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História The beauty and the beast - Desejos e maldições


Escrita por: Robot_unicornio

Notas do Autor


Olá, tudo bem? Espero que sim.
Boa leitura.

Capítulo 6 - Desejos e maldições


Nada de excepcional aconteceu com o passar dos dias, Regina evitou deixar que a Fera realizasse qualquer atividade em casa, com exceção de pintar, e ela parecia estar se recuperando bem, apesar de mancar nos primeiros dias. O pelo, quando cortado, ainda crescia de um dia para o outro e nenhuma das duas tinha uma resposta para isso. Regina ainda achava esquisito, a Fera não ligava.

A Fera não saia mais de casa, no máximo caminhava em volta da cabana e cuidava das flores. Até Regina descobrir que depois da tempestade vem o arco-íris e uns dias depois outra tempestade aparece. A amiga entrou na cabana após regar as flores do lado de fora, enquanto Regina estava sentada na cama, ao fim do dia, para fazer um anúncio. 

— Regina — a Fera chamou em voz baixa. — Eu quero ser humana.

A mulher ofereceu um sorriso complacente, ela não tinha a menor ideia do que responder e nem de como isso seria possível. — Por quê?

— Porque eu quero que gostem de mim... Ou apenas que não me odeiem, quero poder sair de casa sem que alguém ameace me dar uma flechada, quero ter uma vida normal.

Regina suspirou. — Sinto muito, posso tentar te ajudar com um monte de coisas, mas não com isso. — Ela sentia-se mal, mas o que poderia fazer? 

— Há uma lagoa que realiza desejos, fica ao Sul. — A Fera soltou de uma vez, como uma criança prestes a pedir um presente.

— Como? 

— No dia que eu saí de casa — ela começou a explicar. — Ouvi dois homens conversando enquanto andava pela floresta, acho que eram os caçadores. Ao sul havia uma lagoa mágica, se tomar um gole de suas águas e fizer um pedido ele se realiza.

— E você acreditou nessa história? 

Pela expressão, havia acreditado sim. 

— Querida. — Regina tentou falar com a maior calma possível. — Isso é só uma lenda, se houvesse uma lagoa que atendesse pedidos ela já estaria seca.

— Exatamente — a Fera a interrompeu com um gritinho animado. — Ela está secando, o que significa...

— Que provavelmente um monte de idiotas vai lá beber água. — Mills completou.

— Que pode ser real... — A Fera colocou as patas na cintura.

— E você quer sair andando por aí, se arriscando por causa de uma lenda qualquer?  

— Eu iria perguntar se você quer vir comigo. Não é zanzar por aí se você me acompanhar. 

A mulher passou os dedos pelo cabelo, puxando os fios para trás. Não, ela não estava acreditando na história.

— Regina, é a minha única esperança — ela se lamuriou. — É a única coisa que eu quero. 

— Quer que eu vá com você atrás de um poço mágico dos desejos?

— Isso.

A morena abaixou a cabeça, o olhar foi parar no canto onde a Fera dormia, havia uma mancha de sangue que ela ainda não conseguira limpar da madeira, ao lado de um rabisco de desenho. — Tá — ela resmungou, ainda sem acreditar totalmente naquilo. — Sabe que ainda é perigoso que vejam a gente, certo?

— Acho que é preciso se arriscar com algumas coisas.

— Eu vou pensar — Regina completou, os pés balançaram no ar e ela tirou as botas, as deixando cair ao lado da cama e se deitando.

— Você disse “tá” — a Fera retrucou.

— Sim, mas eu não vou fazer isso hoje, quase de noite. Agora, deite e se cubra para que nenhum fantasma puxe seu pé.

— Fantasmas não existem — ela respondeu, mas mesmo assim se deitou nos lençóis e se cobriu.

— E lagoas mágicas sim?

A criatura bufou. — Sim.

— Se a Fera falante está dizendo — Regina zombou. — Boa noite — completou.

— Boa noite — recebeu um resmungado em resposta.

