falar as coisas mais bizarras e estranhas não deveria ser mais tão complicado.

Afinal, era eu que estava ajudando Paulo a desenvolver ideias pra investigar meu sogro totalmente estranho e pai da minha melhor amiga, então tinha que ser eu a falar isso pra ela.

Dizem que as coisas ficam mais fáceis com o tempo, que assim como nos livros ou nos filmes tudo vai ser resolvido pelos mocinhos e vamos todos ter um final feliz, mas assim como eu falei pro Paulo isso aqui não é ficção e também não é um romance, não somos Romeu e Julieta, o casal que quer ficar junto escondido dos pais. Infelizmente somos dois adolescentes que não sabem nada da vida e que estão querendo pagar de heróis, tentando imitar o Percy Jackson ou até os Shadowhunters, lutando com seus demônios e parentes malvados. Chega a ser cômico.

- Vamos? - Pergunta o Guerra, me tirando de meus devaneios.

- Vamos. - Responde Marcelina, já com a mochila nas costas.

Quando que ela havia arrumado tudo isso? Será que fiquei tanto tempo assim pensando?

Sigo Marcelina pelo caminho para sair da casa dela com Paulo um pouco atrás de mim. Nos despedimos de nossos pais e vamos para o carro. Enquanto Marce põe a bolsa no porta malas eu logo entro no veículo. Em seguida de mim, vem Marce e logo depois Paulo. Acho que até ela percebeu que o clima tá estranho porque não tentou puxar papo comigo como sempre faz quando vamos pra minha casa e de Paulo, dessa vez ela apenas colocou os fones e selecionou uma música para ouvir durante o caminho. Eu por outro lado não sentia nenhuma vontade de escutar música, só queria aproveitar a serenidade da noite pra relaxar um pouco, pois estava muito tensa e conseguia sentir isso no meu pescoço.

Ao chegar na casa, entramos e nos sentamos no sofá e nos pufs da sala. Paulo e eu nos encaramos, incentivando o outro a começar a falar. Já Marcelina estava encarando nós dois com a cara mais entediada que podia fazer.

- Tá bem gente, fala logo porque isso já tá ficando estranho. - Pede ela.

- Marce, lembra que eu te liguei hoje mais cedo e perguntei aquelas coisas sobre o Roberto?

- Sim eu lembro, disse até que ia me explicar depois, é por isso que me trouxe aqui?

- É, é por isso mesmo. - Eu respondo e encaro o chão.

- O que aconteceu com meu pai? Isso tem haver com ele certo?

- Sim. - Ele fala. - A coisa é bem séria Marce.

- Achamos que ele está... - levanto o olhar para ela - que ele está de alguma forma ganhando mais dinheiro do que deveria da empresa. - Ela abre a boca como se fosse falar e me encara.

- Mas ele e seu pai falaram hoje que os negócios não estão como queriam... ele disse antes de irem para o escritório e que iriam conversar sobre isso. Não tem como ele estar ganhando.

- Na verdade tem sim. - Diz Paulo. - Também achamos que ele está tirando esse dinheiro do pai da Ally.

- O meu pai que marcou a reunião hoje, eu estava lá, ele disse que já sabia mas que estavam esperando que isso melhorasse.

- Só que o nosso pai tem feito ligações onde fala sobre mais dinheiro entrando pra ele. E não tem como ele ganhar se o Sr. Gusman está perdendo, e também ele não tem nenhum negócio a parte onde poderia ganhar esse dinheiro. Sem falar das visitas do homem desconhecido em horários distintos. Conhecemos os sócios da empresa, todos eles, você sabe a política do Roberto com visita de sócios. Aquele cara não pode ser um.

- Isso tudo é uma suposição nossa, mas que no meio de toda essa loucura de casamento e contrato acaba fazendo, nem que seja um pouco, sentido. - Eu falo.

- E estão me falando tudo isso... porque querem minha ajuda?

- Um pouco disso e também querer te informar o que estamos fazendo já que se estivermos certos e conseguirmos provar algo não sabemos o que pode acontecer. - Falo.

- E então? - Pergunta o irmão.

Ela olha para nós dois.

- Paulo, eu amo nosso pai e em tese não poderia fazer algo assim com ele... vocês têm seus motivos e eu sei que tem, pois não desconfiariam e fariam suposições tão graves por nada, ainda mais sendo vocês dois. E é por isso que eu vou ajudar vocês. Eu amo ele, mas se duas das pessoas mais justas que eu conheço tão me dizendo que tem algo errado, eu quero ajudar. Se for pra dar errado vamos nos ferrar juntos.

- Se estivermos errados e acusarmos ele...

- Se estivermos errados pedimos desculpas e seguimos em frente, ele aceitando ou não. Roberto é sim meu pai Paulo, mas por mais que ele seja isso meu, nunca vai ser mais do que você já foi e é pra mim. Ele não ia nas minhas festas de escola, e você mesmo forçado ia com a mamãe, aí você repetiu de ano e não teve como fugir mesmo já que minhas festas de escola eram as suas também. - Nós damos risada. - Sempre esteve comigo por mais que sempre estivemos brigando e sempre me defendeu quando ele não tinha tempo pra isso. E se eu preciso escolher um dos dois eu escolho o meu irmão. - Ela desce do sofá e abraça ele que estava sentado no chão.