✩༄﹏﹏༄✩

Com uma bolsa de tecido jogada sobre o ombro, Regina trancava a porta de casa. Ela parou em frente à Fera, que já a esperava do lado de fora. A rodeando, jogou uma capa azul sobre seus ombros e deu um pulinho para puxar o capuz sobre a cabeça, cobrindo os chifres e a escondendo parcialmente, pelo menos foi o melhor que conseguiu fazer. A Fera forçou um sorriso, rangendo os dentes. — Como estou?

Parecia um monstro gigante com uma capa. — Muito bem, querida. — Regina respondeu, torcendo para que, se alguém as encontrasse, não desconfiasse da figura de quase dois metros.

Ela iria atrás da maldita lagoa com a Fera, não achava que era uma boa ideia, mas não conseguiu dizer “não” para os olhos verdes chorosos e para o pedido; só quero que não me odeiem. E ainda havia aquele “e se”, e se fosse verdade? Não confiava muito naquilo, mas e se? E se, a amiga de olhos verdes, que gosta de flores, não come carne, fala com esquilos e gosta de pintar fosse humana? Regina suspirou.

— Fica ao sul, aos pés do Grande Carvalho — a Fera repetiu a localização da lagoa, algo que já havia falado antes de saírem de casa.

— Eu entendi — a mulher respondeu. E assim seguiram para o sul.    

Era longe, não do tipo “tão-tão distante”, mas longe. Regina decidiu que iriam pelo caminho menos percorrido, que em outra ocasião poderia ser mais perigoso, mas como não queriam encontrar outras pessoas, seria a melhor opção.

— Vai fazer um pedido também? — A Fera perguntou.

— Ser a rainha — Regina zombou. Na verdade, nem havia pensado se iria pedir alguma coisa. — Não sei — completou. — Nem dá para ter certeza se isso é verdade.

— Favor, não colocar energias negativas nos meus planos — resmungou a Fera.

— Eu não estou colocando energia negativa — respondeu ofendida. — Só estou sendo um pouco racional, espero que consiga o que quer, mas quais as chances disso acontecer porque bebeu água?

— Quais as chances disso acontecer sem tentar nada? — Devolveu a pergunta, enquanto entravam mais na floresta.

Regina resmungou em resposta. — Vamos gastar mais de um dia de caminhada — reclamou, mudando de assunto.

— Caminhar vai fazer bem para a sua saúde.

Regina entortou o nariz. — Não invente, minha saúde está ótima, só estou fazendo isso por piedade de você.

✩༄﹏﹏༄✩

Elas haviam caminhado por um dia inteiro, até começar a escurecer, por sorte não encontraram ninguém pelo caminho, e Regina acreditava já estarem longe o suficiente de onde moravam para encontrarem alguém. Então, ela escolheu um lugar abaixo de uma árvore e jogou a bolsa no chão, estendendo duas mantas no local, poderiam passar a noite ali, até amanhecer para encontrarem a tal lagoa.

Ela se deitou, vendo a criatura fazer o mesmo. — A gente pode revezar na hora de dormir, se alguém aparecer, uma acorda a outra.

A Fera apenas concordou com a cabeça. — Você já vai dormir?

— Só se tiver silêncio para eu conseguir dormir.

O silêncio durou pouco mais que alguns minutos. — Acha que eu vou ser bonita?

A morena abriu os olhos, encarando a amiga.

— Quando eu fizer meu pedido, acha que vou ser bonita?

— Não. — Regina brincou, vendo a Fera parecer menos feliz. — Mas acho que vai ser engraçada, o que é bem mais legal, você é engraçadinha.

— Sou?

— Sim.

— Mas eu queria ser parecida com você.

— A graça é você ser diferente — Regina respondeu. — Opostos se dão melhor juntos.

— É?

— Urhum.

Regina não pensava de verdade que ela não seria bonita. Às vezes, ela se pegava pensando em como a versão humana da Fera seria, se ela teria quase dois metros de altura ou qualquer traço diferente que a lembrasse que era um bichinho. — Não importa se vai ser bonita ou não, eu vou gostar de olhar para você.

A última coisa que ela viu antes de pegar no sono foi um sorriso de dentes pontiagudos.

✩༄﹏﹏༄✩

Elas enfim chegaram ao local, O Grande Carvalho era uma árvore conhecida pelos habitantes, e fazia jus ao nome, ficava em uma parte aberta da floresta e Regina não se lembrava de nenhuma lagoa aos seus pés, mas a Fera insistira que, por ser mágica, havia apenas aparecido. O problema foi que mesmo sabendo que poderia não haver lagoa nenhuma, a morena sentiu-se decepcionada ao chegar. Não havia um corpo de água cristalina, mas quando caminharam o suficiente para perto da árvore havia um buraco no chão, com uma quantidade de água que não seria suficiente para encher um copo.

— É essa sua lagoa?

A Fera grunhiu. — Me dê o cantil — pediu.

Regina entregou o objeto, vendo a amiga se abaixar e o enfiar na poça, tentando o encher com água, a morena fez uma careta, percebendo que a água não era das mais limpas. Provavelmente o cantil estava pela metade quando ela se levantou, percebendo que aquilo era o máximo que conseguiria.

Antes mesmo de conseguir levar o cantil aos lábios foi interrompida por uma flecha, que cortou o ar, se alojando no tronco da árvore. A Fera se virou assustada, encontrando uma mulher de capa vermelha, Regina puxou uma flecha da aljava e armou o próprio arco, apontando para a desconhecida que também estava armada.

— Se me der o que eu quero ninguém se machuca — a mulher se pronunciou.

— Se não der o fora eu atiro em você — a morena respondeu.

— Você está sendo procurada, não? — A desconhecida perguntou, apontando para a Fera. — Se me entregar o que pegou aí, te deixo ir.

— Não. — Foi Regina quem respondeu. — Chegamos primeiro.

— Eu posso só atirar nela e pegar mesmo assim — a outra retrucou, também segurando o próprio arco.

— Não. — Regina ouviu o pedido da amiga, quando fez menção de atirar. — Ninguém aqui precisa se machucar, abaixem os arcos. — Pediu, fechando o cantil.

Mas Mills não se moveu, até ver a desconhecida jogar a arma no chão. — Me livrei da minha — a garota falou. — Espero que faça o mesmo.

A morena bufou, olhando para a desconhecida e para a Fera antes de jogar o arco no chão.

— Certo, podemos resolver isso... — A Fera nem conseguiu terminar a frase, a desconhecida deu três passos largos e desembainhou uma adaga que permanecia presa em sua coxa, escondida pela capa. Mas, antes que pudesse ser de fato uma ameaça, a criatura se moveu, uma pata se fechou em torno da garganta da jovem, a atirando de costas contra a árvore, a outra pata apertou o pulso que segurava a arma, a fazendo cair no chão.  

— Isso foi um golpe baixo — ela grunhiu. — Se eu te machucasse agora seria em autodefesa.

A outra tentou se remexer mas, a criatura era forte demais para ela conseguir se soltar.

— Por que você precisa disso? — A Fera perguntou, o corpo da garota continuava contra o tronco da árvore.

— É para uma amiga — ela arfou. — Ela está doente, não sei o que tem, mas não sai da cama nem abre os olhos, a magia é minha única esperança de salvar sua vida. Eu não pretendia machucar vocês, só iria te ameaçar para me dar o que eu queria.

— Não iria me matar, só me roubar, hein? — A voz rouca da Fera saiu sarcástica.

— É um crime menos pior. — A jovem sorriu.  — Desculpe — ela pediu. — Ela pode não acordar se eu não a ajudar, era minha última esperança, o médico não descobriu o que era.

A Fera continuou parada. — Por favor, a vida dela depende disso. — A pata se abriu, libertando a garota e a criatura lhe entregou o cantil.

A jovem se afastou e Regina protestou contra a atitude da amiga com um olhar indignado

— É a vida de alguém — a Fera resmungou.

— Você nem sabe se essa aí está falando a verdade.

— Eu estou falando a verdade — a garota da capa respondeu, ofendida.

Regina voltou a olhar para a amiga, achando tudo um absurdo, até perceber ser aquilo mesmo que estava acontecendo, ela andou por uns dois dias para ir atrás de uma lagoa que não existia, para chegar lá e perderem o pouco de água que haviam encontrado. Ela resmungou baixo o suficiente para ser indecifrável, antes de falar em voz alta. — Você não pode contar para ninguém que encontrou a gente. Não pode contar que viu ela por aqui — disse para a garota, se referindo a Fera.