Podia sentir que ele queria chorar e que estava se segurando para não fazer isso. Paulo e Marce de fato sempre tiveram uma relação conturbada, mas acima disso sempre estiveram ali um pelo outro. É uma coisa absurda essa relação que eles têm de irmãos. É muito lindo de se ver.

- E por onde começamos?

- Primeiro a gente queria entrar no escritório dele, pra ver se encontramos algo. - Ele diz.

- Essa seria nossa única e mais alta aposta no momento. - Acrescento.

- Precisam de mim pra entrar lá enquanto ele não estiver, certo?

- Sim, além de que se ele aparecer, você teria que distraí-lo. - Eu digo.

- Só isso?

- É, por enquanto sim na verdade. - Eu dou de ombros.

- Achei que ia ser mais emocionante. Enfim, já que me trouxeram aqui, vamos ver um filme, não é?

- Tá bem escolhe aí que eu vou fazer pipoca pra gente comer. - Paulo diz se levantando do chão.

- Não, pipoca não. - Marce fala.

- Açaí então? - Pergunta.

- Sim! - Marce e eu dizemos ao mesmo tempo.

Paulo então vai depressa na cozinha pegar o pote com o açaí e colheres para tomarmos enquanto víamos o filme.

Depois de uns dois filmes e meio e um pote inteiro de açaí, estávamos muito cansados e decidimos ir dormir. Paulo foi colocar as colheres e o pote vazio na cozinha enquanto sabíamos. Ao chegar no andar de cima da casa, Marce foi para um dos quartos e eu entrei no que era pra ser do Paulo. Pego um pijama e uma toalha e vou direto para o banheiro tomar banho. Tiro a roupa, a maquiagem e entro em baixo da corrente água morna.

Após alguns minutos desligo o chuveiro, termino de me arrumar para dormir e volto para o quarto me deparando com Paulo.

- A gente pode conversar? - Ele pergunta ao me ver.

- Pode. - Respondo indo em direção à cama para me sentar.

- Me desculpa por mais cedo ter falado aquilo, eu já disse que não deveria ter dito mas não me desculpei de verdade. - Ele se aproxima e se senta perto de mim. - E também sei que ficou magoada e eu sou um idiota por isso. Eu preciso de você pra tudo isso, porque estamos juntos nessa. Então eu tô pedindo que me perdoe por ter sido o Paulo Guerra que fala qualquer merda na hora da raiva. Você está certíssima em ir com calma e eu prometo que vou te escutar. - Eu suspiro.

- Tá bem, é que desde que me disse aquilo hoje eu tô nervosa e sinto como se tivesse passado tanto tempo quando na verdade foram só algumas horas. Eu tô com medo do que vai acontecer, não só comigo ou com você, mas com toda nossa família. Se for verdade o que faremos? Passei o dia inteiro me convencendo de que não somos heróis, somos pessoas reais. Chamamos um advogado? Ligamos pra alguém? Eu tenho medo porque principalmente não sei o que fazer.

- Sei que não somos heróis Ally, olha eu também tô com medo, nossa na real eu tô me cagando de medo. Você sabe o que eu sinto pelo meu pai, você sabe tudo e não meias verdades. - Ele diz. - Mas seguindo seu conselho, vamos com calma. Se encontrarmos algo aí vemos o que fazer.

- Tá certo. - Digo. - Vamos seguir meu conselho então. - Nós rimos um pouco.

- Tudo bem entre a gente então, não é? - Ele pergunta.

- Tá sim. - Ele me beija, mas antes que pudéssemos aprofundar ele para.

- Vou tomar um banho. Eu já volto.

Ele diz me dando mais um selinho se levantando, pegando suas coisas e indo ao banheiro. Me deito e o espero voltar.

- Ally? - Ele me chama da porta do banheiro e eu me viro em direção à ele ainda deitada na cama.

- Hm? - Ele seca o cabelo com a toalha.

- Nós já brigamos?

- Que?

- É, tipo briga feia.

- Ah, já sim, direto quando éramos crianças. Bateu a cabeça e esqueceu?

- Não assim, eu tô falando nesses últimos cinco meses, como um casal? - Demoro um pouco para responder.

- Já discutimos, mas foi como hoje...

- Uma briguinha besta? - Ele se deita ao meu lado.

- Sim - Concordo.

- Tivemos muitas dessas então.

- Algumas.

- Vamos dormir vai. A gente vai ter uma semana muito cheia de eventos. - Ele diz apagando o abajur e me trazendo para perto dele.

Coloco minha cabeça sobre seu peito e ele sua mão abraçando minha cintura. E fecho os olhos para poder dormir. Mas assim que os fecho, as últimas palavras de Paulo repercutem em minha cabeça. Cheia de eventos. Eventos.

E depois desse dia, acho que tive a primeira grande ideia pra nossa "investigação". Vamos fazer um evento.


Notas Finais


Brigada pra quem leu até aquii
Até o próximo 😘❤❤


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