— Eu não vou — a garota sorriu. — Eu gosto de feras. — Então, começou a se afastar. — Obrigada — ergueu o cantil, antes de correr para longe.

Regina cruzou os braços e encarou a amiga. — Foi uma coisa idiota, muito nobre, mas muito idiota também.

— Você nem acreditava que iria funcionar.

— Não, mas você perdeu sua chance, caso fosse verdade.

— Vai ser o dia de sorte de outra pessoa — a Fera respondeu. — Talvez outra hora o meu chegue.

Regina suspirou. — Certo, hora de voltar para casa.

✩༄﹏﹏༄✩

Sentada na beira do lago, a Fera atirava pedrinhas na água, havia um esquilo ao seu lado, e sentia-se angustiada. Talvez um dia conseguisse realizar o seu sonho, mas não queria ser humana apenas por querer, e ao perder isso, perdeu também a chance de conquistar uma outra coisa. Não sabia definir suas emoções, mas o tempo convivendo com Regina fez que alguma coisa acontecesse, a verdade era que gostava da morena, no início achava que era uma amizade muito, muito forte, até concluir que achava ela bonita e sentiu seu estômago revirar com a ideia de Mills se relacionar com alguém. Depois disso sentiu nojo de si mesma, por se atrever a sentir, um monstro feito ela, achava que Regina a odiaria se ao menos sonhasse com algo assim, e apenas pensar nisso quebrava seu coração em dezenas de pedaços.

Gostava de Regina e se sentia culpada por isso então, jogou uma pedra com mais força na água. O esquilo ao seu lado emitiu um estalido.

— Não é tão fácil assim, não é nem um pouco fácil — ela respondeu.

Ele respondeu com um chilreado.

— Ela só teria nojo e me mandaria embora se soubesse.

Um chiado prolongado.

— Se ela gosta de mim, é do mesmo jeito que um fazendeiro gosta de seu cachorro — respondeu ao esquilo, que de saco cheio soltou um chiado mais alto.

— Ninguém seria capaz de amar um monstro — ela rosnou, e em troca recebeu uma mordida na coxa do amigo esquilo.

Depois de alguns minutos ela sentiu um leve puxão na juba e a morena se sentou ao seu lado. — Pensando na vida?

— Urhum — a Fera respondeu. — Obrigada por me deixar ficar — disse, e pegou uma rosa que estava no chão ao seu lado, entregando para a mulher em seguida.

— Até parece que você está tentando ser romântica — ela brincou, girando a rosa ganhada entre os dedos.

— Eu não ousaria — murmurou a Fera.

Havia um traço de melancolia na resposta, que permaneceu ali depois que ficaram juntas compartilhando o silêncio.

— Obrigada — por fim, a morena disse. Os dedos se fecharam em torno de um dos chifres, puxando a cabeça da Fera para baixo, ela depositou um beijo entre eles. — Você é a melhor pessoa que eu conheci.

A criatura poderia ter corado com a situação, mas a verdade é que ela nem ao menos teve tempo de processar o que aconteceu antes que uma dor excruciante atingisse seu corpo. Ela se deixou cair, enquanto Regina aflita assistia o corpo da amiga ser coberto por fumaça, até não conseguir mais ver. As memórias voltaram de forma impiedosa, como pontadas em sua cabeça, as garras se cravaram no chão, até não estarem mais lá. — Fera?! — Uma mão agarrou um ombro consideravelmente menor quando a fumaça tornou-se menos densa.

Depois da experiência anormal, o que Regina viu não foi a amiga olhando de volta para ela. No chão havia uma garota de olhar assustado, que em alguns segundos lhe lançou um sorriso que Regina considerou estranho. Sem sinal da Fera, a morena se atirou contra a estranha, a jogando de costas prensadas contra o chão, a primeira coisa que a garota sentiu foi o frio de uma lâmina contra o pescoço. Regina havia desembainhado a adaga que trazia presa na coxa. — O que fez com ela?!

— Na... Nada — ela gaguejou. — Sou eu. Por favor, não me machuque — pediu com um olhar assustado.

— Você é uma bruxa? — Regina perguntou, uma mão ainda apertando a gola da camisa da outra.

— Não! Sou eu — ela repetiu. A morena continuou com o olhar desconfiado. — Eu prefiro explicar sem uma faca no meu pescoço — a garota forçou um sorriso.

A morena permanecia desconfiada, mas afastou a adaga e esperou. — Pode começar.

— Emma, meu nome é Emma. — Foi a primeira coisa que ela falou. E então, começou a contar a história que lembrava. Falou sobre os pais, sobre um dragão e Malévola, e sobre uma maldição. Quando terminou, Regina tinha as sobrancelhas franzidas.

— Princesa é? — Emma percebeu que ainda faltava um pouquinho de confiança nela. Mas Regina se colocou de pé e enfim guardou a adaga, Emma imitou a ação, se levantando de frente para ela.

Então, pela primeira vez ela olhou de verdade para a garota, não haviam chifres, garras e presas, e ela não parecia uma bola de pelos, mas os olhos... Os olhos verdes eram os mesmos que Regina tinha acostumado a encarar todos os dias, e ela sentiu o alívio do reconhecimento ao olhar dentro deles. A jovem tinha feições delicadas, cabelos dourados e bagunçados, e Regina achou o nariz bonitinho, mas não foi o que ela disse.

— Você é tão... Baixinha.

A princesa abriu a boca. — Como?

— Baixinha... Imaginei que seria maior, sabe? — Regina explicou.

Emma a olhou com indignação. — Eu sou do seu tamanho, até um pouco maior. — Falando isso, ela cruzou os braços e endireitou a postura, empertigando-se para evidenciar seus dois centímetros a mais que a morena.

— Eu só quis dizer que a Fera era maior — Regina até mesmo levantou a mão acima da cabeça. — Não achei que diminuiria tanto se fosse humana.

A loira desistiu do diálogo e permaneceu de braços cruzados, não era o que ela imaginava ouvir depois de ganhar seu beijo de conto de fadas, mas também não esperava pela ameaça de ter a garganta cortada. Se a Fera tinha ousado ser romântica, Regina tinha matado o romantismo com um golpe de pá na cabeça e enterrado no jardim.

— Eu não falei que isso era uma coisa ruim — Mills tentou consertar as coisas. — Não fique com essa cara.

Emma apenas deixou a cabeça tombar para o lado.

— Além do mais — Regina completou. — Deve ter muito o que fazer agora que lembra que precisa voltar para o seu castelo, ficar emburrada por ser chamada de baixinha não deveria estar em sua lista de prioridades. — Com isso, ela voltou a caminhar em direção à cabana, deixando uma princesa indignada parada no lugar.

Emma resmungou, jogando a cabeça para trás, antes de correr atrás da morena. — Regina... Regina, como assim voltar para o meu castelo? — Ela teve de entrar na casa atrás da mulher, que fingia estar mexendo em algo que claramente poderia deixar para depois.

— Você vai voltar para casa. — Ela afirmou.

— Bom, e você vem comigo, não?

— Regina. — Ela chamou em voz baixa, vendo que a outra nem a olhava. — Você não gostou de mim, é isso?

A morena revirou os olhos, se virando para encarar a loira.

— A maldição falava sobre enxergar humanidade em mim, mas... eu acho que me apaixonei por você, vou entender se não tiver se apaixonado também. — A princesa continuou murmurando.

— Quais chances a gente teria? — Regina a cortou. — Você é uma princesa, filha do Rei e da Rainha, eu estou vivendo em uma cabana, seus pais nem ao menos teriam o interesse em olhar para mim uma segunda vez antes de falarem "não". Eu não tenho esperanças que permitiriam qualquer coisa entre a gente.

— Oh. — Emma mordeu os lábios. — Mas apesar de não ter esperanças, você quer que permitam alguma coisa entre a gente? — Ela se aproximou devagar, com pouca noção do que fazer, mas os dedos alcançaram a mão da morena e ela os fechou com delicadeza.

— Quem seria capaz de não se apaixonar por você? — Regina murmurou.

— Você não conhece meus pais, tenho certeza que ficarão felizes em conhecer a mulher que me salvou. Venha para casa comigo.


Notas Finais


Obrigada por ler, espero que tenha gostado.
Desculpe caso tenha algum erro.
Abraços.

https://twitter.com/robot_unicornio


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